O Melhor de Mim escrita por Neko


Capítulo 6
A paixão dos olhos que brilham


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais ta ai gente. Continuo sem internet... então demora mesmo pra postar rs
Só pra nao acharem que é plagio,fiz referência ova do SnK e de um episódio também que não recordo agora. Mas quando isso acontecer aviso vocês. Acho que já disse que nao sou boa em escrever coisas "eróticas" então não esperem muito kk nem nome de capítulos também.



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Era o dia de mais uma expedição. Todos esperavam o portão da muralha se abrir.

Os dois dias passados, Petra achou que Levi nunca mais olharia pra ela,o que por sinal ela iria achar bom,mas foi ao contrário. Ela estava agindo do jeito mais profissional que pudesse – e dessa vez funcionara. Mas ao que parecia ele não tanto. Toda vez que eles faziam contato visual ele perdia mais tempo olhando pra ela propositalmente do que falando do necessário. Ninguém precisava falar, que Hanji estava mais espantada do que o normal, e que dissera aquele “eu te disse” só pra causar mais confusão.

–Agora vocês dois vão ficar agindo como se quisesse que o outro fosse comido por um titã. – dissera ela noite passada.

–Hanji, eu estou brava e triste, mas não quero que ele morra ta? Pelo contrário. Todos nós somos soldados aqui, ele é meu superior, eu daria minha vida por qualquer um daqui mesmo que eu gostasse ou não da pessoa.

–Olha só você... Chamando ele de soldado, superior... Você sempre o chamou de Cabo Levi com os olhinhos brilhando ainda. Você não gosta mais dele? – Petra respirou fundo.

– Nunca reparei que o chamava de Cabo Levi... E não. Não gosto... – ela disse indecisa.

–Sim você chamava, e sim gosta dele sim, porque seus olhos ainda brilham, Petra...

O portão das muralhas finalmente abriram e todos partiram a cavalo. Chovia de leve antes de saírem da muralha, agora a mais ou menos 30 minutos dela chovia constante.

Choveu por três dias seguidos. Houveram duas baixas por causa de titã passarem correndo pela neblina e ninguém os ver a tempo.

O sol voltou ao meio-dia do quinto dia.

Ultimo dia.

Hanji tentou como quase sempre conversar com um titã. Acontece que nenhum deles esperava acontecer, o que aconteceu.

Um titã de mais ou menos 5 metros, começou a fugir dela e de Levi, levando os para dentro da floresta, até uma clareira. Hanji cismou que o titã queria dizer algo pra ela. Minutos depois, ela desceu do cavalo observando a clareira, o titã próximo a ela. De repente ele se virou para atacá-la, então Auruo cravos os cabos do DMT no pescoço do titã para matá-lo.

–Espera! – gritou ela.

Ele parou no meio do processo. O titã se v irou e o agarrou na mão levando até a boca.

–Auruo!! – gritou Petra que corria pelas arvores.

Levi passou por nós e cortou a nuca do titã. Hanji começou a gaguejar dizendo que não era pra ele ter feito aquilo. Auruo ainda estava imóvel, em choque na mão do titã.

–Cabo, vou segui-lo pro resto da vida...

Levi andando até Hanji pegando-a pela gola da camiseta.

–Nunca mais coloque meus subordinados em perigo.

–Mas-mas

Petra desceu da arvore e girou em torno de si mesma para olhar a clareira. Havia uma arvore com um buraco no meio. Ela olhou mais de perto e percebeu que era um corpo,sem a cabeça.

–Cabo... – chamou assustada

–Mas mas Levi!

–Não interessa Hanji

–Cabo!!

– O que ...

Nessas horas os olhares de todos voltaram a arvore. Petra estava extremamente assustada. O corpo estava vestido com a roupa das tropas de exploração e permanecia sentado do mesmo jeito que alguém o colocara ali. Hanji foi a primeira a andar até lá , depois Levi passou por Petra sussurrando um “Fique aqui”. Havia um diário caído no chão, Hanji abriu e leu algumas páginas para si mesma.

–Acho que... acho que temos de entregar isso para família dela. Era um membro da tropa.

A chegada em Trost não foi nenhum um pouco calma. Assim que os portões se abriram eles viram que a cidade estava cheia de titãs. As casas todas arrebentadas, e quebradas. Erwin não precisou falar nada para os soldados.

