A seleção - Interativa escrita por MisteryGirl


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde minhas queridas e amadas selecionadas! Desculpem-me pela demora, não pude postar ante porque viajei terça, e o lugar para onde fui não tem sinal de internet, só voltei ontem.
Hoje teremos duas selecionadas, ebaaaa...
Espero agradar vocês. Estão sentindo saudades de Daniel? Estou morrendo de saudades de voltar a escrever sobre eles, mas me dedicarei ao máximo a vocês.
COMENTEM! Confesso que estou um pouquinho decepcionada com alguns comentários. Claro que amo receber os comentários de vocês do jeitinho que vocês comentam, mas preciso saber a opinião de vocês sobre os personagens. Como poderei colocar o a opinião de vocês sobre certos personagens na história se nem sei qual é?
Foi uma bronquinha, mas foi com amor. Espero que me entendam e COMENTEM.



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Lara

Faço mais algumas poses para a câmera e espero que finalmente essa sessão de fotos acabe, para que possa chegar em casa e descansar. Estou um pouco ansiosa porque as Selecionadas serão apresentadas hoje, no Jornal Oficial. O fotógrafo pede para que eu sorria para uma última foto e o faço.

Sou modelo e por isso amo tirar fotos e desfilar, nasci pra isso. Não gosto de mostrar muito o meu corpo, mas minha mãe sempre insistiu dizendo que, para uma modelo ser famosa tem mostrar os talentos que carrega na manga. Nunca gostei muito disso, até porquê não me importo em ser famosa ou não, já tenho uma vida confortável o bastante para não precisar ser famosa, mas ela insiste. Aliás, ela é quem comanda minha carreira, e todo o meu salário de modelo vai para as mãos dela, só não me importo muito com isso porque recebo uma mesada um pouco "gorda" do meu pai e com ela consigo compra as coisas que quero para mim.

Sairá um artigo sobre mim essa semana. Graças a fama que minha mãe tem muitas revistas me convidam para representá-los e como sou modelo, faço.

Saio do estúdio fotográfico e começo a andar pelas ruas, voltando para casa. O estúdio não fica muito longe da minha casa, por isso dispensei o motorista. Gosto de andar pelas ruas da cidade e olhar o movimento. Califórnia é uma cidade muito bonita e movimentada.

– Lara!

Escuto alguém me chamar e me viro na direção da voz, acabo esbarrando em alguém quando o faço e minha bolsa cai no chão. Volto a olhar para frente e para a garota na qual esbarrei. Abaixo-me para pegar minha bolsa, mas ela o faz primeiro.

– Desculpe – diz ela quando me entrega a bolsa.

A julgar por suas roupas sei que ela é uma Sete. Ela me olha um pouco insegura e seus olhos demonstram medo e submissão. Sei como é a vida dos Sete e sei como eles são tratados pela sociedade. Sei o que ela está pensando, qualquer Dois no meu lugar a humilharia e a desprezaria, mas eu não sou assim. Não julgo as pessoas por casta, é apenas um número.

– Não precisa se desculpar, a culpa foi minha. – pego minha bolsa. – Você está bem?

Ela me olha um pouco surpresa e depois sorri.

– Estou bem – responde.

Uma mão me toca no ombro me fazendo olhar para trás.

– Quase não conseguia te acompanhar.

Maylei diz e pucha fôlego mostrando que está cansada. Ela é uma das minhas amigas e tinha combinado de se encontrar comigo para irmos juntas para casa, mas acabei esquecendo.

– Oh, May, desculpe. Eu esqueci completamente do nosso combinado.

Olho para frente para ter garantia que a garota que eu esbarrei está bem, mas ela não está mais lá. Olho para os lados mas não a vejo mais, então deixo pra lá e caminho na companhia de Maylei.

– Está ansiosa para o Jornal Oficial? – Pergunta ela, erguendo uma sobrancelha.

– Um pouco. Estou confiante.

– Você não parece confiante.

Ela faz uma carranca, mas eu não ligo e continuo caminhando.

Ao chegar em casa, passo direto pela sala e vou para meu quarto. Maylei quis ficar para assistir ao Jornal Oficial comigo e eu não neguei, adoro a companhia dela.

