Abra Cadáver escrita por Lúpulo Lupin


Capítulo 9
Perdi a conta dos números dos capítulos, a partir daqui vai qualquer nome e pronto


Notas iniciais do capítulo

Talvez fosse melhor ler outra coisa.



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“Não vou relatar nada”, disse Ed enrolando macarrão no garfo, e colocou na boca, mastigou, engoliu e continuou “caguei pro Dumbledore, não tenho nada com isso”.

Os três amigos jantavam em uma pequena torre, afastada dos principais corredores e esquecida pelos moradores do castelo de Hogwarts, mas descoberta por Joana, que procurava os locais mais privados para namorar.

“Mudando de assunto um pouco, esse lugar é genial, Jô”, falou Adryan.

— Pois é, não sabia se mostrava esse lugar a vocês, mas achei que chegar às seis da tarde na sala comunal com o Eddard jorrando sangue pela nareba fosse chamar muita atenção.

— Com certeza. É aqui que você transa com o leãozinho? – respondeu o irlandês.

— Não, aqui eu transo com a sua mãe, seu tripa seca. Olha que se continuar assim eu nunca mais conjuro o jantar pra vocês aqui... Aliás, só estamos aqui por causa de você, Ed. Conta o que houve, você simplesmente não começou a menstruar pelo nariz.

— Assuntos particulares – rosnou o garoto, limpando o molho do macarrão no prato com um pãozinho.

— Resposta errada, batedor – falou Adryan sério – Regra três da nossa confraria: sem assuntos particulares. Desembucha.

— Sem assuntos particulares? A quanto tempo a Joana tem esse lugar aqui e nunca falou pra gente.

— Seis meses – cortou a menina.

Adryan que já estava com a boca aberta pra ralhar a garota, fechou rapidamente e voltou pro quartanista.

— Isso não muda, ela ficou seis meses escondendo – o gordinho se defendeu.

Adryan voltou a abrir a boca pra menina.

— Regra 9 da confraria: todo mundo erra, perdoar e ser perdoado, sem orgulho – rebateu a veterana.

 Adryan fechou a boca novamente.

— Não precisamos da arrogância dos corvos, nem da prepotência dos leões. Errei, mas estamos aqui agora. Agora dá o papo, diz o que houve – sentenciou a menina pra finalizar a conversa.

— Floresta Proibida – falou olhando pra baixo.

“Levicorpus” sussurrou Joana e Edd virou de ponta a cabeça.

— Floresta Proibida uma porra, Sr. Eddard. Sei que você tem fobia de centauros. Fala. – sentenciou a moça.

— Adoro essa menina – riu Adryan – Bora Ed.

— Tá, tá. Me coloquem no chão.

— Finite incantaten. – em uníssono dos colegas.

Ploft.

— Beaver, e todo o  resto do time – começou o garoto – Eles meio que sabem que eu ando pela Hogsmead underground, e sabem que eu poderia fazer alguma azaração ilícita para ganharmos e tal. E acham que eu poderia ter influenciado pra gente ganhar da Corvinal, depois da partida de merda que fizemos contra a Lufa lufa. O time jurava de pé junto que eu tinha feito algo contra as regras na partida. Me deram uma coça. O nariz sangrando foi pelas porradas do Beaver. Eles só sossegaram quando me forçaram beber Veritasserum e eu falei que não tinha feito nada pra influenciar o resultado. Mas até lá apanhei um bocado.

— E fez algo? Veritasserum poderia não fazer efeito em você, que bebe pra caramba – perguntou Adryan.

— Não. Na verdade, não to nem aí se a gente ganha ou perde. Não quero ser jogador profissional mesmo – suspirou.

— Bom, a parada é que o cerco tá apertando pra cima da gente – falou Joana.

— Mas não fizemos nada. Nadinha. Podem vasculhar – contemporizou Adryan.

— Nós não. Mas aquele muleque doido pode ter feito, o Tom – disse Ed.

— É a suspeita do Dumby, né – suspirou Adryan – Ele sabe que o pirralho ganhou aquela poção da sorte.

Duas semanas passaram.

O assunto parecia ter morrido.

Café da manhã. Uma segunda feira ordinária, salão principal.

Adryan, de ressaca (um pleonasmo) descia para o café. Uma cascata de corujas para os alunos.

— Bom dia, cobrinhas – berrou ao sentar (e depois arrotar), em tom que o Reino Unido todo poderia ouvir.

“Dia” responderam alguns.

E o correio matinal chegou.

Uma coruja despejou uma coruja para Adryan. “Puta merda, o que eu fiz”. O irlandês, se recebia correspondência, na certa era problema.

Abriu a carte e leu, em caligrafia fina:

Caro Adryan,

Duas da manhã, porta da torre de astronomia. Hoje.

D.

“Achei que esse desgraçado fosse mais discreto” pensou.


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Notas finais do capítulo

Te falei.



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