A garota que eu amo me odeia escrita por Lailla
Notas iniciais do capítulo
Mais um, mais um! Espero que faça vocês rirem muito 'kkk
Faltava apenas um jogo para as preliminares dos garotos terminar. O time das meninas foi assistir, mas Naname não foi. Aomine estava presente no jogo, tanto como Momoi. Eles ganharam de 110 à 90.
No vestiário, as meninas foram dar parabéns aos garotos. Hare ficou com Kagami, conversando no banco. Seikori deu os parabéns a Izuki, que agradeceu com um sorriso, fazendo-a corar um pouco. Mariko dava coragem para Sakura dar parabéns a Teppei.
– Yo, Tetsu. – Daiki o chamou.
– Hum?
– Podemos ir lá fora um pouco?
– Ahhh... – Momoi reclamou.
– Não vai demorar. – Daiki disse a ela, mas mesmo assim ela fez bico.
Os dois viraram a esquina no corredor. Aomine se escorava na parede com as mãos nos bolsos, Kuroko o fitava.
– O que foi?
– Hum... – Daiki pensava – Você sabe da Naname? Ela veio a todos os jogos, mas o último não.
– Hum... – Kuroko pensava sem expressão alguma – Ela faltou a algumas aulas no colégio e aos treinos também. Kagami-kun perguntou a Hare-chan por que ela às vezes fazia isso. Ela disse que Naname-chan às vezes fica machucada.
– Machucada? – Ele arregalou os olhos.
– Hai. Kagami-kun disse que Hare demonstrou... Ter “falado demais”. Quando ele perguntou a razão ela não respondeu.
– Soka...
– Aomine-kun.
– Hum?
– Por que será que Naname-chan desaparece do colégio às vezes e sempre reaparece machucada? Eu já notei isso.
– Não faço ideia. – Ele disse franzindo a testa. Se lembrava do olho roxo e do braço enfaixado – Também quero saber.
...
Naname estava na cozinha quando a campainha tocou. Ela correu para atender.
– Hai!
Quando abriu a porta fez cara de tédio.
– Yo.
– O que você está fazendo aqui?
Daiki analisou o que ela vestia. Uma bermuda e um cardigã. “Mangas.”, pensou.
– Pare de me olhar! – Ela exclamou despertando-o – O que você quer?
– Ver uma coisa.
– Nani? – Ela perguntou impaciente.
Ele tentou pegar na manga do cardigã dela, mas Nana recuou para dentro. Ele andou para frente ainda tentando ver o braço dela.
– Pare com isso!
– Então me deixa ver. – Ele disse calmamente, entrando cada vez mais na casa dela – Que cheiro é esse? – Ele analisou, olhando para a cozinha.
– Eu estava cozinhando. – Ela disse com cara de tédio – Sai da minha casa.
– Cozinhando o que? – Ele sentia o aroma. Era bom.
– Comida! Vai embora. – Ela cruzou os braços.
– Parece bom.
Daiki entrou, indo para a cozinha, mas Nana agarrou em seu casaco mandando-o ir embora de novo. Num movimento rápido ele a olhou e a pôs contra a parede, segurando em seus ombros. Ela arregalou os olhos, assustada. Ele abaixou a mão e levantou as mangas dela, vendo os dois braços. Não havia nada. Se perguntava por que ela não tinha ido ao jogo então. Levantou o cardigã para ver a barriga dela, suspeitou que houvesse alguma coisa, mas não tinha nada. Ela despertou e deu uma joelhada na virilha dele.
– Oe, hentai!
Ele se ajoelhou no chão gemendo de dor, ainda segurando os braços delas. Nana se soltou e saiu de perto dele.
– Vai embora, tarado!
Ele levantou a cabeça na direção dela, ainda com dor. Suava frio, ela acertou bem no alvo.
– Porra... Isso dói... – Daiki gemia, apertando os olhos – Eu não ia fazer nada... Idiota.
– Hum? – Ela segurava o cardigã contra o peito, fechando-o mais.
– Queria ver se estava machucada...
– Nande?
– “Nande?”, bakayarô. Da última vez que te vi você estava com um olho roxo e o braço enfaixado... E não foi ao último jogo.
Ele tentava se levantar, apoiando a mão na parede. Nana correu e apoiou seu braço nela.
– Gomen.
– Idiota... Acertou em cheio. O que achou que eu faria com você?
