Picks of a Heart escrita por Vingadora


Capítulo 21
Now, I have a choice?


Notas iniciais do capítulo

Olá! (sorriso cansado)
Nossa, eu estou lutando contra uma grave falta de ânimo para escrever. Estou me forçando a ficar em frente ao Notebook e escrever o último capítulo da temporada (que, sinceramente, tem se mostrado mais difícil do que o esperado).

Só agora que percebi o tamanho da temporada (risos)
Minha nossa, já são 21 capítulos! Quem diria?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/612212/chapter/21

POV. ELLIZABETH

No fim das contas, Steve não voltou.

Mas Nick ficou ao meu lado o tempo inteiro ─ até, claro, o concelho o convocar e Maria Hill tomar seu lugar juntamente de Romanoff.

─ Você fica bem assim. ─ Natasha sorriu para mim enquanto eu voltava a me encarar no espelho do banheiro.

Eu já me sentia melhor, mais disposta, então decidi transitar de minuto a minuto de minha cama ao banheiro e me olhar no espelho com a expectativa de que meu cabelo e olhos voltassem ao normal.

─ Acha que Fury vai me colocar no laboratório de novo? ─ perguntei a Hill enquanto tocava em meus novos cachos.

─ Acho que Fury nunca mais deixará que ninguém toque em você novamente. E isso inclui cientistas. ─ Hill aproximou-se de mim e me lançou um sorriso condescendente.

─ Me conte de novo o que aconteceu enquanto eu dormia. ─ pedi pela quarta vez a Natasha.

Ela sorriu, achando graça de meu pedido, mas não negou-se a contar.

─ O concelho ordenou um míssil nuclear em direção a Manhattan, eu consegui descobrir um jeito de fechar o portal, Stark direcionou o míssil em direção ao buraco da minhoca, Stark caiu sem o controle da armadura, fechei a fenda, Hulk pegou Stark no ar, ele voltou a si e... todos corremos até seu corpo jogado no centro da cidade. Trouxemos você até o hospital da S.H.I.E.L.D., Steve não saiu um minuto se quer do seu lado, Loki foi preso em uma cela particular temporariamente, você despertou e... o resto já sabe.

Enquanto ela recontava, eu continuei a me encarar no espelho. Mordi o lábio com força e percebi que ele tomava um tom vermelho sangue assustador. Soltei-o às pressas e resolvi voltar a minha cama.

─ Quando vou poder voltar para casa? ─ perguntei enquanto sentava-me na cama.

─ O médico virá fazer uma checagem geral e, se tudo ainda estiver ok, você volta para casa amanhã de manhã. ─ Hill ditou as palavras já repetidas algumas vezes.

Eu sabia que para elas parecia entediante ter de repetir as mesmas coisas, toda hora, mas eu sentia que algo estava faltando. Alguma coisa elas não estavam me dizendo e eu conseguia sentir que era importante. Muito importante.

─ E o Steve? ─ resolvi perguntar finalmente. Eu não conseguia encará-las e, por esse motivo, dediquei total atenção a janela de vidro que me apresentava a noite lá fora.

─ O que tem ele? ─ Hill aproximou-se novamente de mim, feito uma sombra e sentou-se na ponta da cama.

─ Ele... Onde ele está?

Natasha e Maria soltaram um suspiro longo, mas nenhuma das duas disseram nada.

─ Eu fiz alguma coisa? ─ indaguei franzindo o cenho.

─ Não, Lilly. Claro que não! ─ Maria apoiou sua mão sobre a minha, de forma carinhosa e sorriu delicada ─ Acho que... ele precisa de um tempo, sabe como é? Steve viveu muita coisa nos últimos tempos, assim como você. Ele está tirando... folga de tudo isso agora.

Assenti, fingindo compreender.

A única pessoa que queria ao meu lado agora estava tirando folga. De mim.

─ Já pensou se vai deixar o cabelo longo ou cortá-lo de novo? ─ Natasha perguntou e lançou um sorriso zombeteiro.

Desde que chegou, Natasha tem feito piadas com o tom de meu novo cabelo. Ele era um pouco mais claro que o dela, e estava alguns centímetros mais cumpridos do que o normal com cachos na pontas, como antes de eu o cortar quando ainda era loira.

─ Vou pintá-lo. ─ falei decidida.

─ Por que? ─ Maria indagou surpresa ─ Você ficou bem assim.

─ E vou comprar lentes de contato. Só até eu voltar ao normal. ─ ignorei sua pergunta e prossegui com meu pensamento.

Se você voltar ao normal. ─ Romanoff rebateu e ergueu uma das sobrancelhas ─ Acha mesmo que...

─ Sim. ─ cortei-a de ma vez, sem esperar que completasse a frase ─ Se eu posso me tornar uma ruiva de uma hora pra outra, posso voltar ao normal também. ─ cruzei meus braços decidida.

─ Lilly... E se esse for o seu normal agora? ─ Maria perguntou enquanto fitava minha raiz arruivada.

─ Eu raspo o cabelo e arranco os olhos. Simples. ─ minha resposta desencadeou uma série de gargalhada das duas, me puxando para junto delas.

Nossas risadas foram cessadas quando o médico alto, magrelo, de cabelos grisalhos e sorriso estranho, entrou no quarto para checar minha temperatura, medir minha pressão e conferir meus batimentos cardíacos mais uma vez.

