Monarquia escrita por Thaís Romes


Capítulo 20
Prioridades.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas!
Gentes, as vezes eu penso que não sou muito boa nisso de agradecer, eu tento, me esforço, mas nada parece ser o suficiente. É engraçado como essa relação autor/leitor, faz com que me apegue a cada um de vocês, temos nossas conversas, nossas piadas internas e acreditem quando digo que cada um é único para mim, por que é a verdade. Mas esse sentimentalismo todo não é de graça, preciso me esforçar mais uma vez e agradecer a Olavih que uau, me deixou sem palavras com sua recomendação, sério gente, não sei como agradecer.
Então, precisei dar meu jeito, e caprichei, mais do que o normal nesse capítulo, e quero que saiba que suas palavras me tocaram de verdade flor, obrigada de coração, queria dizer mais, juro que queria, mas espero que isso seja o bastante para que saiba que para mim, você tem um lugar especial! Aproveite seu capítulo!



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THEA

Existe um ditado, mantra ou sei lá, que diz algo sobre aprender com os erros dos outros. Uma grande mentira, preciso destacar. Cresci com minha versão particular de Vanda e Thomas, onde ninguém é atacado por abelhas, bom, apesar de que a morte de Alfred pode ser considerada como algo ainda pior. Mas o fato é que, nem mesmo as milhares vezes que assisti Meu Primeiro Amor, ou ter presenciado o relacionamento do meu irmão, nenhuma dessas coisas me impediu de estar agora, escondida em meu banheiro, rezando para que Roy já esteja dormindo quando sair. A verdade é que em todas essas histórias, o romance nunca era unilateral, já deveria saber, não costumo mesmo ser uma garota de sorte.

Sete anos atrás...

—Ollie, eu não vou entregar nenhum bilhete para você! –reviro meus olhos me levantando do tapete, da sala de jogos, onde estava esparramada ao lado do meu irmão, jogando vídeo game.

—Não é bilhete, é um cartão. –corrige. –E só quero garantir que ela receba algo na festa. –murmura tentando se justificar para mim. –É anônimo. –acrescenta.

Era dia de São Valentim, e teria uma festa no palácio, não como um grande baile, era apenas algo que papai gosta de fazer para os funcionários, e amigos mais próximos de nossa família. Os Smoak estariam nessa festa, assim como Tommy e Ronnie, que chegariam a qualquer momento. E meu irmão está me enchendo desde o momento em que acordei, para que entregue um cartão anônimo para Felicity. Às vezes me pergunto se Ollie é burro mesmo ou só finge, Felicity conhece a letra dele melhor do que ele mesmo, não tem nenhuma chance de seu cartão ser anônimo.

—Talvez Ronnie dê algo a ela, você sabe como ele gosta de cuidar de nós duas. –murmuro vendo seu rosto se contorcer em uma careta de desgosto.

—Ele vai precisar dos dedos dele para escrever, não posso garantir que estarão em sua mão no fim da noite. –sorri de forma sapeca e acabo dando risada junto. –Por favor, Speed, eu te ajudo com suas lições de política por um mês. –barganha.

—Você faz, minhas lições de política por um mês! –corrijo.

—Uma semana, e te ajudo nas outras três.

—Duas semanas, e ajuda sempre que eu precisar. Oferta final. –decreto me levantando.

—Fechado. –ele me oferece a mão e eu a aperto.

À noite ele passa no meu quarto quando estava acabando de me arrumar, e me entrega um cartão pequeno, confesso que não era o que eu esperava. Ele sorri elogiando o vestido curto, lilás que escolhi para usar. Ao descer as escadas avistamos Ronnie no meio de Felicity e Tommy, parecendo apartar uma discussão dos dois. Ollie se coloca à frente de Felicity e encara o amigo, o que faz com que ele pare de falar.

—O que está acontecendo aqui? –Pergunta Ollie parecendo estar bravo.

—Felicity acha que eu dei um cartão para ela. –diz com inocência, o que só provava sua culpa, Ollie semicerra os olhos para Tommy. –É paranoia dela!

