~~Por Katherine~~

   Ainda me encontrava no lago, pensando para onde ir, logo lembrei de Córsega a parte central do território, onde com certeza meu pai não visitava, ficava alguns quilômetros dali, mais eu estava sem meios de viagem, como eu poderia chegar até lá? Logo ouço os guarda reais vindo nesta direção, me ponho de pé, e saio floresta a dentro, tentando me distanciar o mais longe possível daquele local, corri e corri, até que percebi estar perdida no meio daquela floresta fechada.

   Andei pela floresta, não encontrando caminho algum para voltar até o rio, quando dei por mim, já estava escurecendo, e quanto mais escurecia, mais preocupada e assustada eu ficava, como vou saber se há animais perigosos nesse local? Logo me aproximo de uma rocha e sento na mesma, pondo meus braços á minha volta, pois ali estava congelando.

—Katherine: E agora? Para onde vou? - me pergunto olhando em todas as direções daquele lugar.

   Resolvo encarar aquela escuridão intensa, ando algumas horas, e logo paro para tomar um fôlego.

—Katherine: Queria tanto fugir Katherine, que agora acabou se perdendo, com fome, com sono e com muita dor nos pés...-digo e logo escuto um barulho muito estranho vindo em minha direção...-Quem está ai? –pergunto já morrendo de medo.

   Esse barulho se aproximava cada vez mais, cada vez mais perto, e eu já assustada, não poderia esperar para ver o que era, sai correndo dali, não iria esperar para ser lanchinho dos animais perigosos daquele lugar, corri tanto que não percebi o tronco que havia logo adiante, tropecei no mesmo e sai bolando ribanceira abaixo, bolei e bolei, até tacar a cabeça em uma rocha que ali estava e ficar desacordada.

   Passei horas e horas desacordada, até um grupo de caçadores me acharem.

—Caçador1: GENTE! – grita chamando a atenção dos outros que ali estavam.

—Caçador2: O que ouve, aconteceu alguma coisa com você? –pergunta preocupado.

—Caçador1: Não, eu estou bem, quem não está nada bem é essa moça que encontrei desmaiada aqui...-diz passando uma das mãos em meu rosto.

—Caçador3: Deixe-a ai, provavelmente está morta...-diz dando um passo para traz.

—Caçador4: Deixe- me ver! – diz, se aproximando, logo toca meu pescoço, para ver se achava algum sinal de vida...-Ela está viva...-diz me levantando e pondo seu casaco em minha volta.

   Logo o caçador me pôs em seus braços, levou-me consigo, os outros caçadores não queriam concordar com tal atitude, mais o mesmo não ligou.

—Caçador3: Vamos ter problemas levando essa estrangeira conosco, vão pedir nossas cabeças...-diz sério.

—Caçador4: Isso se alguém abrir essa tagarela que chamas de boca...-diz sendo sacartico e sério.

—Caçador2: Ele tem razão, se formos discretos ninguém da aldeia vai saber...-diz olhando para o caçador 3.

—Caçador1: Também concordo, é só sermos discretos...-diz rindo de lado.

—Caçador4: Bando de medrosos...-diz comendo um pedaço de pão seco.

—Caçador3: Mais pensando bem, essa estrangeira e linda...-diz tocando meu rosto.

—Caçador4: Tira essas mão nervosas da moça...-diz dando um tapa na mão do mesmo com força.

   Os mesmo riram da situação, e logo chegam na aldeia do território de Córsega, adentram na mesma, e entregam as caças para um dos líderes da aldeia, Matt, o caçador 4, pega-me em seus braços e leva-me para a sua cabana, enquanto os outros distraem os líderes ali presente.

—Matt:  Prontinho, vou te colocar aqui deitada...-diz me deitando em uma cama improvisada...-Está bem machucada. –diz pegando um pano úmido e passando em minha testa, com todo cuidado.

   Logo que terminou de limpar minha testa, cobriu-me com um cobertor feito com pele de animal, e saiu da mesma, fiquei só e ainda desacordada, mais pelo menos estava segura, em boas mãos.