Agentes escrita por Ana Cdween


Capítulo 11
Tensão


Notas iniciais do capítulo

Oie quem ta feliz com capitulo novo levanta os braços? o// o// o// o// o// o// o// o// o//
Espero que gostem, foi feito com muito carinho pra todos vocês. Boa leitura.
PS: Pessoal estou indo pra um sitio onde não tenho acesso fácil a internet, então os capítulos serão postados apenas na 4ª feira. Em breve volto a rotina de 4ª e 6ª. Um beijo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/618545/chapter/11

Jane

Terminamos o macarrão e John me encarou por alguns instantes.

–-Vou arrumar a mesa na...

–-Vamos comer aqui na cozinha mesmo, na bancada, aquela mesa é tão grande, não tem necessidade, somos só nós dois.

–-Pode ser então, vou colocar os pratos na bancada.

Nós nos servimos enquanto brincávamos um com o outro, John fazia piadas do meu prato e colocou mais macarrão enquanto eu ainda tentava dar algumas colheradas.

–-Come mais, quer que eu te sirva?

–-Quero!

–-Tudo bem lá no seu escritório se você for ficar comigo por esses dias?

–-Já está tudo certo, deixei outra pessoa no meu lugar, organizei a agenda, deixei as comissões definidas e as metas a serem batidas.

–-Quer mesmo fazer isso?

–-Eu já escolhi ficar com você, mas se você quer tanto assim a tal da Susi, eu posso...

–-Calma Jane, baixa a guarda, ninguém falou na Susi aqui, só que para mim ainda é novo esse lance de estar em primeiro lugar, afinal, você nunca deixou o trabalho por mim.

–-Ah John, pelo amor de Deus, achei que já tínhamos conversado sobre isso. Soltei os talheres e cruzei os braços em protesto.

–-Desculpa, nós já falamos sobre isso, me desculpa. Ele puxou minha mão segurando forte nos meus pulsos.

–-Eu quero cuidar de você, é importante para mim, me sinto no dever, quero me certificar de que você ficará bem. Tentei me acalmar e diminui minha voz.

–-Tá tudo bem, é bom mesmo você ficar e eu me certifico de que você está bem, eu me preocupo com você.

–-Eu to bem, você ta vendo, to até comendo.

–-É bom mesmo viu Sra. Smith.

–-Fiquei todos aqueles dias com você no hospital, comendo junto com você, você mesmo viu.

–-Tá certo, me desculpa, não vamos mais falar sobre isso. Agora come mais um pouquinho.

–-Você também.

–-Vou comer mesmo, tá uma delícia.

Não conversamos sobre mais nada, ele ficou me olhando várias vezes, mexeu nos meus brincos e ficou olhando para minha mão, mais precisamente para minha aliança ainda no dedo.

–-Esses são os brincos que te dei no natal passado?

–-São sim.

–-Gosto deles em você.

–-Também gosto deles. Ele sorriu e depois olhou para aliança no meu dedo de novo.

–-Estou cheio demais.

–-Deita um pouco.

–-Se eu deitar eu morro.

–-Me ajuda na cozinha então, é rapidinho.

–-Tudo bem.

John me ajudou e logo estávamos na sala vendo TV, era diferente estar com ele ali, naquelas circunstâncias.

–-Eu preciso das minhas coisas que estão no apartamento.

–-Pode ir até lá, se você quiser.

–-Não vou deixar você sozinho.

–-Obrigado. Ele sorriu com uma cara enorme de safado pelo qual ele não fazia questão de esconder.

–-Bobo.

–-Peça para o Alfred trazer, ele janta aqui com a gente.

–-Boa ideia. Eu me contorci no sofá, eu sentia uma dor enorme no pescoço por ter dormido algumas noites na poltrona no hospital.

–-Tá tudo bem?

–-Meu pescoço dói muito.

John se aproximou mais de mim e apertou minha nuca com força, e senti cada dedo dele na minha pele.

–-Dá para perceber mesmo, tá cheio de nó.

–-Desde quando você entende disso?

–-Não entendo, só está tudo duro e sei que sua nuca não é assim.

–-Preciso dar um jeito nisso.