—Hum hum, e quem mais me mandaria um cartão escrito “Edwiges, amava você, feliz dia de São Valentim.” –Felicity rebate colocando a mão na cintura, e todos nós precisamos segurar o riso. –Eu era só uma criança...

—Você É uma criança. –Tommy a interrompe, corrigindo, e se alguém pudesse morrer com um olhar, ele teria explodido nesse momento.

—Chega! –Ollie explode. –Tommy pensei que tivesse se arrependido de ter jogado a boneca de Felicity no lago. –Tommy não me parecia em nada arrependido. –E Felicity, isso foi a anos, você nem liga mais para bonecas.

—Mas a boneca não é a questão... –começa a rebater, mas se cala sobre o olhar repreensivo de Ollie.

—Acho que isso nunca vai mudar. –Ronnie sussurra a meu lado.

—Para mudar, um dos dois teria que ceder, e não vejo nenhum deles fazendo isso. –respondo dando de ombros.

—Estão servindo coquetéis de frutas, daqueles que você gosta. –comenta apontando para um garçom. –Vamos lá?

—Claro! –concordo, mas então me lembro do cartão em minha mão. –Espera só um minuto. Felicity! –grito voltando correndo para ela. –Para você! –sorrio lhe entregando o cartão e ela sorri de volta.

—Tenho um para você também! –conta tirando algo da sua bolsa de mão preta e me entrega um pequeno envelope.

Sorrio em resposta e dou um beijo em seu rosto, antes de seguir a direção contrária a sua. Quando alcanço Ronnie ele me entrega um taça de suco de abacaxi com manga (eles pensam que me enganam com isso de coquetel). Vejo de longe Felicity abrir seu cartão, e seus olhos se encherem de lágrimas, antes de olhar na direção de Oliver que conversava com Tommy, então resolvo abrir o meu. Era cheio de bolinhas coloridas e reconheço sua letra cursiva e bem desenhada.

“Enquanto nenhum dos Jonas Brothers nos percebe, ou o Príncipe Willian pede sua mão em casamento, saiba que vou estar sempre, e para sempre aqui com você. E podemos ver Vanda e Thomas se apaixonarem, é quase a mesma coisa na realidade, só espero que ninguém morra. Te amo!”

Agora...

Tem tantas pessoas nesse palácio preparando tudo para a conferencia que quase não me incomodo com Roy me seguindo quando andava em direção ao quarto da minha amiga. Mentira, estava mais do incomodada, estou quase jogando meus salto na cabeça dele. Mas se ele não quer andar do meu lado, problema é dele. Bato na porta do quarto de Felicity e escuto outra pessoa me dando permissão para entrar, o que coloca um sorriso largo em meus lábios.

—Bom dia! –cantarolo cheia de malicia, entrando no quarto, sozinha.

Ollie estava sentado na cama, usando blusa de algodão e calças de moletom, com a maior cara de sono, ao lado de uma Felicity adormecida. –Bom dia, Speed. –me cumprimenta sem conter o sorriso que minha cara sugestiva provocou. –Pode parar por ai! –avisa, quando estava prestes a fazer um comentário sobre seu relacionamento, o que me faz rir.

—Por favor, me diz que ela está vestida. –brinco o vendo respirar fundo revirando os olhos.

—Quanto anos mesmo você tem? –provoca, mas ele parecia cansado, não tinha mais aquela energia irritante dos últimos dias.

Era isso, finalmente Ollie havia enfrentado a perda de Clair. Roy estava certo, merda, tudo me leva de volta a ele. Caminho na direção do meu irmão que se levantava, se espreguiçando e envolvo sua cintura com meus braços, sinto no mesmo instante os dele me envolver em resposta. –É bom ter você de volta. –sussurro.

—Estou feliz em voltar. –responde e sinto seus lábios serem pressionados no alto da minha cabeça.

—Agora sai, por favor? –faço biquinho me afastando para olhar em seus olhos. –Preciso falar com a Felicity.

