Relatos de 11 de Setembro escrita por Kikonsam


Capítulo 27
Henry - 1


Notas iniciais do capítulo

Esta é a última pessoa da fic, espero que gostem...



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Perder a virgindade sempre foi um tabu para muitos jovens. Não é diferente comigo. Depois de uma noite badalada, de manhã cedo nesta terça-feira em plena semana de aula, será a primeira vez que eu tenho uma relação sexual com uma menina. E aqui está ela, uma menina na qual eu conheci ontem a noite nesta social mais badalada de New York, uma menina linda e delicada, mas que pelo visto dá para todo mundo. Não sei explicar minha sensação na "Hora H". Da para perceber que ela não é virgem. Já me disseram que a sensação de tirar a virgindade de uma mulher é diferente, e que se sente uma certa pressão desconfortável. Ainda bem que eu não estou tirando a virgindade dela. Ficaria com este peso na consciência para o resto da minha vida. Afinal, um homem pode perder a virgindade com qualquer baranga, mas uma mulher não pode ser com qualquer um que acabou de conhecer. Posso ver que Diana está sentindo prazer, e posso ver que ela está tendo orgasmos. Eu estou perto, afinal, após o meu primeiro sexo oral, pode-se ver que eu já estou bem excitado. Acontece. Acabamos. E neste momento, ouço um barulho. Um barulho imenso, um barulho que eu nunca ouvi na vida. Uma explosão. Uma explosão que eu fico surpreso de não ter estourado meu tímpano. Me levanto, colocando minha cueca e minha bermuda que estavam jogadas no chão, e vou, sem camisa, em direção á janela. Olho para a janela, de onde eu ouvi o barulho, e vejo uma nuvem de fumaça imensa subindo em direção ao céu. Algo de muito errado aconteceu.
– Henry? - ouço a voz de Diana.
– Oi. - digo, virando minha cabeça para ela da janela.
– O que foi isso? - pergunta ela, colocando o sutiã, enquanto se levanta da cama. - Você está pálido.
– Eu... Eu... - não tenho palavras para descrever isso. Acho melhor que Diana olhe por si mesma pela janela.
Vejo seu rosto ao olhar a grande massa de fumaça subindo no para o céu. Ela fica pálida, branca como a neve.
– Meu Deus! - fala ela. - O que está acontecendo?
– Não sei. - falo, mas saio de perto da janela. - Onde tem uma televisão nesta casa?
– Não sei, o dono da casa deve estar jogado no chão dormindo. Eu não o conheço, e você?
– Também não. - falo, e vou saindo pela porta do quarto. - Vem, vamos procurar uma TV pra saber o que foi isso.
Ao abrir a porta do quarto, vejo algo que eu já esperava ter acontecido: pessoas dormindo e jogadas no chão de todo o apartamento, rodeadas de bebidas, cigarros e, por mais que eu odeie admitir, sêmen por todos os lados. Todos na faixa da minha idade, 16. E digamos que 50% deste total está sem roupa. Realmente, quando os pais do cara que organizou esta festa chegarem, ele vai estar morto.
– Você tá vendo a televisão? - pergunta Diana, enquanto se esquiva das pessoas jogadas dormindo no chão.
– Não... - falo, passando o olho pela casa.
Consigo ouvir gritos do lado de fora do apartamento. Realmente, esta manhã não é uma manhã normal. Alguma coisa muito séria aconteceu.
– Achei! - fala Diana - Embaixo daquele monte de roupas naquele móvel.
Consigo localizar o monte de roupas, e passo pelas pessoas dormindo no chão até perto de lá, jogando o monte para outro lado. Aperto o play da televisão, e me deparo com algo que nunca pensei ver.
Neste momento Diana dá um grito que acorda muitos por perto, e assim que acordam olham para a televisão. Estamos todos chocados com o que estamos vendo. A Torre Sul do World Trade Center está pegando fogo, soltando fumaça para o ar. Em alguns minutos, vejo na descrição que pessoas relataram ter visto um avião colidindo com a Torre. Entro em estado de transe, apenas me recordando que neste exato momento, meu pai está naquela torre.


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Notas finais do capítulo

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