My Burning Sunshine escrita por Fabi_M


Capítulo 5
Capítulo 4




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Os dias foram se passando e a minha saudade de Jake só aumentava cada vez mais, nós viemos aqui para a América do Sul e visitamos diversos países e o que eu mais gostei que é onde nós moramos por todo esse tempo é o Brasil, a floresta de lá era extremamente rica, eu adorava caçar lá.
Ao longo desses dois anos que passaram, Jake manteve suas promessas e me ligava quase todos os dias e nós também nos víamos pela Web Cam quase sempre, ele também veio me visitar apenas duas vezes. Eu aprendi muitas coisas com os outros de minha espécie por aqui, Carlisle descobriu que o meu crescimento era “normal” para pessoas como eu, e que por agora eu ia me estabilizar mas não iria deixar de crescer, ia seguir um ritmo mais normal.
Minha família se adaptou muito bem aqui, mesmo tendo bastante sol e calor, eles gostaram tanto quanto eu, sem contar que eu aprendi a falar português fluentemente apesar de ser uma língua bem difícil, nós iríamos estudar em colégio também, mas meu pai achou melhor não, devido ao bom tempo iríamos faltar quase sempre e os humanos desconfiariam.
Descobri que os Volturi estavam atrás de Nahuel, que por sinal era uma pessoa muito legal, nós conversávamos sempre, ele me consolava nos dias em que eu chorava por causa de Jake ou alguma coisa do tipo, e eu o achava bem bonito.
Agora eu já parecia ter 17 anos, meus cabelos estavam mais claros e os cachos mais soltos, meus olhos eram castanhos esverdeados e bom, meu corpo segundo a tia Rosalie, era de dar inveja a qualquer modelo, uma coisa que eu discordo totalmente. Mas agora eu tinha perdido todos os meus traços infantis e pensava como uma pessoa de 22 anos, eu ainda não tinha perdido a minha vontade de estudar em algum colégio de conviver com humanos no real sentido da palavra.
Mas o que mais me machucava era esse vazio dentro de mim, eu não era boa com sentimentos, eu não sabia discernir eles e quase sempre sofria, quase todas as noites depois de falar com o Jake eu chorava, eu não sabia o por quê, mas não era apenas a saudade que me matava, não era só por isso, eu sentia algo estranho dentro de mim, uma vontade crescendo que eu não sabia denominar e sempre que eu perguntava isso para alguém da minha família eles se desviavam de algum jeito. Enfim hoje faz um ano e dois meses que eu e o Jake não se vê. E hoje finalmente nós vamos nos mudar, estamos agora com tudo pronto e após nos despedirmos de todas as irmãs de Nahuel que por sinal não gostavam de mim, nós estamos aqui no aeroporto, e sim estou contando os minutos para ver o meu lobo preferido.
Olhei para trás e vi meu pai lendo e minha mãe ouvindo algo em seu Ipod, tio Jazz e a tia Alice estavam discutindo amigavelmente sobre algo, tia Rose e o tio Emmet estavam a quinze minutos trancados no banheiro digamos que fazendo algumas besteirinhas... O meu avô Carlisle estava com um livro grosso de medicina também lendo e minha avó Esme estava lendo uma revista de decoração.
Droga ficar nesse avião sem fazer nada por 5 horas era uma chatice das grandes, peguei meu IPhone e comecei a ouvir minha habitual musica.
O cara que estava na janela e do meu lado não parava de me olhar pelo canto de olho, ele até que era bonitinho e devia ter uns 18 anos, ele era bem loiro e seus olhos eram azuis como o céu, ele entrou no avião quando fizemos nossa escala. Até então ele ficava me olhando de soslaio e corava levemente quando via eu o olhando.
Eu até gostaria de falar com ele, mas era estranho. Dei de ombros, se ele não queria falar então só me resta ouvir musica. Comecei a ouvir The Veronicas e bater meu pé no ritmo da musica.
Passaram-se umas três musicas então eu comecei a ouvir Paramore e assim sucessivamente The Strokes.
Então eu senti alguém me cutucar levemente e olhei para o garoto ao meu lado.
- Err, oi? – falei.
- Você vai querer? – ele apontou para a aeromoça que oferecia bolachas e outras coisas.
Eu olhei pra ela e pedi.
- Ah, eu quero a bolacha e uma coca-cola.
