Aguenta Coração! escrita por Gyane


Capítulo 43
Capítulo 43


Notas iniciais do capítulo

aHHHHHH GENTE EU SEI O QUANTO DEMORO PARA POST A FIC, NÃO VOU PROMETER QUE NAO VOU DEMORAR, E SEI QUE MUITAS VEZES SO POSTO QUANDO VCS ME COBRAM ^^)
MAS DE VERDADE EU GOSTO MUITO DESSA FIC AFINAL FOI MINHA PRIMEIRA FIC, VOU TENTAR NÃO PROMETER POST O PROX CAP LOGO.



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—O que será que aconteceu?—A Bell perguntou enquanto nós assistíamos os dois saírem pela porta. Eu dei de ombros e a Dora apareceu naquele instante. Ela parecia bem animadinha.
—Isso esta uma delicia. —ela disse me entregando um copo de ponche. —Prove. —ela insistiu quando eu olhei desconfiada para o seu copo. —Ande Sarah.
Fazendo que ela me pediu eu peguei o copo de ponche e provei. O ponche estava batizado. Eu fiz uma careta.
—Beba tudo. —Ela ordenou. —Você esta aqui para se divertir.
Eu fiz o que ela mandou sem vontade de começar a discutir.
—Você sabe o que aconteceu? —A Bell perguntou quando a Dora voltou com um segundo copo entregou novamente para mim.
Ela fez um gesto vago com as mãos e bebeu um gole do ponche da Bell. Naquele momento o Beto passou por nós e foi direto até a caixa de som desligando-o todo mundo parou de dançar e se virou na sua direção.
—Pessoal a festa vai ter que acabar...
Ele começou a falar mais foi interrompido pelas vaias da galera. O Beto esperou pacientemente todo mundo ficar em silencio novamente e recomeçou a falar.
—Os nossos vizinhos estão incomodados com a bagunça... —Mais vaias encheram o ar. —Eles estão ameaçando em chamar a policia e como não tem nenhum responsável legal por aqui é melhor nos escondermos. Então até a próxima. —Assim que ele terminou de falar o Pedro abriu a porta, e o pessoal começou sair organizadamente.
—Eu não acredito nisso. —A Bell protestou revoltada enquanto eu superava feliz secretamente.
Depois de alguns instantes a sala estava completamente vazia. O Pedro e o Beto voltaram a se sentar no sofá.
Foi quando eu comecei a me sentir a mais miserável da noite, o peço de ser uma vela. Eu tentava inutilmente brincar com uma mecha de meus cabelos enquanto a Dora e o Pedro se beijavam escandalosamente no sofá. No outro sofá a Bell e o Beto conversavam entre sussurros e risinhos abafados.
—O que aconteceu por aqui? —O Thiago entrou instante depois e perguntou vendo a sala completamente vazia, eu fechei rapidamente meus olhos fingindo um sono que não sentia.
—O sindico obrigou a festa acabar. —O Beto informou. —E aonde você se meteu? Melhor deixar pra lá. —O Beto disse olhando para mim. Eu continuei com os olhos fechados apesar de suspeitar que todo mundo ali sabia que eu não estava dormindo.. Era claro que eu não precisava saber da resposta era só observar os seus cabelos bagunçados e a camisa amassada para ter uma vaga idéia.
Quando eu decidi abri novamente meus olhos o Thiago não estava mais na sala, e eu novamente havia me tornado a velha. Ótimo. Eu peguei o copo de ponche e bebi tudo de uma vez.
—Agora só nos restou a bagunça. —O Pedro disse desanimado.
—Nem pense que eu vou ajudar a limpar. —A Dora já avisou.
—Claro que vai você só foi convidada por isso. —O Pedro provocou fazendo todos rirem.
—Olha o que eu encontrei. —O Thiago disse entrando na sala com um sanduiche na mão e umas latinhas de cerveja na outra.
—O sanduiche é meu. —O Beto gritou levando a mão para pegar.
—Cai fora. —O Thiago disse desviando do Beto.
—Até quem fim você teve uma boa idéia. —O Pedro disse aceitando uma latinha de cerveja.
—Você vai negar um sanduiche para uma garota? —A Bell perguntou toda de retida jogando charme para o Thiago.
—Pode apostar que eu vou. —Ele disse piscando para ela.
—Eu não acredito que você vai fazer isso Thiaguinho. —A Bell disse toda melosa.
—Eu posso dividir com você. —Ele disse fingindo que caia na dela. —Melhor se você me der algo em troca.
—Pode parar por aqui. —O Beto interrompeu empurrando o Thiago.
