Mistakes escrita por Niina Cullen


Capítulo 33
Capítulo TRINTA E DOIS


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei o que vocês devem estar pensando: "mas ela só não ia trazer o próximo no dia 21?" Pois é, não é só vocês que ficam ansiosas pelos próximos capítulos, eu também, mas de uma maneira diferente. Fico ansiosa para saber a reação de vocês, porque eu já sei o que vai acontecer, até o final, mas é muito melhor quando a gente compartilha e recebe feedbacks tão importantes como vocês tem deixados nos reviews.

Então sim, eu trouxe hoje.

Me desculpe pegá-las de surpresa de novo. E queria agradecer à vocês sempre: RKUsVsThem, Lari, Heybrother (nunca disse isso nos comentários, mas temos alguém que gosta de TVD também ADORO! Só não as últimas temporadas, desculpe rs), cacau260809, bela02, Fabricia Elaine, Super Batatinha, L C Muller, Cris, gessicafernandess, leca, Margareth Masen. Muito obrigada meninas, sempre *-*

E quem quiser chegar junto kk, chegue, vou adorar saber o que você estão achando ;)

Dêem um OEEE Animado ( o/



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Capítulo
TRINTA E DOIS

 

De alguma forma inexplicável o tempo possa sem que você realmente o perceba. 

Às vezes você apenas acorda e percebe que a sua cama de solteiro não é mais uma cama de solteiro, mas sim uma enorme cama com travesseiros de pluma de ganso e lençóis de sabe-se lá quantos fios.

Perfeito.

Ou nem tão perfeito assim.

***

Foi fácil convencê-la. Eles não precisaram do casamento para consumar aquela relação antes. Já estavam dormindo - ou quase isso - e acordando juntos.

Então faltava pouco para que a mudança fosse definitiva.

Isabella só ia ao seu apartamento para limpar as coisas na geladeira, ou pegar mais algumas peças de roupas de que ela precisaria para a semana com Edward.

Foi assim até o casamento, então ela já estava trancando tudo e com a ajuda de Jasper colocavam as malas no carro.

Um dos filhos da Sra. Torn estava lá fora, esperando, quando ela lhe entregou as chaves.

Ali, perguntando sobre a mãe do homem de meia idade Bella soube naquele dia que a senhora gentil que estava deixando a sua casa de uma vida toda para ir viver em uma casa de repouso, tinha morrido.

Causas naturais, o filho tinha dito quando colocou as chaves no bolso e seguiu pela calçada rumo a qualquer lugar. Em busca, Bella esperava, de alguma lembrança da mãe que ele tinha perdido.

Bella se lembrava de como tinha ficado naquele dia, como não tinha sido forte demais para conter suas lágrimas.

Jasper foi gentil em lhe dar um lenço.

Correr atrás de momentos perdidos, momentos que nunca mais voltarão é doloroso demais. Principalmente para alguém que ainda tem o seu pai. Longe.

Ela ainda ligava para Charlie, todos os dias, mas ela sentia que com o tempo essa frequência estava caindo. E que a distância estava vencendo.

Ele não queria saber da sua vida com Edward. O aue fazia Bella pensar que sozinha então, senão fosse por ele. Que sempre estava ao seu lado, confortando-a e dizendo as melhores coisas que podia dizer.

Charlie era um bom pai e que um dia ele aceitaria aquele relacionamento.

Faltando pouco para o grande dia, os dois tinham decidido que ela devolveria o apartamento depois do casamento. Uma semana depois foi o acordo.

Já fazia um tempo que não existia mais necessidade em manter aquele apartamento. Mais precisamente desde que sua casa passou a ser aquela grande mansão.

E foi assim que aquela madrugada do primeiro ano da vida deles chegou. Seu resfriado não foi capaz de conter os seus desejos e emoções, então quando Bella percebeu Edward já estava por cima dela, exitado sob o roupão e incitando suas contrações com beijos e gemidos. Arquejos que saiam em forma de suspiros preenchiam todo o quarto. Sua febre esquecida, sua falta de ar recuperada a cada roçar dos lábios que era reencaminhado para o seu pescoço, sua clavícula, seus seios. Sua pele queimava. Mas era de desejo.

Então o dia 14 de fevereiro chegou. E com ele todo o nervosismo. A cada tocar do telefone Bella achava que podia ser Charlie, ligando para dizer que tinha mudado de ideia e que precisava saber onde seria o casamento para poder levar a sua filha até o altar. Mas sempre era algum fornecedor querendo falar com Alice que estava cuidando de tudo. 

