Rose e Scorpius Malfoy estavam viajando para comemorar seus doze felizes anos de casamento, deixando seus três filhos com Draco e Astória, deixando-os bem animados.

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Draco estava na sala de estar junto de Órion Malfoy, seu neto conversando sobre como estavam sendo as férias de Hogwarts depois do seu primeiro ano, enquanto Clarie Malfoy, sua irmã gêmea e Aria, sua irmã mais nova estavam no quarto com a avó.

— Vovô, por que em Hogwarts as pessoas dizem que você fez coisas erradas? — A pergunta o pegou de surpresa, mas logo sua expressão suavizou e ele sorriu de leve.

Mesmo depois de mais de 30 anos, as pessoas ainda falavam, apontavam para os Malfoy como uma família de ex-comensais da morte. Draco se culpava por isso, por fazer sua família pagar por seus erros do passado, pelo medo que tinha de deixar seu pai decepcionado. Seu filho pagou e seus netos de certa forma, também vinham pagando por isso.

— O que eles falam, querido? — O loiro mais velho perguntou em um tom um tanto preocupado.

— Nada de mais vovô. As pessoas da minha casa nem se importam, eles não dizem nada! Mas os outros as vezes me olham de um jeito estranho, e começam a cochichar. Certa vez eu ouvi que o senhor e meu bisavô fizeram coisas muito feias! Eu apenas gostaria de entende, o quê. — Assim como toda a linhagem Malfoy, Órion também era da Sonserina. Para a tristeza de seu avô materno e alegria do paterno.

— Ora Órion, não ligue para o que as pessoas dizem e pensam sobre você, você não tem culpa pelos erros que nós cometemos no passado. — Ele exclamou compreensivo — Mas já que você que tanto saber, eu vou lhe contar a história.

"A muito tempo atrás, muito tempo atrás mesmo, um bruxo Sonserino ficou tão mal quanto alguém possa ficar, ele era um homem frio, e muito malvado e matava sem nenhum problema. — Deu uma pausa vendo a expressão horrorizada do neto. Suspirou e resolveu continuar. — Ele se tornou um especialista na Arte das Trevas e começou a juntar um exército de seguidores conhecidos como Comensais da Morte, planejando assumir o mundo bruxo e alcançar a imortalidade. Eu e seu bisavô, Órion, fizemos a grande burrice de virarmos um desses seguidores. E durante a era de Lord Voldemort, o bruxo mal, eu e ele ficamos do seu lado, enquanto Harry Potter, seus avós maternos e várias outras pessoas tentavam detê-lo! — Parou pensando em como continuar. Órion não havia mudado a expressão se medo, mas ele sabia que teria de continuar com a história. — Querido, esse bruxo, jogou contra Harry a maldição da morte e o feitiço ricocheteou! Mas a sua bisavó, Narcisa, pensou somente no bem da família e falou que Harry estava morto a esse lord. A intervenção dela assegurou os Malfoys de que eles não seriam condenados por seus crimes. — Suspirou por uma última vez. Ele esperava que o neto não entrasse em pânico, ou chorasse, como o seu pai fez quando ele lhe contou a história da família Malfoy. — Mas Órion, isso não quer dizer que as pessoas não vão gostar de você por isso. Elas só os julgam antes de conhecê-lo por causa de seu sobrenome. Sua avó não se importou com isso, nem sua mãe, você não deve se importar também!

Órion continuava calado, com aquela expressão indecifrável no rosto, o que causava angústia em Draco. O Malfoy mais novo suavizou a expressão e sorriu para o avô.

— Eu não me importo vovô! Fico feliz de que tenha me contado. — E o abraçou. — Eu tenho muito orgulho de ser da mesma família que o senhor.

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Naquela mesma noite, Draco Malfoy não conseguiu dormir. Ele ficou olhando a esposa dormindo ao seu lado e ficou refletindo, a sorte em que tinha de ter sua família. Pessoas que o amavam apesar de tudo.