Aguenta Coração! escrita por Gyane


Capítulo 26
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo foi dificil de escrever, axooooooooo que não estava inspirada mas espero que gostem.....



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Meus olhos passaram até o rosto do Theo, eles estavam tão ou mais ansiosos do que o Thiago. E três estúpidas e inconseqüentes escolhas se passaram por minha cabeça. A primeira eu poderia correr para os braços do Theo, tão próximo de mim e tão seguro, mas isso implicaria em um compromisso que eu ainda não sabia se era capaz de assumir e que o Theo provavelmente sairia magoado nessa, definitivamente ele não merecia isso. A segunda era esquecer absolutamente o passado e correr em direção ao Thiago, isso sugeria perdoar, eu era humana demais para esse sentimento. Então havia uma terceira escolha, não a mais inteligente, mais que irracionalmente e inconseqüentemente eu optei.

Eu abri levemente meus braços em uma atitude desnecessária e balancei negativamente minha cabeça para o Thiago, as pessoas minha volta começaram a vaiar, o Theo se aproximou de mim com um largo sorriso vitorioso cobrindo seu rosto, mas eu me esquivei.

—Não Theo. —Eu disse sem desviar meu olhar do rosto pálido do Thiago em cima do palco, então ele paralisou e eu me afastei meio que cambaleando indo em direção do Thiago, a musica já havia voltado a tocar, e as pessoas a dançarem, mas mesmo assim eu podia sentir os olhares curiosos em cima de mim.

O Thiago estava parado na entrada do palco como se soubesse exatamente que eu iria até ali conversar com ele e isso me irritou um pouco.

—Estamos empatados. —Ele disse sua mandíbula trancada, eu pude notar seu corpo tenso, ele se encostou à parede em um gesto despreocupado.

—É. —Eu concordei debilmente, eu havia me vingado, mas mesmo assim não me conseguia sentir melhor por aquilo.

—Eu espero que isso tenha diminuído um pouco a aversão que você sente por mim por causa... —Ele se interrompeu incapaz de continuar.

—Eu não sinto nenhum tipo de aversão por você. —eu falei categoricamente.

—Então você acha que vai ser capaz de me perdoar. —ele perguntou esperanço

—Eu ainda estou colando o que sobrou do meu coração. —Eu tinha que ser sincera comigo mesmo, eu gostava demais do Thiago para não perdoá-lo, mas eventualmente aquela brincadeira deixou uma incrível marca no meu coração, e a insegurança também havia voltado para li, o Thiago poderia passar outra rasteira em mim, não poderia?

—Eu entendo. —Ele abaixou seus olhos para chão. —Mas você não sabe o quando isso me machuca.

Dor. O que ele entendi por isso? Eu havia entregado meu coração... Eu havia sido enganada estupidamente. E ele vinha-me falar que estava machucado.

— Tarde demais para se arrepender. —Eu disse friamente,

—Eu lamento que uma aposta idiota foi capaz de destruir o que você sentia por mim.– Eu respirei fundo - ignorando a reação que aquela palavras me causaram.— Quem sabe não foi tão forte assim para você.–Ele disse acusadoramente.

—Não é verdade. —Eu rebati prontamente, pesando o quando aquelas palavras eram verdadeiras.

—Não importa agora não é?—ele estava pedindo uma confirmação.

—Não realmente não importa agora. — eu murmurei, quase sussurei. Assim que as palavras sairam, eu me arrependí de ter falado. A dor na minha voz era quase uma dor física; eu só esperava que ele não tivesse reparado.

—Acabou pra sempre... — Sua voz saiu arrastada, seus olhos verdes vividos agora estava sem brilhos, vazios. O mundo era desoladamente preto e branco para um interminável segundo enquanto aquelas palavras perfuravam meu cérebro em uma insistência desumana para fazer sentido.

—O ultimo beijo.–Ele estava parado na frente, seus lábios a menos de cinco centímetros do meu, Ele já havia feito aquele pedido antes, eu lembrei com um suspirou, da noite do jardim depois da festa...

—Você tem razão.— Eu não sei qual era a expressão no meu rosto mas ele interpretou de alguma forma se afastando de mim.—Eu não vou me torturar mais.—Então ele se afastou rapidamente deixando um incrível vazio dentro de mim.

Eu fiquei parada no mesmo lugar pelo mesmos um quinze minutos, as pessoas a minha volta olhava estranhamente para mim, então eu me obriguei a mover. Eu esperei pela dor agora. Eu não estava entorpecida - meus sentidos estavam estranhamente intensos depois daquela conversar. A minha vingança estava concluída mais porque eu não me sentia feliz, porque eu sentia como se tivesse um enorme e vazio buraco no meio de mim. Eu havia desejado me vingar do Thiago, eu havia desejado fazê-lo sentir a dor que eu havia sentido, mas porque isso não havia aliviado o meu desespero, o meu vazio.

Você o ama. Uma voz doce e suave sobrou em minha mente me deixando perplexa demais com a verdade. Eu o amava... Eu o amava e o havia perdido.

