Aguenta Coração! escrita por Gyane


Capítulo 52
Fim


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei mais finalmente escrevi o ultimo cap da fic, e tenho que admitir com o coração partido. Amooo o THIAGO, queria um pra mim kkkk
Mas vamos lá.



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 —Sarah, por favor. —Ele pediu ainda gentilmente segurando meu rosto entre as suas mãos. —O Thiago responsável por isso, não é?

A simples menção do nome dele fez meu corpo inteiro estremecer, abrindo novamente um buraco enorme para dor dentro de mim.

—O que aquele idiota fez? —ele insistiu.

Eu olhei com os olhos suplicantes, não havia como contar a verdade sem reviver cada detalhe em que minha mente estava tentando afugentar.

—Eu não quero falar. —Eu forcei minhas palavras a saírem.

O Theo abriu a boca para protestar, mas antes que suas palavras saíssem de sua boca, luzes fortes focaram sobre nós, nos cegando momentaneamente.

Eu arregalei meus olhos incrédulos quando o motorista do carro abriu a porta violentamente. Aquilo só podia ser fruto da minha imaginação, eu senti minhas pernas esmorecerem, então eu me agarrei firmemente no Theo para não cair.

—O que você pensa que esta fazendo? — O Thiago gritou furioso, a veias no seu pescoço saltou para fora.

Eu levei alguns segundos para perceber que ele não estava falando comigo.

—Calma ai Thiago. —O Theo pediu em um tom passivo.

—Eu já tinha te avisado, não avisei?— O Thiago gritou ignorando.

—Não preciso que cuide da minha vida. —O Theo rebateu impaciente.

—Eu já não tinha pedido para ficar longe. —O Thiago disse ignorando o Theo e se voltando para mim pela primeira vez, seus olhos estavam duros furiosos, não havia nenhum sinal do que havíamos passados minutos atrás isso significava que provavelmente não era tão importante para ele como havia sido para mim. — O que pensa que veio fazer aqui? Estragar tudo, era isso que você queria?

Eu senti o sangue fugir do meu rosto, eu não acreditava que era realmente isso que o Thiago estava querendo me dizer, eu não podia acreditar que ele estava me acusando.

—Vamos embora. —Ele disse entre os dentes se virando para o Theo. —Depois eu acerto as contas com você?—Ele disse ameaçadoramente para o Theo.

—Anda logo Sarah. —Ele gritou comigo segurando firmemente meu braço. —Eu não vou deixar que você destrua esse noivado. Amanda não merece isso...

Eu não sabia se eram as palavras do Thiago que me machucavam mais ou a mão de ferro dele no meu braço.

—Você esta me machucando Thiago. —Eu disse debilmente.

—Você merece muito mais do que isso. —Ele disse com a voz fria com aço, não havia nenhum traço do Thiago que eu conhecia ali.

—Solta ela. —O Theo pediu irritado.

—Fica fora disso. —O Thiago revidou empurrando o Theo para longe de nós, e abrindo a porta do carro para mim. —Entra Sarah. —Ele pediu enfurecido para mim.

—Thiago eu...

—Cala boca e entra. —Ele me interrompeu ainda com sua mão em volta do meu braço, eu tinha certeza que na manhã seguinte ele estaria roxo, mas aquilo não tinha importância.

—Olha como fala com ela. —O Theo disse arrancando a mão do Thiago de cima do meu braço, nesse instante o Thiago partiu para cima do Theo acertando um soco no canto esquerda de sua boca.

O Theo cambaleou para trás, no mesmo instante que um grito de terror escapou de meus lábios, só que não foi só meu grito que se fez ouvir.

Amanda estava paralisada apenas alguns metros de nós com a mão na boca, eu e o Thiago nos viramos para sua direção, o Beto e o Pedro também se aproximavam apressadamente.

—Parem com isso. —A Amanda pediu depois que se recuperou do espasmo de terror correndo até nós e parando na frente do Theo que se preparava para avançar em cima do Thiago.

—Calma ai cara. —O Pedro disse segurando o Thiago pelos ombros.

—O que estava acontecendo aqui?—O Beto passeava com os olhos de mim para o Theo.