Petra ficou em pé no cavalo e grudou seus cabos numa chaminé próxima e correu pelo telhado até um titã de 15 metros e cortou sua nuca.

Hanji já estava do outro lado conversando com um deles, e Levi cegara um a poucos metros dela. O irmão de Petra acabara de matar um titã quando outro o arremessou pra longe. Ela soltou um grito falhado enquanto pulava pra onde ele tinha caído.

Ele estava jogado no chão. Ela começou a fazer massagem cardíaca olhando para os lados pra ver se não vinha nenhum titã. Levi desceu próximo dela limpando uma das lâminas quando ela o chamou.

–Ele... ele não respira,mas também não sangra...

Ele andou e se agaixou perto de Daniel.

–Eu... – o garoto começou a tentar falar – Me desculpe, cabo. Pelo menos,pelo menos eu contribui para a humanidade...?

Levi sentiu os olhos se amolecerem quando ele levantou a mão, ele aperto da dele toda ensangüentada.

–Sim,contribuiu,você foi forte...

O garoto sorriu e fechou os olhos.

–Acha que ele ouviu? – perguntou a Petra

–Acho que sim... – ela ainda tinha as mãos pressionadas contra o tórax do garoto. Ela levantou os olhos olhando em volta, o titã que o arremessara estava vindo na direção deles correndo. Ele era extremamente horroroso. Tinha os braços totalmente desproporcionais ao corpo. Levi arrastou o corpo do menino pra calçada se preparando pra sair dali. Petra permaneceu no meio da rua,as laminas nas mãos.

–Petra! Ei! Petra! – Levi chamou. Ele estava prestes a empurrá-la dali quando a mão do titã desceu sobre ela,quebrando uma casa ao lado deles. Levi ainda estava ali, agora sentia o corpo todo gelado. – Petra...

Ela estava grudada pelo cabo no ombro do titã. Começou a cortar os membros dele,até que um braço caiu. O titã começou a se sacudir, e tropeçou numa das casas. Ela deu a volta no pescoço e cortou a nuca dele parando em cima do nariz. Os olhos deles ainda eram mais feios de perto. Ela cravou as duas lâminas nos olhos dele, o sangue espirando no rosto dela e nas roupas, dando um leve empurrão no nariz dele com os pés. E então grudou um lado do cabo na parede da casa e ficou pendurada lá enquanto pegava mais lâminas, assistindo o corpo do titã cair sobre a casa e desintegrar. Levi soltou um suspiro de alivio e voltou a ativa.

Mais tarde de volta em segurança Erwin declarou que todos teriam dois de folga até voltarem. Ao que parecia eles demorariam até a próxima expedição. Por incrível que pareça, Erwin ainda tentava acreditar, mas havia um garoto que se transformou em titã e salvou o distrito fechando a fenda em Trost (?). Como as autoridades ainda queriam conversar com ele e o garoto, ele achou melhor manter em segredo, principalmente de Hanji.

Hanji pediu a Petra e Auruo que a acompanhassem até a casa da garota da arvore, para levar as roupas do corpo e o diário até a família da moça.

Petra estava em pé encostada no muro da casa e Auruo na escada quando Levi apareceu.

–Onde ela está?

–Dentro da casa...acabou de entrar. – respondeu Petra.

–Aah! – Auruo se espreguiçou – O que vocês vão fazer nesses dias de folga?

–Vou ficar com meus pais... –respondeu Petra. Auruo olhou pra Levi esperando a resposta, mas ele só elevou a cabeça olhando as nuvens.

–Nada. – respondeu depois.

Depois da visita a família e de voltarem para o quartel, Hanji elaborou uma carta enorme, com os melhores argumentos a favor dela pra Erwin. O ocorrido com o titã que falava, fez todos perceberem o quanto eles tinham de saber cada vez mais sobre os titãs. No fim, Erwin cedeu e ambos começariam a elaborar planos para captura deles. E Hanji acabou virando Tenente.

No outro dia, Petra acordou por volta das nove horas, tomou banho e foi se arrumar para ir a casa de seus pai. Pegou uma mochila pequena e colocou nas costas.

–Vê se não fica até tarde no laboratório Hanji. Você devia descansar disso tudo.

–Hmm vou tentar... Não tenho muito o que fazer nos dias de folga...