—Era brincadeira. —A Bell disse rindo.
—Como se eu não conhecesse o Thiago. —O Beto disse abraçando a morena.
—Você quer? —Ele perguntou para mim estendendo uma lata que peguei automaticamente.
Ele se sentou ao meu lado no sofá, o único lugar vago por ali, então abriu sua latinha de cerveja e tomou um gole me ignorando, eu o imitei.
—Sarah vai devagar. —A Bell me alertou quanto eu tomava minha latinha quase de uma vez só. É que com o álcool parecia anestesiar a sensação que o Thiago provocava dentro de mim.
—Eu estou bem. —Eu garanti sem ter muita certeza.
—Mas um pouco. —O Beto perguntou passando a dele que estava quase cheia ainda.
—Beto. —A Dora repreendeu quando eu aceitei. O Thiago não dizia nada, nem fazia menção que soubesse que eu estava ali.
Cada gole de cerveja, eu sentia que podia encarar a indiferença dele com mais facilidade, claro que também aumentava muito a minha vontade de tomar aqueles lábios num beijo. Eu precisava parar com aquilo antes que eu fizesse alguma besteira da qual me arrependeria mais tarde.
—Eu preciso ir ao banheiro. —Eu disse quando virei o ultimo gole da lata.
Eu me levantei mais tive a leve sensação que tudo a minha volta girava então eu me apóie no sofá. O Beto caiu na gargalhada junto com o Pedro.
—O que foi?—Eu perguntei sentindo minha língua dormente.
—Você me decepcionou Sarah, duas latinhas e você já esta assim. —O Beto disse rindo.
—Não foram só duas latinhas. —Eu protestei como se aquilo merecesse um troféu. —Eu também bebi o ponche.
Todos riram como seu eu tivesse tido alguma besteira.
—Cala boca. —Eu disse vermelha. —Eu estou bem. —Aquilo não era completamente mentira. Agora eu conseguia entender porque as pessoas geralmente bebiam não que eu estivesse bêbada, apenas um pouco acima do normal, o que indicava que eu ainda assim conseguia me controlar para não pular nos braços do Thiago ali mesmo e implorar um beijo.
—Aonde é o banheiro? —Eu perguntei novamente.
—É melhor usar o de cima. —A Dora aconselhou.
—Sobe as escadas. —O Pedro disse como se duvidasse que eu fosse capaz de fazer isso. —A terceira porta a esquerda. —Ele me orientou não muito confiante.
Eu respirei fundo tentando me concentrar em não tropeçar nos meus próprios pés. O que foi uma grande idiotice. Eu estava indo muito bem, claro que se eu não precisasse passar pelo Thiago e ele não estivesse com as pernas esticadas. Eu tentei pular no mesmo instante em que ele iria tirar ela dos meus caminhos. Resultado. Eu vi o chão se aproximando do meu rosto bem rápido. Até duas mãos fortes e agem me seguraram puxando pela cintura. Eu cai sentada no colo do Thiago. Meu rosto ficando apenas alguns centímetros de distancia do seu, meu corpo estremeceu quando seu hálito quente atingiu minha face, ele teve ter percebido porque sua boca contorceu em um pequeno sorriso.
—Se você queria um colinho era só pedir. —O Beto disse rindo. Meu rosto ficou vermelho enquanto eu me equilibrava para levantar.
O Thiago me ajudou.
—Tem certeza? —Ele perguntou quando eu já estava de pé ainda com as mãos na minha cintura.
—Sim. —Eu confirmei então ele me soltou, eu senti uma vontade quase incontrolável de tocá-lo novamente mais a única coisa que eu fiz foi subir as escadas apressadamente, eu só parei para pensar quando estava segura trancada dentro do banheiro.
O que estava acontecendo comigo? Tanto sacrifício para nada? Eu tinha feito uma escolha difícil, a mais difícil da minha vida, mais mesmo assim eu continuei firme chorando todas as noites, para dar uma única oportunidade que fosse para que o Thiago pudesse ter seu filho no braço, e agora por causa de uma bebedeira estúpida eu pensava em largar tudo. Esquecer que eu havia passado, não eu não poderia fazer isso, não seria justo comigo, muito menos com o Thiago. A decisão havia sido tomada nada poderia mudar nada mesmo. Lágrimas estúpidas e idiotas escorreram por meu rosto.
Só que eu não estava preparada para frieza que o Thiago estava me tratando, eu não estava preparada para ver tudo se acabar. Não mesmo...
Depois de me encher de coragem e repetir para mim mesmo que eu precisava me manter firme. Quando eu finalmente acreditei que pudesse sobreviver à volta para sala, eu abri a porta do banheiro e para o meu total espanto o Thiago estava parado na frente da porta com as mãos no bolso.