—E o que é que ela pode saber e eu não? –quase parece estar ofendido.

—Por favor! –imploro e ele bufa antes de me soltar, dar um beijo no rosto de Fel, ainda adormecida, e sair pela porta de acesso. –Felicity. –murmuro a balançando de leve.

—Sei que tenho mais uma hora de sono. –diz com a voz grogue se virando para o outro lado.

—Felicity! –chamo mais uma vez e ela se senta na cama assustada, com a mão sobre o coração e os cabelos emboladas.

—O que é? –exclama alarmada olhando em volta com os olhos arregalados. –Thea, aconteceu alguma coisa? –agora seu tom era preocupado.

—Só queria conversar, sobre algumas coisas. –respondo desviando meus olhos dos dela que suspira aliviada, e tiro meus sapatos me enfiando em baixo de suas cobertas ao seu lado, agora que sei que ela estava vestida. –O que estava escrito no cartão que te entreguei na última festa de São Valentim, antes do atentado?

—O cartão do Oliver. –diz voltando a se deitar, e virando em minha direção, com um sorriso nostálgico nos lábios. –Ele pediu que o encontrasse nos jardins, as dez horas. Claro, que não disse que era ele. –dá risada com os olhos brilhando.

—Como se você não soubesse. –reviro os olhos. -Mas o que aconteceu no jardim?

—Nada, havia uma orquídea branca sobre a mesinha, e um bilhete que me desejava feliz dia dos namorados.

—Vocês sempre foram tão decididos... –suspiro vendo que isso não me ajudaria em nada.

—O que o Harper fez? –me interrompe.

—É assim tão obvio? –faço careta, mas ela apenas sorri.

—É para mim. –dá de ombros. –O que aconteceu para te tirar de sua bolha de alegria?

—Não sei como lidar com isso. –confesso antes de narrar tudo o que aconteceu no dia anterior, e Felicity vibrava a cada palavra como se assistisse o jogo de seu time preferido. Quando terminei, ela estava gargalhando. –Pare de rir! –reclamo.

—Desculpe. –responde tentando se recompor, e solta um assovio no fim. –Ah Thea, você vê tudo sempre tão preto no branco!

—E o que mais eu deveria ver? –murmuro para evitar gritar de frustração. –Ele fugiu quando eu perguntei se tinha uma namorada!

—E seu irmão entrou segundos depois. –acrescenta como se tivesse me dado a cura do câncer, fico a olhando, esperando por mais explicações, mas isso só faz com que se divirta ainda mais, as minhas custas!

—Desculpe interromper. –Ollie entra no quarto seguido por Diggle. –Mas precisam ver isso.

Nós nos sentamos, e ele entrega um tablete a Felicity com um vídeo pausado. Era metrópoles, e vários monumentos sendo queimados, museus, escolas e a sede do governo. A jornalista narrava os acontecimentos, e dizia que a família real ainda não havia se pronunciados a respeito.

—Está brincando comigo! –Felicity desabafa passando a mão nos cabelos, antes de se levantar. –Só eu que percebo que não é coincidência isso acontecer um dia antes da conferencia?

—Estávamos esperando algo acontecer aqui, ou em Gotham, mas isso faz muito mais sentido para mim. –comenta Diggle, e Ollie atende seu celular, nesse momento todos os meus problemas parecem ridículos.

—Oi Bruce. –diz sério antes de colocar o aparelho em viva voz.

“Oliver, com esses são cinco ataques em uma semana.” escuto a voz grave do rei de Gotham dizer.

—O que vamos fazer? Vamos adiar? –Felicity diz tensa, andando de um lado a outro.

—Não podemos. –Ollie responde.

“Vamos continuar com o que planejamos, mas não sei como ficará a segurança de Clark e o restante de sua família de agora em diante, cuidar disso passou a ser uma das minhas prioridades.”

—Me ligue se precisar de qualquer coisa.

“Claro, obrigado.” então apenas olhamos uns para os outros, sem ter certeza do que faríamos a seguir.

