Whole Lotta Love 2 - Especial 100 capítulos escrita por mlleariane


Capítulo 1
O livro


Notas iniciais do capítulo

“Tava lendo aqui o cap 9 da WLL1 e me lembrei que Castle esses dias estavam gravando o eps 150
E pensei: Existem quantos caps de Kate, Castle, Jo e Alex?!
Foi quando percebi: 46 caps da WLL1 + 46 da WLL2 + os 5 do especial de natal, dão 97 :0
Que tal depois assim quem sabe , 3:), faz uma fic curtinha com 3 caps pra "comemorar" e fechar 100 caps? *-*
Adoraria que fizesse pelo menos pra lembrar das nossas fofuras :)))
Pensa com carinho, bjoo :*”

Oi gente! Que saudade de vocês!
Há quase um mês, logo após eu terminar WLL 2, a Anna (@Vih_Lavigne ) me enviou esse recadinho aí em cima. Eu disse que pensaria quando estivesse um pouco mais tranquila.
Bem, tranquila não é exatamente a palavra para me descrever no momento. Com toda essa história de renovação, e fotos que parecem anunciar o fim da série, acredito que estamos todos com os sentimentos à flor da pele.
Mas... eu resolvi usar esse misto de tristeza e ansiedade e fazer essa história de 3 capítulos, para fechar os 100 de Whole Lotta Love, uma fic que me deu tantas alegrias e que me fez conhecer tanta gente legal :)
Não existe exatamente um plot nessa história. Não tem tragédia, nem tristeza, nem briga. São momentos em família, com direito a provocações entre nosso casal. E claro, um bocado de amor.
Fanfic dedicada à @Vih_Lavigne. Se não fosse ela, eu provavelmente nunca a faria.

Mas amo e espero todas vocês aqui!

Beijo, Ari ;)

AVISO MUITO, MUITO IMPORTANTE: A história do livro de Castle é claramente copiada de um livro da Agatha Christie. Acho importantíssimo ressaltar isso. Eu não a criei, e também não vou entrar em detalhes. Vou jogar uns elementos e tentar não dar spoiler. No final da fic, falo do livro para vocês :)



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Kate: Foi a Vera! TEM QUE SER a Vera!

Castle esfregou os olhos, que insistiam em permanecer fechados perante a luz da manhã. Teria dormido mais não fosse Kate parada ao lado da cama com uma xícara de café e olhar de quem não dormiu. Ela visivelmente estava só esperando o primeiro movimento do marido.

Castle: Bom dia para você também, amor.

Kate: Foi, não foi?

Castle: Há quanto tempo você está acordada?

Kate: Eu não dormi, fiquei analisando o caso e...

Castle: Espera. Você não dormiu por que ficou analisando o caso do meu livro?

Castle sentou-se na cama esticando o braço. Ela cedeu sua xícara de café a ele.

Kate: Eu reli o livro todo. – Kate agora andava de um lado para o outro agitadamente.

Castle: Releu? – Castle não poderia dizer que estava surpreso. Katherine Beckett era uma mulher muito obstinada quando o assunto era desvendar um mistério. Essa era uma das razões por que ele a amava, afinal.

Kate: Vera Claythorne tem todas as características de quem faria isso. Aquele ar de professora tranquila e competente... não me engana, não me engana mesmo!

Castle: Eu detesto acabar com sua ilusão capitã, mas...

Kate: Mas o que? Não venha com isso. É ela, eu sei que é.

Castle: Então acho que não estamos falando do mesmo livro.

Kate: O que isso significa? – Kate parou e o encarou.

Castle: Isso significa, capitã, que no meu livro, aquele que só falta o capítulo final, cujas noites você anda perdendo para ler escondida... bem, nesse livro, Vera Claythorne não é a assassina.

Kate: Você está falando isso só para me provocar!

Castle: Embora eu realmente adore te provocar – ele a puxou pelas pernas, fazendo-a encostar na cama – dessa vez estou dizendo a verdade.

Kate: Eu nunca errei um assassino de seus livros.

Castle: Para tudo existe uma primeira vez.

Kate: Você está blefando!

Castle: Amor, por que é tão difícil admitir?

Kate: Eu já revirei todos os suspeitos desse livro e tem que ser Vera! Se não for ela, será alguém totalmente alheio à história que você vai enfiar no capítulo final. E eu vou odiar isso, Rick, ahh eu vou!