–-Como você disse, eu não entendo disso, mas eu entendo de você, Jane, sei muito bem como aliviar sua tensão. Ele embrenhou os dedos no meu cabelo da nuca, me segurando com força.

–-John! Gritei dando-lhe um beliscão na costela.

–- Fala que você não gosta, vamos lá!

–-Johnny! Falei com indignação. –-Você não vale nada.

–-Na cama com você, valho menos ainda.

–-Meu Deus, não sei como te aguento, estou aqui falando de coisa séria.

–-Ah Jane para, me diz que gosta, só estou te pedindo isso.

–-John!

Ele cruzou os braços e agora quem estava indignado era ele.

–-Vai ficar bravo, então?

–-Tenho o direito de ficar bravo, assim como tenho o direito de ouvir as vezes que sou bom de cama e que deixo você doida, essas coisas, você é minha mulher, porra!

–-Para com esse tom machista, sabe que eu odeio!

–-Estou nem ai também, agora fiquei puto!

–-Humnn, tá bravinho!

–-Jane, cala a boca.

–-Ninguém me manda calar a boca John, nem você!

–-Nem eu? Ele riu cinicamente. –-Você fica falando que não sou mais seu marido mesmo, agora não tenho que me preocupar com o que você gosta ou não!

–-Ah, então é assim?

–-Você que começou.

–-Ainda não me viu brava, John Smith. Levantei indo para cima.

–-Muito menos você, Jane Eisen.

Virei e o fuzilei com o olho, sua cara é sedutora, ele mordia o lábio e era quase irresistível não pular e lhe encher de beijos. John costumava me chamar pelo nome de solteira quando estava bravo e afim de chamar atenção, mas dessa vez era diferente, ele queria me tirar do sério, porque quando eu saio do sério perco a noção e acabo vulnerável.

Fui para o quarto, olhei quais as possibilidades de eu tomar um banho relaxante ou deitar um pouco, mas a verdade é que eu não queria deixar John sozinho nem por um minuto.

–-Vou tomar um banho, pode ficar ai embaixo? Gritei na escada.

–-Claro, ainda sei me virar sozinho.

–-Isso é ótimo, quando eu for embora não vai sentir falta. Disse enquanto ria.

–-Cala a boca Jane, não sabe do que tá falando.

Me espantei com a grosseria do John, achei que ainda estávamos em tom de brincadeira, mas pelo jeito ele havia levado a sério, entrei na ducha e fiquei me sentindo culpada, péssima na verdade.

John

Nosso almoço foi todo em tom de brincadeira, era engraçado como nós dois podíamos ir do mais suave para o mais áspero em questão de segundos.

–-Come mais, quer que eu te sirva? Eu insisti porquê queria vê-la comer mais um pouco.

–-Quero!

–-Tudo bem lá no seu escritório se você for ficar comigo por esses dias? Estava curioso após a conversa que ela teve ao telefone com a Jas.

–-Já está tudo certo, deixei outra pessoa no meu lugar, organizei a agenda, deixei as comissões definidas e as metas a serem batidas.

–-Quer mesmo fazer isso? Insisti para ver a reação dela.

–-Eu já escolhi ficar com você, mas se você quer tanto assim a tal da Susi eu posso...

–-Calma Jane, baixa a guarda, ninguém falou na Susi aqui, só que para mim, ainda é novo esse lance de estar em primeiro lugar, afinal, você nunca deixou o trabalho por mim.

–-Ah John, pelo amor de Deus, achei que já tínhamos conversado sobre isso. Ela se revoltou de uma forma engraçada, soltou os talheres e jogou as mãos pra cima, quase cai na gargalhada.

–-Desculpa, nós já falamos sobre isso, me desculpa. Eu segurei as mãos dela antes que elas fossem parar na minha cara.

–-Eu quero cuidar de você, é importante para mim, me sinto no dever, quero me certificar de que você ficará bem.

Ela disse em voz mais macia e carinhosa.

–-Tá tudo bem, é bom mesmo você ficar e eu me certifico de que você está bem, eu me preocupo com você.

–-Mas eu to bem

–-Eu sei, me preocupe se esta se alimentando direito.

