Pandora’s POV

Quando tudo acabou e eu tive que ver minha mãe ser enterrada, fui pra casa, que saudade, quantas memórias…
Arrumei minhas coisas, afinal teria que me mudar pra Inglaterra com meu pai.

Juntei tudo que eu tinha e depois fui pro quarto de minha mãe, sentei-me lá e respirei seu cheiro, que ainda estava no quarto.
Meu aniversário seria daqui a dois dias, e não existe o menor motivo pra eu ficar feliz.
Senti duas mãos em meus ombros e vi Leo, sorri pra ele que me abraçou. - Ela está com agente mana.
- Eu sei que está lindo.

Terminei de empacotar as coisas e Sean me ajudou a levar pra baixo, uma companhia de mudança juntou tudo que era nosso pra levar pra casa do meu pai.
Fui até o hotel me despedir de Charlie, Bella e Edward.

- Fica bem Pam. - Charlie disse, ele não é bom com sentimentos, mas pude ver que ele chorara, perdeu sua única irmã, então sabe como estou me sentindo.

Bella ainda estava chorando, abracei-a e ela soluçou bastante - Pam, sinto tanto. Você sabe que eu sempre estarei aqui pra você não sabe? Sabe que você é minha irmãzinha?
- Sei sim Bella, obrigada por tudo. Pelo apoio que você me deu esse tempo todo.
- Você faria o mesmo por mim. Ou até mais.
Sorri, era verdade, nós éramos muito unidas.

Edward foi o último que eu abracei - Sei como é perder a mãe, sei que doí ficar sem aqueles que você ama, mas quero que saiba, que as pessoas que amamos estão sempre conosco. E eu estou aqui pra você. Cunhadinha. - Ele disse sorrindo
- Obrigada Edward.

Jake’s POV

Já fazia mais de uma semana que ela fora embora, e desde aquele dia eu estava enfurnado no meu quarto escuro.
Até que essa manhã eu resolvi ir atrás dela, não interessa se ela está na Inglaterra, Romênia ou na Lua.
Pandora é minha de qualquer jeito.

- Pai? - Perguntei entrando na cozinha
- Sim?
- Você sabe se a Pam já foi pra Inglaterra?
- Acho que já filho.
- E você sabe quanto custa uma passagem pra lá?
- Jake...
- Onde ela mora?
- Jake…
- Não me interessa pai, eu vou atrás dela nem que eu tenha que nadar até lá!
Ele respirou fundo e pegou um papel. - Esse é o endereço do pai dela, é em Londres.
- Obrigado.
- Tem certeza que que ir?
- Mais do que já tive certeza de outra coisa na vida.
- Então tudo bem.

Pandora’s POV

Estava deitada no colo de Sean observando a neve cair, chorei muito esses dias, estava tão esgotada que não conseguia nem pensar direito.
Pensei mil vezes em ligar pra Jake, mas não conseguia.
- Anjo? - Sean me chamou e eu olhei pra ele - Você está com fome?
- Um pouco.
- Vou pegar algo pra comermos tá?
- Tá...

Ele saiu pra comprar comida, meu pai estava trabalhando e Leo estava dormindo.
Comecei a escrever uma letra de música, mas fiquei confusa, porque eu só queria desaparecer… Não existe uma música sobre desaparecer… Existe?
E eu não quero ser a primeira a escrever sobre isso…
Ou quero…
Não sei mais o que penso nem muito menos o que quero, tudo que eu sei é que cansei de trocar minhas dores e minhas saudades.
De minha mãe e de meus irmãos quando estava em Forks, e das pessoas de Forks enquanto estou aqui, e da minha mãe também, claro.

Não quero escrever nenhuma música… Mas posso escrever outra coisa…

A maior parte de todas as coisas
É destinada a acabar
Algumas coisas nunca mudam...
Algumas coisas são intocáveis...
Algumas coisas nunca vão ser esquecidas...
E, algumas dessas coisas, eu vou carregar para sempre...
Era destinado a acontecer…
E por mais que isso acabe comigo, eu tenho que aceitar…
Eu sempre fui a favor de seguir em frente
Mas agora…

Bem, talvez eu não pense mais assim..
Ou talvez eu tenha me machucado tanto que não faz mais sentido seguir em frente…
Não sem você…
E eu não posso trazer de volta o que já foi.

Você fazia meu dia ruim ficar bom
E derepente você era a pior parte dele
Você era o cinza
Você era o que me puxava pra baixo
Mas ao mesmo tempo
Era a cor
Era aquilo que tinha sentido
A luz que brilhava no escuro
E depois ficava tão fraca que eu não conseguia ver…
Eu só queria que ficasse tudo bem…
Mas você não está mais aqui…
E pra mim, felicidade não faz sentido quando você não está sorrindo.

Fiquei deitada na cama enquanto as lágrimas escorriam do meu rosto e molhavam o papel.