- O mesmo pra mim – ele falou.
Eu sorri para ele que imediatamente sorriu de volta.
Ela entregou os saquinhos e as cocas para nós e saiu.
- Então você gosta de Strokes?
- Adoro – abri minha coca e tomei um gole – mas como você sabe?
- Estava escutando você cantar – ele riu quando eu corei – Não liga, eu também canto quando eu escuto eles.
- Ah você gosta também?
- Sim, e a propósito me chamo Nathan e você?
- Renesmee, mas todos me chamam de Nessie.
- Oh, Nessie esse apelido é legal! – ele sorriu e seus dentes eram bem brancos.
- É. – sorri novamente.
- Então Nessie, quais são suas bandas preferidas?
- Ah, eu gosto bastante de Paramore, the veronicas, Strokes, Muse, Pixie lott e por ai vai.
- ah, você conhece a Pixie?
- Sim, adoro as musicas dela e o estilo também.
Então nós conversamos um monte sobre bandas e gostos, descobri que nós tínhamos bastante coisas em comum e ele era bem engraçado.
- E você morava onde Nessie? – ele perguntou.
- Eu morava em Oregon, então me mudei para o Brasil fiquei dois anos lá, e agora vou voltar a morar lá.
- Sério? Quer dizer, eu também moro lá! – ele sorriu abertamente – Mas o Brasil é legal? Ouvi dizer que lá as mulheres estão quase sempre peladas e que só tem selva.
Eu comecei a rir.
- Que foi? Não é assim lá? – ele perguntou envergonhado.
- Não, claro que não! Também já ouvi coisas desse tipo, mas é completamente diferente, é como aqui, só que faz mais sol e é mais calor, as mulheres não andam pelada, e bom tem selva, mas também tem os grandes centros urbanos igual o Rio de Janeiro que por sinal é maravilhoso e São Paulo também. Enfim todos os boatos são mentiras.
- Que legal, deve ser bom para surfar lá.
- Sim, eu aprendi lá e é simplesmente demais! – eu sorri – As ondas são enormes!
- Você surfa?
- Sim.
- Cara, eu definitivamente estou impressionado.
Eu apenas sorri tímida.
- Então, você vai morar em Oregon?
- É.
- Espero que nós nos encontremos lá, sabe eu ia gostar de rever você.
- Er, eu também – Por que não gostaria? Ele parecia ser legal.
Eu olhei para o lado e vi o tio Emmet e a tia Rose sair do banheiro na maior cara de pau, eu ri discretamente quando o tio Emmet piscou pra mim e arrumou sua camisa. Meu deus, mas aqueles dois não tinham jeito mesmo?
- Aqui quem vos fala é o comandante, prezados passageiros queiram colocar seus cintos e preparar-se para a aterrissagem, muito obrigado.
- É, parece que estamos chegando – Ele falou enquanto apertava seus cintos.
- Pois é – eu comentei enquanto sentia a turbulência do avião na pista.
- Er... Você tem namorado?
Eu sorri, por que ele acharia que eu tenho?
- Não, e você?
- Bom, namorado eu não tenho – ele riu.
- Ah, eu quis dizer, namorada. – eu ri junto com ele.
- Não tenho não.
Eu vi a comissária de bordo abrir a porta e as pessoas começarem a sair.
Meu coração acelerou, será que Jake estaria lá me esperando?
- Então – eu peguei minha bagagem de mão – Acho que a gente se vê por Oregon Nathan.
- É – ele pegou minha mão livre e beijou – foi um prazer te conhecer Renesmee.
- O prazer foi todo meu Nathan – eu sorri e me levantei.
- Aqui, não esquece seu fone – ele me devolveu.
- Obrigado.
Eu vi meu pai sair pela porta e notei o olhar que ele lançou sobre o garoto.
Qual é pai! Não posso mais fazer amizades?
Desci do avião logo após meus pais e agora os segundos pareciam demorar mais enquanto eu tinha que andar nessa velocidade tediosa, ele estaria ali não estaria? Eu não podia mais esperar, meu coração batia descontroladamente.
- Calma meu amor – minha mãe sussurrou – Ele vai estar lá.
- Eu sei – tentei sorrir, enquanto passávamos pela porta onde pegávamos as bagagens.
- Pai, você pode pegar minha bagagem? – perguntei impaciente.
- Claro Ness, pode ir lá.
