Whole Lotta Love 2 - Especial Dia das Mães escrita por mlleariane


Capítulo 1
Mamãe policial


Notas iniciais do capítulo

Ok, ninguém mais acredita na minha palavra. Eu falo que vou sumir e apareço do nada duas vezes na semana haha.
Oi gente! Bem, eu estou aqui de novo por causa Nay! Numa conversa esses dias, Nay disse que eu podia fazer um especial de WLL para o Dia das Mães.
Nunca, nunca subestimem minha mente fértil haha
Eu criei uma pequena história então para comemorar a data (afinal, quem não ama mamãe Kate Beckett?)
Fiquei em dúvida se devia dividir a história em dois ou três capítulos, e optei por três.
Antes de mais nada, muito obrigada por lerem o Especial de 100 capítulos. Foram muitas visualizações, a recomendação da Houghton Beckett e como sempre, os comentários lindos. Love u!

AVISO: Talvez essa fic mexa com as emoções de vocês. Ok, vai mexer. Ta, pode chorar. O choro é livre.

Beijo, Ari ;)



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Kate: Eu tinha certeza que eles fariam isso – a voz de Kate soou calma, demonstrando que já esperava pela notícia que Ryan lhe dava. Ela estava em pé, bem no meio da sala, com o celular na mão.

Ryan: Esperamos a noite toda até as imagens chegarem. As câmeras das ruas colocam o suspeito em dois dos locais. Para o FBI era a prova que faltava. E, bem, não podemos dizer que não era.

Kate: Não é ele, Ryan, eu sei que não é. Não faz sentido.

Ryan: Nem todo serial killer tem uma história de fundo, Kate. Às vezes eles simplesmente escolhem um padrão e agem.

Kate: O cara tem uma filha, Ryan. Por que ele estupraria garotas virgens?

Ryan: Algum trauma, distúrbio, problemas amorosos...

Kate: Você está pensando igual eles.

Ryan: Kate, não é isso, é que... parece tudo tão certo. Tudo leva a ele.

Kate: Tudo? As câmeras o colocam em dois lugares, e foram seis vítimas, seis!

Ryan: É, isso é realmente questionável...

Kate: Não é ele, eu sei que não é.

Ryan: E o que você pretende fazer?

Alex: ATAQUE NINJAAAA.......

Kate não teve tempo de olhar para trás, só sentiu o filho agarrando suas pernas. Os dois rolaram pelo tapete.

Alex: Quem é o melhor agora?

Kate: Você me atacou pelas costas!

Ryan: Kate?

Kate: Sim, Ryan – ela voltou ao telefone, com o filho ainda sobre sua barriga.

Ryan: Isso foi Alexander pulando em cima de você às 6h da manhã?

Kate: É um sacrifício para tirá-los da cama, mas depois que saem... – Kate afastou o telefone e olhou para o filho – Querido, mamãe está no telefone.

Alex: Eu sou o melhor! – Alexander se levantou vitorioso e foi para a cozinha.

Kate: Ryan, eu vou reabrir o caso.

Ryan: E o FBI?

Kate: Dane-se.

Ryan: Você acha mesmo que vale a pena?

Kate: Ryan, eu sei que você está cansado, você e toda a equipe. Vocês podem ir para casa. Eu vou reabrir o caso e assumir a investigação. Sem o FBI e longe da imprensa.

Ryan: Você vai arriscar seu cargo de capitã batendo de frente com autoridades por uma intuição?

Kate: Não, Ryan. Eu vou bater de frente com o FBI e com autoridades porque eu tenho uma filha. Dispense a equipe e vá para casa.

Ryan: Eu vou, mas é só para um banho e volto.

Kate: Ryan...

Ryan: Kate, eu tenho uma filha também. Nos vemos mais tarde.

Kate desligou o telefone e foi até a cozinha, onde Castle já preparava o café.

Kate: Você me paga, mocinho! – ela bagunçou o cabelo do filho, e deu um beijo em sua bochecha – Cadê minha princesa?

Jo: Aqui, mamãe – Jo chegou abrindo a boca.