Castle: Não é ninguém alheio, é um dos dez.

Kate: Acontece que desses dez, sete já estão mortos. Tem que ser a Vera!

Castle: Eu te dou mais uma chance para você rever seus conceitos.

Castle sorriu vitorioso enquanto se levantava.

Kate: Você vai escrever o final hoje?

Castle: Talvez...

Kate: Ahhh agora eu estou entendendo... você vai modificar o assassino só para eu estar errada...

Castle: Não babe, não mesmo – ele foi até ela e lhe deu um beijo no rosto – Quando você ler, vai perceber que seria impossível que eu mudasse tudo de uma hora para outra.

Kate o olhou mais intrigada ainda. Do que se tratava, afinal? Como ela, tão bem treinada e excelente no que fazia, não conseguia decifrar aquele mistério?

Castle: É o crime perfeito. – ele respondeu, como se conseguisse ler os pensamentos dela.

Kate: Não existe crime perfeito.

Castle: Veremos...

Kate: Veremos! – ela disse veementemente, antes de deixar o quarto, deixando um Castle sorrindo vitorioso. Ele realmente amava provocar sua capitã.

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Mais tarde, na delegacia...

Kate: Droga! – Kate passou a mão na mesa rapidamente, evitando que o café derrubado molhasse os relatórios recém entregues por Espo.

Espo: Está tudo bem? – ele pegou uma folha em branco e jogou em cima do líquido.

Kate: Sim. Quer dizer, não. Eu odeio quando um crime acontece e eu não consigo encontrar a solução!

Espo: Mas... nós não temos nenhum crime pendente.

Kate: Ah não, não é aqui. É no novo livro de Castle.

Espo a encarou, esperando uma explicação melhor.

Kate: Rick está escrevendo um novo livro, eu leio “escondida” à noite e sempre descubro o assassino antes dele escrever o capítulo final. É uma coisa que nós temos.

Espo: Certos casais têm hábitos estranhos, mas vocês dois se superam.

Kate levantou os olhos da pilha de papéis recém-assinados.

Espo: Ou não. Acho que... que eu vou procurar algum homicídio por aí.

Espo saiu rapidamente, antes que um homicídio acontecesse ali mesmo, dentro daquela sala.

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Alex: Ela chegou!

Jo: Coooooooorre!

Kate viu apenas o vulto dos filhos correndo em direção à lavanderia. Foi a passos rápidos e encontrou um pote de sorvete caído, derretendo por todo o chão da cozinha.

Kate: Alexander e Johanna Beckett Castle! – o tom de voz alto fez as crianças voltaram a passos miúdos. De outro lado da casa, alguém mais apareceu. Castle caminhou em direção à cozinha.

Castle: Vixi, o que aconteceu aqui? – ele fez uma careta para os filhos. Kate também olhava para as crianças, esperando a explicação.

Jo: Foi o Tiger, mamãe.

Alex: É, foi o Tiger. Nós pegamos o sorvete no freezer aí ele nos atacou!

Jo: É, ele nos atacou e roubou o sorvete da gente, e derrubou no chão.

Kate: O Tiger? – Kate lançou um olhar para o gatinho, que lambia o sorvete do chão – o Tiger? Aquela fera ali?

Johanna e Alexander assentiram com a cabeça.

Kate: Isso é o melhor que vocês têm?

Jo e Alex trocaram um olhar.

Kate: Vocês deviam fazer umas aulas com o papai sobre como inventar uma boa história. - Kate se abaixou e beijou os filhos.

Castle: Obrigado pelo elogio, amor. – ele sorriu mas Kate ainda tinha a expressão brava. Certamente não havia descoberto o mistério do livro, o que fez Castle sorrir também internamente.

Kate: Vou dar só uma chance de vocês dizerem a verdade.

Jo: Ta bom mamãe, fomos nós.

Alex: A gente confessa.

Jo: Eu fui pegar o sorvete mas ele escorregou das minhas mãos.

Alex: Eu tentei segurar mas não deu. O pote caiu e rachou.

Castle: E por que vocês não pegaram antes que começasse a derreter?

Jo: Por que o Tiger nos atacou e...

Kate: Jo?

Jo: Porque nós aproveitamos para chupar o restinho que tinha no pote.

Castle soltou uma risada enquanto Kate levou as mãos na testa.

Kate: Vocês pegaram sorvete do chão?

Jo: Não mamãe, do pote. O que caiu no chão ficou no chão.

