Filha da Noite e do céu escrita por LayL


Capítulo 4
Sombra.


Notas iniciais do capítulo

Amanhã se der certo, posto o próximo!!!
Até as notas finais meus amores *--*



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Capitulo 4

Enquanto andava na floresta preparei meus pensamentos para estudar a floresta, mais sempre voltavam pra minha espada. Eu queria a pegar de novo e treinar. Mais sabia que não devia. Corri o mais rápido que pude e desejei aparecer no topo da montanha que tinha aqui perto.

La estava ventando forte, mais não senti frio. Agradeço mais uma vez por ser uma deusa. Resolvi treinar com alguns monstros. Me agachei e toquei o chão, estava tentando me concentrar pra chamar alguns dos meus irmãos do Tártaro, quando alguém falou atrás de mim.

– Melhor não fazer isso.

Virei e me joguei em cima de Apolo com a minha adaga já em mãos, o derrubando no chão.

– Não me de mais esse susto – grito com ele.

– Se toda vez que eu for te assustar você fizer isso, eu assusto você toda hora! – disse ele rindo.

Bufei e me levantei. Guardei a adaga na bota denovo, e o ajudei a se levantar também.

– Estava tentando me concentrar – murmuro irritada.

– E ia fazer o que? Chamar uns amigos pra te matar? – debochou ele cruzando os braços.

Fiz o mesmo. E mostrei a língua pra ele.

– Estou armada, eles nunca chegariam perto de mim, nem você se soubesse. – debocho, abrindo um sorriso diabólico.

– Ah, claro, e eu sou um deus não um monstrinho qualquer, você não me assusta – disse ele.

– Vamos ver. – digo sorrindo vitoriosa.

Sem pensar giro meu anel no sentido ante horário e digo:

– Sombra

A espada toma forma na minha mão, a aponto pra Apolo. Que de repente da um passo pra trás, com os olhos arregalados.

– Essa espada...é de Nix...- gaguejou ele a voz cheia de medo.

Sorri vitoriosa, e encostei a espada no rosto dele.

– Sabe por que todos os deuses temem minha mãe? – pergunto – ela me ensinou o que ninguém além dela sabe fazer, tirar a imortalidade de um deus.

E dizendo isso, risco o canto da boca dele, fazendo escorrer sangue vermelho, não ícor dourado, o sangue dos deuses. Apolo cai no chão, e eu guardo Sombra, transformando-a denovo em anel.

Me ajoelho no chão e toco o rosto dele. Limpando o sangue da sua boca e o ajudo a sentar.

– Você está bem? – pergunto, preocupada com ele.

– Sim...Night, você...seus olhos..- gaguejou Apolo.

– O que tem eles? – pergunto preocupada.

Apolo levanta a cabeça e me olha dentro dos olhos quando diz:

– Estavam totalmente prateadas... Primeiro achei lindo, por que me lembrava as estrelas, depois fiquei com medo quando você disse aquilo e riscou meu rosto, fazendo sair sangue vermelho...

– Não vou nunca te machucar Apolo...- digo me segurando para ser forte e não chorar – me desculpa... mas você não pode contar isso pra ninguém, certo?

– Eu sei, você poderia ser acusada como uma ameaça para o Olimpo... e ai te expulsariam, e eu não ia poder te ver, nunca mais. Não, eu não quero isso.

Sorri, ele estava falando a verdade, eu seria acusada de ser uma ameaça para os olimpianos.

O abraço, estava com saudade, confesso, mas também estava com medo...

– Seus cabelos estão lindos, com essas mechas prateadas, e seus olhos também... Você fica cada dia mais bonita, Night. Não sei por que digo isso...

– Talves por que você goste, e se você gosta, eu gosto. – sorrio, era verdade, o que ele achasse bom, estava ótimo pra mim.

Me deito ao lado dele pra olhar as estrelas.

– De qual você gosta? – pergunto

– Gosto da constelação de Órion, apesar de eu ter sido a causa de sua morte. Não falo isso pra ninguém, se não posso ser castigado, mas as vezes, muito poucas, me arrependo de ter enganado Ártemis a fazendo matar ele, eu estava louco de ciúme por causa da minha irmã, com medo de que ela esquecesse seu voto de castidade... E você de qual gosta?

– Eu gosto da constelação de Pégaso, sempre fui apaixonada nele, mas nunca o conheci. Ele parece ser tão majestoso.

– É, ele é. Sabe, você me faz me sentir como não me sinto á eóns, eu estava muito desanimado depois dessa guerra com Gaia. Meu pai vivia me humilhando, dizendo que se não fosse pela menina do acampamento, nunca teria profecia e guerra. Ele não entende.

– Pois é. Você também me faz sentir bem. Eu era muito sozinha no Olimpo.

– Não vou esquecer o dia em que você chegou lá, era pequena, seus olhos eram lindos e estudiosos, estava maravilhada com tudo. Você estudava tudo com atenção como se quisesse guardar cada pedacinho na memória. Me encantei com aquele olhar, mas logo dispensei. Então você foi crescendo e ficando cada dia mais bonita e inteligente, não deixava nada escapar. Vivia no jardim cuidando das flores. Então eu fui lá e ajudei você, e não me arrependo de nada disso.

Tive que me segurar para não chorar. Lembrava de tudo aquilo. Eu era mesmo pequena, considerando que sou uma deusa, e queria guardar cada pedacinho do Olimpo, com medo de ser levada dali pra outro lugar e me esquecer. Era muito sozinha, até Apolo vir cuidar do jardim comigo, colhendo flores.