OLIVER

Ontem não foi um bom dia, mas eram coisas do reino, isso é fácil de lidar, emocionalmente falando, meus instintos tomam conta e apenas faço o que preciso fazer. Mas hoje particularmente é um dos piores dias para ser uma figura pública, por que quando todos te observam, não existe o direito de se permitir sentir nada. Existe apenas o que os outros precisam ver, e aquilo que você precisa esconder. O povo quer o príncipe Oliver, não o ser humano, para isso Clair é trancada, o mais fundo que posso, só por hoje. Tudo depende do meu foco e calma, só preciso que esse dia acabe, então a liberto, para que volte a ocupar seu lugar em meus pensamentos.

—Odeio essas roupas beijes, esses sapatos apertados... –Thea reclamava a meu lado com um sorriso falso nos lábios para o flashes das câmeras no portão principal do palácio, onde esperávamos a limusine com o rei de Gotham chegar.

—Querida, alguns desses fotógrafos, certamente faz leitura labial. –Minha mãe, que estava ao lado de nosso pai, a repreende, com o mesmo sorriso falso em seu rosto.

Olho em direção a Felicity que estava mais afastada, ao lado do restante de sua equipe, e John, parecendo ter uma conversa muito mais interessante do que a nossa. Por mim, ela estaria a meu lado, e tornaria enfim, nosso relacionamento público, mas nesse momento, tudo o que não quero é desviar o foco do que é realmente importante a ser relatado pela imprensa, que no caso, é a união política finalmente estabelecida entre as duas províncias, que até então eram rivais. Vemos os repórteres se virarem na direção oposta, quando o cortejo do rei se torna visível.

—É hora do show. –meu pai murmura, colocando um sorriso genuíno (praticado por anos, que não se distingue mais do real) em sua face.

Bruce desce do carro ao lado de uma bela mulher morena, de cabelos curtos e cacheados, a tal noiva, suponho. Acompanhados de perto por Dick Grayson, e logo atrás o Sr. Fox aparece, ao lado de Barbara Gordon, que tinha sua cadeira de rodas empurrada por outro guarda, o qual desconheço. Enquanto ele cumprimentava meus pais e posava para as fotos, eu me pegava tentando decifrar qual das irmãs Al Ghul era aquela, torcendo para que fosse a mais velha, me livrando assim de um casamento arranjado.

—Oliver. –cumprimenta me estendendo a mão.

—Bruce. –nós sorrimos um para o outro, apenas por causa das câmeras. –Essa é Selina Kyle. –gesticula me apresentando a mulher com olhos de uma gata selvagem, e preciso conter o espanto em minha face.

—Srta. Kyle. –sorrio apertando a mão pequena da mulher.

—Só Selina. –corrige, com um belo sorriso nos lábios.

—Explico tudo lá dentro. –Bruce diz em voz baixa, quando paramos lado a lado posando para as fotos da imprensa.

Comprimento o restante de sua equipe, o apresento para Thea, que imediatamente, passa para o lado da Srta. Kyle, como a havia solicitado, e Bruce avista Felicity ao lado de Barry e Caitlin, indo em sua direção, sem se importar. Eles se abraçam como velhos amigos fariam, e não posso deixar de me sentir incomodado com a familiaridade entre os dois, não presenciei essa evolução em nossa visita, a imprensa tem a mesma reação que eu, aparentemente, pois os flashes se tornam muito mais intensos. Então depois de meu pai discursar, Bruce fez o mesmo, falando sobre os benefícios que essa união traria as duas províncias, seu respeito e gratidão por Starlling, e como ele estava animado com a viajem. Okay, mais político do que isso é impossível!

Seguindo o cronograma do dia nos reunimos para uma refeição, onde nenhum assunto sério é abordado, e reparo que Wayne, é um ator muito melhor do que eu, sendo simpático com Malcom, e demonstrando interesse em todas as histórias de minha mãe. Selina se mostrou muito mais do que apenas um rosto bonito, ela conhecia cada ponto negativo ou positivo de ambas as províncias, e parecia estar inteirada no que seria debatido. Eu queria apenas conseguir falar com eles a sós, ter finalmente minhas perguntas respondidas. Tenho uma pausa, para me arrumar para a coletiva e descansar, o que não faria com certeza. Meu pai e o Sr. Fox seguem para mais reuniões, onde tratariam sobre os pontos fortes e fracos da união, Fox voltaria para Gotham ainda essa noite, estávamos literalmente correndo contra o tempo.

