Venena anguis escrita por Miss Zahra


Capítulo 35
Darkness is coming


Notas iniciais do capítulo

Título baseado no lema dos Starks "The winter is coming" kkkkk
EU DEMOREI PACAS NÉ? E TWILIGHT ASHES VAI DEMORAR MAIS!
Foi a escola gente, mas próxima semana são as últimas provas e eu estarei livre para escrever todos os dias para acumular o maximo de capítulos possível... Próximo ano eu estarei no 3 ano da escola e sem muito tempo livre, por isso preciso apressar essa fanfic E twilight ashes também... Não quero um hiatus gigante de quase um ano em nenhuma das fanfics... enfim, bom capítulo
(Nada de agradecimentos hoje pq estou SEM TEMPO, mas próximo capítulo volta)
Esse capítulo é de transição, bem enche-linguiça, mas é porque o círculo pega fogo a partir do próximo.



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Sabrina se ajoelhou ao lado do garoto caído e tentou sentir sua pulsação. Ele ainda estava vivo. Amaldiçoou-se por não ter trazido sua varinha, mas conseguiu erguer o torso do rapaz.

 – Tentem o fazer vomitar seja lá o que ele bebeu – Gritou para a multidão que se aglomerava para ajudar – E achem bezoar.

Dois monitores levitaram o aluno e correram para a enfermaria, professor Slughorn decidiu dar a festa por encerrada e mandou que todos os alunos se retirassem. Os olhos da sonserina se fixaram na garota chorosa no chão e seu coração se encheu de pena. Foi até ela e tocou-lhe de leve o ombro, os olhos castanhos chorosos a encararam por um breve momento antes de se voltarem para o chão novamente.

 – Ele vai ficar bem... Não precisa se preocupar – Afagou levemente as costas da garota, sentindo-se mais uma vez no meio da guerra em 1997 – Madame Hopkins vai saber como ajudar.

— Ele tinha acabado de me pedir em casamento – Ela sussurrou – Este é nosso último ano em Hogwarts e estamos juntos desde o terceiro... – Ela soluçou mais uma vez – E se ele morrer?

 Sabrina sentiu um aperto no coração.

 – Ele não vai – Garantiu solenemente – Agora vamos, eu vou lhe deixar no seu salão comunal – A Gaunt a ajudou a levantar – De que casa você é?

 – Corvinal – Ela resmungou enquanto esfregava os olhos.

 – Então vamos... – Sabrina a guiou tranquilamente pelos corredores do castelo até a torre da Corvinal, e sua mente vagou para todas as decisões estúpidas que tinha tomado.

Nunca deveria ter confiado em Tom Riddle. Não devia ter se deixado apaixonar por ele. Agora que tinha presenciado o lado negro dele mais uma vez, percebeu o quanto perigosa era a situação em que estava. Quem podia garantir que ele não a trataria como tratou Avery e Lestrange? Voldemort era completamente louco no futuro e nada garantia que a loucura já não estava na cabeça do belo e jovem Tom. Chegaram à torre e Sabrina respondeu o enigma, esperou que ela entrasse e deu meia volta. Um pouco antes de chegar ao salão comunal da Sonserina, Tom bloqueou seu caminho.

 – O que você quer? – Deixou que ele falasse depois de falhar miseravelmente em passar por ele – Não vê que quero passar?

 – Precisamos conversar – Estendeu o anel dos Gaunt para ela – Entendo que você estava irritada, mas sua reação foi um exagero.

 – Exagero? – Rosnou para ele – Ele é uma pessoa, Riddle! – Os olhos vermelhos dela focaram no anel – E fique com essa merda, eu não quero mais.

A garota percebeu a dor passando rapidamente pelos olhos dele, como se tivesse levado um choque, mas rapidamente a mágoa se transformou em raiva e a Gaunt se recusou a recuar. Encararam-se por incontáveis minutos. Os orbes vermelhos afundando-se nos agora também vermelhos olhos do primo. Tom fechou os olhos e suspirou, se concentrando para não deixar sua fúria se manifestar demais.