Obrigado paizão! Você é demais!
Ele limitou-se a rir.
Cada passo que eu dava eu desejava estar mais perto, eu podia senti-lo mais perto. Eu fiz um grande esforço para manter uma velocidade normal, até que eu cheguei ao Hall do aeroporto. E rapidamente eu o vi.
Eu o veria no meio de uma multidão ou a quilômetros, ele se destacava dos demais. Seus cabelos estavam em seu habitual penteado curto, sua pele morena que eu tanto senti falta parecia brilhar agora, ele sorria, sorria como se estivesse vendo a coisa mais bonita do mundo, como se fosse um menino ganhando seu presente em uma manhã de natal. Meu coração acelerou, ele estava usando seu jeans preto, blusa branca e aquela jaqueta de couro que eu tanto amo. É obvio que ele se destacaria, aquele era o meu Jacob, o meu melhor amigo.
Corri para seus braços sem poder esperar nem mais um segundo e finalmente eu estava ali, naqueles braços que eu tanto sonhava em todas as noites, sentindo aquele cheiro amadeirado que eu tanto tentava me lembrar, agora eu sabia que a minha memória falha não fazia a jus a sua perfeição.
- Nessie – ele sussurrou e eu pude sentir que ele estava sorrindo – Menina como você cresceu!
- Jake! Jake! – eu deixei minhas lágrimas caírem livremente – Como eu senti sua falta Jake!
- Eu também minha pequena... – ele me afastou um pouco e limpou minhas lágrimas – por que você ta chorando?
- Lágrimas de felicidade, não se preocupe!
- Calma, sou só eu. – ele sorriu.
- Ah Jake, cala boca e me abraça! – eu o apertei contra meus braços.
Agora eu batia um pouco acima de seu ombro, me aproximei mais e inspirei profundamente o seu aroma amadeirado, meus braços estavam por dentro de sua jaqueta agora, eu podia sentir os músculos de suas costas cobertos pela sua camisa em minhas mãos, ele era tão quente.
- Ha-han – papai limpou a garganta atrás de mim.
- Hey Edward – Jake se afastou de mim e passou o braço em meus ombros enquanto eu o segurava pela cintura.
- Olá Jacob – ele murmurou raivoso.
Ih, que foi pai não vai ter um daqueles distúrbios bipolares, vai? Foi apenas um abraço e além do que, jake é o meu melhor amigo.
- Eu sei, engraçadinha – ele tentou ocultar sem sucesso um sorriso.
Então chegou o tio Emmet, a Tia Rose e a minha mãe com suas malas.
- Eai dogão! – tio Emmet o cumprimentou.
- Fala Emmet, Rosalie, Bella. – ele cumprimentou todos.
- Olha, o vira-lata está feliz em nos ver.
- Claro, quem mais eu poderia zuar com as minhas piadas? – ele sorriu e a tia Rose bufou.
- Hey Jacob! – Tia Alice o cumprimentou.
E assim todos os demais se cumprimentaram e nós fomos pra fora, onde estavam os nossos carros.
- Como você trouxe todos? – eu perguntei pro Jake.
- Sabe – ele murmurou enquanto apertava mais meus ombros – Eu tenho minhas técnicas e alguns lobisomens á mais no meu bando.
Eu ri, a tia Rose ia ser a primeira a reclamar.
- E você veio de moto? – perguntei animada.
- Sim – ele sorriu abertamente.
- Eba! Posso dirigir?
- O que? Ficou louca? – ele me olhou estranhamente.
- Ela já dirige Jacob – meu pai falou – Melhor que você eu aposto.
- Há, to pagando pra ver – ele me desafiou.
- Então vem – eu o puxei em direção a sua moto.
Ele me jogou as chaves e eu coloquei meu capacete, subi na moto e ele ficou me olhando.
- O que foi? – eu olhei pra mim mesma.
Eu estava usando um shorts jeans preto, uma blusa rosinha gola pólo e o meu all star branco.
- Nada, to me despedindo da minha linda moto. – ele fez uma cara engraçada.
- Ah Jake, sobe logo. – ele subiu enquanto eu falava.
- Segure-se – eu sorri – Vamos chegar antes de todos.
Eu dei uma arrancada sem nem falar com ninguém. Ele se assustou e quase caiu da moto.
- Jake! – eu estava rindo – é pra se segurar em mim, se não você cai!