Por que não ligavam no celular dela?

O casamento tinha sido anunciado nos jornais como The New York Times, e seria na casa da família de Edward. Sua família também, ele a corrigia, sorrindo e beijando a sua testa delicadamente.

O terno tinha sido enviado para Charlie que Bella sabia que tinha sido recebido, já que Edward fez questão de que fosse entregue em mãos. Como esperado, ele recusou o alfaiate enviado de Nova York também.

Uma semana inteira sem falar com o seu pai. Até o dia que ambos chegaram na mansão, depois de um dia cheio na Cullen Enterprise, e Edward tirou o telefone do suporte e o entregou a ela.

— Ligue para o seu pai, eu sei que você quer fazer isso.

Bella segurava o telefone relutantemente quando Edward a abraçou e sussurou por cima da sua cabeça, acariciando as pontas dos seus cabelos onduladas:

— Vou tomar um banho e deixá-la mais a vontade.

Ele se afastou e seguiu para as escadas.

Bella não acreditava que pudesse existir alguém melhor do que alguém como Edward.

Pai e filha afastados e Charlie não viria a seu casamento.

— Eu espero estar realmente enganado filha e que você seja muito feliz.

— Pai - ela tentou argumentar, sentindo a sua garganta apertar. Charlie não acreditava naquilo. No bem que ela achava que Edward estava fazendo a ela.

— Não deixe de viver a sua vida por ele.

Era a primeira vez que Charlie falava aquilo para ela. E era a primeira vez que ela quis desligar o telefone na cara do seu pai.

Você é capaz de viver sem a sua família? Sem os seus amigos? Sem as pessoas que ama? Bella estava sendo conduzida a uma realidade obscura e deserta, longe de pessoas que só queriam o seu bem.

Mais tarde, naquela noite, Edward perguntou como tinha sido com o seu pai.

— Foi bom. - Ela mentiu, se aconchegado nos braços de Edward. - Ele nos desejou felicidades.

Se Edward tinha mesmo acredito naquilo Bella não sabia, ele não questionou.

Dormiram, e como um raio o dia de seu casamento tinha chegado.

Boa parte das pessoas presentes naquele dia foram de acionistas da empresa, pessoas importantes, conhecidos de Edward e da família Cullen. Bella podia ter chamado alguém dos tempos da faculdade em Seattle ou alguém de Forks, Edward estava pagando tudo e Alice sempre perguntava quais seriam os seus convidados. E Bella sempre respondia a mesma coisa:

— Vocês. Vocês são meus convidados. As únicas pessoas que eu quero que estejam presentes nesse dia.

E meu pai, ela pensou.

Alice tentou de todas as formas. Charlie parecia confiar na jovem moça, o que o deixava um pouco tranquilo em saber que Bella tinha uma amiga que gostava dela. Mas mesmo assim, a sua decisão em não comparecer ao casamento estava tomada.

Foi Carlisle que a conduziu até o altar. Com um sorriso simples entregou a sua nova filha para Edward e com um olhar cúmplice entre eles, ele se afastou, indo para o seu lugar ao lado de Esme. Alice, sua madrinha escolhida e forçada de uma maneira natural e óbvia segurava o seu buquê. Disseram sim em meio a pessoas, em sua maioria, desconhecidas. Sob uma guirlanda de flores.

Tudo era lindo. Edward usava um terno azul chumbo, seu cabelo tinha sido aparado nas laterais e um pouco em cima - ele ainda tinha aquelas mechas revoltas e irresistíveis. Bella levou suas mãos até elas, sentindo-as deslizarem entre seus dedos quando ambos disseram sim e aproximaram seus lábios em um beijo misturado a paixão que selaria para sempre o início daquela união desconhecida.

Uma vida cheia de surpresas e incertezas. A única que Bella tinha naquele momento era de que com Edward ela teria tudo. E isso bastaria. O amor dele bastaria.

***

Durante a festa que Alice tinha organizado - assim como todo o resto com Esme também no comando e Bella apenas deslumbrada com tudo - Edward não a deixou nenhum momento sequer sozinha. Entre cumprimentos de desconhecidos, e de pessoas que Bella se lembrava de reuniões de trabalho, Edward manteve a sua mão firme em sua cintura e na outra uma taça com bebidas que circulavam entre os garçons.

Edward não a deixava sozinha nem por um único momento e não queria admitir para si mesmo que estava cismado com aquela abertura nas costas do vestido que Bella usava. Ele queria que ela se trocasse logo e que todos aqueles urubus parassem de olhar para a sua mulher.