 – Não faça isso... – Ele pediu baixinho, parecia suplicar – Não sabe o quanto dói o fato de você estar tão distante.

Os olhos dela se encheram de fúria novamente e ela o empurrou com brutalidade.

 – Dói? Ah é? – Rosnou para ele com toda a força de seu ser – Aposto que aquele corvino também sentiu muita dor!

Ele retesou novamente e sua mente começou a trabalhar em mais argumentos para convencê-la. Nada surgiu e ele rosnou, puxou a varinha e explodiu uma das estátuas; Sabrina segurou um gritinho de susto e assistiu, embasbacada, Riddle demolir metade do corredor em um de seus ataques de fúria. Ao terminar, ele encostou a testa na parede rachada e tentou colocar sua respiração sob controle. A sonserina saiu de seu choque e lançou um reparo no corredor, toda a destruição foi se remendando aos poucos e o autocontrole de Tom pareceu voltar a funcionar.

 – Perdoe-me Sabrina – Ele respirou fundo – Eu não queria que você presenciasse isso.

 – Isso é o de menos – Retrucou com acidez – Já vi você torturar pessoas, lembra?

 – Você não parecia tão incomodada na hora – A voz dele retomou o tom ácido – Estava adorando vê-los gritar.

O rosto dela se contorceu de culpa, mas sua posição não vacilou.

Não voltaria para ele.

 – Eu não sei o que deu em mim – Admitiu lentamente – Mas eu não estou feliz com minha atitude e pretendo não repetir – Os olhos dela encararam o chão antes de olhá-lo de novo – E é por isso que decidi seguir a minha vida sem você.

Tom sentiu como se tivesse sido esfaqueado. A dor que atingiu seu peito foi estranha e inédita, ele não esperava que a presença e o afeto da prima fossem tão essenciais para sua vida; a simples ideia de não tê-la lá era aterrorizante. Doía. Bastante.

 – Não diga isso – Lutou para não demonstrar o quanto aquilo o tinha afetado – Nós nos amamos...  

 – Eu sei! – Rosnou – Mas se amar você significa que eu tenho que concordar com aquela loucura... – A voz dela permaneceu firme – então eu devo arrancar esse sentimento e jogá-lo o mais longe possível.

Aquilo foi o que bastou. Tom ficou sem reação e tudo que pôde fazer foi observar a mulher da sua vida se afastar dele. Para sempre.

(-----)(-----)

Semanas se passaram sem que os dois trocassem uma única palavra e toda a escola percebeu a mudança no casal maravilha. Nenhum dos seguidores de Tom ou os amigos de Sabrina mencionaram a mudança de comportamento, mas Sosie fazia questão de falar alto sobre como poderia ajudar Tom a superar o término e que Sabrina era uma total idiota por não ter conseguido manter o sonserino entre suas pernas. Os enamorados em questão, no entanto, fingiam não ouvir e não enxergar os estudantes absurdamente animados com a maior fofoca dos últimos anos.

Todas as noites, Sabrina tinha sonhos... interessantes.

Tom sempre estava neles e tentava convencê-la a voltar para ele, seja utilizando gestos amorosos que a fariam derreter ou partindo para ações mais ousadas. O ponto era que ela estava achando cada vez mais difícil manter a distância do charmoso lorde das trevas.

Voldemort, no entanto, também não se sentia muito bem com toda aquela situação. Matava-o não ter a opção de se aproximar da Gaunt, não ter a opção de ver seu sorriso... até o sarcasmo exagerado da garota lhe fazia falta, mas não iria ceder! Ela causou a confusão, então ela que deve pedir desculpas e se redimir. Tom sabia que a Horcrux dele estava causando problemas no plano da garota de se manter longe dele, mas ela estava resistindo por mais tempo do que ele esperava. Estavam na metade de Fevereiro e as aulas terminariam em Junho. Tom pretendia passar as férias de verão na casa da prima, planejando uma vida com ela que garantiria a ele total controle sobre a garota. A teimosia dela o preocupava.