Kate: Bom dia meu amorzinho! – Kate abraçou a filha, que disse um “Bom dia” ainda ensonado.

Castle: Aqui babe – Castle entregou uma caneca de café para Kate, que tomou quase de uma vez aos olhos surpresos dele.

Kate: Eu preciso ir. O FBI saiu e vou reabrir o caso.

Castle: Tem certeza que quer mesmo fazer isso?

Kate: Absoluta.

Castle: Então eu estou com você. Vou deixar as crianças na escola e te encontro mais tarde.

Kate: Ok. – Kate beijou Castle e os filhos, e saiu.

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Reabrir um caso de grande repercussão e dado como resolvido era algo ousado e Kate sabia muito bem. A capitã andava de um lado para o outro em sua sala, enquanto esperava Espo e Ryan voltaram de uma diligência. Ela, os garotos e Castle tinham gastado horas do dia traçando perfis e investigando possíveis suspeitos pelos estupros seguidos de morte que vinham acontecendo numa dada região de NY, sempre de garotas entre 15 e 18 anos, e virgens.

Castle: Aqui. – Castle chegou lhe estendendo mais uma caneca – Mas eu ainda acho que você devia parar.

Kate: Eu preciso disso. – Kate tomou rapidamente. Já havia perdido a conta de quantas daquelas tomara só nas últimas horas.

Castle: Eu sei que esse caso mexeu com você.

Kate: Eu não consigo... Essas garotas... Como alguém pode fazer isso? Eu não aceito.

Castle: Eu sei – ele segurou a mão dela – Nós vamos conseguir.

Kate fez que sim, e o toque do telefone fez os dois quebrarem o contato.

Kate: Capitã Beckett. Sim, senhor, eu reabri. – Kate lançou um olhar para Castle. A coisa tinha acabo de ficar complicada.

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Kate: Como assim não encontraram? – Kate encarou Espo e Ryan.

Espo: Não encontrando. O cara desapareceu.

Kate: É ele.

Espo: Talvez seja, mas como vamos descobrir?

Kate: Patrulhando. Cercando. Nós vamos pegar esse cara ainda hoje.

Ryan: Eu vou checar os alertas mais uma vez.

Castle olhou para Espo e Ryan, visivelmente cansados, mas ainda determinados.

Castle: Kate...

Kate: Não me peça para parar. Você ouviu, a Corregedoria já sabe. É o meu nome que está em jogo.

Castle: Eu sei, mas você pode continuar amanhã ou depois...

Kate: E esperar que ele faça uma nova vítima?

Espo: Ela está certa, Castle. Se o cara ainda está à solta ele pode agir essa noite.

Ryan soltou o telefone e veio correndo.

Ryan: Temos uma pista. Vamos!

Ryan e Espo saíram mais uma vez. Castle olhou para Kate, e havia esperança e ansiedade em seus olhos.

Castle: Amor, eu queria continuar aqui com você mas... – Castle olhou para o relógio.

Kate: São quatro horas e você tem que levar a Jo no salão. Me desculpa por você ter que fazer esse programa de mulher...

Castle: Não é como se eu nunca tivesse feito – ele sorriu – Me lembro de Alexis nas apresentações, sempre tão linda! Agora ela é uma mulher e mora com um homem – Castle fez uma cara inconformada, e Kate riu.

Kate: Promete que vai se certificar que nossa menininha fique linda também?

Castle: Claro.

Kate: Não esqueça as borboletinhas, estão perto do telefone da sala. Ela quer as borboletinhas no coque.

Castle: Sim, sim. – Castle fechou o sorriso e olhou sério para a esposa – Kate, você não vai se atrasar, não é?

Kate: Não, eu prometo.

Castle: Ok. Eu te amo.

Kate: Eu também te amo!

Kate viu Castle deixar a delegacia.

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Kate, Espo e Ryan esperavam ansiosos andando de um lado para o outro na delegacia. Eram sete da noite quando Castle telefonou.

Kate: Amor, nós só estamos esperando o exame de corpo de delito.

Castle: Mas vai demorar? Kate, você não pode se atrasar.

Kate: Eu sei, olha, vai dar tempo. Lanie disse que mais uma meia hora no máximo. Eu posso ir direto para lá.