—Eu vim ver se estava tudo bem?—Ele disse totalmente sem graça.
—Esta. —Eu sorri estranhamente feliz por saber que ele tinha se preocupado comigo. Então ele se virou e começou a caminhar novamente para sala. Meus nervos estavam em frangalhos, eu comecei a caminhar imaginando quanto tempo eu levaria para enlouquecer.
De repente o Thiago parou e se voltou para mim.
—Você esteve chorando?—Ele disse estudando minhas reações.
—Não. —Eu neguei rapidamente envergonhada por imaginar que ele pudesse ter me ouvido. —Por quê?
—Seus olhos estão vermelhos?—Ele disse sem desviar meus olhos dos deles. Eu abri a boca ser argumento.
—Hã...
—Tudo bem. —Ele me interrompeu. —Eu não tenho nada com isso mesmo. —E seguiu seu caminho de volta. Eu o segui de perto.
Quando faltavam apenas alguns degraus para chegar à sala, inexplicavelmente eu torci meu pé perdendo por completo o equilíbrio caindo em cima do Thiago que estava apenas um degrau na minha frente.
O Thiago também acabou perdendo o equilíbrio e nós dois descemos a escada rolando. A diferença foi que o Thiago amorteceu minha queda.
—Tudo bem? —Eu perguntei enquanto me levantava um pouco dolorida, de cima dele. — Desculpa mesmo, eu não sei... —Eu comecei a falar, mas parei ao notar que o Thiago não se movia.
—Thiago. —Eu o chamei já alarmada. O Beto e o Pedro que riam sem parar me fitaram preocupados enquanto a Dora e a Bell se aproximaram.
—Thiago acorda. —Eu disse segurando seus ombros e tentando inutilmente balançá-lo.
—Thiago, por favor... —Minha voz não saia mais do que um sussurro enquanto minha visão ficava embaralhada pelas lagrimas. Meu Deus o que eu havia feito?
—Será que ele bateu a cabeça? —A Bell perguntou olhando assustada.
—Thiago, cara acorda. —O Beto e o Pedro voaram em cima do Thiago também preocupado.
—Acorda Thiago. —O Beto berrou e nesse momento o Thiago abriu os olhos lentamente, eu senti um alivio imediato invadir todo meu corpo, mas meu alivio foi embora tão rápido quando chegou, porque no mesmo instante o Thiago levou a mão na cabeça gemendo de dor.
—O que foi cara? —O Beto perguntou preocupado enquanto eu senti o desespero voltando a me dominar.
—Minha cabeça. —Ele respondeu fechando os olhos novamente enquanto segurava sua cabeça entre as mãos.
Senhor não permita que nada de mal aconteça. EU rezava silenciosamente.
—Thiago fala comigo. —O Beto pediu ajoelhando ao seu lado.
—Ta tudo bem. —O Thiago respondeu alguns instantes depois que pareceram séculos.
—Amor, você esta bem? —O Thiago perguntou do nada, seus olhos focalizando em mim, mas sua expressão estava completamente vazia. Eu gelei. Será que sua memória havia voltado. —Sarah, você esta bem? —Ele perguntou tentando se levantar, mas de repente suas mãos voaram novamente para sua cabeça enquanto seu rosto se contorceu em um careta de dor.
—Nós vamos para o hospital. —O Beto disse firme.
—Não cara, nem pensar. —O Thiago negou se jogando no sofá.
—Você precisa...
—Eu estou bem. —O Thiago garantiu, abrindo seus olhos e olhando diretamente para mim por um instante. Eu fiquei paralisada sem saber o que pensar.
—Eu acho que o Beto tem razão. —O Pedro apoiou o Beto.
—Eu já disse que não vou. —Ele teimou como uma criança mimada. —Só foi uma pancada forte, mas a dor já passou.
—Eu ainda acho...
—Você não acha nada. —O Thiago interrompeu o Beto bruscamente.
O Pedro e o Beto se olharam por um breve momento e então voltaram a se sentar no sofá como se nada tivesse acontecido.
—Eu acho que vou voltar para o colégio. —O Thiago disse quebrando o silencio.
—Eu vou com você. —O Beto disse no mesmo instante.
—Eu não preciso de babá Beto. —O Thiago respondeu de mau humor.
—A Dora e eu vamos esticar mais a noite. —O Pedro disse cortando uma discussão que logo viria.
—Eu e a Sarah também precisamos ir. —A Bell disse e eu suspirei aliviada, ainda bem que ela se lembrava de mim.