–-Você sabe que sim, fiquei todos aqueles dias com você no hospital, comendo junto com você, você mesmo viu.

–-Tá certo, me desculpa, não vamos mais falar sobre isso. Agora comer mais um pouquinho. Insisti, porque apesar dela ter repetido, ela havia comido muito pouco.

–-Você também.

–-Vou comer mesmo, tá uma delícia. Ela sorriu lindamente.

Não conversamos sobre mais nada, fiquei apenas observando cada detalhe que eu classifico como importante, às vezes eu não consigo parar de olhar para ela.

Não sou o melhor marido do mundo, não mando flores com cartão, não fico enchendo ela de elogios o tempo todo, mas eu sempre estou lá quando ela precisa e acho que ela sabe que é isso que importa.

E interessante como é o casamento, porque no início você está eufórico e acha tudo tão novo que acaba exagerando nas coisas, exagera nos elogios, na conversa, na pegação, depois vai se acostumando e vê que é mais que isso, que na verdade, o que importa mesmo é a parceria e a lealdade, e disso eu posso falar, sou leal a ela. Ah claro, Jane tem algo que é mais importante que tudo, que é a pontualidade, ela não tolera atrasos, então posso dizer que sou “pontual” a ela.

Ela ainda usava a aliança e estava usando um presente que dei no ano passado, um par de brincos de malaquita, lindos, tão delicados quanto ela, me lembro exatamente o momento que bati os olhos neles na joalheria, eram tão caros, mas valeria a pena, mesmo com o risco de Jane não usar, porque ela não gosta de verde, mas eram tão delicados que não resisti e comprei, ela amou os brincos e me amou bastante naquela noite de natal tão fria e iluminada.

–-Esses são os brincos que te dei no natal passado?

–-São sim.

–-Gosto deles em você. Sorri feito bobo.

–-Também gosto deles. Ela sorriu de volta, com aqueles lábios deliciosos.

–-Estou cheio demais. Mas na verdade queria sua torta de limão Jane, me veio esse pensamento e pude até sentir o sabor gostoso na minha boca.

–-Deita um pouco.

–-Se eu deitar eu morro.

–-Me ajuda na cozinha então, é rapidinho.

–-Tudo bem. Acho que olhei meio torto, mas não queria desagrada-la, não agora que tudo parecia estar indo bem, nada de grosseria vinda de nenhum lado, tudo na paz.

Após arrumar tudo na cozinha, Jane me ajudou a ir pra sala onde ficamos vendo tv, ela numa ponta do sofá e eu na outra.

–-Eu preciso das minhas coisas que estão no apartamento.

–-Pode ir até lá, se você quiser.

–-Não vou deixar você sozinho.

–-Obrigado. Eu sorri e acho que não consegui esconder que fiquei feliz por ela não querer me deixar.

–-Bobo.

–-Peça para o Alfred trazer, ele janta aqui com a gente. Alfred era o cara mais engraçado que já conheci, eu também confiava nele, porque ele gosta da Jane de verdade e se importa com o bem dela e não com o bem da iTemp, como a Jas que só suga o que a Jane tem de melhor.

–-Boa ideia.

–-Tá tudo bem? Ela se contorcia e tinha no rosto um desconforto.

–-Meu pescoço dói muito.

Me aproximei um pouco, toquei a nuca dela forte, senti a pele macia e fria.

–-Dá para perceber mesmo, tá cheio de nó. Apertei de novo.

–-Desde quando você entende disso?

–-Não entendo, só está tudo duro e sei que sua nuca não é assim. A verdade é que Jane andava sempre dura e tensa.

–-Preciso dar um jeito nisso.

–-Como você disse, eu não entendo disso, mas eu entendo de você, Jane, sei muito bem como aliviar sua tensão. Olhei bem em seus olhos, ela não hesitou em me olhar de volta, eu subi os dedos para o cabelo dela e acariciei com vontade, por segundos pude vê-la mordendo o lábio e fechando os olhos de tesão. Pare de fantasiar John!

–-John! Ela gritou e me deu um beliscão na costela, era para ser daqueles bem doloridos, mas ainda olhava seus olhos, então não senti nada além de vontade de agarra-la.

