Amigos? escrita por jadepattinson


Capítulo 5
Noticia Ruim


Notas iniciais do capítulo

EEEhhh, acabei a história, e por isso vou postar agora. Eu queria agradecer a todos voces que acompanham a fic e dizer obg por esperar tanto tempo, mas eu acho que vai valer a pena.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/61346/chapter/5

 

Já havia passado um mês que eu estava estudando no Universo, os dias se repetiam e tudo estava chato, sabe quando você acha que nada vai mudar? Que tudo vai ficar como está? Era assim que eu estava me sentindo.

 

Mas naquele dia que eu pensava que ia ser como os outros, uma coisa aconteceu, uma coisa completamente desagradável. Eu havia acabado de chegar na escola e estava conversando com a Cibelle no pátio.

 

  • Jade, amiga, Lua-Nova vai estreiar no final do ano e nós precisamos ver. [N/A: pois é, como eu já disse, essa história se passou no ano passado e agora Lua-Nova já está até velho] – falou ela.

 

  • eu sei, com certeza nós vamos ver. - falei.

 

  • Oi meninas. - disse o Igor com um sorriso imenso.

 

  • oi Igor. - falei dando dois beijinhos no rosto dele.

 

  • garotas, eu queria convidar vocês para o meu aniversário, vai ser dia 16 de março na AP. - não creio, o niver dele vai ser na AP, pra quem não sabe, AP quer dizer Assembleia Paraense, e não é uma igreja, é um clube que tem sedes campestre e sede social e tipo só para os ricos e milionários da cidade.

 

  • pera aí, você quer dizer que vai fazer o seu aniversario na Assembleia Paraense? - falei tentando digerir o que ele tinha dito.

 

  • legal, sabia que eu faço aniversario no dia 15 de março? - disse a Cibelle. - coincidência né?

 

  • vou fazer na AP sim, e... é coincidência mesmo.

 

  • que... tudo. - falei.

 

  • vocês vão né? - perguntou ele.

 

  • claro que vamos. - falei, eu que não ia perder uma festa na AP.

 

  • você vai né Renata? - perguntou para a Cibelle.

 

  • que isso, me chama só de Cibelle... ou se você preferir, de Cici. - é impressão minha, ou tá rolando o maior clima entre esses dois?!

 

  • tá bom... Cici, mas você vai né?

  • lógico que sim.

 

  • que bom, eu quero muito que você vá. - uuuuuu.

 

  • pois é... eu acho que eu vou dar uma volta, porque não é muito legal segurar vela. - falei indo embora e deixando os dois... se divertirem.

 

Eu fiquei andando pela escola, sem nada para fazer, eu havia chegado cedo e a campainha da primeira aula ainda não tinha batido. Até que eu virei um corredor e dei de cara com o Rob.

 

  • oi Rob. - falei sorrindo.

 

  • err... oi jade. - disse ele mechendo nos cabelos de um jeito que ele só faz quando algo está errado.

 

  • você esta se sentindo bem? - perguntei, porque ele estava com uma cara péssima, de alguem que passou a noite acordado.

 

  • eu? Porque eu não estaria me sentindo bem? Eu estou ótimo, melhor impossível. - tá... vou fingir que acredito.

 

  • se você está dizendo... - falei dando de ombros. - vamos ficar andando por aí? - perguntei.

 

  • ah... ok. - disse ele e nós ficamos andando pelos corredores quase vazios e conversando sobre coisas banais, mas o Rob parecia muito nervoso.

 

  • aaaaaaaaa, não Jade, eu não estou nada bem, eu preciso te falar uma coisa. - eu sabia que ele estava mal.

 

  • o que? - perguntei.

 

- Bom, eu estou... namorando. - .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... DROGA.

 

  • namorando? - perguntei. Eu simplesmente não sei dizer como me senti no momento que ele disse que estava namorando, eu fiquei com tanto ódio, eu queria matar o mundo e a namorada dele.

 

  • é... o nome dela é Sarah. - falou ele.

