The Gray War escrita por Maxtrome


Capítulo 7
Capítulo 7 - A História de Wodahs


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente quero agradecer a todos que leem, acompanham e me ajudam com comentários e favoritos!
E quero agradecer principalmente à ClarinhaDo7, que fez uma recomendação ótima para a minha fanfic! Muito obrigado! :)



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Etihw estava em uma clareira. Havia trovões e relâmpagos, mas não havia chuva. Tudo estava em preto e branco, e uma lua enorme iluminava a clareira onde estava, cercada por árvores.

Quando olhou ao longe, viu o castelo Black, com uma sombra enorme em sua parede. Isso fez com que ela tivesse um pouco de medo, mas continuou olhando.

“O que... é isso?” perguntou a si mesma.

Não demorou muito para aquilo mudar de lugar, e sumir entre as árvores. Alguns segundos depois, a sombra estava sendo projetada em cima de Etihw, pela luz da lua. No alto, estava um anjo com cabelo cinza.

“Quem é você?” Ela perguntou. O anjo fez um gesto para ela se afastar, abrindo a mão, e um jato a fez cair. “Eu te conheço?” Etihw perguntou, gritando.

O anjo foi chegando mais perto e pousou. Etihw reconheceu. Era Wodahs. Porém, ele estava calado.

“É, Etihw. Você me conhece. Você sempre soube, e nunca me contou. A lenda, da guerra. A culpa era dos anjos. Eu ouvi as palavras de Kcalb. Nós somos praticamente como três irmãos.”

As imagens começaram a passar na frente de Etihw. Yarg, o grande deus do mundo, criando Etihw, Kcalb e Wodahs.

“A verdade não foi contada. Era apenas uma chave para eu me lembrar.” Wodahs disse. E começou a contar. “O motivo da guerra. Como foi um motivo... Estranho. É meio difícil entender o porquê de tudo isso começar. Na verdade, quando eu cresci, eu escolhi ficar com os anjos. E os anjos, se achando poderosos pelo aliado, travaram guerra contra os demônios. Como fui bobo de esquecer tudo?”

Etihw estava assustada. Wodahs tinha se lembrado de tudo.

“Mas vocês colocaram uma trava. Uma trava que só iria sumir com as palavras ‘Etihw foi criada por toda a parte branca de Yarg. Kcalb, pela parte negra. E você, pela sombra. A parte negra feita pela luz.’, da verdadeira história. Você, Etihw, fez essa trava para eu não me aliar aos demônios e para você não perder. Mas agora eu sei de tudo. Minha história foi revelada. Já sei quem escolher.”

“Wodahs, por favor... Não! Eu não sei por que fiz isso! Claro, é tudo verdade, mas isso faz muito tempo! Por favor, esqueça, vamos tentar fazer um acordo de...”

As palavras de Etihw foram interrompidas por um clarão, e depois uma escuridão. E então, abriu os olhos.

“Wodahs. Será que ele realmente sabe agora?” Etihw falou, enquanto acordava de seu mais novo sonho.

***

Enquanto Wodahs escolhia e pensava na história para saber se iria escolher o lado de Etihw ou de Kcalb, entrou em um mundo do sono. Viu uma história que nunca iria imaginar.

“Wodahs. Quando você crescer, vai ter que escolher. Um anjo ou um demônio. Saiba que os dois povos são diferentes, e você deve ajudar a liderar o que mais precisar.”

Era Yarg. Seu poderoso pai. O cabelo era cinza, e ele tinha os olhos meio fechados, porque já estava velho. Velho há centenas de anos.

Os anos foram se passando. Wodahs foi aprendendo coisas sobre o mundo e as pessoas. Conheceu os anjos e os demônios, e aprendeu a respeitar cada um deles. Aprendeu as dificuldades e as facilidades de cada um.

Mas uma coisa ele não entendia: Por que um povo não falava com o outro? Yarg os tinha criado, e se todos tinham o mesmo pai, eram iguais. Por que eles eram tão frios?

De acordo com o tempo, ele conheceu um anjo de passagem. Usava sempre uma capa branca e ficava na floresta. Nunca tinha visto ele ir para uma casa à noite, só para a floresta. Um dia, Wodahs resolveu conversar com ele.