–- Fala que você não gosta, vamos lá! Instiguei, queria saber até onde Jane estaria disposta a ficar na paz.

–-Johnny! Você não vale nada.

–-Na cama com você valho menos ainda. Acho que a conversa estava evoluindo bem. Gargalhei.

–-Meu Deus, não sei como te aguento, estou aqui falando de coisa séria.

–-Ah Jane para, me diz que gosta, só estou te pedindo isso. Vamos lá meu amor, enche a bola do papai aqui, estou precisando, estou com a autoestima baixa todo ferrado assim.

–-John!

Cruzei os braços mostrando certa indignação por ela se recusar a me elogiar.

–-Vai ficar bravo, então?

–-Tenho o direito de ficar bravo, assim como tenho o direito de ouvir as vezes que sou bom de cama e que deixo você doida, essas coisas, você é minha mulher, porra!

–-Para com esse tom machista, sabe que eu odeio!

–-Estou nem ai também, agora fiquei puto!

–-Humnn, ta bravinho! To bravo nada sua boba, é que você fica ainda mais gostosa quando fica com vergonha.

–-Jane, cala a boca.

–-Ninguém me manda calar a boca John, nem você! Ela se virou fitando minha boca, acho que salivava por um beijo.

–-Nem eu? Você fica falando que não sou mais seu marido mesmo, agora não tenho que me preocupar com o que você gosta ou não! Agora provavelmente ela ficaria muito brava e linda.

–-Ah, então é assim?

–-Você que começou. Disse enquanto ria.

–-Ainda não me viu brava, John Smith.

Ela se levantou andando toda dura ainda com dor no corpo –-Muito menos você, Jane Eisen.

Ganhei uma bela fuzilada daqueles olhos enorme e verdes. Era tão excitante essas DRs de baixa periculosidade, que eu relaxei no sofá enquanto ela subia as escadas com aquele bumbum lindo indo de um lado para o outro, eu era capaz de subir as escadas me arrastando atrás dela. Ela devia estar bem brava porque a chamei de Eisen, que é o sobrenome dela, vindo dos pais dela.

–-Vou tomar um banho, pode ficar ai embaixo? Ela gritou de cima da escada.

–-Claro, ainda sei me virar sozinho.

–-Isso é ótimo, quando eu for embora não vai sentir falta.

–-Cala a boca Jane, não sabe do que tá falando. Ela disse rindo, eu sabia que ainda fazia parte da brincadeira, mas eu também sabia que ela se sentiria culpada e pediria desculpas, eu estava sacando a dela há alguns dias, estava aprendendo a lidar com a rebeldia da minha esposa, iria domar esse lado mal criado dela e usar a nosso favor, só para nossa diversão, tomara que funcione.

Jane

Tomei uma ducha rápida, lavei o cabelo que estava necessitando de um cuidado, me sequei e vesti uma calça de moletom velha, minhas antigas pantufas e uma camiseta de manga longa, meu corpo inteiro doía, eu tinha até esquecido qual era a sensação de menstruar depois de mais de dois meses.

Desci e John continuava vendo TV na sala, estava meio deitado, como se descansasse a perna, ainda parecia bravo, então, eu preferi não dizer nada, apenas me sentei no sofá e fiquei vendo tv.

O silêncio era devastador, até onde iríamos? Não aguentei, fiquei martelando na minha cabeça uma forma de me desculpar, eu não conseguia pensar nas palavras, acho que comecei a ficar agitada, ele percebeu meu desconforto e me fuzilou com aqueles olhos brilhantes.

–-A gente pode conversar? Com muito custo algumas palavras saíram.

–-Vá em frente.

–-Quero me desculpar pela estupidez daquela hora... Dei uma pausa. –-... dizer que estou muito arrependida e espero que possa esquecer do quanto sou idiota. Respirei fundo e soltei o corpo no sofá, parecia que eu pesava uma tonelada.

–-Tenho que admitir que você é mesmo uma idiota às vezes, mas é bom ouvir você pedir desculpas. Ele disse calmo e me olhando.

–-Obrigada. Eu sorri disfarçando que estava meio nervosa. –-Ainda tá de pé aquela massagem? As palavras saíram naturalmente, mas meu corpo ainda pesava muito pela tensão.