 

  • hmm... que bom para você. - falei serrando os dentes. - Rob eu... preciso ir. - falei tentando sair de lá o mais rápido possível, antes que ele começasse a falar da tal Sarah.

 

Eu virei no primeiro corredor que eu encontrei, mas ele puxou o meu braço. Eu tava com tanta raiva que lágrimas começaram a cair dos meus olhos, isso sempre acontece quando eu fico com muita raiva.

 

  • Você tá chorando? - Perguntou ele meio preocupado.

 

  • Não. - falei. - Será que você pode me largar? Eu não estou me sentindo muito bem. - falei me soltando dele e indo na direção do banheiro.

     

Quando eu tive certeza que ele não podia mais me ver, as lágrimas caíram de verdade, eu corri que nem uma maluca pra dentro do banheiro, mas no meio do caminho encontrei a Cibelle que sem entender absolutamente nada me seguiu até lá.

 

  • Amiga o que aconteceu? - perguntou ela quando nós estavamos lá dentro. Eu não sabia como contar aquilo para ela, não sabia nem se eu tinha mesmo que contar.

 

  • Cibelle, por favor.... eu preciso ficar sozinha. - falei.

 

  • Ok... mas qualquer coisa é só me chamar. - Disse ela meio contrariada. Ela saiu e fechou a porta atrás de mim.

 

Quando eu fiquei completamente só lá, eu enlouqueci de vez, me sentei no chão e começei a chorar. Caramba, porquê a minha vida tinha que ser assim? Mas eu sabia que isso iria acontecer um dia, é claro que iria acontecer, o Rob não gostava de mim, o lógico seria que ele arranjasse uma namorada, era óbvio, mas... doía.

 

Eu sabia que tinha que esquecer ele, de um jeito ou de outro eu tinha que esquecer ele, e agora mais do que nunca. Tudo poderia ser mais fácil se eu não gostasse dele, mas... amores não correspondidos são tão comuns e as pessoas superam, porque eu não superava? Será que eu tenho algum problema?

 

Naquele momento eu tomei uma decisão: Eu iria esquecer ele de um jeito ou de outro, nem que eu tivesse que dar uma de Letícia e começasse a ficar com qualquer cara que aparecesse, eu era uma pessoa normal e as pessoas normais superam as dificuldades que aparecem pelos seus caminhos.

 

E depois de um tempo eu iria até rir por ter me apaixonado por ele um dia. Foi quando o meu celular tocou. Eu olhei no visor e era a Cibelle.

 

 

  • Amiga onde você tá? - perguntou ela.

 

  • No... banheiro. - falei.

 

  • Se você não percebeu, acabou de terminar a primeira aula... você não acha melhor ir para casa? - o que? Como assim terminou a primeira aula? Eu olhei no relógio e vi que tinha ficado lá mais tempo do que eu temia.

 

  • Tudo bem, você pode trazer a minha mochila? - perguntei.

 

  • Ok... Depois você vai me contar o que aconteceu, o Rob ta super preocupado. - ahhh o Rob ta preocupado, que dane-se o Rob.

 

  • Depois eu conto. - falei e desliguei o celular. Eu fiquei esperando a Cibelle chegar com as minhas coisas para eu poder ir embora daquele inferno. Depois de uns 10 minutos ela abriu a porta do banheiro e me encontrou sentada no chão.

 

  • Jade... tá aqui a sua mochila, e eu peguei uma autorização na coordenação para você poder ir para casa.

 

  • Obrigada amiga. - Falei me levantando.

 

  • Não foi nada, só me prometa que vai ficar bem?

 

  • Vou tentar. - Falei e saí do banheiro com ela, ela voltou para sala e quando eu já estava na porta da escola vi o Rob descendo as escadas, eu deveria estar com uma cara péssima, ele não podia me ver assim.

 

 

Eu me aprecei a sair da escola o mais rápido possível mas ele veio atrás de mim.

 

  • Jade espera, o que aconteceu com você? - Falou ele chegando mais perto.