—Oliver, a coletiva começa em vinte minutos. –Sara diz entrando em meu quarto, com seu tablet em mãos.

—Certo, estou a caminho.

Sigo sozinho ao corredor leste, que me levaria para a parte de trás do palácio, onde aconteceria a coletiva. John e Felicity me aguardavam no final dele. –Oi! –a cumprimento dando um beijo em seu rosto.

—Oi. –sorri, e tudo apenas por um minuto, perecia estar no lugar certo.

—Por que estamos parados? –questiono agora sério, olhando para John.

—Bruce está a caminho, com Selina e Dick. –conta olhando para os lados. –Vocês poderão conversar por alguns minutos, a caminho da coletiva.

—Sua vida é resumida a um emaranhado de compromissos e nenhuma privacidade. –Felicity pensa alto, parecendo tensa.

—Ainda bem que tenho você. –brinco tocando seu ombro, e ela me olha com um sorriso sonhador.

—Eles chegaram. –diz John, e nós vemos Bruce, Srta. Kyle e Dick Grayson apontar no início do corredor.

—Isso é arriscado. –Bruce diz quando chega a nosso lado, olhando para seu guarda.

—Que outra alternativa temos? –Dick responde, e se volta para John que o cumprimenta com um aperto de mãos.

—Uma distração, um grande baile, um lugar onde eles pensem que estamos com nossas mulheres e não discutindo problemas políticos, não podemos nos arriscar. –responde Bruce.

—Não assumi meu relacionamento publicamente. –conto, e escuto Felicity murmurar algo sobre não gostar desses termos possessivos, como “nossas mulheres”.

—Entendo. –diz sabendo que era graças a sugestão dele, que não o fiz. –Eu estava errado.

—Tenho a impressão que essa é a primeira vez na vida que diz isso. –debocho sem humor e Felicity nos olha estranhando a nossa conversa subliminar.

—Estava apenas trocando meia dúzia de problemas por um muito maior. Al Ghul nos trairia na primeira oportunidade. –diz sem emoção. –Percebi isso quando conversei com você. –ele olha para Felicity com um mínimo sorriso.

—E eu agradeço por isso. –acrescenta Selina.

—Gostaria muito de saber em que exatamente, eu ajudei, mas agora precisamos ir. –ela responde com um sorriso cúmplice para ele. –Dick, onde está Barbara?

—A deixei com uma garota... –ele se esforça para lembrar o nome. –Caitlin, eu acho.

—Ela está em boas mãos. –John assegura.

—Está sim. –concorda Felicity. –Mas vou pedir Thea para entretê-la. –acrescenta tocando seu comunicador.

Então voltamos a andar, Felicity estende a mão para Selina, pedindo para ela lhe colocar a par da tal ajuda que lhe deu, pude sentir um calafrio percorrer minha espinha, e por mais que sei que deveria ter a contado, não houve nenhum momento propicio. Bruce e eu andamos lado a lado, alguns passos atrás delas, sendo seguidos por Dick e John.

—Seu pai?

—Ele já deve estar em reunião com o seu primeiro ministro. Mas está a par de quase tudo. –respondo e Bruce apenas assente. –O que devemos nos preocupar agora, que é certo não ter o apoio de Nanda Parbat? –vou ao que interessa.

—Não creio que ele tome algum partido nisso, se deixar que matemos uns aos outros, então ele seria a Província dominante. Só precisa estar preparado para uma coisa agora. –avisa, quando estamos próximos ao local da coletiva.

—As acusações. –respondo.

—Exato, as acusações.