Castle: Você tem certeza?

Espo: É... Kate... eu acho que você tem visitas.

Kate levantou os olhos e cinco homens adentravam a delegacia, entre eles o Corregedor Geral e o Secretário de Segurança Pública.

Castle: Kate? O que foi?

Kate: Parece que as notícias correm. Rick, eu tenho que desligar.

Castle: Kate, se você não vier agora...

Kate: Se eu demorar você vai com eles, certo?

Castle: Kate, é a festa de Dia das Mães...

Kate: Eu sei, eu encontro vocês lá. Eu chego até as 20h, eu prometo. Eu preciso desligar.

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Castle olhou para o relógio mais uma vez, visivelmente aflito. As apresentações começaram, e ele olhou para o anfiteatro lotado. Se Kate ainda chegasse, veria tudo de longe, mas pelo menos veria.

20:30 – O Recital das crianças do segundo ano. Jo e Alex estavam lá, lindos, enchendo o papai Castle de orgulho. Mas Kate ainda não havia chegado.

21:00 – O balé começou e Johanna parecia uma verdadeira princesa com suas borboletinhas cor de rosa no cabelo. Arrancou lágrimas da vovó Martha e sorrisos orgulhos da irmã mais velha. Alexander também se orgulhou da irmãzinha. E pela primeira vez em todas as suas apresentações, Kate não estava lá para ver.

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Assim que Johanna desceu do palco, Castle abriu os braços para receber a filha.

Castle: Cadê minha bailarina?

Jo: Você viu, papai?

Castle: Você dançou muito bem, minha princesa!

Castle pegou a filha no colo, saindo pelo corredor. Ele tinha o coração na mão, pensando como Jo reagiria quando soubesse que Kate não estava ali.

Jo: Cadê a mamãe?

Castle: Olha lá a vovó toda chorosa!

Castle soltou Johanna, que correu em direção à avó. Martha abraçou a neta, enchendo-a de beijos. Alexis olhou aflita para Castle, e ele retribuiu com um olhar resignado.

Jo: Cadê a mamãe? Ela viu que eu rodopiei certinho? Eu sou uma verdadeira bailarina, não sou vovó?

Martha: Você é a melhor de todas, minha linda!

Alex: A mamãe estava lá no fundo, não é papai? Por isso nós não a vimos?

Castle: Na verdade... – Castle olhou para os filhos. Enquanto procurava as palavras, viu Kate correndo em sua direção. Ela havia chegado, e ele não precisaria explicar. O óbvio não precisava de explicação. Kate diminuiu os passos quando se deu conta que já não havia mais tempo. Ela olhou triste para Castle. Alexander foi o único que se moveu até ela.

Alex: Mamãe, você só chegou agora?

Kate: Me desculpa, meu amor. A mamãe ficou presa no trabalho. – ela se agachou, olhando para ele e também para Jo, que ainda estava perto do pai.

Alex: Você não podia prender os bandidos depois?

Kate: Eu... – Kate olhou triste para o filho, e balançou a cabeça negativamente – Não filhote, nesse caso não.

Alex: Tudo bem, eu leio o nosso poema para você depois. – Alexander deu um beijo na mãe e correu em direção aos amiguinhos.

Kate se levantou e foi até Jo, mas ela deu um passo para trás e esticou os braços para o pai. Castle segurou sua pequena bailarina, que já tinha cara de choro.

Kate: Você está tão linda meu amor...

Jo: Eu não quero falar com você! – Johanna escondeu a cabeça no pescoço do pai, e Kate olhou arrasada para Castle.

Kate: Jo, a mamãe está muito triste...

Jo: Você prometeu que vinha! – A menina agora chorava, e Kate também tinha lágrimas nos olhos.

Kate: Me desculpa... – Kate passou a mão nas costas da filha, mas ela a empurrou com a mão, com o rostinho ainda escondido no pescoço do pai.

Castle fez sinal para que Kate esperasse e se afastou com a filha nos braços. Kate sentiu a mão de Martha repousar em seu ombro, enquanto deixava as lágrimas caírem.


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