Meu pai e minha mãe não estão em casa, o que já era de se esperar já que eles são muito ocupados. Minha mãe nunca ligou muito pra mim, acho que é por causa do trabalho. Dá mais atenção a minha carreira do que a mim e isso me deixa um pouco chateada, mas ela é minha mãe e não acho conveniente atrapalhá-la.

Depois de tomar banho para relaxar, sento-me juntamente com Maylei no sofá-cama que tenho no meu quarto – acho mais confortável assistir TV nele do que na cama. Ligo a TV e coloco no canal do Jornal Oficial, ele ainda não tinha começado, mas estava passando um comercial falando da festa que aconteceu no castelo para comemorar A Seleção.

Alguns minutos depois o Jornal Oficial começa e o rei faz alguns breves comentários sobre os ataques rebeldes – isso tem deixado boa parte da população californiana muito preocupada, pois a maioria dos abitantes são Dois e somos o alvo principal dos ataques. Depois de alguns longos minutos o mestre de cerimônia – finalmente – apresenta Grivery.

Grivery, com toda sua graça, passeia pelo estúdio e faz algumas perguntas a família real. Minha mãe já o conheceu, mas eu não tive a mesma chance, estava trabalhando em um desfile na capital.

Vejo Maylei suspirar do meu lado quando a câmera passa pelo príncipe Cristoph rapidamente e em seguida foca no rosto de Daniel enquanto Grivery fala.

– Se essa Seleção fosse do príncipe Cristoph eu teria me inscrito. Fiquei com pena dele depois que Alissa morreu – comenta ela.

– Mas acho Daniel lindo e prefiro ele.

– Shhh! Grivery vai anunciar as selecionadas – Ela grita e gesticula para a TV.

Calo-me e olho para a televisão.

Grivery apresenta a primeira selecionada e vejo quando o irmão do príncipe Daniel fala algo em seu ouvido que o faz rir. Senti uma pontinha de ciúmes crescer. O que será que Cristoph falou a Daniel?

Paro de me perguntar quando ouço meu nome sair da boca de Grivery.

– Lara Vanger, de Califórnia, modelo, Dois. Tem 17 anos.

Meu rosto aparece na tela e minha amiga vibra ao meu lado enquanto eu sorrio ainda não acreditando que conhecerei o príncipe Daniel.

***

Mayara

Sentada nos degraus que dão para o quintal de minha casa, observo meus pais conversando carinhosamente. Eles ainda continuam sentados no mesmo banco a mais de meia hora, trocando carícias e sorrisos.

Meu pai ganhou um dinheiro extra e nós fizemos um almoço reforçado hoje e almoçamos no quintal. Minha mãe ficou mais do que feliz em cozinhar. Só não a ajudei porque estava trabalhando, sou fotógrafa. Portanto, sou uma Cinco.

Não resisto e capturo mais uma foto deles juntos. Meus pais são minha fonte de inspiração para a profissão que exerço. A história deles é linda e depois de muito esforço, o amor deles virou um amor verdadeiro e arrisco dizer que também será eterno. Que ultrapassa qualquer obstáculo. E um dos meus desejos é que, um dia, eu consiga amar alguém como eles se amam, talvez até mais, se possível.

Fotografar é uma paixão para mim. Para mim é mais que só retratar um simples momento, é retratar um momento para poder vivenciá-lo todas as vezes que se vê a foto. É capturar momentos especiais, felizes, que você vai lembrar todas as vezes que olhar a foto.

Duas mãos cobrem os meus olhos e sei que é meu irmão. Oliver é meu irmão mais velho, de 19 anos, e nossa relação não é das piores, tirando o fato de que infelizmente, a gente quase não conversa. Porém, o bom é que quando menos esperamos, a gente tá ali, ajudando um ao outro. Ou seja, a gente quase não conversa, mas sempre damos concelhos um para o outro e nos confortamos, mesmo quando a gente não sabe que precisa disso. As vezes parece que eu conheço ele melhor que ele mesmo e ele me conhece melhor que eu mesma. Eu sei, é uma relação complicada, mas eu amo a nossa relação do jeito que ela é.