O anjo se apresentou:

“Olá, Wodahs. Eu sou um anjo que vive por aqui há muito tempo.”

“Mas qual é seu nome? Por que nunca fala com ninguém, e nem mostra seu rosto?”

“É que... Eu não sou daqui. Sou um anjo de passagem. Vim de outro mundo, e acabei ficando preso por aqui até encontrar a maneira de sair. Acho que ninguém me conhece.”

“Mas... Realmente existem outros mundos? Pensei que fossem lendas, ou algo do tipo. Nunca realmente ouvi falar disso.”

“Sim, existem. Existem várias formas de viajar entre mundos, mas a mais fácil é com o deus ou diabo de seu mundo. Ele saberá como.”

“E como são esses outros mundos?” Wodahs estava curioso, ansioso para saber as respostas. Parecia algo tão mágico.

“Do que eu vim, existem dois lugares diferentes. Um é quente e triste, assustador. Vivem lá o diabo do mundo e os demônios. O outro é como um céu, onde todos os anjos vivem felizes em suas casas de madeira e quartzo. Quartzo é um minério bem comum por lá.”

“E como é a relação entre os anjos e demônios? É que aqui parece tão ruim.”

“Já houve várias guerras, tanto começada por anjos quanto por demônios. Cada reino tem seu exército. Quando eu saí só não estava acontecendo uma guerra porque a passagem entre os dois reinos estava bloqueada, e os anjos e demônios estavam separados. Já visitei outros três mundos, além do meu e desse, e em todos existem guerras entre anjos e demônios. É normal, e parece que é o que faz o mundo andar. Aqui é um lugar um pouco especial, já que vocês vivem tão perto e não guerreiam. Apenas não chegam perto um dos outros.”

Wodahs hesitou por algum momento. Pensar em apenas guerras e guerras não era algo bom. Ele decidiu que faria a escolha certa para evitar a guerra em seu mundo.

“Espero que eu saiba decidir o certo para que nosso mundo não entre na guerra.”

“Mas a guerra é tão comum que talvez seja até melhor ter por aqui também.”

“Melhor? Onde você está com a cabeça?”

“É apenas o que eu penso. Já está ficando tarde, acho que vou voltar para minha casa na floresta.”

“Você mora na floresta?”

“Sim, numa casinha de tijolos. É bem aconchegante, as paredes são de tijolos e o telhado de madeira. Há uma chaminé bem grande. Eu moro do lado de um lago onde existem patos e cisnes. Perto de lá há uma floresta com gnomos.”

Wodahs duvidou um pouco dos gnomos. Então se despediu e foi andando pelas ruas onde os anjos moravam. Ele ia voltar para o castelo de Yarg, quando se encontrou com Etihw.

“Olá, Etihw. Tudo bem?”

“Sim, Wodahs. Não andamos nos falando muito nesses últimos vinte anos. Aqui o tempo passa rápido. Se quiser, pode vir amanhã na minha casa para conversarmos.”

“Obrigado pelo convite, Etihw! É claro que vou!”

Na mente de Wodahs, o tempo passou, e ele foi se lembrando dos dias que passava com Etihw. Eles com o tempo se tornaram amigos. Grande amigos. O tempo passava muito rápido, mas como Wodahs, Etihw e Kcalb eram como deuses, não envelheciam.

“Wodahs. Chegou a hora de escolher.” Yarg disse, sorrindo. “Nesse último século você conheceu anjos e demônios. Aprendeu a respeitar cada um, e não ver diferenças entre eles. Agora você ajudará um dos líderes, e poderá proteger o nosso mundo de todo o mal. Lembre-se: você deve ser honesto e deve ser igual com todos. Deve ter certeza de suas decisões e saber o que faz. Deve proteger o mundo como um verdadeiro líder. E saiba que eu sempre estarei perto quando precisar.”

Wodahs pensou em todos os seus momentos com Etihw. No último século, conversou tanto com Etihw quanto com Kcalb. Era amigo dos dois, e gostava de cada um. Mas seus instintos souberam escolher.

“Eu escolho ficar com os anjos. Eles são fortes e podem fazer o que quiserem quando tentam. E eu também sou assim. Conheci vários anjos e a líder deles, Etihw. E quero me juntar a eles.”