–-Não é uma massagem propriamente dita, são alguns apertões. Ele disse sorrindo, era muito sexual. –-Eu posso fazer, mas isso depende.

–-O que isso vai me custar?

–-Nada demais, estou bonzinho hoje, só quero que faça aquela torta de limão deliciosa que só você sabe fazer!

–-Eu até pensei mesmo em fazer, querido, mas precisaria ir ao mercado e não quero deixar você aqui, então pensa em outra coisa que eu possa fazer em troca da massagem. Acho que comecei a tremer porque essa desculpa foi difícil de arrumar, nem a maldita torta que ele adora eu sabia fazer.

–-Tá Jane, não precisa de nada não, só pega um creme lá em cima.

–-Tá bom. Com muito custo eu subi e peguei o creme no nosso banheiro, quando eu desci, John não estava no sofá.

–-John?

Mas ele não respondeu.

–-Amor?

–-Cozinha, vem aqui e me ajuda, por favor?

Fui andando em direção à cozinha.

–-Aconteceu um imprevisto aqui, derrubei a muleta e não consigo me abaixar para pegar.

–-Me assustou, não pode fazer essas coisas. Entreguei a muleta para ele.

–-Tá bem, desculpa, só queria um copo de água.

–-É só me avisar quando precisar de alguma coisa, vai ser mais seguro.

–-Então agora sou 100% dependente de você?

–-Diga-se que sim.

–-Na verdade, eu sempre fui, meu amor. Ele se aproximou de mim devagar, colocou uma mão no meu pescoço, eu pude sentir sua respiração no meu rosto quando ele aproximou sua boca da minha, fiquei inquieta e queria que ele me beijasse logo, porquê a ansiedade estava me matando. –-Você parece tensa. Ele disse e depois se afastou.

Eu abaixei a cabeça e sorri disfarçadamente, ele me olhava com aquela cara de safado enquanto bebia a água.

–-Me sinto mal disposta mesmo, ainda quer me dar aqueles apertões?

Ele positivou com a cabeça e estendeu a mão dizendo para eu ir em frente. Veio logo atrás, eu podia escutar o barulho da muleta tentando acompanhar meus passos rápidos até a sala.

Na sala, eu estava meio confusa de como íamos fazer, porque geralmente John fazia massagens no quarto, eu ficava deitada na cama de bruços e ele por cima, a mesma coisa quando eu fazia massagem nele, mas e agora com essa perna machucada? E ainda por cima estávamos na sala e só tínhamos o sofá ou o chão.

Ficamos frente a frente, ele me encara pensativo. Depois de alguns segundos, ele colocou as muletas perto do sofá e se sentou. Abriu as pernas e jogou os braços para trás numa folga total.

–-Senta aqui. Sinalizou o vão entre suas pernas.

Eu assenti e tirei a camiseta devagar, estava frio e confesso que não estava preparada para me despir. Entreguei a ele o creme, pelo qual ele, colocou um pouco e esfregou nas mãos. Verifiquei o coque no cabelo e devagar, meio sem jeito, me sentei entre as pernas dele, bem na pontinha do sofá tentando menos contato possível.

Ele pousou as mãos quentes na minha nuca, era delicioso, ora ele apertava forte, ora acariciava com os dedos tão leves que eu me arrepiava toda. Ele ofegava um pouco. Foi descendo da nuca para os ombros e depois para as costas. Em um impulso, eu joguei os braços para trás para desabotoar o sutien, mas fui impedida pelas mãos dele nas minhas, ele entrelaçou os dedos nos meus. Com os braços envoltos a minha barriga, ele me puxou para mais perto. Não tentei lutar, eu estava relaxada e excitada demais para isso.

–-Eu tiro. Ele disse baixinho enquanto me beijava na nuca e nos ombros. Ele desceu as alças do meu sutien com a boca, senti seus lábios e sua língua quente na minha pele, que por incrível que pareça também estavam quentes. Eu senti um arrepio e um frio na barriga tão forte que, meu corpo se curvou para frente e ele me puxou com força para trás me mordendo com força. Soltou minhas mãos e com uma mão ele abriu o fecho do meu sutien e com a outra ele segurou meus seios enquanto continuava mordendo e chupando minhas costas.