Eu caminhei sem pressa para fora do salão à única coisa que eu teria que fazer agora era ir para cama e chorar...

 

Ao contrario do que eu havia imaginado as lagrimas não vieram apesar de a dor ser quase palpável. Eu me encontrava em um estado de dormência. A cena daquela noite, mas parecia um sonho, porem eu não conseguia fechar meus olhos.

—Você esta bem?—A Bell perguntou parada na minha frente, eu não a via visto chegar, eu nem havia percebido que o dia havia clareado. —Sarah esta tudo bem?—eu pude perceber a aflição na sua voz mesmo sem saber o por que.

—Acabou. —Eu murmurei para o nada.

—Vai ficar tudo bem. —Ela disse me abraçando ternamente, eu encostei minha cabeça no seu ombro revivendo mais uma vez o passado. Mas aquilo não ajudou muito então eu lutei para afastei aqueles pensamentos conflitantes. O custo era uma entorpecência que não acabava nunca. Entre a dor e o nada, eu escolhi o nada. Eu passei o resto do final de semana assim perdida no nada.

Acabou. Aquela palavra parecia ser uma faca que estava cravada dentro do meu peito, eu tentava irracionalmente me convencer de que aquilo seria o melhor, mais meu coração não parecia concordar.

O arrependimento começou a percorrer minhas veias. Eu não sabia mais o que pensar? Eu havia acaba com tudo aquilo, porque parecia ser tão difícil aceitar, porque parecia machucar tanto. Eu me afastei de Bell.

—Eu preciso ficar sozinha. —Eu anunciei já saindo pela escada afora

Eu me arrastei pelos corredores lotados de pessoas feliz se divertindo. Remoendo internamente cada segundo daquela noite dentro de mim.

—Ta tudo bem?—Uma voz extremamente familiar soou atrás de mim, eu ainda não estava preparada para encarar o Theo.

—Claro que tá.—Eu forcei um sorriso, mas eles não tocaram meus olhos.

—Que bom. —Ele não parecia acreditar, eu pude sentir o desconforto que ele sentia.

—Eu preciso ir. —Eu disse me virando eu não precisava fazer ou dizer nada agora. Eu disse para mim mesma mentalmente.

—Sarah. —Ele me chamou novamente. — Não precisa ser assim...

—A gente já falou sobre isso. —Eu estava exausta demais para revirar aquele assunto novamente. — Me desculpa, mas eu tenho que ir. —Eu disse me afastando rapidamente indo me trancar dentro do meu quarto.

A segunda-feira chegou tão desconfortável e cinza como de costume. E eu me esforcei ao máximo para agir naturalmente, eu não podia dizer que havia saído bem porque eu nunca me sairia bem em uma situação daquelas.

Eu sentei do lado do Thiago durante toda a aula, mas era como se eu estivesse completamente sozinha, ele não esboçou nenhuma reação que indicava que havia notado minha presença. Decididamente eu não fiquei feliz com aquilo, mas eu pude superar. Depois da aula eu corri para o meu quarto e me tranquei lá.

A semana passou dolorosamente para mim, mas eu precisava reverter àquela situação, eu não podia passar o resto do ano me escondendo no meu quarto, então pela primeira vez em quinze dias eu decidi que iria passar a minha tarde como qualquer outro aluno. Eu desci para o salão comunal, havia algumas pessoas por ali, eu me joguei no sofá, parecia que a idéia de voltar à rotina normal não fazia sentido algum, eu fiquei deita ali por algum tempo olhando para o teto, quando eu ouvi uma voz invariavelmente familiar para mim, inevitavelmente eu procurei com os olhos dono daquela voz, e no mesmo instante o meu corpo foi tomado pelo choque e angustia, o Thiago estava acompanhado da única pessoa no mundo que eu odiava a Amanda.

Eles se sentaram em um sofá distante do que eu estava, mas não fora do alcance de visão minha. Eu pude notar bem quando um sorriso maroto brotou naqueles lábios que eu conhecia bem, ele brincava distraidamente com uma mecha de cabelo dela, como ele sempre fazia com o meu, eu senti uma dor apertar no meu peito ao perceber como aquele gesto tão simples me afetava, uma lagrima brotou nos meus olhos, eu me odiei por isso rapidamente eu tentei secá-la, o Thiago olhou para mim naquele momento, e desviou rapidamente o seu olhar abaixando a cabeça evitando me olhar novamente.

—Você não tem o direito de ficar assim?—Eu levantei meus olhos confusos para o Beto.

—O que disse?

—Isso mesmo ruiva, você escolheu assim. — sentou na beirada do sofá seus olhos pousaram no Thiago.

—Pra começar não me chame assim. —eu disse irritada. —Depois...

—Eu chamo você assim porque você minha amiga. —Ele disse com um sorriso bobo nos lábios.—Mesmo que você pense que não.

Eu o encarei sem responder.

—Eu devia estar muito bravo com você. —ele continuou teatralmente

—Você bravo comigo, não tinha que ser ao contrario não. —Eu fiz minha melhor cara de brava.