“Que assim seja.” Yarg disse, enquanto levantava seu cajado, e o mostrando pela primeira vez. Era grande e parecia ser feito de ouro, porque brilhava e era amarelo. Mas não era de ouro. Era inteiramente feito de magia.

Yarg disse algumas palavras e tocou a ponta do cajado na cabeça de Wodahs. Ele ganhou um par de asas e uma auréola. E ficou muito feliz com isso.

Despediu de seu pai e disse que ia voltar em uma hora. Foi encontrar Etihw, e disse sobre a sua escolha. Todos os anjos ficaram muito felizes.

Depois, foi conversar com o anjo de passagem. Não o via há mais ou menos alguns cinquenta anos. E ele ainda morava na mesma casa de tijolos perto do lago e da floresta.

“Ei, amigo! Eu finalmente escolhi. Sou um anjo agora!” Wodahs contou, alegre.

“Que bom, Wodahs. Muito bom.” O anjo disse, disfarçando um sorriso.

E então, tudo passou muito rápido. Wodahs se viu no castelo de Yarg, que convocou um feitiço construindo um castelo para Etihw e um para Kcalb. Etihw nomeou o castelo de Blanc, e Kcalb de Black.

E depois viu Etihw gritando a palavra “guerra”, criando uma guerra contra os demônios.

“Pai, me desculpe, não era isso que eu queria.” Wodahs se desculpou em frente a seu pai, que estava decepcionado por essa guerra.

“Não te culpo, Wodahs. Me culpo. Se não tivesse criado líderes, nada disso teria acontecido. Eu sou o dono desse mundo. Eu tenho a culpa de todas as coisas aqui.”

“Não, não tem. Eu nunca quis que isso acontecesse, mas isso tem que terminar. E eu vou fazer isso. Você pode me ajudar?”

“A guerra está consumindo minha força. Você deve fazer isso sozinho.”

“Certo. Farei de tudo.”

Wodahs pediu um acordo de paz, mas agora ninguém mais queria, desconfiado do outro povo. Então, Wodahs viu Etihw ajoelhada, chorando.

“Por que eu fiz isso?” Foi o que Wodahs ouviu de Etihw quando chegou perto. “Wodahs vai me banir. Ele... deve esquecer.”

Etihw saiu correndo para a floresta. E voltou no outro dia entregando um copo com alguma coisa para Wodahs.

“Me desculpe.” Etihw disse, com sinceridade. Wodahs bebeu. “Me desculpe por fazer isso. Mas não quero ficar contra você. Você esquecerá disso, da minha culpa. Vai pensar que sempre existiu a guerra, sem um motivo. A única coisa que irá despertar seus pensamentos será quando ouvir as seguintes palavras: ‘Etihw foi criada por toda a parte branca de Yarg. Kcalb, pela parte negra. E você, pela sombra. A parte negra feita pela luz.’ Por favor, me desculpe.”

***

Quando Wodahs voltou para o mundo real, perguntou assustado:

“Kcalb. Isso é real?”

“Isso o que?” respondeu.

“O que eu vi na minha mente. É real essa história?”

“Eu não sou leitor de pensamentos.”

Wodahs hesitou, tentando pensar nos mínimos detalhes. E então, finalmente disse.

“Sim. Eu me lembro. Você tinha razão, os anjos não são bons. Finalmente descobri o meu lugar na guerra. E é com você.”

Kcalb deu um pequeno sorriso, disfarçando. Agora sabia que finalmente teria as chances de vencer na guerra. E terminar seu maior objetivo.

***

Etihw estava em seu quarto. Acordou confusa por seu sonho. Sentou na cama e ficou pensando. Viu que a porta estava aberta.

“Mas de novo?” pensou.

Quando chegou perto, viu Wodahs passar ali em frente.

“Wodahs!” Sussurrou.

Wodahs olhou ao redor e viu a demônio, no quarto.

“Quem é você?” ele perguntou.

“Sou eu, Etihw.”

“Mas como? Você está muito diferente. Não pode ser.”

“Magia.”

“Prove.”

Etihw pensou e decidiu contar algo, mas resolveu sussurrar no seu ouvido, para ninguém ter a chance de ouvir.

“Etihw, é você mesma?” Wodahs disse, alegre. Mas depois, fechou a cara, lembrando-se do que ela tinha feito “Kcalb adoraria saber disso.”

