Eu sou seu escrita por Novacullen


Capítulo 8
Capítulo -07


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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PV BELLA

— Eu não devia ter tido a ideia de vir.

Carlisle de tanto me falar nisso, acabei cedendo à curiosidade e quis ver por mim mesma as melhorias que foram feitas no hospital, mas agora aqui diante dos degraus da entrada do hospital eu estava sem coragem de entrar, desde a morte de meus pais que não venho aqui, a princípio porque  a saudade apertava e depois porque por mais que eu me mantivesse reclusa a essa altura todos em Forks deveriam saber da minha doença, cidade pequena inevitavelmente todo mundo fica sabendo de tudo, por isso evito ao máximo sair de casa. Mas minha maldita curiosidade me fez vir até aqui, mas ninguém ainda me viu eu posso voltar para casa sem que ninguém saiba que estive aqui.

— Bella você já está aqui, o hospital é seu você não tem que se privar de vir nele. – diz Carlisle parecendo ver minha resolução interna.

— Mas as pessoas vão ficar me olhando torto por causa de minha doença.

— Sua doença está controlada Bella. Vida normal agora, isso incluí seu hospital.

— Bella? – indagou um garoto ao sair pela porta da frente do hospital- Você por acaso é a dona daqui? – e se aproxima de mim.

— Sim, eu sou.

— Eu sempre quis te ver, mas me falaram que você não vem aqui.

— E porque queria me ver? – perguntei bem curiosa.

— Por causa dos bichinhos mal dentro de mim.

Bichinhos? Pensei sem entender.

— Leucemia.- sussurrou Carlisle discretamente em meu ouvido ao perceber que eu não havia entendido sobre o que o garoto esta falando.

— Oh! – arfei sem conter o choque, ele é tão pequeno! Não devia ter nem cinco anos e já estava passando por algo tão complicado em sua vida.

— O médico disse que eu tinha que tomar remédio para matar eles. - continuou o garoto a falar sem notar ou ignorando minha reação- Mas minha mãe não podia pagar, aí disseram para vir para cá porque iam me dá remédio de graça. Hoje meu médico falou que eu não tenho mais bichinhos mal dentro de mim, que posso voltar para casa. Mas eu não queria ir sem te dizer obrigado, obrigado por me dar remédio de graça.

— Ah! Querido.- digo sem conter as lágrimas em meus olhos me ajoelhando a sua frente - Não precisa me agradecer, você está curado isso já é meu agradecimento. – o abraço e ele me retribuiu imediatamente.

— Quando eu crescer vou ser médico como o Dr. Scott e vou curar as pessoas como ele e vou fazer isso de graça para pessoas que não pode pagar também.

— Quando se tonar médico, se quiser pode vir trabalhar aqui.

— Mesmo?- diz o garoto com os olhos brilhando com a possibilidade.

— Mesmo. – o garanti.

—Max aí esta você. Já disse para não sair correndo por aí filho. – fala a mulher preocupada vindo até nós.

— Mamãe eu falei que não queria ir embora sem antes dizer obrigado a dona do hospital. E olha ela aqui mamãe. – o garoto aponta para mim.

— Isabella Swan? – a mãe do garoto soa querendo ter certeza de que era eu mesma.

— Sim, sou eu.

— Oh! Deus você é um anjo na terra, obrigada por aceitar tratar meu filho de graça. – diz a mulher me abraçando.

— Não há o que agradecer.

— Claro que há, meu filho só está vivo agora por que esse hospital o tratou de graça.

— Mãe a tia Bella disse que quando eu for médico vou poder trabalhar aqui.

— Já conseguiu um emprego aos quatro anos de idade, meus parabéns filho! – a mãe do garoto soa orgulhosa o pegando nos braços e o abraçando amorosamente.

Fico emocionada com a cena a minha frente. Mãe e filho juntos assim, uma pena eu não poder ter isso um dia.

Carlisle me olha especulativo, até parece que ele sabe o que estou pensando.

— Oh! Deus precisamos nos apressar filho, se não perderemos o ônibus.