– Sei lá. – Ela o levava até o sofá – Você vive tentando me tocar.
– Seu rosto, imbecil! – Ele se sentou.
Ela ficou em pé o olhando, envergonhada.
– Gomen...
– Hum? – Ele a olhou, surpreso. Abaixou a cabeça – Não tem problema...
Ela foi até a geladeira e pegou um saco de gelo, dando a Daiki. Ele agradeceu, um pouco surpreso com o gesto. Pôs o saco de gelo dentro da calça e respirou aliviado. Nana arregalou os olhos, pondo a mão na frente da boca, querendo rir.
– Está rindo é? – Ele perguntou, indignado.
– Gomen. – Ela disse rindo.
– Porra, você é boa de mira.
Ela agachou no chão e começou a rir com a mão na frente do rosto. Ele quis rir também olhando pra ela, mas se segurou.
– Acho que tenho que me acostumar. – Comentou.
– Como assim?
– Do jeito que você é maluca, vai fazer isso de novo.
Ela cruzou os braços, apoiando-os nos joelhos e sorriu. Levantou rindo e foi para a cozinha, terminar a refeição que estava preparando. Aomine a olhava, curioso vendo-a cozinhar. Ele a observava dos pés à cabeça. Viu que ela não era bonita apenas de rosto.
– Melhorou? – Ela voltou a rir.
Ele apertou os olhos em sua direção. Levantou e foi para o banheiro. Ela estava sentada no braço do sofá balançando as pernas quando ele voltou.
– Ele estourou? – Ela ria.
– Há, há. – Ele disse empurrando-a. Ela caiu no sofá, rindo.
– Dois pratos? – Ele perguntou olhando para a mesa.
– Já que você ficou aqui, pensei que a sua ousadia ia pedir pra comer também.
– Hum. – Ele disse a fitando.
Olhou para a panela. O cheiro era bom, ele estava com fome e com água na boca.
– Vai me dar joelhada de novo?
– Não. – Ela balançou a cabeça rindo.
– Hum. Sei...
Os dois sentaram à mesa e começaram a comer. Nana havia feito curry. Ela o olhava comer, ele parecia estar gostando muito.
– Sugoii! – Daiki exclamava.
Nana olhava para o prato sorrindo enquanto ele comia. Em minutos o prato dele estava vazio e ele suspirava satisfeito.
– Ne, ne. Posso repetir?
Ela o olhou, surpresa. Balançou a cabeça, assentindo. Ele levantou rápido e fez mais um prato. Quando terminou, suspirou satisfeito e repetiu mais uma vez. No fim, Daiki estava sentado no sofá com um sorriso satisfeito no rosto.
– Nossa... Nunca comi um curry tão bom! – Ele pensou alto.
Nana estava na poltrona, virou o rosto corando um pouco.
– Arigatou. – Ela disse suavemente.
Ele a olhou, curioso.
– Ne.
Ela o olhou.
– Por que não foi ao jogo?
– Hum... Viajei.
– Pra onde?
– Ver meu pai. – Ela disse sem olhá-lo.
– Ele não mora perto?
– Estados Unidos. – Nana disse.
– Hum? Você é americana?
– Não. Meu pai é. Mas eu já morei lá.
– Porque não mora com a sua família então?
– Não acha que está perguntando demais?
Ele se calou, e coçou a cabeça rindo.
– Gomen. É que é tão raro você responder uma pergunta minha que eu estava até gostando.
Ela corou. Daiki levantou e foi até ela.
– Me leva na porta?
– Hum? Hai! – Ela levantou.
Ele estava do lado de fora, se despedindo.
– Obrigada pela comida.
– Hum. – Ela assentiu – Desculpe por... Sabe.
– Hai... – Ele sorriu.
Aomine pegou em seu rosto e beijou a bochecha dela. Nana corou.
– Não pense mais que eu faria uma coisa daquelas com você, baka.
Ela o olhou, surpresa. Assentiu com a cabeça.
– Até mais. – Daiki disse indo embora.
Naname fez um aceno, ainda anestesiada e corada.
...
Aomine estava em uma videoconferência com o pessoal da Geração dos Milagres e Kagami.
– Ela chutou seu saco?! – Kagami dizia rindo.
– Cala a boca! Ela pensou que eu ia agarrar ela.
– Pondo-a contra a parede, na casa dela, você queria o que? – Midorima disse franzindo a testa e ajeitando os óculos.