Eu parei a moto e coloquei suas mãos em minha cintura. Notei que as suas mãos eram maiores do que eu me lembrava, elas quase se fechavam em minha cintura, eu senti uma onda de calor percorrer o meu corpo.
Eu senti ele se afastar um pouco.
- Ah Jake, não vou te morder.
Ele suspirou e chegou mais perto de mim, emanando calor, eu podia sentir ele quase colado em mim, seus braços em minha volta me deixavam super aquecida.
Eu dei a partida e arranquei de novo com a moto, fazendo ele se aproximar mais ainda de mim. Eu podia sentir todo o seu abdômen em minhas costas e também a sua respiração acelerada um pouco acima de meu pescoço, ele suspirou e um arrepio involuntário desceu em minha espinha, eu corei. Era tão diferente.
Eu acelerei mais e ele me apertou mais um pouco, eu podia ouvir seu coração disparado... De medo? Será que ele achava que eu iria bater a moto dele? Não que isso fosse matar qualquer um de nós. Acelerei mais ainda e desviei dos carros que andavam lentamente, eu adorava andar de moto aquilo me dava uma sensação de liberdade tão grande, em reflexo aumentei um pouco mais a velocidade e o Jake me apertou mais ainda.
Eu nunca sentira aquilo antes com o Jake, esse calorzinho que se infiltrou em meu estomago devido ao seu aperto, ou essa corrente elétrica que percorria todo o meu corpo e ansiava por algo a mais. Eu tinha que parar com isso, ele é o meu amigo! Meu melhor amigo! Isso devia ser coisa da minha cabeça.
Eu fui cortando caminho entre os carros e cada vez que eu chegava perto de mais de algum carro o Jake me apertava em reflexo, eu tinha desviado um caminhão e ele quase esmagou minha cintura.
- Jake! – eu murmurei meio sem ar – Se você me apertar mais um pouco eu não respiro!
- Er.. Desculpa Ness, é que você tira cada fina!
- Eu sou profissional relaxa.
- Profissional, sei. – eu pude sentir o riso em sua voz – Só quero chegar inteiro em casa dona profissional.
Eu apenas ri.
Vinte minutos depois nós estávamos chegando em nossa antiga casa. Que saudade desse lugar! Esperei o Jake sair da moto e o segui pra dentro de casa.
- É tão bom estar de volta.
- Eu que o diga – ele sorriu e se virou pra mim – Bem vinda ao lar.
Eu assenti e o abracei.
- Eu senti tanto a sua falta Ness – ele falou enquanto passava a mão em meus cabelos – tanto.
- Eu também Jake, mas agora eu voltei. Lembra? Vim trazer sua alegria de volta. – me afastei um pouco dele.
Ele deu um daqueles sorrisos que pareciam rasgar seu rosto, como eu senti falta disso.
- Jake! Você sabia que aqui nós vamos estudar? – eu falei animada – meu avô Carlisle já nos matriculou e tudo! Começamos amanhã!
Eu sorri empolgadissima enquanto ele bufava.
- Que foi, não ta feliz? – eu o olhei – Qual é Jakezinho lindo, você não vai me deixar ir pra escola sozinha vai?
- Claro que não, mas eu achei que nós teríamos mais tempo... – ele fez uma careta.
- Não dá Jake, eles já estão no primeiro semestre! Nós já estamos um pouco atrasados, então... É amanhã! – eu soltei um gritinho de empolgação.
- Ness, nunca vi alguém tão animada pra ir pra escola.
- Ah Jake! Eu só quero ver como é conviver com humanos, ir á uma escola, mesmo que eu já saiba quase todo o conteúdo que eles vão me ensinar, é uma experiência nova! E eu já aparento ter 17 anos!
- É, percebi – ele fez um muxoxo – Você ta linda Nessie, cada vez ficando mais linda.
Eu corei fortemente e olhei para minhas mãos, estranho.
Ouvimos barulhos dos outros carros na entrada.
- Eca! – tia Rose reclamou – Nunca mais peça para o vira-lata trazer meu carro! Vai ficar fedendo a cachorro molhado por um mês.
Nós dois rimos.
- Rosalie, você sabe como se faz para deixar uma loira louca?
Ela apenas revirou os olhos.
- Coloca ela em um quarto redondo e manda ela fazer xixi no canto.
