A ideia de viver no mesmo teto que ela era a melhor.

–Por que você não vai conversar com ela? -Perguntou a sua mãe.

Fazia apenas três dias que Austin estava em casa e pode ver que a relação ali havia mudado com sua presença, Ally estava aérea, mal conversava comos ali presentes, era o que sua mãe havia comentado. Foi quando teve uma ideia.

–Será que ela toparia ir no estúdio comigo? -Ele a questionou.

A mãe sorriu com a ideia, seria interessante que eles se dessem bem, principalmente que faltava apenas onze dias para ela ir embora.

O rapaz nem esperou a resposta e foi ao encontro da estrangeira, bateu na porta e quando viu que ninguém responderia, abriu a porta lentamente. Ela estava na casa a ler um romance.

–Ally. -Ele a chamou com um pouco de receio, não sabia como ela reagia ao ser interrompida enquanto lia.

Ela se assustou um pouco, entretanto ela reconheceu a voz.

–Olá, Austin.

–Olá. -Respondeu ao entrar no local, foi quando viu a decoração que ela havia feito. -Eu queria saber. -Ele coçava o cabelo de forma nervosa. -Se você não gostaria de ir ao estúdio de gravação comigo.

Antes que ela pudesse responder, ele a cortou.

–É que eu não queria que ficasse esse clima meio estanho entre a gente. -Ele sentou na beira da cama. -Queria que fôssemos amigos.

–Você já havia me convencido na ideia de conhecer um estúdio de gravação. -Ela falou tirando um sorriso do loiro.

Ela fechou o livro e levantou para pega sua bolsa: -Vamos?

–Vamos. -Ele fechou a porta.

O caminho até o local foi em clima leve, conversavam para tentarem se conhecer, ao chegarem lá Ally se surpreendeu como o tamanho do edifico, sem conta as pessoas que andavam de um lado para o outro afim de concluírem os serviços antes do expediente acaba.

–Vem, é por aqui. -Guiou o cantor pelos corredores e elevadores.

Ao chegarem na sala indicada avistaram um ruivo a andar, nervoso, pelo chão.

–Finalmente você chegou. -Gritou o garoto. -Oi, jovem que eu nunca vi.

–Dez, essa aqui é a Ally. -O ruivo arregalou. Era a garota que havia tirado um sorriso do seu melhor amigo, mas antes que ele pudesse falar qualquer coisa recebeu um olhar ameaçador do amigo.

–Prazer, Ally. -Ele entendia-o agora, a beleza dela era inigualável, até as musas do Olimpo se ofenderiam com tanta graça e beleza. -Vamos começar, Austin?

O menino assentiu.

Ally ficou sentada ao lado de Dez enquanto via seu mais novo amigo trabalhar. Vê-lo se concentrar o que a fez se pergunta no que ele pensava quando fechava os olhos. Antes mesmo da batida entrar ele a encarou, era como se a música fosse dedicada somente a ela, que se delicia a ao ouvi-lo. A voz rouca e afinada a levava para outro estado de ser. Ela só percebeu que mantinha os olhos vidrados nos deles quando o ruivo ao seu lado a cutucou e sussurrou para que ela entrasse na cabine.

Ela corada entrou e se aproximou sem desviar o olhar do dele, sentiu ele tocar sua mão, a corrente elétrica a invadiu como da última vez que isso ocorreu. Em meio a brincadeiras com ele, ela se divertia, ele a fazia gargalhar enquanto cantava e a girava. Tudo era visto por Dez que notou algo, que provavelmente eles não viam ainda.

–Acho que essa será a música mais animada do CD. -Constatou Jimmy ao ver a animação do local. Acabou por pega todos de surpresa. -Não acha Dez?

–Concordo plenamente. -O ruivo sabia o que passava na cabeça do produtor de sua amigo. Era a mesma coisa que ele pensava.

Austin e Ally saíram da cabine envergonhados da cena que propuseram ao dono do edifício.

–Quem seria essa bela dama? -Jimmy questionou.

–Essa é a Ally. -Agora tudo fazia um pouco mais de sentido para o homem que havia interceptado algumas conversas de seus empregados. Sempre havia um nome em comum nas conversas e esse era o nome . Ally.

Depois de mais algumas gravações, o loiro a levou para uma sorveteria mais afastada da cidade, ele não queria envolvê-la em sua fama e ela sabia disso.

Passaram bom tempo juntos e foi como se conhecessem a décadas, sabiam quase tudo um do outro.

–Adorei passa o dia com você, Austin. -Ela disse em frente à porta de seu quarto. -Obrigada.

–Espero que possam existir mais dias assim. -Ele disse antes de desejar boa noite a ela e entrar em seu quarto. Em frente ao dela.

Ambos deitaram em suas camas e sonharam com o outro, que estava apenas uma porta de distância.