 

Eu saí do portão do colégio e parado no sinal de transito, estava o Daniel na moto dele, ele virou pra mim e deu um sorriso, estacionou a moto e disse:

 

  • O que você esta fazendo fora da escola esse horário?

 

Eu sei que eu não devia, mas eu não conseguia pensar naquele momento.

 

  • Daniel me tira daqui por favor. - falei e ele ficou meio confuso mas disse:

  • ta bom... sobe aí. - Disse ele me entregando um capacete. Eu já estava subindo na moto quando o Rob apareceu no portão do colégio e me viu subindo na moto do Daniel. Ele fez uma cara tipo: “o que você pensa que está fazendo?” Mas eu não dei a minima.

     

  • Pra onde você quer ir? - Perguntou o Daniel.

 

  • Pra qualquer lugar bem longe do Rob. - respondi e ele acelerou a moto. Eu não fazia a minima ideia de pra onde ele estava me levando, e sei também que eu não deveria ter subido na moto dele contando que no nosso último encontro ele quase me agarrou a força.

 

O Rob ficou na porta do colégio sem acreditar no que eu havia feito, na verdade nem eu mesma estava acreditando no que eu havia feito.

 

  • Hmm... você quer ir para o meu apartamento? - Perguntou o Daniel. Vou ou não vou? Ah, se o Rob pode sair por aí namorando a primeira garota que aparece eu posso ir para o apartamento do Daniel.

 

  • pode ser. - respondi. O apartamento dele não era muito longe, e como a gente estava de moto, chegamos bem rápido.

 

Ele morava no 10º andar de um prédio no centro da cidade.

 

  • Você tem um AP legal. - falei quando já estavamos lá dentro.

 

  • Obrigado.

 

  • Os seus pais estão em casa? - perguntei.

 

  • na verdade eu não moro com eles, moro com o meu irmão mais velho. - falou ele.

 

  • hmm. - expressei.

 

Nós sentamos no sofá da sala e ele falou:

 

  • bom, agora você pode me explicar porque fugiu do colégio e disse para te levar o mais longe possível do seu amiguinho que me deu um soco? - disse ele me fazendo rir.

 

  • bom... em primeiro lugar eu não fugi do colégio, eu tinha autorização para sair e... é que eu tive uma surpresa não muito boa do Rob.

 

  • quer me contar o que é?

 

  • é que... na verdade eu não gosto do Rob apenas como um amigo, se é que você me entende, e hoje cedo ele disse... que estava namorando. - falei e ele ficou calado por um tempo.

 

  • deve ser difícil para você, mas não fica triste não, quando menos você esperar pode encontrar alguem que te mereça.

 

  • que deus te ouça, porque... eu não aguento mais ficar fingindo que sou a amiguinha perfeita dele, entende? - falei.

 

  • entendo sim. Bom, vamos mudar de assunto?

 

  • com certeza. - falei. E nesse momento o meu celular tocou, eu olhei no visor e vi que era a Cibelle.

 

  • Amiga, depois eu te conto o que aconteceu ok? - falei.

 

  • sou eu, o Rob. - o que? Porque ele ta com o celular da Cibelle?

 

  • o que você ta fazendo com o celular da Cibelle?

 

  • primeiro é melhor você me dizer o que deu em você para sair do colégio daquele jeito e pegar carona pra deus sabe onde com o cara que tentou te agarrar a força.

 

  • Rob eu não tenho que te dar satisfações, porque você não liga para sua namorada?

 

  • ahh... então é isso.

 

  • isso o que?

 

  • você ta com ciumes. - que ódio, porque ele tem que descobrir tudo o que acontece na minha vida.

 

  • é claro que não estou. - falei.

 

  • está sim, foi por isso que você saiu daquele jeito do colégio.

 

  • claro que não foi por isso, agora por favor você pode me deixar em paz. - gritei.

 

  • não até você me dizer aonde você esta?

 

  • Eu estou na casa do daniel, tá feliz agora?

