A Bastarda escrita por The Rootless


Capítulo 7
Capítulo VI


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas lindas!
Eu sei que demorei, mas é que eu estava sem inspiração para escrever e os comentários foram tão pouquinhos... :/ Me esforcei bastante para que esse cap ficasse legal, espero não decepciona-las.

Boa Leitura...



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Os olhos de America estavam tão arregalados que seriam capazes de escaparem para fora de seu rosto. Ao contrário de Isabel, que estava exibindo um sorriso triunfante pela atitude do rapaz.

– E... eu... – America tentou falar, mas as palavras não lhe saiam direito. Sentia que estava a ponto de cair para trás.

Maxon apenas a encarava, esperando sua resposta, pois para ser franco já estava se sentindo incomodado por estar fazendo isso. Nunca na sua vida, se imaginou pedindo uma mulher em casamento.

– Excelente! – disse Isabel se levantando de sua cadeira. – Vamos America! Responda-o.

– A... ac.... eu... eu... – ela abria a boca, mas a sua voz não saia. Ela não conseguia raciocinar. Estava tremendo. – A... ac... aceito.

Respondeu com a boca seca. Ela sabia que algum dia ela se casaria com Maxon, mas imaginava que isso aconteceria depois de um tempo. Não assim. Da noite para o dia.

– America vai se casar! America vai se casar! – Cantarolaram as crianças da mesa, soltando risos.

– Oh – Isabel se aproximou dos dois com as mãos juntas, sorrindo abertamente. –, era esta atitude que eu estava esperando rapaz.

America encarou a bisavó, querendo dizer muitas coisas em protesto, mas se segurou. Se dissesse uma só palavra, poderia irrita-la e o que ela menos queria, era ouvir sermões da bisavó.

– Vocês têm a minha bênção para este casamento.

Isabel segurou a mão dos dois abrindo um sorriso enorme.

+++++

Depois de horas tagarelando, Isabel decidiu deixa-los um momento a sós. America puxou Maxon até o jardim, onde ninguém pudesse ouvi-los, quando a velha partiu para o andar de cima.

– Você ficou maluco? Que história é essa?

Maxon apenas encarou a moça com um sorriso confuso no rosto.

– O que foi? Um dia ou outro iremos nos casar. Não é?

– Sim, mas... agora? Por quê?

Maxon suspirou e segurou os ombros de America.

– Apenas me escute, está bem? – America acenou com a cabeça. – Eu estou em uma missão, de achar alguém nesta cidade, e...

– O que isto tem a ver com o assunto? – America já estava irritada.

– Ouça-me, pelo amor de Deus! – impacientou-se Maxon. – Eu já a encontrei. Ontem, quando estava voltando para minha estalagem, e preciso leva-la imediatamente para Bath, mas eu não poderia deixa-la aqui. Temos um compromisso. A minha única solução, é me casar com você logo, e leva-la comigo.

America ficou paralisada. Ir embora. Ela iria embora. Enfim estaria livre da detestável Isabel e dos seus primos. Sua respiração acelerou. Iria finalmente deixar tudo isso para trás.

– Desculpe-me – disse Maxon segurando seu queixo e encarando seus olhos. –, eu não queria que fosse dessa maneira.

America evitou encarar seus olhos castanhos penetrantes. Odiava pensar que gostava de olhar para eles. Ela acenou com a cabeça devagar.

– Esta bem. – murmurou. – Quando nos casaremos?

Maxon deu um suspiro e disse sem pensar duas vezes:

– Daqui a uma semana. Cuidarei para que tudo fique pronto rápido e bem feito, para que sua querida bisavó não faça sermão.

America não pôde deixar de rir. Era perceptível que Maxon, também detestava sua bisavó. E ele não tirava os olhos de America. Pôde chegar à conclusão de que ela ficava mais linda sorrindo do que com aquele olhar distante e amargurado. Novamente não se segurou e aproximou seus lábios dos de America e ela novamente, se afastou, como rosto tão corado quando um tomate.