Eu respirei fundo, sentindo um tremendo alivio, mas mesmo assim eu sentia em cada célula do meu corpo que aquilo não estava longe do fim.

—Falta de pudor de certas pessoas. —O Thiago disse acusadoramente, meu estomago revirou violentamente sem acreditar que ele pensasse que eu fosse capaz de tal coisa, todos os olhares estavam em cima de mim parecendo horrorizados, eu senti minhas pernas bambearem novamente.

—Theo. —A voz da Amanda me pareceu distante, enquanto eu tentava assimilar o que estava realmente acontecendo.—Como pode?

Os olhos frios do Thiago estavam colados no meu rosto, eu olhei diretamente para ele pela primeira vez, isso fez com que tudo a minha volta girasse.

—Você... —Eu estava tentando assimilar suas palavras com suas reações mais eram tão absurdas que eu duvidava que pudesse entender.

—Você me dá nojo. —Suas palavras chegaram ao meu ouvido como trovões em noite de tempestade, como ele podia dizer tudo aquilo depois do que havia acontecido entre nós, como...

A voz dele foi sumindo até que ficou parecendo que ele estava falando de dentro de um túnel; eu não conseguia mais individualizar as palavras. Minha testa grudava com o suor e o meu estômago girava como se eu estivesse com a dor estômago. Era exatamente como se eu estivesse doente

Minha cabeça foi ficando pesada, aquelas palavras eram como seu eu tivesse levado um violento soco no estomago impedindo que ar chegasse até os meus pulmões, de repente tudo a minha volta começou a rodar de uma forma mais intensa até que tudo desapareceu...

Eu abri as minhas pesadas pálpebras enquanto tudo a minha volta ganhava vida, aquelas paredes pareceram familiar até mesmo o cheiro no ar, eu senti um espasmo de alivio ao perceber que estava deitada na minha cama, no meu quarto, na escola...

Enquanto a menção de alivio ia me invadindo eu comecei a desconfiar que tudo não passava de um pesadelo horrível, só podia ser isso, eu levantei minha cabeça alguns decimais para poder comprovar minha teoria, quando um rosto familiar sorriu alegremente para mim.

—Ela acordou. — A Bell anunciou para mais algumas pessoas que se viraram para mim, o Pedro, a Dora.

—Não se mexa. —A Dora me repreendeu quando eu tentei me levantar. Eu olhei para ela assustada. Então não havia sido um pesadelo. Novamente meu estomago se contraiu e um frio pareceu se instalar dentro de mim? O que havia acontecido?

—O que aconteceu?—Eu perguntei para os três rostos que me estudavam ansiosamente.

—Esta se sentindo bem? — A Bell perguntou me ignorando.

—Acho que sim. —Eu disse perdendo a minha paciência.

—Você quase nos matou de susto. —A Bell me repreendeu. —Mas me diga o que aconteceu?

Eu esperava que ela fosse me responder essa pergunta.

—Eu vou avisar o Thiago que você acordou. — O Pedro disse se levantando.

—Não. —Um gemido de horror escapou de meus lábios suplicantes.

O Pedro parou de andar e nos encarou.

—Sarah, ele esta tento um ataque de culpa no outro quarto. — O Pedro disse avaliativo.

—Tivemos tirar ele daqui ou ia sem dois passando mal. — A Dora complementou.

Culpa. Devia ser por isso.

—Ok. —Eu concordei sem muita opção. —Mas eu não quero vê-lo. —Eu disse fechando os olhos novamente, eu não queria que ele visse a dor que aquelas palavras me causavam.

—Como queira. —eu ouvi o Pedro resmungar antes da porta ser fechada.

O silêncio ficou prolongado por mais tempo que eu acreditei que fosse possível, eu abri meus olhos lentamente e me deparei com a Bell e a Dora me encarando.

—O que foi? —Eu perguntei desconfortavelmente.

—Você esta bem mesmo? —A Dora perguntou incrédula.

—Não. —Eu admiti envergonhada, eu nunca estaria bem, nunca mesmo... Era como se o meu coração tivesse sido estraçalhado.

—Não vai me contar o que aconteceu?—A Bell foi mais direta, como sempre.