 

  • VOCÊ PIROU JADE ? COMO ASSIM ESTÁ NA CASA DO DANIEL? VOCÊ POR ACASO ESQUECEU O QUE ELE TENTOU FAZER? É MELHOR VOCÊ IR EMBORA DAÍ ANTES QUE EU... - gritou ele mas eu não o deixei continuar.

 

  • ANTES QUE O QUE? O QUE VOCÊ VAI FAZER? VAI ME OBRIGAR A SAIR APENAS COM QUEM VOCÊ QUISER? OLHA ROB EU NÃO SOU A SUA BONEQUINHA QUE VOCÊ PODE DIZER O QUE QUISER QUE EU VOU OBEDECER OK? EU SAIO COM QUEM EU QUISER E NÃO É VOCÊ QUE VAI ME IMPEDIR!!!!. - gritei e desliguei o telefone na cara dele.

 

O Daniel ficou me olhando com cara de medo, tipo: “eu não conhecia esse seu lado agressivo”

 

  • estavamos falando sobre o que mesmo? - disse ele.

 

  • na verdade, nós iriamos mudar de assunto. - falei.

 

  • ahh... é verdade. Bom, então eu queria te pedir desculpas pelo o que eu fiz no cinema naquele dia.

 

  • ah... não precisa pedir desculpas, acho que você já se desculpou quando me trouxe para cá. - falei.

 

  • mesmo assim... eu não sou um galinha não e não sei o que me deu para fazer aquilo. Eu queria dizer também que você não precisa ficar nervosa ou até com medo de estarmos sozinhos aqui porque agora a única coisa que eu quero de você é a sua amizade. - Ele parecia sincero.

 

  • ok, então somos amigos. - falei.

 

  • você quer comer alguma coisa? Sei lá... - disse ele.

 

  • não, não estou com fome.

 

  • você tem certeza que não quer nem uma água? Porque pelo jeito que você gritou com o Rob a sua garganta deve estar um fiasco. - disse ele me fazendo rir. Mas em uma parte ele tinha razão... eu nunca havia falado com o Rob daquele jeito, bom, mas se eu queria esquecer ele era melhor me acostumar a sair gritando por aí com o Rob.

 

O resto da manhã passou daquele mesmo jeito, nós conversamos sobre tudo, eu disse para ele os meus gostos e ele disse os deles e... ah sabia que ele também gosta do homem-aranha? Foi um manhã bem agradável sem contar a parte que o Rob me ligou pelo celular da Cibelle, e... eu estou começando a me arrepender por ter gritado com ele daquele jeito, tipo, sempre que nós brigávamos pelo celular ele ficava me ligando depois para tentar me pedir desculpas e... agora ele não ligou, nenhuma vez sequer, eu acho que magoei ele de verdade.

 

 

  • Jade... já são quase 1h, não está ficando tarde para você? - Disse o Daniel depois de nós conversamos sobre tudo na face da terra.

 

  • já está sim. - falei. - seria muito abusado se eu pedisse para o meu novo amigo um carona para casa? - falei.

 

  • claro que não, amigos são para essas coisas certo? - disse ele.

 

  • certo. - concordei. Ele me levou para casa e eu percebi que nem tudo estava perdido... bom, pelo menos eu havia ganhado um amigo.

 

Quando ele chegou na rua da minha casa, eu pude notar um pessoa sentada na porta de casa de cabeça baixa, o Daniel chegou mais perto e eu vi que era o Rob. Ah não, cara eu não quero mais ter que gritar por hoje.

 

Ele estacionou e o Rob deu uma olhada para o Daniel mais ou menos assim: “É melhor correr se não eu te mato” mas o Daniel não ligou muito.

 

  • tchau, qualquer coisa é só me ligar. - disse o Daniel.

 

  • ok. - falei dando um beijo no rosto dele. Ele ligou a moto e foi embora. Eu virei para porta, mas agora o Rob estava em pé impedindo a minha passagem.