–Podia chamar o Gunter pra sair... – o rosto dela corou – Eu já vou, vá a casa dos meus pais se precisar de mim. Hanji sorriu e saiu do quarto.

Petra saiu do quartel meia hora depois, a maioria dos soldados saiam juntos e parecia que Auruo estava tentando convencer Levi de ir com eles,mas ele não foi. Do outro lado,Gunter e Hanji conversavam,os olhos de Petra se arregalaram e ela começou a rir sozinha,voltou até a porta do pátio e ficou escondida espiando.

–Hanji... eu... Bem – Günter respirou , Hanji tinha as bochechas tão vermelhas que estava massageando-as pra tentar diminuir a vermelhidão – Eu, nós... Nós temos dois dias de folga sabe... O que vai fazer?

–Nada... na verdade,eu só ia – ela pensou que agora que Erwin havia lhe dado autorização ela tinha de pensar em armas e planos para captura de titãns, mas uma vozinha de Petra surgiu na sua mente chutando seus planos – Eu só ... Eu não ia fazer nada. – enfim falou

–Quer...quer sair?

Os olhinhos dela brilharam sobre o óculos, e ela fez que sim com a cabeça.

Petra não conseguia ouvir nada, mas só de vê-los conversando ela já estava feliz.

– O que faz ai? – a voz de Levi surgiu atrás dela. Ela se virou correndo entrando e batendo continência. Depois passou a mão sobre o vestido como se fosse limpá-lo.

–Nada. E você? - Levi ainda estava ali de braços cruzados olhando pra ela.

–Será que nesses dois dias – ele começou a falar – você vai deixar eu falar com você?

Ela ficou sem falar por pelo menos um minuto olhando pro rosto dele. Ela tinha de ceder uma hora. E Levi esperava por isso. Ele estava a cinco dias tentando mostrar a ela que tinha algo ainda, que ele ainda tinha algo a dizer.

–Posso apenas acompanhar você até seus pais?

–É ... claro.

–Se importa se passarmos num lugar antes? – então ela fez que não,curiosa.

Assim que saíram do quartel descendo a floresta a cavalo Levi tomou o rumo do outro lugar. Petra ficou confusa, mas ele pediu que a seguisse. Minutos depois ela começou a reconhecer o caminho. Era para o cemitério.

Quando chegaram, Levi passou direto por todas as covas que já haviam homenageado um dia, e foi para aquelas duas que Petra ficara confusa uma vez. Os dois pararam na frente delas em silêncio.

– Esses dois... – ele começou – Farlam e Izabel... Eram meus dois melhores amigos. Nós morávamos no subterrâneo, desde pequenos. Éramos ladrões. Pode parecer estranhos, mas éramos. Nós roubamos DMT’s uma vez, e ficávamos aprontando por lá. Sempre desejamos morar na superfície, ou pelo menos vê-la uma vez, mas não tínhamos renda nem a autorização. Uma dia, um amigo nosso estava gravemente doente. Um homem disse que iria ajudá-lo, com médico, remédios, tudo e ainda daria uma vida pra nós na superficie, se nós matássemos uma pessoa pra ele. É claro que topamos... – ele riu de leve, Petra prestava atenção quietinha o lado dele – Essa pessoa era o Erwin. – então ela arregalou os o lhos – Ele apareceu um dia no subterrâneo, nos chamou para participar das tropas de exploração com ele, decidimos que era o momento perfeito.

Nossa primeira expedição, todos nós estávamos encantados com a paisagem, mas tínhamos um trabalho a fazer. Começou a chover depois, e uma neblina tomou a tropa. Eu sai da formação querendo aproveitar a neblina pra matar Erwin sem que ninguém o visse. Mas eu, eu não o achei... E quando voltei pra formação... – a voz dele começou a falhar – Um titã havia dizimado aquela parte da tropa, inteira. Eu os encontrei mortos, na chuva, do pior jeito possível. O titã ainda estava por ali então eu o matei... Erwin chegou logo depois. Eu ia matá-lo ali mesmo, mas ele disse que fora tudo armado,que queriam apenas pegar aquele corrupto, que a carta de autorização pra nós ficarmos na superfície estava com ele o tempo todo,mas já era tarde. Ele me deu uma escolha, matá-lo ou entrar pra tropa. Acho que sabe o que escolhi...