—Vocês não sabem? —Eu estava completamente confusa.

—O Pedro e o Beto mencionaram qualquer coisa do Thiago achar que você esta com o Theo, mas eles não sabiam explicar direito.

—Depois o Thiago estava tão descontrolado por você ter desmaiado que não havia como perguntar nada a ele...

Eu fechei meus olhos relembrando cada pedaço daquela noite horrível, uma lagrima escapou de meus olhos.

—Eu estou cansada. —Eu disse me sentando na cama e percebendo que ainda usava o maldito vestido vermelho.

As duas trocaram olhares e então desistiram.

—Tudo bem. — A Bell suspirou se levantando.

—Sarah abre essa porta. — A voz do Thiago soou bastante clara dentro do quarto. A Bell caminhou em direção da porta para fazer exatamente o que o Thiago pedia.

—Não. —Eu supliquei para ela.

Ela paralisou. Quando uma batida forte soou dentro do quarto.

—Sarah abre logo essa porta. —O Thiago socou a porta furioso.

—Não podemos deixá-lo fazendo esse escândalo lá fora, logo um monitor aparece. —A Dora disse parecendo apavorada.

—Eu sei que você esta acordada Sarah. —Cada minuto ele parecia mais irritado.

—Eu vou abri. —A Bell disse me ignorando.

—Não.

—Sarah. — O Thiago socou novamente a porta.

—Se eu não abrir logo todos nós estaremos com problemas. —A Bell disse destrancando a porta, então o Thiago entrou como um furação no quarto, o Pedro e o Beto o seguiram.

—Não deu para segurar. —O Pedro disse pedindo desculpa.

O Thiago ainda tinha o rosto furioso, seus olhos não olharam diretamente para mim, mas mesmo assim eles pareciam ter um poder sobrenatural em cima de mim.

—Eu quero falar com ela sozinha. —O Thiago disse com um tom de voz bem claro.

—Vamos. — A Dora disse puxando o Pedro.

Eu ia protestar, mas a porta já estava sendo fechada, não me dando outra opção.

—Thiago, por favor, eu não estou me sentido bem. —Eu disse antes que outras séries de acusações começassem a me invadir.

—Por favor, digo eu Sarah. —Sua voz estava momentaneamente baixa, eu me ergui para fita-lo e seus olhos verdes estavam totalmente cravados em mim.

Ficamos em silêncio por alguns instantes apenas nos olhando. Eu não sábia o que dizer, na verdade eu não achava que havia algo para ser dito.

Ele hesitou; seu rosto, brilhando com uma estranha luz verde do relógio, estava dividido.

—Eu — ele respirou fundo. —Eu te devo desculpas. Não, é claro que eu te devo muito, muito mais do que isso, eu sei que você deve estar me odiando nesse momento. — As palavras começaram a fluir rapidamente, do jeito que eu lembrava que ele falava às vezes quando ficava agitado, e eu tive que realmente me concentrar pra entender todas elas. —E eu não tiro a suas razões e nem peço que aja de maneira diferente. — os lábios dele se curvaram quando ele disse aquelas palavras, ele estremeceu e parou o dilúvio

de palavras por um curto segundo. — Por favor, saiba que eu não tinha a intenção de causa mal a você, mas eu simplesmente não consegui me controlar.

—Pare— eu o interrompi. Eu sabia exatamente o que ele ia dizer, eu tinha certeza que ia se lamentar por ter feito amor comigo, mas ao contrario dele eu não podia me arrepender, não quando aquela havia sido a melhor noite da minha vida. Claro que ele não sentia o mesmo, provavelmente ele estava com medo que eu cobrasse algo mais, e ouvi-lo dizer isso iria doer muito.

Ele olhou pra mim com olhos agoniados, e eu tentei encontrar as palavras certas - as palavras que iam livrá-lo daquela obrigação imaginada que o causava tanta dor. As palavras eram muito difíceis de dizer. Eu não sabia se podia dizê-las sem me quebrar. Eu não queria ser uma fonte de culpa para ele, e também não queria que ele se lamentasse, apesar de provavelmente ele já estar se lamentando. Ele devia ser feliz, não importava o que isso me custasse.