 – Tom! Você está aqui – Sosie se sentou ao lado dele no salão comunal, se agarrando no braço do moreno – Eu estive a sua procura por todo o castelo!

Forçou um sorriso.

 – Desculpe por gastar seu tempo Sosie – Ele queria manda-la embora, mas não consegui pensar em uma maneira de fazer aquilo educadamente.

 – Não gastou meu tempo – Ela abriu um de seus famosos sorrisinhos – Eu estava a sua procura para lhe ajudar a superar a idiotice daquela garota Gaunt.

Riddle teve vontade de estrangular Sosie, mas conteve-se.

 – É mesmo? – Virou o rosto para encará-la – E como você me ajudaria?

Os olhos dela se encheram de malícia e a garota se aproximou ainda mais dele, suas mãos macias tocaram o rosto dele e os lábios de ambos se tocaram. Tom retribuiu o beijo no inicio, mas logo começou a perceber os erros na garota. O cheiro dela era tão diferente do de sua prima, exageradamente doce, a pele dela não tinha a mesma firmeza e seus toques não o deixavam em chamas. Empurrou-a delicadamente abrindo os olhos para encarar os orbes azuis de Sosie quando tudo que ele mais queria eram os vermelhos de Sabrina.

 – O que foi Tom? – A voz aveludada da sangue-puro o tirou do transe.

 – Você não é ela – Sussurrou, levantando-se de supetão e derrubando Sosie do sofá.

 – Eu não sou ela? – Rosnou – Claro que não! Eu sou MELHOR que ela! – Se levantou – Eu tenho dinheiro, sangue-puro e influência! O que a novata nojenta pode oferecer?

Tom deixou uma risada rouca escapar.

 – Desafio – Ele respondeu com um sorriso maldoso no rosto – Ao contrário de você, Sabrina é absurdamente interessante; estar com ela parece tentar pisar em ovos sem quebra-los, qualquer movimento em falso e ela nunca mais olhará na minha cara – Os olhos dele se fixaram na garota – Não é como você, como cada uma das garotas desse castelo, que aguenta qualquer tapa e volta correndo mesmo assim... A primeira vez que eu lhe dispensei não foi o bastante? Essa vez é a terceira, não é? – Riu outra vez – Acho que, mesmo depois deste meu discurso, ainda terão mais cinco.

Os olhos azuis de Sosie marejaram, mas ela se recusou a chorar. Em vez disso, jogou sua única satisfação na cara do sonserino com a voz embargada.

 – Que pena que o seu amorzinho saiu antes de ouvir essa declaração estúpida! – Sorriu de forma maldosa – Acho que o beijo foi demais para ela.

Tom se sentiu um idiota. De novo.

(----)(----)

Mais semanas se passaram e o final do ano letivo havia chegado. Desde que viu a “linda” cena entre Tom e Sosie, Sabrina estava convencida 100% de que ele era um completo idiota manipulador que tinha se aproveitado dela. Sua raiva pelo sonserino fez com que ela resistisse com mais fervor aos sonhos q a carência que sentia por estar longe de Voldemort ao ponto de que sua vida parecia estar voltando ao normal. Billy, Lara e Chen estavam sendo bastante simpáticos e prestativos em ajudá-la a se “remendar”. Chen... Chen era mais que incrível. O coreano havia se tornado uma parte maior da vida da sonserina, sempre lá, apoiando-a e acompanhando-a pelos corredores e, caso esbarrassem em Riddle, puxando uma conversa animada que a faria rir. Sabrina amava Chen... Talvez não como ele queria que ela o amasse, mas ele era uma parte essencial de sua vida agora.

A Gaunt pegou seu malão ao descer do trem na estação de King’s Cross, satisfeita por ter sua própria casa e não precisar passar um verão inteiro com Riddle (a lembrança de que ele detestava o orfanato e teria que passar as férias lá melhorava seu humor). Respirou profundamente e sorriu. Estava livre de Voldemort.

Mas o que ela não sabia, era que outro bruxo das trevas a esperava.

E esse bruxo das trevas não queria enchê-la de beijos e presentes.


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Notas finais do capítulo

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