– E... eu... t-tenho que entrar. – ela gaguejou e começou a caminhar, mas Maxon segurou seu braço a impedindo de ir embora.

– Espera! Porque me evita? Sempre que tento te beijar você se afasta.

A boca de America tremeu e ela engoliu em seco. Não pode dizer o que pensa, e ela com toda certeza sabe que terá que beijar Maxon um dia, não poderá ser uma esposa totalmente distante, terá que mostrar afeto pelo seu amado marido, principalmente na frente de sua bisavó, mas ela era pouco para ele. Tentou raciocinar uma resposta.

– Por que... eu... eu não estou preparada. – ela fingiu um olhar tímido. – Mal o conheço Maxon.

Maxon a encarou por um longo tempo e acenou com a cabeça.

– Entendo. – murmurou.

– Podemos ser apenas amigos?

A pergunta de America surpreendeu Maxon. De todas as damas que ele conheceu, esta foi à única que lhe pediu apenas uma simples amizade e se negou a receber um beijo seu. Pensou por um longo tempo. Ele não podia se negar que queria algo mais, mas ela não era como as outras, e isto era algo que o fazia sentir-se mais atraído por ela. Ela era diferente.

– Está bem. – ele deu um breve sorriso. – Vamos ser amigos.

America sorriu, sentindo-se aliviada, pois por um momento se arrependeu de ter feito o pedido.

Maxon se despediu de America dando um simples beijo na testa e um beijo na mão da senhora Singer, partindo em seguida para sua estalagem. Havia coisas importantes para fazer.

+++++

Do outro lado da cidade naquela mesma hora...

.

– E então como foi? Conseguiu convencer o rapaz? – perguntou uma senhora de cabelos e olhos castanhos, com rugas visíveis no rosto e magra. Parecia ter por volta de 41 anos. Estava sentada em uma poltrona confortável, numa sala um pouco escura com os dedos entrelaçados a cima da mesa.

– Eu... consegui. – respondeu uma jovem ofegante. – Escute, eu não acho que isso dê certo... e se... e se descobrirem...?

– Calada! – repreendeu a senhora ficando de pé, com um olhar monstruoso em cima da moça. – não ouse duvidar de mim Florence, você vai seguir em frente com o plano. – a senhora se levantou e deu a volta pela mesa até ficar atrás da cadeira em que a moça mais jovem estava sentada, com as lágrimas escorrendo pelo seu rosto. – Ou você prefere ir pra rua? Onde não terá abrigo, nem comida? Se tornar uma prostituta? Você quer isso Florence?

A menina balançou a cabeça rapidamente enquanto limpava suas lágrimas, tentando controlar o choro.

– Não, senhorita Taylor. – ela murmurou.

– Muito bem. – Ela voltou a se sentar em sua mesa. – Agora saia da minha sala. Nunca diga a ninguém o seu nome de verdade. A partir de hoje e para sempre, você se chama Valerie Strange. Está me ouvindo?

A moça acenou com a cabeça trêmula, deixando escapar uma maldita lágrima indesejável.

– Muito bem, minha querida – a voz da senhorita Taylor suavizou. –, agora vá para o seu quarto. E seja o mais esperta possível, pense em respostas convincentes para o senhor Schreave, ele é muito audaz, ainda vai te fazer muitas perguntas, e você terá que ser o mais convincente possível.

– Sim senhorita Taylor. – respondeu Florence se levantando de sua cadeira e se dirigindo até a saída da biblioteca, desejando ter negado a proposta. O risco que ela irá correr é muito grande. Se dará mal se descobrirem a verdade. Mas ou era isso, ou ir para rua se tornar uma prostituta para sobreviver.


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Notas finais do capítulo

E esse foi o capítulo de hoje. Vocês queriam saber quem é a estranha, e aí está. :D

Espero que tenham paciência com o relacionamento do casal, pois vou fazer eles se apaixonarem aos poucos, de acordo com a convivência, para não ficar clichê e muito forçado. Também quero agradecer as lindas que comentaram o ultimo capítulo, amei cada um.

Espero que tenham gostado deste, e até o próximo cap.