—Nem se eu pedi para você ficar um pouco mais. —O Beto disse escondendo seu sorriso pervertido.
—Não eu vim com a Sarah. —A Bell foi firme.
—O Thiago pode levar a Sarah, não pode?—o Beto perguntou fingindo inocência.
O Thiago olhou para mim como se esperasse uma confirmação.
Aquilo estava me cheirando armação. A Bell não poderia fazer isso comigo. De modo algum, eu lancei meu olhar acusadoramente para ela.
—Não. Ela veio comigo e ela vai comigo. —A Bell disse entrando em minha defesa. Eu suspirei me sentindo mais segura.
—Ah qual é morena?—O Beto protestou no mesmo instante. A Bell lançou um olhar agoniado, eu sabia que ela estava se sacrificando.
—Não Beto. —Ela disse taxativa.
O Beto então pulou na minha frente e se ajoelhou.
—Por favor, por favor, ruivinha, não faça isso comigo. —Ele fazia a maior cara de coitado. —Eu faço tudo que você quiser, mas, por favor.
Eu olhei para Bell sem saber o que fazer ou dizer, ela me ignorou deixando a decisão em minhas mãos eu olhei para o Thiago que apenas brincava com a latinha de cerveja nas mãos.
—Vamos lá ruivinha não seja cruel, não custa nada...
—Tudo bem Beto. —Eu disse num impulso me arrependo assim que as palavras saíram da minha boca.
—Valeu ruiva. —O Beto disse apertando minha bochecha entre suas mãos e me dando um selinho estralado. —Por isso que eu te amo tanto. —Ele disse voltando para o lado da Bell que o recebeu com um beijo.
—Você não se importa né Thiago?—O Beto perguntou como se só agora se lembrasse dele.
—Não. —O Thiago disse dando de ombros. —Vamos? —Ele perguntou se levantando.
—Vamos. —Eu concordei também me levantando. —Até amanhã pessoal.
—Juízo. —O Beto disse com um sorriso travesso. Aquilo vez minhas bochechas corarem.
—Eu não tive tempo de pedir desculpa pelo o que aconteceu na escada. —Eu disse quando ele apertava o portão do elevador.
—Não precisa. —Ele disse friamente sem desviar o olhar da porta do elevador.
—Você esta bem, porque pareceu...
—Sarah não torne as coisas mais difícil do que elas são. —O Thiago disse colocando a Antártica entre nós.
—Claro. —Eu resmunguei enquanto a porta do elevador se abria.
Encostei-me ao fundo do elevador admirando-o por trás secretamente.
De repente as mãos do Thiago se levantaram diretamente na sua cabeça seu rosto ficou totalmente branco.
—Thiago. —Eu o chamei colocando minhas mãos no ombro dele. —Thiago esta tudo bem? Thiago...
Ele fitou o teto do elevador por alguns segundos então acenou afirmativamente com a cabeça.
—Não é melhor procurarmos o médico? —Eu perguntei apavorada que algo de pior pudesse acontecer.
—Não. —Ele disse em um tom que não deixava espaço para protesto.
Quando sai para noite escura e fria eu senti todo o meu corpo tremer de frio, o Thiago deve ter percebido porque no mesmo instante  ele arrancou sua jaqueta e jogou sobre os meus ombros.
—Não precisa. —Eu disse enquanto o seu perfume me invadia.
—Eu posso ser um canalha, mais eu não deixo nenhuma garota passar frio quando eu estou ao seu lado. —Ele disse com um sorriso de deboche, muito distante do Thiago que eu conhecia.
—Com certeza você é um canalha. —Eu não sabia por que havia dito isso.
—E o que você sabe sobre mim? —Ele perguntou me fitando com curiosidade.
—Nada. —Eu dei de ombros. Eu não queria causar uma discussão e eu saberia que era isso que aconteceria se eu falasse algo mais.
Seguimos o resto do caminho em completo silencio.
Entramos na escola completamente escura e seguimos cuidadosamente o caminho até o salão comunal. Aqui seria o ponto que nos separávamos eu comecei a subir os enormes degraus imaginado como seria dali para frente.
—Sarah. —O Thiago chamou parado no mesmo lugar.
Eu apenas me virei para ele.
—Tem certeza que consegue chegar ao seu quarto sem ser pega?—Onde o Thiago estava querendo chegar agora. Quer dizer cadê o Thiago distante de poucos minutos atrás?
—Eu acho... —eu estava confusa, tudo até agora que ele tinha feito era me evitar e agora estava tentando ser prestativo. —Eu...
—Quer que eu vá com você? —Ele perguntou com as sobrancelhas erguidas.