– Toc, toc! – diz Oliver ainda cobrindo meus olhos.

– Quem é? – brinco.

– Ah, esquece – E tira as mãos dos meus olhos e sorri. – Fiquei sem criatividade.

Mordo o lábio confusa e sorrio pra ele.

Alguns minutos depois minha mãe me chama para ajudá-la a retirar a mesa. Ao terminar de levar toda a louça para a pia me ofereço para lavá-la. Já que mamãe fez todo o almoço sozinha acho justo que eu lave a louça.

Quando me abaixo para pegar o sabão de baixo da pia para lavar a louça, vejo uma pequena bolinha de papel amassada no chão e a pego. Ao abri-la vejo um dos motivos pelo qual me inscrevi na seleção. Dívidas. Mesmo com todos nós trabalhando, estamos no meio de uma crise. Meus pais estão tentando esconder isso de mim, mas só se eu fosse cega para não perceber.

Meu irmão está tentando ir um pouco mais longe na carreira de trabalho para ajudar a sair dessa crise, mas as coisas continuam as mesmas. Então decidi me inscrever para a Seleção. E meus pais ficaram aliviados quando eu informei minha decisão, foi mais uma confirmação da crise. Meu irmão foi o único que foi contra, deixando seu instinto protetor falar mais alto. Sua testa franzida de preocupação não se suavizou desde então.

Sei que ele tem medo que eu acabe me apaixonando pelo príncipe e volte com o coração partido para casa, mas gosto de coisas novas e sei que A Seleção é uma oportunidade única.Vou com o intuito de ser a pessoa que o príncipe está procurando, mas se ele não me escolher, tenho certeza que ele escolherá alguém que seja boa para ele e para o reino. E essa oportunidade de entrar na seleção mudará completamente a minha vida e a vida da minha família.

Jogo a bolinha de papel no lixo e começo a lavar os pratos.

Assim que termino de guardar o último copo minha mãe me chama dizendo que o Jornal Oficial havia começado. Deixo o pano de prato na mesa e corro para a sala. Sento entre minha mãe e meu irmão no pequeno sofá e assisto atentamente.

A primeira selecionada foi apresentada e não deixo de notar que ela é bonita. Noto, também, uma coisa que acho que todas as garotas que estão assistindo ao Jornal oficial devem ter notado. O que Cristoph falou no ouvido do irmão? Imagino que Scarlett deve estar louca de curiosidade para saber o que é tanto quanto eu.

A segunda selecionada é apresentada e sua foto aparece na tela. Outra garota bonita, e é a primeira Dois apresentada. Olho para o canto da tela para ver a expressão de Daniele e ele continua sorrindo. Ao menos dessa vez Cristoph continuou quieto.

Grivery fica em silêncio por alguns segundos enquanto meche nas fichas em sua mão e depois franze um pouco a testa, mas logo volta a sorrir. Daniel se meche um pouco parecendo desconfortável. Ele sorri sereno e calmo, mas sei que ele não está calmo, basta olhar para seus olhos e perceber.

Como fotógrafa, sou observadora e já fotografei algumas pessoas que sorriam quando não estavam realmente sorrindo. Eu sei, é complicado de se entender, mas basta olhar para seus olhos. Nem é preciso ser tão observadora para entender.

Mordo os lábios e começo a roer as unhas nervosa. Minha mão logo cai sobre meu colo quando ouço Grivery anunciar a terceira selecionada.

– Mayara Sieber, de Carolina, fotógrafa, Cinco. Tem 17 anos.

Meu irmão suspira pesadamente do meu lado e sussurra.

– Parabéns, maninha.


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Notas finais do capítulo

Teve algum errinho aí? Me desculpem por eles.
A Lara e a Mayara estão aprovadas?
Já que falei bastante lá em cima, não tem muito o que falar aqui em baixo.

PERGUNTAS PARA AS SELECIONADAS:
O que acharam da Lara? Gostariam de ser amigas dela?
O que acharam da Mayara? Gostariam de ser amigas dela?
Que tipo de comida você prefere: doce ou salgada?

Até o próximo capítulo, minhas lindas selecionadas ;)
BJ doce!