Moments by Ares escrita por Benihime
Minha esposa balançou as pernas no ar com um suspiro de enfado. Era um sábado monótono e nenhum de nós tinha nada para fazer.
— E aí, já teve alguma ideia? — Ela perguntou.
— Nada. — Respondi. — E você?
— Nada.
Em seguida, algo duro bateu em minha nuca. Lydia me acertou com o calcanhar. De novo. Caralho, que mulher irritante!
— Ei! Essa doeu!
Ela me acertara com força dessa vez. Força mesmo, o bastante para me fazer ver estrelas por um momento.
— Que foi? — Minha esposa provocou. — Forte demais para você, Aresinho?
— Não me chama assim, Lid — Ordenei automaticamente.
— Tudo bem. Vou começar a te chamar de frouxo.
— Acusação injusta. Você sabe disso melhor do que ninguém.
— Você é um molenga! Não dá conta do recado. Não me aguenta. Aposto que qualquer um faria melhor do que você. — Ela rebateu, rindo.
— Então vem, morena. Cai dentro.
Ela pulou de pé, assumindo posição de luta. Ataquei com um soco e ela se desviou com uma cambalhota sobre o sofá.
— Aposto dez dracmas como venço você.
— Aposta aceita, sua peste.
Nossa luta era tão cheia de trapaças que mal podia se encaixar em algum estilo. Eu tentava acertá-la de qualquer maneira possível, enquanto Lidya lutava com socos fortes, como uma boxeadora.
— Errou, gata.
É claro que eu estava fazendo aquilo para irritá-la. Nada, a não ser provavelmente uma guerra mundial, era mais divertido do que ver minha esposa com raiva.
— Babaca.
— Não tenho culpa se luto melhor, amor.
— Ah, cala essa boca!
Ela me acertou um soco no ombro. Para uma mulher, Lidya era muito forte. Isso mal me surpreendia. Eu mesmo a ensinara a brigar quando ainda éramos crianças.
— Agora chega. — Rosnei — Cansei de ser bonzinho.
— Vai fazer o que, grandalhão?
— Vou pegar você.
— Pode tentar, mas não vai conseguir.
E ela disparou pelo palácio, rápida como um raio. Eu não era páreo para a velocidade dela, então decidi apelar.
— Ei, Lidy, pense rápido.
Funcionou. Ela se virou para mim e diminuiu a velocidade por tempo suficiente para que eu a alcançasse. Minhas mãos agarraram sua cintura, puxando-a para o chão. Caímos juntos e sustentei meu peso com os braços para não machucá-la.
— E então, princesa? Nada a declarar?
Ela sorriu levemente, aquele sorriso torto, sarcástico e sexy que significava problemas, e em seguida deslizou uma das mãos por meu peito, me provocando.
— Seu trapaceiro. — Ela acusou jocosamente.
Eu não precisei de mais nada: beijei-a com ardor. Ela passou os braços por meu pescoço, prendendo-me. Consegui me livrar e fiz uma trilha de beijos, terminando entre seus seios. Ela gemeu.
— Você se rende muito fácil. — Provoquei. — Fraca.
Um brilho maligno apareceu em seus olhos. Ela contorceu-se abaixo de mim, em movimentos sinuosos que sabia que me deixavam maluco. Gemi de prazer, e Lidya riu baixo.
— Quem é o fraco agora? — Rebateu, girando para ficar por cima de mim, de quatro.
Praticamente rasguei o simples vestido verde-claro que ela usava, e então recaímos em nosso ritmo violento, cheio de provocações, gritos e castigos.
Quando finalmente atingiu o ápice, Lidya cravou as unhas em meus braços e gritou meu nome. Sorri comigo mesmo, satisfeito. Uma das melhores coisas nesses momentos era o final, era ouvir meu nome em um grito de prazer em seus lábios.
Um bom tempo depois, deitados juntos em silêncio, ela riu baixo.
— Sabe que eu venci nossa aposta, não é?
— Eu diria que empatamos.
— Nem vem. Te fiz implorar por mais. Venci.
— E eu te fiz gritar. Mais de uma vez.
Ela riu mais uma vez, seus dedos traçando deslizando por meu peito.
— Ok, empatamos. Só dessa vez.
— Você sempre diz isso.
— Talvez você queira uma revanche? O que me diz, amor?
Girei para ficar por cima dela e poder beijá-la.
— Essa é uma excelente ideia, princesa.
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