— Eu queria ficar um pouco mais com a tia Bella.

— Você vai voltar um dia esqueceu, e seu pai, seus avós, tios e primos estão esperando a gente em Seattle.

— Estou com saudade deles.

—Eu também estou filho, agora vamos para casa.

— Tchau! Tia Bella e tio Carlisle.

— Tchau Max estude bastante para ser um bom médico.

— Eu vou tio Carlisle.

—  Boa viagem Max e vou ficar te esperando para trabalhar aqui, hein?

— Eu vou voltar tia Bella, eu prometo. 

— Obrigada mais uma vez. – diz a mãe do garoto se despedindo de nós.

— Nossa! – digo quase sufocando de felicidade por de certa forma ter feito algo tão bom a alguém.

— Eu sei, ver a felicidade nos pacientes não tem preço, não é?

— Não tem mesmo Carlisle. Nunca tive essa dúvida, mas agora mais do que nunca tenho certeza de que devo dar continuidade ao projeto dos meus pais.

— E agora fará parte diretamente dele, não é? – Carlisle mais afirma do que pergunta.

— Sim, vamos entrar. 

— Seja bem vinda! – disserem os funcionários do hospital.

— Você ordenou que eles fizessem isso? – perguntei num sussurro a Carlisle.

— Não, não falei que viria a ninguém como pediu. – diz Carlisle sincero no mesmo tom.

Fico surpresa por isso ter ser sido uma atitude espontânea deles, eu imaginei ser ignorada por eles por causa de minha doença, e não ser bem recebida assim.

— Er... muito obrigada. – falo corando.

— Em nome de todos. - disse uma senhora enfermeira vindo até minha frente- Estamos felizes em tê-la aqui e agradecemos por você ter continuado o projeto maravilhoso de seus pais. René e Charlie foram os seres mais incrível que qualquer um aqui já possa ter conhecido e não nos surpreende que você sendo filha deles seja igualmente incrível. – a senhora me deixa emocionada. - Temos orgulho de trabalhar em um local tão maravilhoso como esse.

— Não há o que agradecer, o sonho deles se tonou o meu, atendimento digno a todos sem distinção alguma é o lema desse hospital. E eu que agradeço, por ter funcionários tão dedicados aqui, sem vocês esse hospital não poderia existir.

E os funcionários deram uma salva de palmas.

Depois de falar com os funcionários Carlisle passou a me mostrar todas as melhorias feitas, e agora estávamos vendo o novo berçário, e ver todos aqueles bebês me fez querer ter o meu. Argh! Parece que hoje o meu instinto maternal resolveu aflorar.

— O que disse Carlisle? – perguntei quando me dei conta que Carlisle falou algo que não ouvi por estar presa em meus pensamentos.

— Filhos. Você pode tê-los Bella. - Carlisle  mais uma vez intuí corretamente meus pensamentos.

— Sabe que minha doença é genética e que há possibilidade de que meus filhos possam vir a desenvolvê-la também.

— Sim, há chances de isso acontecer se o pai for humano-. começou Carlisle a falar num tom mais baixo como se contasse um segredo- Mas apesar de você nunca ter admitido, eu sei que ama um certo vampiro que por acaso é meu filho e as chances de seus filhos com ele terem sua doença seriam zero.

— Mas como?

— Em híbridos a parte vampírica é mais forte, por isso eles nunca ficam doentes. Se esse era o empecilho não há mais.

— Isso é algo bom, mas há mais complicações que isso Carlisle.

— As complicações só existem em sua mente Bella.

— Senhor Cullen, desculpem interromper. - disse uma funcionária vindo apressadamente até nós- Mas há documentos que necessitam de sua assinatura de maneira urgente.

— Gostaria de me esperar na minha sala enquanto resolvo isso Bella?

— Não quero mais atrapalhar seu trabalho Carlisle, já vi o bastante vou para casa agora. – e saio quase correndo dali, antes que Carlisle me pedisse para ficar. O dia de hoje havia me dado muito a ponderar.


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Notas finais do capítulo

Até sábado que vem!