“Você se aliou a ele?”

“É óbvio. Depois de me lembrar de tudo que você fez.”

“Ele realmente se lembra.” Etihw pensou, preocupada.

Wodahs se virou para sair.

“Espere! Por favor, deixe-me explicar! Naquela noite, antes de declarar guerra eu tive um sonho. Tinha alguém em uma capa preta. Ele tinha asas, ou seja, era um anjo. Ele dizia ser um anjo de passagem, e dizia que a guerra seria a melhor escolha. Que a guerra iria salvar nosso mundo. Eu não acreditei, mas isso de algum modo mudou meus pensamentos, como se fosse um veneno. Foi me contaminando. Quando eu acordei, parecia que eu estava sob um encantamento, e não estava em mim quando gritei a palavra ‘guerra’. A poção que eu dei para você foi conseguida com alguém especial na floresta. Um homem misterioso com uma capa branca que mora em uma casa de tijolos ao lado da floresta de gnomos. Ele disse que me daria a poção, mas o efeito dela seria quebrado com as palavras da verdadeira história. Eu caí em seus truques. Estava confusa, e nunca parei de arrepender de ter feito isso. Por favor, acredite em mim!”

“O homem com a capa? Não, não pode ser. Você está mentindo, querendo me trazer de volta para seu time. Mas eu devo fazer algo a mais. A guerra é a solução.”

Wodahs fechou a porta e a trancou, com a chave que estava do lado de fora. Etihw não sabia o que fazer. Ainda não sentia seus poderes fluírem. Sua chance de descobrir os verdadeiros planos de Kcalb incluindo o Flame World estava acabando.

“O que aconteceu com o Wodahs... Que achava que a paz era a solução?” Perguntou para si mesma, derramando uma lágrima.

***

Dialo e Raspbel tinham descoberto o jeito de chegar à torre principal depois de distrair a bibliotecária.

“Raspbel, espere aqui, eu volto daqui a pouco. Tenho que ir em um lugar” Dialo disse, hesitando.

“Tudo bem, mas não demore!” Raspbel falou, acenando.

Dialo andou pelos corredores do castelo Blanc. Ela sabia como ir à torre principal. Mas e agora? Ela não sabia o que fazer, então quis encontrar uma pessoa.

Andou um pouco e chegou ao hospital do castelo. Olhou pela janela e viu Chelan, a anjo que salvou depois de coloca-la em perigo. Ela continuou olhando. Chelan já estava melhor alimentada e pronta para sair do hospital. Quando foi sair, viu Dialo. Dialo tentou disfarçar e voltar para conversar com Raspbel, mas Chelan a impediu.

Chelan entregou um papel.

“Olá, meu nome é Chelan.”

“Chelan? Olá.” Dialo falou, séria.

Chelan foi escrevendo em um caderninho e entregando os papéis para Dialo.

“Qual é seu nome?”

“Eu sou... Dialo.”

“Muito obrigada por me salvar. Devo minha vida a você.”

“Certo, eu não vou aguentar ficar sem falar isso. Eu tenho um segredo e acho que devo contá-lo. Quando eu te vi, pensei em te deixar, mas algo dentro de mim me mandou fazer a coisa certa.”

“Uma pessoa tão boa? Duvido que fosse me deixar sozinha lá. Você deve ser alguém que nunca abandona os companheiros.”

“Me siga. Eu devo contar meu segredo.”

Dialo guiou Chelan pelos corredores e entrou em um quarto vazio. Era onde tinha encontrado um lugar para dormir. O quarto era pequeno e tinha um beliche, um vaso de flor e uma mesa em cima de um tapete.

“É difícil contar. Acho que...” Dialo começou. “Tá certo, eu conto! Eu sou uma demônio.”

Chelan começou a ficar assustada e se afastar em direção à porta.

“Calma! Como eu disse, eu tinha que te salvar. Por que te salvaria se fosse uma inimiga?” Dialo falou em um tom mais alto e consolante.

Chelan escreveu algo bem rápido e deu para Dialo ler.

“Acha mesmo que pode me enganar? Você podia muito bem estar me convencendo a acreditar em você para eu te ajudar a chegar na grande pedra de Etihw.”

“Então como devo provar?” Dialo perguntou.