—Thiago. — eu disse. O nome dele queimou um pouco a minha garganta quando saiu.

Eu podia sentir um fantasma do buraco, esperando pra se abrir de novo assim que ele desaparecesse. Eu não via muito bem como era que eu ia suportar dessa vez.

—Isso tem que parar agora. Você não precisa... Arrepender... Eu não vou cobrar nada de você. Não quero um compromisso, isso é só parte do que a vida. Foi minha escolha, o momento foi todo errado, mas eu não me arrependo e eu não quero que você se arrependa e nem se sinta preso a isso, aconteceu e ponto.

Eu já estava quase perdendo o controle. Eu parei pra respirar fundo, esperando me acalmar. Eu tinha que deixá-lo livre. Eu tinha que ter certeza de que isso nunca mais aconteceria de novo.

—Sarah Cristina. — ele sussurrou, com a expressão mais estranha cruzando o rosto dele. Ele quase parecia com raiva. —Você acredita que eu me arrependo pelo que aconteceu essa noite entre nós?

Eu podia sentir a incompreensão no meu rosto. —Não foi isso?

—Se eu me arrependo? Intensamente. Mais do que você pode compreender.

—Então... o que é que você tá dizendo? Eu não entendo.

—Você não faz a menor idéia.

Eu balancei minha cabeça. Seus olhos verdes estavam quase negros, como se quisesse dizer que eu estava enlouquecendo.

—Sarah, eu estive morrendo por ver você todo o santo dia quando te via chorando por causa do Theo, eu estou morrendo por dentro por não saber o que ele tem que te prende tanto a ele, e eu fico me perguntando por que não pode ser comigo, porque você não consegue sentir nem a metade do que sente por ele por mim...—A voz dele estava tão baixa que eu não tinha certeza de que havia ouvido direito, seu olhar estava firme na parede como se fosse incapaz me olhar, como se isso o ferisse.

Eu congelei. As palavras dele eram incompreensíveis, porque elas eram impossíveis.

—Minha vida tinha se tornado um completo tormento. —Ele sussurrou por lábios que não se mexiam

—Thiago.

—Me deixe terminar!—Ele pediu.

—Te ver ali naquela festa de noivado sofrendo daquele jeito, e sabendo que não era por mim, me fez desejar morrer, mas o pior sensação que eu provei no mundo, foi te-la para mim e depois perceber que cada segundo que passamos juntos você estava desejando que fosse ele, tanto que correu para os seus braços assim que pode...

—Não... —Eu me recusava acreditar naquelas palavras, eu me recusava a me apegar a qualquer fio de esperança, por que eu sabia que aquilo não fazia parte da realidade, não podia.

—Você não acredita em mim, acredita?— ele sussurrou o seu rosto mais pálido que o normal - eu podia ver isso mesmo na luz fraca.

—Isso não pode ser verdade. —Eu estava dizendo mais para mim mesma do que para ele. —Você... Aquele... Era o seu noivado. —Aquelas palavras abriram a fina linha no meu peito; a dor me tirou o fôlego.

Thiago recuou um pouco e me fitou com a expressão conturbada como se quisesse realmente identificar os significados de minhas palavras.

—Eu sei... —Ele parecia procurar pelas palavras certas. —Quando eu pedi para você não ir ao noivado do Theo, eu estava pedindo por você, não pela Amanda ou por ele... Mas por você, porque eu saberia que você iria sofrer.

Houve uma pausa enquanto eu repetia as palavras na minha cabeça algumas vezes, analisando elas pra saber seu verdadeiro significado.

—O Theo noivando. — Eu tentei as palavras, confusa pela forma como elas soavam, colocadas em ordem.

—É— ele concordou, olhando pra mim com olhos confusos.

Eu congelei, meus músculos se travaram com o impacto, enquanto a verdade me atingia de uma forma avassaladora, a Amanda estava noivando com o Theo. E então eu comecei a chorar. As lágrimas subiram e então começaram a descer miseravelmente pelas minhas bochechas.

Ele olhou para mim atordoado, como se não esperasse essa reação minha, como se isso o afligisse mais do que deveria.