─ E então... Estou liberada? ─ deixei toda minha ansiedade transparecer nas palavras, sem me importar em parecer uma criança ansiosa.

─ Acredito que só mais essa noite em observação e pela manhã a agente pode voltar para casa. ─ ele sorriu e acenou para mim ─ Gostaria de pedir que as agentes deixassem a paciente descansar agora. Ela precisa dormir bastante esta noite.

─ Sim senhor. ─ Romanoff que estava sentada em uma das cadeiras disponíveis no quarto, levantou-se em um salto e já seguiu Hill para a saída ─ Amanhã venho te buscar, prometo. ─ piscou para mim e saiu.

─ Aproveita e me trás uns donnuts! ─ gritei para a porta fechada.

Meus olhos não demoraram muito a ficarem pesados e eu acabei adormecendo.

Em um de muitos sonhos, sonhei que montava um cavalo dourado e cavalgava-o por uma ponte brilhosa em direção a um lindo e magnífico castelo.

Mas quanto mais cavalgava, mais distante o castelo parecia. Só então percebi que estava correndo do castelo, estava correndo para o mais longe que podia do imenso e assustador castelo dourado. Que sonho louco!

─ Ignis... ─ um sussurrar me despertou e eu acabei pulando da cama de susto.

Olhei em volta atentamente em busca do dono do sussurro.

O quarto estava tão escuro e silencioso como da última vez que o vira, a porta do banheiro fechada, a poltrona encostada na parede assim como duas outras cadeiras de plástico incolor. O quadro de um barco estava levemente inclinado na parede, exatamente como Clint deixara antes de partir. Porém eu sentia que alguma coisa não se encaixava. Fui até o banheiro somente para conferir se eu ainda era ruiva. E lá estava a cascata arruivada de meus cabelos. Eu odeio vocês! gritei em pensamentos aos fios de cabelo. Olhei para o que eu vestia e ainda era uma camisola de hospital. E então o que está de errado, afinal de contas?

Ouvi um clique na porta e um vulto passar pela fresta que foi aberta. Por instinto, coloquei meu robe e abri a porta a procura do dono do vulto. Ao lado de fora do corredor silencioso, notei que o vulto seguiu em direção oeste e só consegui captá-lo quando já estava na esquina do corredor, seguindo para o elevador.

Pensei em algumas coisas enquanto caminhava descalça naquela direção. Será que é um fantasma? Ou um espírito de chitauri querendo vingança?

Quando cheguei ao elevador, que parecia mais uma caixa de vidro, estava aberto, aguardando-me. Estranho. Respirei fundo e adentrei no elevador que não esperou nada para fechar a porta e começar a descer. Olhei em volta do elevador rapidamente buscando algum perigo, mas não vi ou ouvi nada diferente. Eu devia ter pego alguma coisa no quarto para me defender... Mas pegar o que? Um abajour? Bufei e revirei os olhos. Estava me sentindo tão estúpida por seguir um fantasma pelo prédio da S.H.I.E.L.D.

O elevador parou no andar de segurança contra ameaças e eu segurei a respiração enquanto saia do elevador. O que raios eu estou fazendo aqui?

O vulto passou por mim de forma tão rápida e veloz, que minha visão periférica não foi capaz de captá-lo. Ele seguiu o caminho em direção a mais uma esquina e eu o segui apesar de temerosa.

Um outro elevador, em tom metálico reluzente, me aguardava e dessa vez entrei sem me assustar quando as portas fecharam e ele começou a descer. Encolhi meus pés por conta do gelo do chão e abracei-me protegendo-me do frio que ali se encontrava. Onde será que estou?

O elevador demorou pouco mais que um minuto para parar e abrir suas portas metálicas e liberou a minha passagem.

Dei os primeiros passos em direção a uma sala totalmente escura e uma série de luzes com sensores foram ligadas apresentando ser um corredor. No fim do corredor havia uma parede incolor abrigando do outro lado um homem. Loki.

Ele estava de pé, com as mesmas vestes que usou durante a batalha, mas sem sua capa, chifres e cetro. Suas mãos estavam muito bem presas com um tipo de algema grossa que cobria toda a sua mão. Assim que ele fitou-me, começou a admirar-me de baixo a cima como da primeira vez que nos vimos.

─ É sempre bom revê-la, minha doce e adorável Ignis. ─ ele soltou as palavras e fez com que meu corpo paralisasse por completo.

Do que ele me chamou?

Olhei em volta, a procura do vulto negro e só então percebi que ele havia feito aquilo.

─ Como você...

─ Como eu consegui entrar em sua mente e trazê-la até mim? ─ roubou minhas palavras utilizando um tom irônico ao proferi-las ─ Fácil. Nós temos uma ligação.

─ Nós temos o que? ─ franzi o cenho surpresa. Apesar de toda a confusão que sentia, minha voz soou fraca e apavorada.

─ Agora, meu passarinho, você tem duas opções: Irá se aproximar e ouvir o que eu tenho a contar ou irá esperar por Thor amanhã e deixar que ele envenene sua mente com histórias furtivas e mentirosas. A escolha é sua.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Já disse que eu adoro acabar um capítulo assim? (risos maléficos)
Infelizmente só poderei postar mais amanhã a noite, então, caso tudo corra bem com meu trabalho agora, eu postarei mais um capítulo antes da meia noite.

Até o próximo capítulo! õ/