Fiquei quieta por um tempo, me perdendo em pensamentos. Que não percebi quando Apolo foi embora, só sei que quando chegei ao acampamento das caçadoras, todas já estavam dormido, apareci dentro da minha barraca, e liguei o ar condicionado. Fiz uma trança de lado no meu cabelo, e fitei minha imagem no espelho. Eu tinha outra mecha prata no cabelo, e trançado desse jeito meu cabelo ficou com uma sim e uma não, preto e prateado. Era mesmo muito lindo.

Dormi muito bem. Quando acordei, me espreguicei na cama. Troquei e fui tomar café da manhã.

Encontrei as garotas rindo e conversando, e quando me juntei a elas algumas começaram a cochichar sobre: “Como apareceu de repente mais mechas no cabelo dela?” Ou “Pra onde será que ela foi ontem a noite?”. Ignorei todas e comi normalmente, percebi que Ártemis não estava, e que Thalia estava me estudando. Quando terminei me levantei e o prato sumiu magicamente.

Uma garota veio correndo machucada da floresta e começou a conversar com Thalia. Estudei a garota, ela estava com um enorme corte na coxa e sua aljava sem flechas. Por fim Thalia assentiu com a cabeça e me chamou, fui até onde ela estava.

– Parece que tem um bando de dracaenae vindo pra cá pelo norte, vamos ter que desmontar o acampamento, você voe até la em cima e fique vigiando, quando elas estiverem perto, desça aqui para montarmos um plano para mata-las.

Assenti. E fui pegar uma aljava e um arco, peguei uma espada e puis na bainha da calça, coloquei uma adaga dentro da bota. Desmontei a barraca com a palavra de comando Actáion, e subi para os céus.

Fui para o norte e como Thalia tinha dito, tinha um bando com mais ou menos vinte dracenae, vindo para a direção do acampamento das caçadoras. Fiquei na altura das árvores e fui na direção delas para ouvir sobre o que estavam falando.

– Estou dizendo, garotas eu senti a presença, era feita de trevas e esta naquela direção. – disse uma, provavelmente a líder.

– Você acha que talvez seja a espada de Nix? Aquela que ela perdeu? – perguntou outra.

– Eu não acho, mas tenho certeza. – garantiu a líder.

Elas estavam falando da minha espada, e sabiam era de Nix... Talvez se eu... Pousei atrás delas, fazendo um pouco de barulho, o bastante para elas olharem para trás. E apareci na frente delas. Apontei a espada de bronze celestial que peguei para a líder.

– Você pode me dizer se é a líder? – perguntei no meu tom de voz mais gentil.

Todas se voltaram pra mim na mesma hora, a líder demorou um pouco mais. Ela sorriu pra mim.

– Ora, ora oque temos aqui, uma semideusa perdida?

Sorri com desgosto pra ela. Não conseguiam sentir o meu poder.

– Não estou perdida – estreitei os olhos para o nome dela escrito na blusa de líder de torcida – Kelly, só estou com vontade de treinar minhas habilidades, o que acham?

Os olhos dela brilharam em sastifação.

– Não vou te dar essa chance. Onde está a espada?

Levantei uma sombrancelha.

– Qual espada? – pergunto, inocente. – esta?

Digo enquanto enfio a espada de bronze em seu pescoço, Kelly rugiu, eu tirei a espada de seu pescoço, é pelo visto elas são mais difíceis de matar. Kelly bufou e soltou uma rajada de fogo que desvie com os ventos, girei a espada na minha mão e taquei nela, a espada ficou atravessada seu corpo, dei um chute nela que caiu no chão com o mesmo, se desintegrando em pó. Tirei o arco das costas e começei a disparar flechas nas demais dracaenaes, que rugiam e desviavam, algumas se desintegravam em pó. Minhas flechas acabaram. Soltei um suspiro, não tinha mais nada além de uma adaga, e mais ou menos 15 dracaenae irritadas. Assobiei o assobio ultra sônico que Apolo me ensinou, as dracaenaes ficaram confusas. E no mesmo moento, todas as caçadoras chegaram atirando flechas e desintegrando todas que sobraram em pó. Thalia me deu tapinhas nas costas.

– Mandou bem, você as distraiu. E aquele assobio, meus ouvidos chegaram a doer. – disse ela rindo.

Dei de ombros.

– Apolo me ensinou pra casos de emergência.

– Você passa bastante tempo com os deuses né? Por que isso? – perguntou ela, levantando uma sombrancelha.

– Na verdade, não. Mas... onde está Ártemis? – pergunto querendo mudar de assunto.

– Reunião no Olimpo – Thalia da de ombros – não sei o motivo, mas as vezes isso irrita.

Concordo com a cabeça. Thalia assobia e as outras prestam atenção nela.

– Lady Ártemis me deu ordens para irmos para o Acampamento Meio-Sangue, ela não sabe quanto tempo vai ficar fora, devemos partir agora. Alguma dúvida? – disse Thalia.

Todas negaram com a cabeça.

– Ótimos, vamos correr até Long Island, lá vamos pegar um taxi até a colina Meio-Sangue.

– Ahn... Thalia eu tenho uma duvida – digo.

– Sim? – diz a menina punk.

– Posso ir voando? – pergunto.


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Notas finais do capítulo

o/ entãããoo?



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