Petra piscou duas vez sentindo uma lágrima escorrer pelo canto do olho dela. Ela encostou sua testa no braço de Levi.

–Sinto muito... mesmo...

–Você me lembra a Izabel...

Ele afagou o cabelo dela e se levantou do chão estendendo a mão pra ela se levantar. Os dois partiram a cavalo para o sítio. Chegando lá, eles guardaram os cavalos.

–Onde vai? – Petra perguntou quando Levi não desceu do cavalo – O sol vai se por daqui a pouco, vai ficar escuro pra você ir.

–Não posso ficar...

–Só uma noite. Deixo você ir amanha de manhã. – e então ele desceu.

Assim que Petra abriu a porta, uma criança de uns cinco anos correu até ela a abraçando. Os pais dela se levantaram das cadeiras e vieram cumprimentá-la. Levi ficou completamente sem jeito e vermelho. Ele não tinha jeito pra lidar com as outras pessoas, ainda mais porque elas sempre queria falar das tropas de explorações,as descobertas, e sobre ele próprio.

–Esta bem filha? – um senhor simpático perguntou a Petra. – Ficamos sabendo... sobre o Daniel.

–Estou bem... – ela sorriu ainda com a criança no colo – Eu me vinguei sabia!

–Ah não nada de falar disso! – a mãe da Petra tapou os ouvidos e o pai dela riu

–Sério, foi tão divertido e cheio de sangue!!!

Levi levantava uma das sobrancelhas enquanto os dois senhores repreendiam Petra e ela ria sem parar.

–Está fazendo de propósito, não gostamos disso, você sabe.

–Sim eu sei. – ela parou de rir – Pai, mãe, - então ela se virou para Levi parado ainda do lado de fora da porta – Este é o Cabo Levi, ele vai ficar conosco hoje.

–Cabo Levi! – o pai dela estendeu as mãos – Que prazer. – então a mamãe dela limpou as mãos no avental e o cumprimentou também.

–Olá...

Petra quase teve de pegar na mão de Levi para que ele entrasse, mas no fim ele entrou. Havia mais algumas pessoas lá dentro. Parecia que a família toda de Petra resolvera ficar por lá. E Levi estava vermelho dos pés a cabeça. Por sorte, ninguém o idolatrava por ali como outros faziam, nem se querer conversaram sobre nada parecido. Ele se sentia como se tivesse entrado num outro mundinho particular fora de titãs,muralhas e tropas. Depois de comerem, Petra foi ajudar sua mãe a lavar a louça, alguns parentes começaram a ir embora. Levi normalmente estaria pensando que alguém poderia saber que ele veio com Petra, alguém do esquadrão, mas ele não se importava,ia resolver tudo isso hoje. Ele estava sentado numa cadeira do lado de fora sozinho. Então Petra apareceu na porta com uma xícara grande de café e se abaixou na frente dele. Ele pegou a xícara sorridente.

– Sua família é muito simpática.

– Ah,eu sei... Achei que fosse se assustar. Eu vou ajudar minha mãe.

–Claro. – então ela se levantou e sorriu saindo. Depois de um tempo o pai de Petra apareceu na varanda se sentando na outra cadeira.

–Aqui é bem calmo não?

–Com certeza...

–Eu moraria aqui se possível, mas dizem não ser recomendado fica longe da cidade...sabe como é.

Ele sabia. As autoridades aconselhavam as pessoas morarem não muito longe das cidades, as noticias demoravam mais para chegar... Um exemplo era a muralha Maria. A população do campo só soube depois do que acontecera, quando alguns dos titãs já tinha aparecido por lá.

–Então, você e minha filha ... – Levi se engasgou com o café

–Não senhor... Na verdade, bem...

–Não precisa se preocupar. – ele riu de leve - Eu confio nela. Você parece um bom rapaz... não estou insinuando nada, Petra me conhece,canso de dizer o quão nova ela é ainda. Mas não quer dizer que devemos nos fechar pra vida não é? – Levi assentiu – Os novos tende a aproveitar, e os velhos não podem perder tempo...

– O senhor tem toda razão. – Levi quase sorriu de orelha a orelha, ele sabia que era justamente aquilo que ele deveria fazer.