—Sarah. — Ele pegou o meu rosto seguramente entre suas mãos de ferro, sua voz estava carregada de desespero. —Me desculpa, eu não devia.

Ele não entendia que minhas lágrimas não eram de tristeza e sim de felicidade, eu queria poder dizer isso, eu queria poder gritar isso, mas a única coisa que eu conseguia era deixar as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, mas como isso era possível...

—Pelo amor de Deus Sarah. —O Thiago pediu já desesperado.

—Eu estou... — minha cabeça nadou enquanto eu procurava pela palavra apropriada.

—Confusa—. Essa funcionava. Eu não conseguia entender o sentido do que ele estava falando.

—Você... —Eu tentei novamente. —Você nunca noivou com a Amanda?
Ele me encarou duvidosamente por um longo momento ante de responder.

—Não.

Eu tentei organizar minha mente, mas parecia que um turbilhão havia passado por ali tornando tudo irreal, meus estomago revirou e eu fiquei imaginado se não estava sonhando novamente, então as lagrimas começaram a descer mais dessa vez se misturando com um sorriso que eu não conseguia conter.

O Thiago ergueu as sobrancelhas enquanto seus olhos buscavam por uma resposta para minha evidente mudança de reação.

—Me beija. —Eu pedi sem me controlar, aquilo era perfeitamente bom demais para ser verdade, mas eu não me importei de estar sonhando, eu queria me pegar naquele momento.

O Thiago abriu a boca para protestar, mas eu corri meus dedos até os seus lábios. Eu não queria dizer nada, eu precisava senti-lo, eu precisava te-lo para saber que aquele momento não era só imaginação minha.

—Apenas me beija. —Eu pedi num sussurro.

Ele obedeceu sem questionar. Ele pegou o meu rosto apertado entre as suas mãos grande e me beijou até que eu estivesse tão tonta e o quarto estivesse girando.

Então ele encostou a sua testa na minha, e eu não era a única respirando com mais força que o normal.

—Eu nunca sofri pelo Theo. —Eu disse ao perceber que seu rosto estava coberto de duvidas mesmo que ele não estivesse dizendo nada.

Os olhos dele se estreitaram, a mandíbula se apertou enquanto ouvia a minha afirmação.

—Eu nunca chorei por não estar com ele. —Eu completei. —E eu não sei de onde você tirou essa idéia absurda que eu o amava. —eu queria soar com raiva mais o máximo que eu consegui foi um lamento.

—Você não o ama? —O Thiago repetiu cada palavra lentamente como se ela tivesse ganhando vida. —Mas você disse...

—Antes que eu pudesse me lembrar do que aconteceu, no seu quarto. —Ele falava como se quisesse confirmar cada palavra para ter certeza que não estava enlouquecendo. — Eu vi você chorando e quando eu perguntei você disse que era porque ele havia te trocado por outra garota.

 Eu não me permiti lembrar. Eu lutei pra permanecer apenas no

presente momento

— Eu menti, e eu lamento— Eu admiti. —lamento porque te machuquei, lamento porque foi um esforço inútil. Eu menti por acreditar que você a amava, Eu menti porque não queria que você sofresse, e não funcionou. Eu lamento.

Ele não respondeu. Ele fechou os olhos, balançando a cabeça pra frente e pra trás com um meio sorriso no seu lindo rosto. Não era um sorriso feliz. Eu esperei ainda congelada.

—E quando você veio me falar do noivado, eu realmente acreditei que era a Amanda que você queria, eu passei esse tempo todo chorando por ter de perdido e nem ao menos ter tido a chance de te-lo comigo. Eu queria matar esse sentimento, sufocá-lo, mas eu não conseguia era só te olhar para ter a certeza que era você que eu queria mesmo sabendo que era impossível...

—Eu te amo.—Ele me interrompeu. A agonia parecia sufocá-lo. — Eu sempre amei você, e eu sempre vou amar. Eu estava pensando em você, vendo o seu rosto em minha mente, durante cada segundo em que estive longe.

Eu balancei a minha cabeça enquanto as lágrimas continuavam escapando do canto dos meus olhos. Aquilo parecia perfeito demais, e me dava até medo.

Ele parou, seus lábios estavam a meio centímetro dos meus.