Eu podia ser racional e ter dito NÃO, só que eu era estúpida ao ponto de ser emocional demais para querer ele mais alguns minutos ao meu lado.
—Se não for incomodar. —Eu disse com a voz fraca.
Ele não respondeu se aproximando de mim novamente. Subimos a escada em completo silencio.
—Você de estar com algum problema muito sério né? —Ele perguntou de repente quando atingimos o corredor central da ala feminina.  Eu o fitei assustada.
—O que?—Eu perguntei na duvida se ele realmente estivesse falando comigo.
—Algo esta te perturbando. —Não era um pergunta e sim uma afirmação.
—E como você sabe disso. —Eu duvidava muito que ele pudesse saber de algo.
—Você esta tento problemas para dormir. —Ele disse olhando diretamente para mim. —E... Você chora de vez enquanto...
Eu fiquei realmente atordoada com aquela afirmação. Ele andava me observando.
—E como... Como sabe disso?—Eu perguntei debilmente.
—Eu já vi algumas vezes. —Ele admitiu olhando para o chão envergonhado.
—Oh. —Eu deixei escapar tonta pela informação.
—Então será que eu... Posso ajudar em algo?
Ah se ele soubesse que o meu problema realmente era ele.
—Eu acho que não há como você me ajudar. —Eu disse depois de alguns instantes.
—Eu posso tentar. — Ele disse desafiadoramente. —Você não tem como saber se você não me deixar tentar.
—De verdade, Thiago eu acho...
—Esta vindo alguém. —Ele me interrompeu de repente olhando para os lados. —Vem. —Ele disse me pegando pelo braço e me puxando para um corredor lateral. Os passos começaram a ficar cada vez mais próximos.
—Droga. —O Thiago resmungou olhando para a fileira de portas ao longo do corredor, o meu quarto era do lado oposto.
—Aqui. —Ele disse de repente parando diante de uma porta que para mim parecia igual a qualquer outra ele abriu e me puxou para dentro.
Estava tudo completamente escuro. As mãos do Thiago estavam na minha cintura enquanto o meu corpo estava encostado na parede.
—Que lugar... —Eu ia perguntar, mas ele me interrompeu.
—Xiiiiiiiiiiiiii. —Ele sussurrou no meu ouvido eu prendi a respiração.
Vozes ficaram mais fortes do lado de fora, apesar de estar bem próxima eu não conseguia entender o que era falado.
De repente tudo ficou silencioso novamente.
—Esse é um das salas dos monitores. —O Thiago sussurrou no meu ouvido eu senti todo o meu corpo arrepiar ainda bem que eu não conseguia enxergar absolutamente nada no escuro.
—O que? —Eu quase gritei e o Thiago tampou minha boca rapidamente com a sua boca, não era um beijo, mas era o suficiente pra fazer todo o meu corpo tremer.
—Quieta. —Ele disse separando meus lábios do seu apenas alguns centímetros. Eu concordei com um aceno de cabeça inútil.
Alguém mexeu no trinco da porta. E o Thiago colou mais ainda seu corpo no meu. Eu pude deduzir que estávamos atrás da porta. A porta foi aberta só alguns centímetros, a luz do corredor invadir o cômodo iluminando o precariamente. Eu podia sentir o gosto de ser pega, mais então a porta foi fechada novamente.
O Thiago não relaxou nenhum centímetro seu corpo ainda estava colado no meu que estremecia pela aproximação. Céus como ele podia fazer isso comigo apenas com um toque?
—Você não pode estar com frio. —Mesmo no escuro eu podia imaginar seu sorriso pretensioso quando disse essa frase.
—Não. —Eu confirmei enquanto toda a minha face queimava.
—Droga Sarah. —O Thiago resmungou parecendo irritado então no instante seguinte suas boca tomava os meus lábios em um beijo enlouquecedor.
Minha respiração estava ofegante enquanto a boca do Thiago passeava pelo meu pescoço provocando ondas de arrepio no meu corpo inteiro. Suas mãos tiraram rapidamente a jaqueta deixando minha pele nua, pelo decote do vestido.
—Eu estou enlouquecendo. —ele disse parando de repente de me beijar sua respiração estava tão ofegante.
Ele me puxou novamente contra seu corpo e nesse instante a porta foi aberta com tudo e a luz acessa.
Havíamos sidos pegos.


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Notas finais do capítulo

eU QUERIA AGRADECER TODOS POR TER PACIENCIA COMIGO E POR ACOMPANHAR A FIC
dEIXEI SUSPENSE DE NOVO *.*
nO ME MATEMM
sENÃO VCS NÃO VAO SABER O FINAL



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