Então tudo passa a ser flashes, somos guiados ao palco, onde nos posicionamos atrás dos pedestais com os microfones, com sorrisos no rosto, quem nos assistia, deveria acreditar que somos os melhores amigos do mundo. A verdade é que não escolheria Bruce Wayne para fazer parte da minha vida, talvez nem mesmo se ele fosse a única opção, e a cada segundo, percebo que a recíproca é verdadeira. Mas aqui estou eu, no meio de todo esse teatro ao lado dele.

—Victória Vale, para Breaking News Sete. –uma mulher loura se levanta em meio a imensidão de repórteres. –Em que essa união política beneficia Starlling, pois sabemos como Gotham está se reerguendo com a ajuda da nossa província, mas o que ele farão em nosso favor?

—Gotham faz uso das melhores tecnologias existentes, tendo em seu poder alguns dos melhores profissionais do ramo. –começo a responder. –Unindo sua tecnologia com nossos recursos, seremos uma potência sólida. –gesticulo em direção ao rei lhe dando a palavra.

—O que estamos concretizando hoje, não é apenas uma união unilateral. Sim, Gotham tem passado por momentos ruins, mas a união traz algo necessário para os dois lados. Paz.

—Obrigada. –a repórter agradece voltando a se sentar.

—Lois Lane, Planeta Diário! –escutamos, e Bruce precisa disfarçar a surpresa em seu rosto, quando percebe a mulher morena. Então me lembro de uma conversa que John, Felicity, e eu tivemos a um tempo atrás, a respeito de Clark ter desfeito o noivado com essa repórter. –Talvez os cidadãos de Metrópoles discordem dessa paz que menciona majestade. –insinua, mas sua postura é impecavelmente profissional. –Qual a declaração dos senhores a respeito dos rumores de uma suposta visita secreta entre suas províncias, poucos dias antes do atentado contra Metrópoles?

E as acusações começaram. Nesse momento uma serie de burburinhos toma conta do local, mantenho a calma e olho de relance para Bruce que permanecia igualmente calmo. Nos preparamos para isso a dias.

—Eram visitas sociais e não políticas, mas qualquer contato entre nossas províncias tem sido conturbado ao passar dos anos, precisávamos por um ponto final nisso, é apenas o que estamos buscando, paz para nossas províncias. –responde Bruce, e vejo a repórter franzir a testa. -Assim como o príncipe Clark, somos amigos, e isso não é novidade para ninguém. Não tenho interesse em causar nenhum mal a ele, e estou certo ao dizer que Starlling também não, ou eu não estaria aqui agora. –eles não tinham como argumentar contra, Bruce e Clark são vistos juntos desde crianças.

—Faço das palavras do rei as minhas, Starlling não tem interesse em nenhum tipo de conflito. –digo e Lois Lane apenas acena e volta a se sentar, um tanto quanto atordoada.

—Iris West, para o Cidadão de Central. –essa deve ser a amiga de Felicity, observo a mulher negra se levantar. –Majestade, somos todos testemunhas de sua amizade com o príncipe de Metrópoles, mas não parece abalado com a notícia que acaba de sair a respeito do desaparecimento dele, ou ao fato de Príncipe Clark e sua esposa, estarem sendo caçados pelo próprio governo. Isso não seria por que sabe exatamente, onde ele está?

—Como? -murmura visivelmente chocado.

Tudo parece ter passado a se mover em câmera lenta nesse momento. Olho em direção ao Bruce, que parecia ter acabado de levar um tiro, a surpresa em seu rosto era evidente, assim como no meu. Os flashes se tornam mais intensos, Dick e John sobem ao palco e nos tiram de lá, sem nenhum outro chefe de governo presente, Felicity como chefe de inteligência assume o microfone, mas não fico para ouvir o que ela diz.


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Notas finais do capítulo

Galera, como perceberam não teve ponto de vista da Fel nesse, na verdade eu o corte por causa do tamanho do capítulo, mas já vai ser ela a iniciar o próximo, e sim, vai ter a DR a respeito do casamento que Oliver escondeu!
Obrigada mais uma vez Olavih, eu adorei