—Você me perdoa por ter sido tão estúpido?—O hálito dele bateu no meu rosto, fazendo minha cabeça girar.—Só me diga se você ainda pode me amar ou não, depois de tudo que eu te fiz. Pode?— ele sussurrou.

—Que tipo de pergunta idiota é essa?—Eu estava começando a ficar com raiva

—Só me responda. Por favor.

Eu olhei pra ele com o rosto obscuro por um momento. "O jeito como

eu me sinto por você nunca vai mudar. É claro que eu te amo - e não

há nada que você possa fazer pra mudar isso!"

—Isso era tudo que eu precisava ouvir. —Ele sussurou colando sua boca na minha, e eu não consegui lutar com ele. Não porque ele era mais forte que eu, mas porque eu o queria.

Então eu o beijei de volta, meu coração batendo feito um louco, num ritmo desconjuntado enquanto a minha respiração ficava descontrolada e eu movia os meus dedos cuidadosamente pelo rosto dele. Eu podia sentir o corpo dele em cada linha do meu, e eu estava tão feliz por tudo estar se encaixando- não havia dor no mundo que justificasse perder isso. As mãos dele memorizavam o meu rosto, do mesmo jeito que as minhas mãos faziam com o rosto dele, e, nos breves segundos que os nossos lábios ficaram livres, ele sussurrou meu nome. Eu estava começando a ficar tonta, ele se afastou.

Dois anos depois...

—Tia Sarah. —Uma voz infantil me chamava não muito distante do tumulto do baile de formatura que começaria em instante, eu me virei para ver uma garotinha com cabelos cacheados e loiros correndo em minha direção.

—Tia Sarah. —Ela falou chamou novamente levantando os pequenos bracinhos na minha direção, eu a peguei no colo e sorriu ao perceber o quanto crescera.

—Papai tem um presente para você. —Ela anunciou com os olhos verdes brilhando de ansiedade, eu desviei o meu olhar para encarar outros olhos igualmente verdes. —Eu ajudei escolher. —Ela anunciou ainda feliz.

—Não tínhamos combinado que seria surpresa. — O Thiago disse tocando delicadamente o nariz da filha.

—Mas é. —Ela respondeu dando de ombros. —Eu não contei que é um anel.

Eu e o Thiago nos olhamos e rimos. Vitoria nos olhou sem entender.

—Vitoria. —Uma voz chamou o nome da pequena garotinha, nos viramos para ver a Amanda e o Theo caminhando em nossa direção de mãos dadas. —Hora de ir para casa mocinha. —Amanda disse para filha.

—Oi Sarah. —Amanda sorriu para mim.  Ela continuava linda, e parecia extremamente feliz.

—Oi. —Eu respondi passando meus olhos do Theo para Amanda, eles pareciam verdadeiramente feliz, e isso me deixava extremamente feliz também, meu melhor amigo havia encontrado a garota certa dessa vez.

—Mas agora que a festa vai começar. —A menina perguntou olhando o grupo de adolescentes barulhentos na nossa frente.

—Exatamente por isso. —O Theo respondeu sorrindo para ela. —Espero que demore muito até você pode ir nessas festas.

—Tio Theo até parece o papai. — Vitoria disse revirando os olhos e pulando para o colo da mãe.

Todos rimos.

—Vocês não vão ficar para festa. —O Thiago perguntou beijando a bochecha da filha.

—Só vamos levar Vitoria para casa e depois voltamos. —O Theo respondeu, me dando um beijo na bochecha também. —Se cuida. —Ele sussurrou para mim se afastando abraçado com Amanda que carregava a pequena vitoria..

Era incrível como nosso laços haviam se unido ainda mais. O Theo era e sempre seria uma parte de mim, de maneira diferente que havia sido desejado um dia mais igualmente importante.

O Thiago me agarrou pela cintura e me puxou de encontra com do seu corpo, eu prendi a respiração.

—Você esta perfeita. —Ele murmurou na no meu ouvido me fazendo estremecer.

—Não pensei que vai me fazer esquecer o meu presente. —eu disse tentando me controlar.

—Presente? —Ele se fez desentendido. Eu bati levemente no seu ombro.