 

  • eu acho que a gente tem que conversar. - disse ele e eu percebi uma leve vermelhidão ao redor dos seus olhos, como se ele estivesse chorado.

 

  • sobre o que? - falei tentando ser o mais fria que eu conseguisse.

 

  • sobre o seu ataque de hoje de manhã.

 

  • eu não dei ataque nenhum e se você tem alguma coisa para me falar é melhor ser rápido, porque eu tenho que entrar. - falei.

 

  • jade... pára com isso. - disse ele. - o que eu fiz pra você ter ficado tão agressiva comigo?

 

  • a culpa não é sua, a culpa é toda minha, eu sou uma idiota e estou tentando concertar a minha idiotice.

 

  • a única idiotice que você fez foi ter ido na casa daquele otário.

 

  • pra sua informação, aquilo foi a coisa mais sensata que eu já fiz, o Daniel é um cara super legal e... - falei mais ele não me deixou continuar.

 

  • ... e vocês vão se casar e ter dois filhinhos, jade conta outra né?

 

  • Rob eu já estou cansada de ter a minha vida controlada por você. - falei.

 

  • eu não controlo a sua vida. - bom, por um lado ele controlava sim, tipo, eu amo ele e... e tudo o que eu faço é pensando nele, tudo o que eu falo é pensando nele, então inconscientemente ele controla sim a minha vida.

 

  • eu não quero brigar agora ok? Eu só quero entrar na minha casa e tomar um remédio pra dor de cabeça. - falei.

 

  • e quem disse que eu quero brigar com você? A última coisa que eu quero é brigar com você. - falou ele.

 

  • Rob por favor, me deixa entrar, eu estou falando serio. - falei dando as costas para ele e tentando entrar em casa, mas quando eu já estava abrindo a porta ele me puxou, desse vez não foi no meu braço, ele me puxou pela mão.

 

  • Por favor Jade, eu não quero ficar nesse clima com você, você sabe que eu te adoro. - disse ele.

 

  • Rob eu não estou com cabeça para pensar sobre isso, hoje foi um dos piores dias da minha vida, tenta me entender.

 

  • Será que dá pra você me dizer pelo menos porque ficou com raiva de mim de uma hora para outra? - disse ele que por acaso ainda não havia soltado a minha mão.

     

     

  • Eu não estou com raiva de você, é raiva de mim mesma sabe? Raiva de gostar de uma pessoa que eu não deveria gostar, entende? - falei

 

 

  • Perfeitamente. - respondeu ele apenas. - Então quer dizer... que você não está com raiva de mim? - preguntou ele com um sorriso.

 

  • não. - respondi. - só estou com vontade de telefonar para aquelas rádios melosas e pedir uma música que me lembre alguém, me entupir de chocolate, e chorar dizendo que os garotos não prestam. - falei.

 

  • nossa, mudando de assunto, eu posso te fazer uma pergunta? - disse ele. - é uma coisa que está me matando desde que você saiu com o Daniel.

 

  • faz. - falei dando de ombros.

 

  • você ficou com ele? - caramba, não esperava por essa.

 

  • lógico que não Rob, eu e o Daniel conversamos apenas e ele disse que quer só a minha amizade. - expliquei.

 

  • sei, até parece, você esqueceu que ele tentou te agarrar? Jade me desculpa mas eu não posso aguentar ver vocês dois saindo por aí.

 

  • ah não, nós não vamos começar com isso de nove né? Eu já disse que saio com quem quiser e você não tem que aguentar nada. - Falei.

 

  • Não Jade, não tem discussão, você sabe que é perigoso ficar saindo com ele. Faz isso por mim, fica longe dele, por favor... por mim. - Disse ele segurando no meu rosto.

 

  • Não prometo nada... mas se por acaso me der vontade de conversar ou até sair com o Daniel, eu vou. - Falei soltando a mão dele do meu rosto.

 

  • Já é um começo. - Disse ele dando de ombros.

 

  • Agora eu posso entrar em casa? - Perguntei.

 

  • A casa é sua. - Disse ele abrindo caminho para mim passar.