— Você se importa de me emprestar a sua esposa? - Alice surgiu como um fantasma do seu lado e já puxando Bella dos braços do irmão, não esperando um consentimento dele. - Para de monopolizar a sua esposa, que grude.

Bella riu um pouco, esperando que Edward não tivesse se importando com a provocação da irmã quando elas se afastaram.

— Aonde você está me levando? - Bella perguntou quando Alice foi para as escadas dentro da mansão, um pouco afastada do imenso salão que tinha se tornado a sala deles.

— Você acha que sairia daqui para a sua lua de mel vestida assim?

Bella não via problema algum naquilo. Não era Alice mesmo que tinha dito que ela estava linda? O que tinha acontecido?

Bella passou as mãos pelo tecido liso do vestido um pouco confusa com aquilo, mas se lembrou de agradecer por não ter tropeçado nenhuma vez na calda do vestido.

— O quê? Lua de mel é lua de mel, até mesmo em Chicago - Alice fez uma careta abrindo a porta em um dos quartos do andar de cima, parecia o mesmo que elas tinham se trancado durante o dia todo, reservado até então para o cabeleireiro que cuidou dos seus cabelos, para a maquiadora que cuidou de deixar seus rosto divino e da massagista antes disso tudo. Até Margareth, a senhora que ajustou o seu vestido estava lá, pronta para qualquer imprevisto.

Alice foi desfazendo o penteado de tranças grossas presas por uma presilha encrustada com safiras azuis em um desenho florais logo em cima dos prendedores. Alguma coisa velha e azul.

— Eu não consigo acreditar que vocês estão indo para Chicago - Alice resmungou e depois bufou, contrariada.

Quando ela descobriu para onde eles estavam indo, diferente da passagem que Carlisle e Esme tinham lhes dado de presente para Itália, Alice quase surtou.

— Edward tem que visitar alguns clientes lá na próxima semana então decidimos que seria lá. E também estaremos perto para voltar para Nova York para qualquer imprevisto com o novo projeto de parceria com a Apple.

Bella viu através do espelho quando Alice revirou os olhos. Quando ela terminou com o seu cabelo ela pegou vestido, quase um creme perolado, que estava sobre a cama perto de um par de saltos preto.

Bella olhou para seus pés agora descalços, depois de um dia inteiro sobre aqueles escolhidos para o casamento e suspirou.

Alice riu e foi no momento que Esme passou pela porta e viu a cena, entendendo tudo.

Aquela era a segunda vez que ela salvava Bella em uma única semana. A primeira foi quando Alice, com toda a sua desenvoltura de técnicas de chantagem estava tentando convencê-la a uma festa de despedida de solteiro.

Bella estava comendo um brownie preparado por Esme quando se engasgou com o que Alice dizia.

Seu primeiro pensamento tinha sido Edward. O que ele pensaria daquilo. Não.

Sua resposta tinha sido não, mas Alice estava destemida. E foi quando Esme a salvou.

Nada de despedidas de solteiro.

Ela parecia tão ou mais preocupada do que Bella com a reação que Edward poderia ter se ele soubesse ou ao menos pensasse naquilo.

Agora, pela segunda vez em uma semana, Esme a socorria de Alice.

— Aqui Bella, calce isto, é muito mais confortável.

Ela trazia consigo uma sapatilha num tom de rosê claro com a ponto dourada espelhada. Um detalhe único e perfeito.

Alice não resistiu e sorriu também. Pegou a presilha sobre a mesa e a colocou na mão de Bella.

— É seu - ela disse.

As três se abraçaram e sorriam. Aquela era uma parte da sua família. Uma pequena, mas importante parte diante de tantos momentos que tinham sido tristes em sua vida.

***

O tempo realmente passa sem que ao menos você perceba. E com ele algumas coisas mudam, coisas até então imperceptíveis se tornam reais e muito mais expostas, como uma ferida depois da queda.

O tempo passa, até mesmo quando tudo o que você mais queria era pará-lo, controlá-lo para que tudo voltasse a ser como tinha sido um dia. Se é que realmente tinha sido.


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Notas finais do capítulo

Gente, é próximo.

Segunda fase!

Vamos ver o que Edward tem aprontado depois do casamento? E temos NOVAS DESCOBERTAS!!! Novos coisas a se desenrolarem. Espero respostas de vocês beijo, beijo porque com 10 reviews que tem sido a meta mais ou menos eu venho aqui e posto para alegria de todos * - *

Mas podem comentar mais ;) Sempre!