Eu fui obrigada a rir com a cara que a tia Rose fez, todos começaram a rir também.
- Emmet! Não sei por que você ta rindo – ela falou exasperada.
- Ah baby, o dogão de vez em quando solta umas boas.
Nós entramos e minha mãe e minhas tias se encarregaram de guardar tudo e em menos tempo do que eu achava possível a nossa casa estava como antigamente.
- Hmm, Ness o que você acha de nós colocarmos aqueles enfeites aqui? – vó Esme perguntou enquanto eu comia alguns morangos na cozinha.
- Ficaria lindo vó! – eu sorri – Eu te ajudo.
Nós colocamos os pequenos enfeites brasileiros na cozinha, estava lindo.
- Nessie, você quer mesmo ir para o colégio? – vó Esme me perguntou.
- Quero sim vó, sabe conviver com gente diferente! – eu olhei pra ela – Não que eu não ame vocês, você sabe não é vó? eu só quero experimentar coisas diferentes.
- Nós também amamos você querida – ela sorriu e beijou minha testa – Mas tome cuidado, nem tudo é o que aparenta ser.
- Eu vou tomar vovó! Aliás todos vão estar comigo lá, nada de mal pode acontecer.
Ela apenas sorriu.
- Hey Nessie, ta comendo o que? – o Jake entrou sem camisa e com aquela bermuda velha.
- Morangos, você quer? – eu disse enquanto mordia um.
Ele parou e ficou me olhando por um segundo, aquele era um de seus olhares cheios de mistérios. Eu estava sentada na bancada da cozinha as pernas entreabertas e comendo morangos. Não estava em um dos meus melhores dias, ele caminhou lentamente até mim, e cada passo que ele dava mais seu cheiro deliciosamente amadeirado me inebriava. Agora ele estava na minha frente com uma expressão confusa. Ele estendeu a mão para trás de mim, tocando em minha cintura, então pegou um morango e comeu lentamente. Eu não entendi o por que daquela cena me dar água na boca, eu simplesmente engoli um morango inteiro.
Eu não conseguia proferir uma só palavra, tudo isso era tão estranho. Essas novas sensações que surgiam em gestos simples. Eu olhei em seus olhos, aquela piscina negra que eu tanto sentia falta, eu me perdi em seu olhar enquanto ele me fitava e esticou novamente sua mão, pra pegar outro morango eu acredito, então senti que ele se apoiou ali e chegou mais perto de mim, olhei pra baixo, ou melhor para o resto do seu corpo, por que será que eu nunca tinha notado o quão lindo o Jake era? Todos esses músculos, bíceps e tríceps...
- Ha-han – Vi que alguém limpou a garganta atrás de nós.
Eu rapidamente desci da bancada roçando levemente em Jake e vi que era minha mãe ali.
- Ah, oi mãe – falei corando fortemente.
- Eu só vim avisar vocês que eu, seu pai, Carlisle, Esme, enfim todos vamos caçar – ela terminou lançando um olhar sombrio para Jake.
- Ah, Ok. – eu respondi e tive uma idéia –eu e Jake vamos ir no riacho.
O jake pareceu sair do ‘transe’ e me respondeu.
- Riacho?
- É Jake, aquele que você me levou sabe? Ele é fundo não é? Quero dar um mergulho!
- Ah sim, dá pra dar um mergulho sim.
- Ok – mãe falou – Nós já estamos saindo, juízo.
Ela lançou um olhar significativo para o Jake.
Como se nós fossemos fazer algo... Jake era meu amigo, aquilo antes foi só... Bom foi... Ele queria comer os morangos, eu também. Nada mais que isso.
- Então Jake – eu o olhei enquanto minha mãe saia – Eu vou lá me trocar e depois nós vamos!
Ele assentiu enquanto comia o resto dos morangos despreocupadamente.
Eu subi a escada com minha velocidade anormal, entrei em meu quarto e tudo parecia estar como era antes, as únicas diferenças eram os meus retratos, eles continham mais fotos minhas nas praias brasileiras e diversas paisagens exóticas.
Com um suspiro eu fui para o meu closet atrás de um traje de banho, não sei por que, mas eu precisava mesmo esfriar a cabeça.

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Notas finais do capítulo

agradecendo a mah que me deu a ideia dos morangos! UIAHEIUHAIU
de dar agua na boca, hmm auihea