Fazia algum tempo que eu não me sentia daquele jeito, estava muito excitada, minha boca era sedenta e minhas mãos inquietas, eu o agarrei nas duas coxas e os instiguei a continuar me mordendo daquele jeito.

–-Para Jane! Ouvi uma voz dentro da minha cabeça, mas não obedeci achando ser meu subconsciente me incomodando. –-Jane! Eu abri os olhos e virei meu rosto para o lado para ver John. –-Olha minha perna. Tinha sangue na calça jeans que John usava.

–-Seus pontos. Me levantei e o ajudei a se levantar. Abri e desci as calça dele até o calcanhar, me ajoelhei analisando os ferimentos, um dos cortes sangrava um pouco.

–-Mas não fiz esforço.

–-Você andou, ficou em pé muito tempo, fez esforço sim, queria o que?

–-Droga.

–-Momento meio improprio para isso acontecer, mas melhor assim, menos risco de isso ter dado merda.

–-Tá falando sobre a gente transar ou sobre minha perna?

–-Sobre sua perna enquanto a gente transa.

–-Humnm. Ele me ajudou a levantar.

–-Eu posso dar um jeito nisso, senta e dessa vez não sai daqui.

–-Sim Senhora!

Eu o olhei nos olhos antes de pegar a camiseta e subir. Procurei no closet a caixa de primeiros socorros e desci logo em seguida. John estava sentado como eu mandei e segurava meu sutien, ele sorria um pouco e sorriu ainda mais quando me viu.

–-O que foi que houve aqui?

Eu também comecei a rir olhando enquanto ele ainda segurava meu sutien. –-Não sei John. Sua perna dói? Agachei-me perto dele e comei a limpar o sangue.

–-Dói um pouco sim.

Não contive o sorriso, eu ainda estava tentando entender o que tinha acontecido comigo, eu apaguei enquanto John acariciava meus seios e chupava minhas costas, estava tão bom que me deixei levar.

–-O que houve ai?

–-Vai sobreviver, agora fica quietinho. Eu queria que ele ficasse quieto, porque eu queria silêncio, queria lembrar do que tinha acontecido, eu ainda sentia as mãos dele no meu corpo e ainda as desejava. Coloquei uma gaze e prendi com esparadrapo, estava pronto, eu poderia voltar para os braços dele e eu queria. –-Prontinho. Mas na verdade não podíamos, não com essa perna machucada e comigo nesses dias complicados.

–-Sério? Não vou morrer?

–-Bobo. Pode devolver meu sutien?

–-Para quê?

–-Para eu vestir, vai que a campainha toca. Sentei do lado dele, bem próximo mesmo.

–-Sabe Jane, tenho uma fantasia com isso.

–-Fantasia com o que?

–-A gente, pós sexo tendo de abrir a porta para alguém, a pessoa ficando sem graça e ao mesmo tempo pensando no quanto somos sexuais, entende?

–-Humnm, então tá.

Ficamos em silêncio um pouco, eu pousei minha cabeça no ombro dele e minha mão na coxa dele, ganhei uns beijinhos na cabeça e ele pousou a mão sobre a minha.

–-Não quer continuar de onde paramos?

–-A gente não pode, John.

–-A gente não pode ou você não quer?

–-Sua perna sangrou com mínimo de esforço que você fez e eu você sabe muito bem, quando estou nesses dias fico muito dolorida, John.

–-E muito excitada.

–-Eu sei, mas é complicado, dessa vez é muito complicado.

–-Tudo bem querida, eu sei esperar.

–-Humnm, bobinho.

–-Você ligou para chamar o Alfred para jantar aqui?

–-Acabei me esquecendo, vou lá em cima pegar o celular. Levantei saindo rápido porque eu queria retornar logo para o aconchego dele.

–-Não quer seu sutien?

–-Pode ficar com ele.

Eu e John tínhamos um lance de um provocar o outro e no final das contas acabávamos na cama, será que seria dessa mesma forma? Eu me perguntava sempre que ficava algum momento sozinha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Xo Jolies



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Agentes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.