– Idiota. – Akashi disse.
– Não é assim que se trata uma menina, Aominecchi. – Kise disse.
– Da próxima vez traz a comida. – Murasakibara disse com água na boca.
– Você devia pedir desculpas a ela. – Kuroko disse.
– Ela chutou seu saco! – Kagami continuava, agora dando gargalhadas.
– PARE DE REPETIR ISSO! – Aomine gritou.
Akashi revirou os olhos.
– Mas por que você se preocupa com ela? Pelo visto ela não gosta de você.
– Sei lá.
– É o ego dele! – Kagami gritou – Ela não quis jogar com ele. Kuroko disse que ela é rápida, e ele quis apostar com ela, mas ela não deu bola.
Aomine fez cara de tédio e bufou.
– Ela é rápida mesmo? – Midorima perguntou.
– Um pouquinho. – Daiki disse.
– Mentira. – Taiga disse.
– Naname-chan pode estar do outro lado da quadra, e a bola indo para a cesta. Ela sempre alcança a bola. – Kuroko disse.
– Sugoii! Sério? – Kise perguntou curioso.
– Hai... – Aomine disse tendo que admitir.
– Interessante. – Akashi disse – Talvez ela seja mais rápida que você.
– É ruim hein! – Daiki protestou.
– Se ela não quer jogar com ele não tem como saber. – Midorima disse pensando.
– O Inter-colegial das meninas vai começar em duas semanas. Elas estão treinando há meses. – Kuroko disse – Podemos ir a um dos jogos.
– Legal! Elas são boas? – Kise perguntou.
– Hai. – Tetsuya respondeu sem expressão.
– Falando nelas, escutei uma coisa há alguns meses. – Kagami disse.
Todos se voltaram para ele.
...
Hayato via a tabela dos jogos com as meninas para as preliminares. Elas tinham alguns jogos até jogarem finalmente no estádio que tanto almejavam.
Naname levantou a mão.
– Naname.
– Quando vamos jogar com Midokaru?
– Hum... – Katsuo via na folha – Depois das preliminares.
Ela assentiu com a cabeça.
– Nana-chan quer jogar com aquela garota? – Aiko perguntou rindo.
– Talvez. Ela disse que queria revanche.
– Hum... – Mureni disse – Por que não dá um soco nela só?
– Porque ela não quer revanche de porrada, baka. – Nana disse tombando a cabeça.
Mureni fez cara de tédio.
– OE, MINNA! Vamos treinar! – Katsuo exclamou.
– Eba, vamos morrer! – Sakura disse levantando.
Katsuo a fitou e ela deu uma risadinha.
Hare estava se surpreendo por Naname estar treinando por vontade própria. E ainda mais por ela querer jogar contra um time em especial. Pelo visto ela estava levando a sério. Nana-chan está voltando!
...
As preliminares femininas começaram. Nana pedia para ficar no banco na maioria dos jogos. Mas quando Hayato a escalava, ela não fazia muita coisa a não ser passar a bola ou alguns arremessos de 2 pontos. A Geração dos Milagres e até Kagami, viam todos os jogos delas de lugares discretos aos quais as meninas não os veriam. Isso pelo o que Kagami contou a eles. Momoi aproveitava a ida de Aomine para ir junto e ficar com Kuroko.
– Não parece que ela faz muita coisa. – Midorima disse observando o jogo.
– Ela não está levando a sério. – Aomine disse com as mãos nos bolsos.
– Nande? – Kise perguntou.
– Ela é como Murasakibara-kun. – Kuroko disse.
– Como assim, Tetsu-kun? – Momoi perguntou abraçando ele e mexendo em seu cabelo.
– Naname-chan quando não quer jogar ou não vê risco de o time perder, ela não faz muita coisa.
– Ela deve ter o ego pior do que o Daiki. – Akashi disse.
Aomine faz cara de tédio.
O time das meninas ganhou. Nana não fizera muita coisa.
As preliminares foram passando e os meninos as assistindo para ver a razão de Nana ser tão boa. Mas não viram nada demais. Ela apenas ficava com a expressão séria, passando a bola ou fazendo pouquíssimos arremessos.
Com Naname não jogando muito, eles passaram a observar as outras meninas jogarem. Midorima fitava Mariko, que desviava constantemente dos bloqueios e fazia cestas.
– Ela é boa mesmo.
– Hai. – Kagami disse, fitando Hare.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!