Moments by Ares escrita por Benihime


Capítulo 4
Brigando de novo




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Lidya e eu nos encaramos, enfurecidos.

—Você está mentindo! Mentiu a noite toda e estou cansada disso! — Ela acusou.

Sua voz trovejou pela sala. Caramba, pensei, será que ela tem consciência do quanto se parece com Zeus quando fica irritada?

Eu? É você que está mentindo!

— Os dois são mentirosos. Não se pode confiar em vocês. — Atena declarou, tão exaltada quanto Lidya e eu.

Estávamos eu, Lidya, Atena e Poseidon jogando pôquer de mentiroso. Já havíamos feito várias outras apostas e Lidya vencera quase todas, à exceção daquelas vencidas por Atena. Como sempre as duas sabe-tudo irritantes estavam empatadas.

— Cuidado com a língua, loira.

Atena revirou os olhos enquanto minha esposa distribuía a última rodada de cartas.

— Muito bem, pessoal, agora é tudo ou nada. Mostrem o jogo. — Ordenou um pouco depois.

Ela, Atena e Poseidon viraram as cartas em sincronia.

— Parece que a Lidy ganhou de novo. — Poseidon comentou.

Ele só vencera uma vez, porque as mulheres e eu deixamos.

— Errado, Cabeça de Alga. — Falei, colocando minhas cartas sobre a mesa. Todos ficaram pasmos por eu ter vencido a última rodada.

 — Seu babaca. — Lidya acusou. - Você trapaceou.

— Só nos seus sonhos. Você é que é uma azarada. Aprenda a perder, princesa.

— Canalha idiota!

Seu rosto enrubesceu. Sempre adorei deixá-la vermelha de raiva. Ela ficava ainda mais linda.

— Egoísta maligna do inferno. — Rebati, sem conter um sorriso.

Lidya se irritava tão fácil que, se não fosse tão intensa, seria chato.

— Inferno do meu ódio!

Estávamos tão perto que mal havia um centímetro de distância entre nós. Era assim que eu gostava.

— Posso ser tudo isso, mas você não vive sem mim.

Seus olhos verdes relampejaram com tanta intensidade que, por um segundo, me perguntei se ela podia ler os pensamentos lascivos em minha mente.

— Estou avisando, Ares, se ousar me beijar, quebro todos os seus dentes. — Rosnou, cerrando os punhos para cumprir a ameaça.

E eu sabia que ela realmente me acertaria, se eu desse motivos. Essa era a melhor parte.

 — Sabe-tudo arrogante.

— Cafajeste prepotente.

 — Mentirosa.

— Covarde.

— Repete essa, Lidya

Me aproximei dela, nossos lábios a centímetros de distância. Lidya ofegou e vi seus olhos escurecerem. Senti meus lábios se erguendo em um sorriso. Ela me queria, independentemente do quão furiosa estivesse. A prova disso era estranhamente reconfortante.

— Repete, se tiver coragem.

Lidya fixou os olhos nos meus, o desafio claro em sua expressão.

— Covarde.

Ela falou lentamente, separando cada sílaba. E, caramba, aqueles lábios!

— Assassina.

Assim que disse isso, soube que havia ido longe demais. Lidya me deu um tapa na cara com toda a sua força.

— Canalha arrogante! Vá para o Tártaro e fique lá! Eu te odeio!

Ela saiu da sala sem olhar para trás, espumando de raiva. Se aquela peste não me matar, pensei, vou acabar matando ela.


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