“Eu vou pegar algo.” Foi o que o papel na mão de Chelan dizia.

Depois de dez minutos ela estava de volta.

“Beba” um papel em uma garrafa dizia. Dialo não desconfiou de nada e bebeu o líquido no frasco.

Então Chelan entregou mais um papel.

“Diga logo. Você quer ganhar a minha confiança para destruir a pedra?”

Dialo disse instantaneamente a resposta, sem nem mesmo pensar.

“Não. Eu quero realmente ajudar.”

“E tem outro de você aqui no castelo que pode nos atrapalhar?”

“Sim. Minha amiga está aqui. Ela descobriu como chegar na torre principal.”

Chelan pensou antes de fazer a próxima pergunta nos papéis. E então, escreveu:

“Qual é o seu objetivo? E o que podemos fazer para que ela não nos atrapalhe?”

“Eu queria te ajudar a fortalecer a pedra de Etihw, e depois você podia me ajudar a fortalecer a de Kcalb. Assim, eles teriam mais resistência e mais tempo antes de um destruir o outro. Com mais tempo, seria possível um acordo de paz. E sobre Raspbel, precisaríamos ir escondidas.”

Chelan aguardou e finalmente escreveu.

“Certo. Vamos agora. Acredito em você.”

***

Chelan e Dialo chegaram à torre. A pedra de Etihw brilhava bem no centro. Sem Etihw por perto ela estava tão fraca quanto um pedaço de vidro. Tudo bem, não tão fraca, mas poderia ser destruída com apenas uma faca.

”O poder da pedra e de quem domina seu poder são acompanhados. A pedra fortalece a pessoa e a pessoa fortalece a pedra. É uma troca.” Dialo disse. Ela conhecia sobre a história “Chegou a hora.”

“Dialo? Isso! Você seguiu o plano! Mas por que não me chamou?” Raspbel chegou à entrada da torre.

Dialo sentiu um calafrio percorrendo o corpo.

“Já que está aqui, destrua.” Raspbel disse para Dialo, jogando uma faca.

“Desculpe, mas não vou precisar disso.” Dialo jogou a faca no chão “Pronta, Chelan?”

“Mas o que? Você está nos traindo?” perguntou Raspbel, sem acreditar.

“Eu explico depois, por favor não nos impeça.” Dialo respondeu.

“Pois eu mesma faço isso.” Raspbel levantou uma lança sobre a pedra, pronta para destruí-la.

“Não!” Dialo pulou sobre a amiga. “Por favor, não!” Depois se virou para Chelan. “Faça sozinha, Chelan! Eu sei que precisaríamos de duas pessoas com grandes diferenças, mas...”

Raspbel a empurrou, mas Dialo continuou lutando. Chelan começou a balançar a cabeça querendo dizer que não conseguiria.

“Você consegue! É o único jeito de acabarmos com a guerra! Pelo menos tente!” Dialo gritou, ainda confiante.

Chelan fechou os olhos. Concentrou em seus pensamentos e levantou os braços. Uma magia branca começou a sair, e a pedra de Etihw começou a brilhar mais. Mas mesmo assim, Raspbel ainda estava tentando chegar na pedra, mas sendo impedida por Dialo.

“Só falta mais um pouco do brilho!” Dialo pensou, enquanto derrubava Raspbel. Então, chegou mais perto e se concentrou, Seus olhos começaram a brilhar, junto aos de Chelan. E assim, as duas começaram a fortalecer a pedra.

***

Etihw ainda estava no quarto. Ouvia os passos de Kcalb e dos outros demônios vindos do corredor. Não havia mais o que fazer. Toda a esperança tinha acabado.

“Por que eu resolvi vir para cá? Isso é tudo culpa minha. Não só por vir aqui, mas por ter declarado guerra. Por que eu fiz isso?” Ela pensou, chorando. Então sentiu um pouco de força. E mais. A força foi se juntando e ela sentiu que podia fazer mais magia. Etihw abriu a janela, e Kcalb abriu a porta. Estava na hora.


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Notas finais do capítulo

Eu fiquei muito satisfeito com as minhas ideias desse capítulo. Lembrem-se: Coisas grandes estão por vir!
E se puderem comentem o que acharam de ter capítulos maiores, com mais de 3000 palavras. Preferem assim ou devo voltar a escrever só 2000?