 

  • Até amanhã. - Falei, e já estava entrando em casa quando ele disse:

 

  • espera.

 

  • O que foi? - perguntei.

 

Ele me puxou pela mão novamente e me deu aquele beijo que era metade no meu rosto e metade na minha boca... aquilo estava errado, ele me tratando desse jeito não ia fazer eu esquecer ele muito fácil.

 

 

  • Rob... não faz mais isso. - Falei.

 

  • Como assim?

 

  • Você tem namorada e eu sou sua amiga, então por favor não faz mais isso? - falei. As coisas iam começar a mudar, se eu quisesse esquecer ele eu teria que acabar com essas expressões de carinho um tanto... exageradas dele.

 

  • Me... desculpa, eu não fiz por mal... é um coisa que simplesmente... sai. - explicou ele.

 

  • então tenta se controlar ok? - Falei entrando em casa.

 

 

Quando eu já estava lá dentro, me dei permissão para desabar, eu fui para o meu quarto e liguei o som no máximo nas músicas do meu Jason (Ô intimidade), me joguei na cama e chorei. Lá fora eu tinha feito o papel perfeito da garota conformada para o Rob, mas aqui, sem ninguém olhando, eu fiz o papel perfeito da garota apaixonada.

 

Mas eu tinha que ser otimista, eu ia esquece-lo, e o primeiro passo para isso era acabar com esses beijinhos dele, acabar com a mania dele segurar na minha mão ou na minha cintura para todo o canto que nós vamos, e principalmente acabar com a mania dele querer dormir na minha comigo nos finais de semana.

 

Ia ser difícil, eu sei, mas eu ia conseguir, eu ia ter que aprender a viver sem ele, e como o Daniel disse, ainda ia achar alguem que me mereça, que goste de mim do mesmo jeito que eu gosto dele, e todo mundo ia ficar feliz.

 

Aí eu me dei conta de uma coisa: Porquê eu estava chorando? Eu simplesmente não poderia fingir que esqueci o Rob e quando estivesse sozinha começasse a me lamentar por não ter o meu amor correspondido, eu tinha que esquecer ele de verdade. Eu enxuguei minhas lágrimas e peguei o telefone para ligar para a Cibelle.

 

 

  • Até que em fim você me ligou, eu já estava ficando preocupada. - Disse ela.

 

  • Eu só liguei pra dizer o que aconteceu.

 

Eu contei pra ela tudo, desde a hora que ele disse que estava namorando, até agora, contei minha decisão e contei o quanto eu queria morrer.

 

  • Jadizinha, não fica assim, você tomou a decisão certa, esse amor não ia te levar a lugar nenhum, agora é só você concentrar sua atenção a outra coisa.

 

  • Como o que? - Perguntei.

 

  • Hmm, o balé? Você não disse que queria entrar em uma companhia de dança? Esse é momento perfeito para você realizar o seu sonho. - A Cibelle tem razão.

 

  • Você tá certa, é o que eu vou fazer, agora deixa eu desligar se não vai acabar o meu crédito. - falei desligando o celular.

 

 

A Cibelle tinha toda a razão, se eu estivesse ocupada com alguma coisa não iria pensar muito no Rob, e havia muitas companhias de dança muito boas aqui, claro que se eu fosse para outra cidade, ou até outro país onde o o balé é mais reconhecido eu teria mais chances, mas eu poderia muito bem fazer uma audição para uma companhia daqui, entrar em uma faculdade de dança e depois de uns 5 anos estaria formada e poderia abrir minha própria academia, quem sabe até minha companhia de dança, isso seria esplendoroso.

 

Aquele com certeza tinha sido um dos piores dias da minha vida, mas por causa dessa noticia ruim que o Rob havia me dado, eu havia ganhado um amigo, me concentrado mais no balé, e quem sabe até conseguir esquecer o Rob de vez, se é que isso é possível.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e aí? gotaram? mandem rewies dizendo se sim ou não.
bj



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amigos?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.