Kate: É, eu estou vendo – Kate olhou para o chão novamente, agora todo pisado pela família.

Alex: Não foi nossa culpa, mamãe.

Castle: É... na verdade foi sim.

Kate: Aliás, por que você não estava com eles? O que nós combinamos sobre não tirar os olhos deles?

Castle: Mas eu estava! Estávamos todos na sala brincando, aí de repente eu tive uma nova ideia para incrementar o final do livro e combinei dos dois ficaram ali quietinhos e me chamarem se precisassem. Acho que não funcionou muito essa última parte.

Kate: Por que vocês não chamaram o papai?

Alex: Porque nós conseguimos pegar o sorvete, mamãe.

Jo: Nós só não temos culpa se ele quis escorregar.

Kate: Espera – Kate se voltou a Castle – você teve uma ideia para o livro observando as crianças?

Castle: Sim, não é demais?

Kate: Eu deveria me preocupar com o fato de você se inspirar neles para escrever sobre assassinatos?

Castle: Não foi bem na parte do assassinato...

Alex: Mamãaae! O Tiger escorregou!

Kate olhou para o gato, agora todo molhado com o sorvete derretido.

Castle: Como esse gato sobrevive?

Tiger deu uns passos para sair do chão escorregadio, arrumou um cantinho e começou a se lamber.

Jo: Vamos dar banho no Tiger!

Alex: Vamos!

Kate: Ei vocês dois, aonde pensam que vão?

Jo e Alex voltaram os olhos para a mãe.

Kate: E essa bagunça toda?

Jo: É...

Kate: Vocês sabem o que isso significa, não sabem?

Alex: Que nós temos que comprar mais sorvete?

Kate: Que eu vou ter que dar um castigo.

Jo: Não!!

Alex: Tudo menos o videogame.

Jo: Mamãe, por favor, não tira o videogame!

Alex: Não tira, mamãe!

Castle: Não tira, mamãe, por favor!

Kate se virou para Castle, que tinha um olhar suplicante.

Castle: É o único momento que eles ficam quietos! – ele sussurrou.

Kate: Ok, eu não vou tirar o videogame.

“Yes” – as crianças disseram juntas.

Kate: MAS... – Kate atraiu o olhar dos filhos – Vocês vão ter que limpar isso aqui.

Alex: Limpar?

Jo: Com água e sabão?

Kate: E um pano para secar.

Jo e Alex se olharam sérios. Quase que ao mesmo tempo, a feição deles mudou.

Jo: Eu jogo a água!

Alex: Eu vou escorregar no sabão!

Jo: A gente pode dar banho no Tiger ali mesmo!

Alex: É!!!

Os dois saíram correndo para a lavanderia. Kate olhou para Castle preocupada.

Kate: Eu tento educá-los e o que eu ganho em troca? Um gato tomando banho na minha cozinha!

Castle: Quando é que você vai aprender que para esses dois tudo vira diversão? – Castle riu e se aproximou, envolvendo os braços na cintura dela.

Kate: Nem vem...

Castle: Você ainda não está brava por causa do livro, né?

Kate: Não, até porque eu já sei o final.

Castle: Sabe?

Kate: Aham.

Castle: E...?

Kate: Não vou dizer, senão você vai mudar.

Castle: Não tem como eu mudar, o final já está escrito e devidamente enviado para a editora.

Kate virou e o encarou.

Kate: Sério?

Castle: Aham. Acabei de enviar. Algum palpite?

Kate: Eu ainda continuo com Vera. – Castle balançou a cabeça, e ela rapidamente explicou – Mas... eu mudei a justificativa.

Castle: E qual seria a justificativa?

Kate: Que ela tenha alguma relação ainda não informada com algum deles.

Castle: E eu diria isso no último capítulo?

Kate: Aham.

Castle: Tem certeza que já leu todos os meus livros?

Kate: Não tem outra explicação!

Castle: Katherine Beckett, a mulher sem nenhum palpite.

Kate: Eu tenho um palpite para você, Richard Castle. Aproveite bem o seu lado da cama hoje, porque você não chega nem perto de mim!

Castle: Você não sabe brincar.

Jo: Sabe sim, a mamãe é ótima no esconde-esconde – Jo chegou arrastando um balde.

Alex: E no jogo da memória também.

Kate e Castle voltaram os olhos para os filhos.

Jo: Vamos começar?


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