Bonnie abriu os olhos e aos poucos ia se acostumando com claridade do lugar, em supetão se levanta ao reconhecer o quarto, era o seu.

—Estou em casa—Diz pra si mesma.

A cama parecia mais quente e macia, o sol parecia brilhar mais quando os raios penetrava pela janela, ou era só imaginação dela, a falta daquele lugar, dos seus livros, suas roupas, sua colcha branca com pequenas flores desenhas ou até mesmo o piso de madeira, que agradava os pés descalço da bruxa, tudo era família e seguro.

Bonnie se jogou novamente na cama.

—Posso andar?

Diz ao perceber que sentia o piso.Como um criança aprendendo a andar, Bonnie se levantava com cuidado, e dava o primeiro passo.

Ela pode andar.

—Eu posso andar! Gritava com toda força, estava realmente feliz, mais algo pequeno na sua mente a deixava triste, não se lembrava do que era, mais sabia que esqueceu algo importante, mais o que? Quem?

Mais agora não importava, jogou o pensamento de algo faltando e trancou no seu subconsciente, por que agora estava feliz e nada poderia desanima-la.

Correu para o banheiro e tomou um longo banho, enrolada pela toalha procurava algo pra vestir.

—Esse está bom—Disse colocando uma calça preta com uma camisa regata e por fim um jaqueta preta, em mystic fall estava frio.

A caminhada até a casa de Damon Salvatore era longa, mais agradável, passar pelas pessoas da cidade era uma rotina que sentia falta.

Como de costume a porta da mansão Salvatore estava aberta, entrou de fininho, queria fazer surpresa ao amigo, mais sabia que era burrice, afinal era um vampiro, então se dirigiu a sala e lá estava ele, sentado no sofá segurando uma garrafa.

—Damon—Disse, o amigo não se virou para olha-la, Bonnie seguiu em direção para ficar na frente dele.

—Damon? Perguntou enquanto ele estava encarando a lareira.

—Ai esta você—Exclamou Caroline saindo da cozinha, furiosa.

—O que foi desta vez? Perguntou ele.

—Caroline? Damon? Isso é alguma brincadeira?

—Como o que foi? Diz a vampira com cara de azeda—Vocês não tem botijão de gás, como eu posso cozinhar? Diz mais furiosa.

—Parem com isso não tem graça—Diz Bonnie chegando perto da amiga.

—Sou vampiro não preciso de gás—Reclama Damon encarando a loira que cruza os braços, ele sabe que ela vai encher o saco dele, então bebe o ultimo gole e se dirige a porta, passando por Bonnie.

—Como isso é possível? Pergunta Bonnie frustrada, quando Damon atravessa ela—Sou um fantasma? Pergunta a si mesma.

Caroline se dirigi a cozinha pra terminar com os preparativos da festa surpresa de Elena.

—Caroline! Grita Bonnie seguindo a amiga.

Como um passe de mágica o mundo de Bonnie estava se desmoronando, acordou achando que saiu da prisão e agora ninguém a vê ou ouve.

Todos chegaram a mansão Salvatore, primeiro Stefan já que Damon fugiu para não ajudar a loira, depois Matt e Tayler com bolo, Alaric com Jo, e por último Damon antes da aniversariante, todos conversava e se divertiam.

Bonnie estava frustrada, não sabia se estava feliz por eles estarem bem ou arrasada por eles estarem felizes, enquanto ela presa ou morta.

Será que alguém ainda lembra dela? Está procurando uma saída pra ela? Por que ela sabe que não é um fantasma, o outro lado não existe não é possível que não se lembre como morreu, não ela não está morta.

—Isso que eu ganho—Diz chorando, ela não queria está assim, mais o lado, que diz que todos não estão ligando pra ela venceu, e o lado que diz que ela devia está feliz por eles seguirem frente, perdeu miseravelmente— Isso já basta.

Enxugar as lagrimas, que eles se divirtam, esqueçam ela, esqueça o que ela fez, como ela morreu para ajuda-lo, o quanto ela perdeu, por causa da amizade deles, sua avó, sua vida, sua mãe, tudo.

Antes de sair se virou para dar uma olhada, parecia coisa de comercias de tv, todos felizes enquanto riem e brinca um com os outros, mais algo chamou sua atenção, no canto da sala, Jo estava sentada no colo de Alaric, algo nela despertava tristeza e saudades, mais o que seria?

—Não é nada—Disse a bruxa, se virando pra porta mais ela se recuou e caminhou até Jo, o sorriso dela lembrava alguém, a risada.

No subconsciente de Bonnie uma lembrança se desprendera da prisão, que a bruxa colocou, o sentimento que a deixava triste quando estava no seu quarto, algo longe e no escuro um rosto se formava, parecia com Jo, só que mais novo, ele tinha um sorriso sarcástico e cruel ele...

—Kai.

—O que tem ele? Disse uma voz gelada, Bonnie se virou alguma coisa estava na parede, tentou se aproximar mais o medo tomou conta do seu corpo, algo alertava sobre o perigo de se aproximar, mais de relance podia ver um capuz cobrindo o rosto.

—Quem é você? Pergunta a bruxa.

—Não sou ninguém—Diz, Bonnie não reconheceu a voz, algo no seu íntimo dizia que ela nunca reconhecerá—Mais posso ser seu amigo já que não tem—Diz, a bruxa olha de relance pros festeiros.

—Não preciso.

—precisa, eles não estão exatamente te procurando e Kai bom ... o que eu posso dizer.... bom ....que tal um minuto de silêncio?

Lagrimas corriam da face de Bonnie, seu coração bate tão rápido que ela sente que vai pular, o mundo de Bonnie desmorona mais uma vez.

—Mentiroso! Fala entre lágrimas, quase força pra falar.

—Bom já que não acredita bom que tal falamos deles—Bonnie não consegue juntar as palavras, tudo parece está solto sem fazer nenhum sentido pra ela, todo o pensamento que rodava a cabeça da bruxa era como um sinal de emergência piscando:

Kai! Kai!

Ela não se importava com o que “ele” vai falara sobre os festeiros.

—Mentiroso—Diz confiante, a bruxa só tem uma intenção de sair de lá e achar Kai.

—Bom já que não acredita eu mostrarei.

Bonnie olhou em volta e tudo sumiu, agora era um beco que se encontrava, estava chovendo e ela viu duas sombras se movendo em sua direção, elas pararam na metade, agora mais perto Bonnie reconhecia um era Damon, e outro alguém encapuzado.

—Preciso que ajude a minha namorada, ela está morrendo—Diz Damon.

—Não sou de fazer caridade—Diz o encapuzado girando pra sair por onde entrou ,mais Damon agarra o braço “dele”

—O que você quiser—Diz o vampiro decidido.

—Uma vida— Diz friamente

—Pra que?

—Isso não é dá sua conta.

—Tudo bem—Fala Damon largando o braço do encapuzado—vou buscar uma agora.

—Não qualquer um—Diz o encapuzado—A bruxa Bennett.

Bonnie cai de joelhos.

‘’Por favor Damon, não faça isso’’