–Paaai ! – Petra apareceu de repente na porta da varanda – Ele não está te enchendo está? – ela perguntou a Levi

–Não, claro que não.

–Rum. – o pai dela riu e a abraçou pelo quadril. – Vou pegar uns cobertores... Sabe fazer fogueira Cabo?

–Claro, mas –

– Pra que fogueira? – o pai dela perguntou

–Vou ficar lá fora oras. Vem. – ela fez um sinal para que Levi a seguisse –

–Petra...

–É só uma fogueira pai... – ela sorriu maliciosa

Levi acabara de lavar a sua xícara quando Petra apareceu com dois cobertores nos braços saindo pela porta. Ele a seguiu, havia uma pilha de lenha do lado de fora. Então ele começou a arrumar uma fogueira perto da onde ela colocava os cobertores. Não demorou muito pro fogo começar a ficar alto e finalmente esquentar alguma coisa. Ela deitou de bruços num cobertor e Levi sentou-se no outro.

–Então... – ela começou a falar apoiada o rosto nos cotovelos – Você era um ladrão.

–Sim. Era legal.

–Achei que você não era de quebrar regras.

–Não sou. Eu escolhi ser um ladrão, fiz minhas próprias regras. – ela riu – Escolhi ser um soldado e seguir as regras dali... Apesar que tem uma que eu quero quebrar.

–Jura? ... – ela ficou vermelha.

–Aquele dia na lavanderia, eu fingi pro Erwin que não me importava com você... porque era isso que ele queria ouvir, ele queria ter certeza que não tinha nada entre nós... mas eu ainda estou duvidoso do verdadeiro motivo dele quer tanto saber – Levi ia esperar ela dizer algo. Mas ele precisava antes de qualquer coisa colocar seus sentimentos pra fora. Coisa que ele não era muito bom em fazer, mas agora ele precisava ser. – Não era o que eu queria dizer... Eu nunca quis dizer aquilo. Nunca quis magoar você, nem deixar você brava,nem te iludir... – ele se virou e virou o rosto dela para olhá-lo, ela tinha os olhos cheios de lágrimas – Nunca quis fazer você chorar... Eu falei sobre o agora porque tinha medo, sim, eu tinha medo de que no outro dia de manhã não houvesse depois... Nós nunca sabemos se vamos ter o depois quando os portões se abrem... – ele se lembrou de Gunter - Eu quero poder ficar com você antes que as coisas desse mundo comecem a piorar. Quero viver com você em paz, ou pelo menos lutando por isso. Quero tomar seu café todos os dias... – ela sorriu colocando a mão na dela sob o rosto dela - Eu tenho uma regra que quero quebrar, Petra. Quero que você quebre ela comigo.

Todas as lágrimas caíram pelo olho dela, ela se jogou nos braços dele abraçando-o. Levi respirou soltando todo o ar abraçando o mais forte possível.

Finalmente.

Ela fungava chorando no ombro dele, ele soltou um pouco do abraço.

Tinha falado tudo o que quisera falar ou não tudo...

–Casa comigo. - Os olhos dela se arregalaram, – Sei que é rápido... bem rápido, mas é só queria deixar bem claro que é isso que eu quero...

Ela tirou os braços devagar dele e o olhou nos olhos. As chamas da fogueira deixavam eles num tom castanho mais bonito que ela já vira. Ela adorava aqueles olhos caídos, sempre bravos... agora calmos e brilhosos. Aquele brilho ela nunca saberia se eram lágrimas ou a fogueira. Mas ela não iria esquecer o quanto eles brilharam quando ela disse que sim.

O sol atingiu o rosto de Levi que elevou a mão rápido tampando o rosto. Ele sentia o braço esquerdo todo dormente, Petra estava deitada nele dormindo profundamente. Ele se virou encostando a testa na dela. Haviam dormido ali fora mesmo, de roupa e botas.

–Eei pombinhos! – a voz com certeza era do Pai da Petra, Levi ficou automaticamente envergonhado – Café na mesa. – ele continuou virado de costas e a voz não voltou a falar. Alguns passinhos rápidos vinham ao encontro deles. O mesmo menininho de ontem se enfiou no meio dos dois gentilmente. Levi franziu as sobrancelhas pra ele.

– Oi ! – o menino disse alegre segurava duas xícaras – Como se chama?!

–Levi.