—Tudo bem. —Ele se dando por vencido. —Não era para ser assim. —ele disse segurando minha meu rosto me obrigando a encará-lo, por um momento tudo a minha volta pareceu girar, no começo eu esperava me acostumar com isso algum dia, mas agora depois de dando tempo me parecia impossível.

Então ele se afastou dando um passo para trás e tirando do bolso da calça uma pequena caixinha de veludo, meus olhos brilharam enquanto eu sentia o meu coração disparado.

—Então Sarah Cristina aceita passar o resto da sua vida recebendo o meu amor e sendo a minha razão de viver. —Ele murmurou com os olhos colados nos meus.

Eu senti o meu coração falhar uma batida em disparar em um ritmo alucinado dentro do meu peito, aquilo era perfeito, o Thiago era perfeito... Eu tentei segurar a minhas lágrimas, não queria estragar o momento perfeito.

—Eu estou esperando... — O Thiago sorriu com a caixinha de veludo aberta, um anel com um solitário brilhou.

—Sim, sim sim. —Eu disse recebendo os lábios do Thiago enquanto ele me girava no ar no mesmo instante. Perfeito.

—Você é o amor da minha vida. —Ele sussurrou enquanto escorregava o anel no seu lugar no terceiro dedo da minha mão esquerda.

Onde ele ia ficar - concebivelmente pelo resto da minha vida.

Eu ia dizer que ele era razão da minha vida quando um barulho bem próximo fez com que eu e o Thiago nos virássemos.

—Droga eu disse que daqui não ia dar para ouvi. —O Beto disse se aproximando parecendo aborrecido. —Por causa de vocês eu pedi a hora do sim.

—Bento esse é um momento romântico, só deles. —A Bell reclamou o seguindo.

—Só deles. —O Beto revirou os olhos. —Eu participo de tudo da vida do Thiaguinho não posso ficar de fora dos momentos mais importante. —O Beto protestou parando do nosso lado, eu e o Thiago trocamos olhares sorrindo.

Tínhamos amigos verdadeiramente loucos.

—Cuidado Sarah quando você se casar é bem provável que o Beto queira ir para sua lua de mel. —O Pedro caçou abraçando a Dora.

—Sexo a três. — O Beto fez a maior cara de safado.

—Porque eu não tenho um namorado romântico. —A Bell suspirou fingindo estar decepcionada.

—Eu sou romântico morena. — O Beto se virou para Bell fingindo estar magoado.

—Não é não. —A Bell protestou.

—Sou sim...

—E lá vão eles para mais uma discuçao. —A Dora disse revirando o olho.

—Fala para ela Thiago que eu sou um cara romântico. —O Beto pediu.

—Tá me estranhando cara. — O Thiago disse puxando para os seus braços.

—Vamos esquecer isso é vamos para o baile de formatura. —Eu disse tentando interromper a discussão.

—A Nossa formatura. —o resto do pessoal repetiu todos juntos.

Nem dava para acreditar que estávamos nos formando e felizes da vida, aquela era as melhores fases das nossas vidas tinham um aos outros, éramos inesperáveis.

Eu olhei para os meus amigos e senti meu coração inundar de felicidade, Deus havia sido muito generoso comigo.

—Hoje é só farra e agarração. —O Beto gritou nos empurrando para dentro do salão de festa.

—Agarração. Você que sabe? —A Bell provocou. Aqueles dois se amavam, mas de um jeito bem diferente.

—Você sabe que eu só tenho olhos para você morena. — O Beto tentou concertas as coisas.

—Uma dança com a garota mais linda da festa? — O Pedro perguntou esticando a mãos para a Dora que sorriu timidamente para ele, aceitando o convite.

—Eu amo você. — O Thiago sussurrou para mim.

—Eu acho que amo você mais. —Eu disse enquanto seus lábios cobriam os meus em mais um beijo avassalador.

Estavamos selando o nosso futuro de amor pleno.


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Notas finais do capítulo

Espero que não tenha decepcionado vocês, como disse foi dificil escrever esse final, não queria que a fic acabasse mais já estava virando novela mexicana kkkkk
Então o que acharam?



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