–Me chamo Ralph, minha tia que escolheu...

–Jura?

–É. – o garoto olhava para Petra – você não quer café? Eu que fiz. – ele deu a xícara para Levi que se preparou para um gosto terrível, mas o café estava bom, muito bom!

–Aposto que Petra ensinou você a fazer café.

–Ahaam! – ele sorriu – Ela me ensina tudo... minha mãe morreu sabia.

Levi não sabia o que dizer, tirou com cuidado o braço de debaixo dela e tomou o café.

– Ela cuida de mim... agora minha avó cuida porque tia Petra trabalha muito. Eles acham que eu não sei... mas eu sei porque ela disse.

–Sabe do que?

–Que o trabalho dela é matar titãs. Mas eu não tenho medo sabia, eu sei que ela fez isso porque ela disse que iria me proteger de tudo, e porque eles pagam bem as vezes, ela precisa do dinheiro por minha causa – Levi parou de tomar o café espantado com que o garoto dizia – Eu acho que ela vai derrotar todos os titãs. Você também não acha?

Levi parou de falar. Ele nunca conversara algo assim com crianças, mas aquela criança, era até mesmo diferente das outras. Ele sentiu que se mentisse o garotinho saberia.

–Sabe o que eu acho... que você não tem que se preocupar com isso. Porque se ela disse que vai te proteger, é porque ela vai não é.

–Eu também acho! – o garoto disse reluzente – Tia... – ele cutucou Petra na bochecha e Petra acordou – Oi!

–Dormimos aqui fora? – ela perguntou coçando os olhos. Levi ficou olhando pra ela, enquanto o garoto respondia a pergunta por ele e lhe dava a xícara de café, e se alinhava no colo dela. Eles até eram parecidos, se não fossem os grandes olhos azuis do garoto e o cabelo escuro, ele podia confundir ele como um filho ou irmão dela. Os três se levantaram e entraram em casa.

Depois do almoço Petra foi com Levi até a casa dele na cidade, ele precisava pegar roupas para o último dia de descanso. Ele entrou e ela se sentou no sofá. Era realmente uma casa A Lá Levi. Era impecavelmente limpa e arrumada. Ela se perguntou como ele tinha tempo pra limpar e estar no quartel ainda. Ela ficou encostada na porta do quarto e Levi entrou procurando roupas no guarda – roupa, e depois tirou a camisa. Ela olhou pelo canto do olho e sorriu de leve.

–Nós ... – ela começou a falar – Nós temos que voltar rápido...?

–Não se você não quiser. Porque? – ele se virou pra ela – O que quer fazer?

Ela arregalou os olhos o rosto avermelhando-se.

–Hmmm, nada. Só pra saber.

–Petra... – ele levantou uma sobrancelha. Ela se desencostou na porta e lhe deu um beijo, colocando os braços envolta do seu pescoço.

– Estou com saudades ... – sussurrou perto do ouvido dele, beijando seu pescoço inteiro, depois a clavícula e o tórax.

Os braços de Levi apertaram forte a sua cintura colocando ela contra a parede descendo a alça fina do vestido beijando seu ombro,voltando até a boca; desceu as mãos pegando a pelas coxas e colocando no seu colo, o vestido dela subiu mostrando o começo das meias. Ela desceu as mãos até o cinto da calça dele abrindo devagar, depois puxando-o e jogando pro lado,ouvindo o som dela caindo no chão. Levi sorriu e a segurou no colo virando pra trás caindo os dois na cama de casal. Ela se virou sentando-se no seu colo, beijando de novo o tórax, descendo...

–Petra... – ele sussurrou ofegante, a mão esquerda apertando forte o lençol...

... Descendo... Até sentir o ultimo gominho da barriga dele, passou a língua pelas entradinhas da barriga depois até um pouco no começo da cueca passando de leve bem pouco dentro dela... Ele gemeu abafado, a mão direita dele subiu pela sua nuca segurando o cabelo dela levantando e trazendo-o pra cima,enquanto ele ia até ela se sentando, beijando sua boca com toda vontade possível.

– Vem cá... – disse entre outro beijo deitando a na cama segurando suas mãos acima da cabeça dela com uma das dele, e tirando o que restava do vestido com a outra.


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Notas finais do capítulo

Se preparem para os próximos capítulos ;) jájá tá acabando :c



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