—Sarah você vive focada no passado, aquilo já passou. —Ele disse ainda sorrindo. —Depois não estamos aqui para falar daquilo.

—Passou porque não foi com você. —Eu disse emburrada, quem o Beto pensava que era para tratar meus sentimentos assim.

—Seja como for. —ele disse levantando as mãos, o Beto costuma sempre reverter à situação ao seu favor não importar o que aconteça. — Eu ainda estou bravo com você...

—O que foi que eu fiz. —Eu perguntei duvidando que ele ia me fazer passar por ruim.

—Você destruiu o meu melhor amigo. Acha pouco. —ele disse serio novamente.

—Destruiu. Você não esta invertendo essa historia não.—Eu protestei na mesma hora.

—Não.—Ele disse e seus olhos voltaram para o Thiago.—Você continua sendo a mesma pessoa de antes, não precisou abrir não de nada.

O Beto não sabia o que estava falando, eu havia perdido a minha melhor parte, o meu coração nunca mais seria o mesmo.

– O Thiago abriu mão de muita coisa por você. —O Beto falou pausadamente, esperando qualquer reação minha, mas como essa não veio ele voltou a falar. — O Thiago parou de sair com as garotas. —Ele parecia realmente chateado com aquilo. —Abriu mão do futebol que ele sempre gostou por você. Ele não zoa mais nas aulas, ele até parou de sentar no fundão. —Ele disse isso e arregalando os olhos, eu tinha que confessar para mim mesma que isso era uma verdade. —. Ele não foge mais da escola para ir sair. Ele até começou a ler por você. —Ele disse como se aquilo fosse o fim do mundo, eu sorri da atitude exagerada do Beto. —E o que você deu em troca Sarah?

O que eu havia dado em troca, era o que eu tinha de mais precioso, o meu coração, mas provavelmente o Beto não sabia avaliar o estrago que o Thiago havia causado nele.

—Tudo bem. —o Beto disse se levantado acho que o meu silencio o havia deixado sem jeito. —Eu acho que você já sabia disso. Então vamos dar um role gata. —Ele disse fazendo a maior cara de safado mudando rapidamente de assunto

—Cai fora Beto. —Eu não agüentei tive que cair na gargalha mesmo que a suas palavras estivesse pesando dentro de mim agora.

—Tem certeza. — Ele perguntou passando a mão pelo cabelo.

Eu não respondi apenas balancei a cabeça então ele se virou e caminhou na direção do Thiago.

 

Eu não tinha muito o que fazer naquele fim de tarde a Bell havia desaparecido, provavelmente estaria com Victor, mas e a Dora, eu já havia procurado em todo colégio nem sinal dela, então eu decidi procura-lá no jardim. Eu estava indo em direção a piscina quando eu ouvi alguns gritos então eu corri na direção em que as pessoas começaram a se agrupar.

—Eu vou te ensinar a ser homem seu filho da puta. —o Thiago gritou vermelho de raiva para o Artur que sustentava um sorriso débil nos lábios, eu não havia me preocupado com o Artur naquelas ultimas semanas.

—Eu fui homem Thiago eu cumpri minha parte na aposta. —Ele disse com enorme sorriso, eu pude perceber uma veia pulsar no pescoço do Thiago.

—Não você não cumpriu o combinado.

—Eu não tenho culpa se você amarelou Thiago. —o Artur provocou com um sorriso repugnante nos lábios.

—Seu desgraçado. — O Thiago caminhou para cima do Artur, eu própria senti vontade de esmurrá-lo, mas algo dentro da minha mente gritou para impedir aquilo.

— Para com isso Thiago. —Eu gritei entrando na frente do Artur, eu não sabia o porquê eu estava fazendo aquilo. Eu vi o rosto do Thiago ficar pasmo mais logo ele se transformou em uma mascara de ódio.

—Não se mete Sarah. —o Thiago gritou ainda mais vermelho.

Eu me congelei por um momento não entendo a reação do Thiago.

—Eu não preciso que você me defenda. — O Artur disse calmamente para mim, e eu me toquei naquele momento, como eu era uma idiota, o Thiago estava achando que eu estava defendo o Artur.

—Sai da minha frente Sarah. —o Thiago disse entre os dentes enquanto eu tentava me recuperar do choque.

—Para com isso Thiago, você vai se prejudicar por pouca coisa, ele não merece isso. —eu disse devagar averiguando se o Thiago estava me entendendo. As mãos do Thiago relaxarem e eu suspirei aliviada. —Vamos. —Eu disse dando dois passos para longe dali.

—Desculpa Sarah. —O Thiago disse depois de um momento. —Mas eu não posso ir sem antes ensinar uma lição para esse filho da Puta. —Ele disse isso e no instante seguinte o Artur já estava no chão com a mão em cima do nariz ensangüentado. —Isso é para não bancar, mas o desonesto. —O Thiago murmurou entre os dentes, o Artur  levantou de um pulo então a confusão começou, eu assisti a tudo paralisada de horror.

Mas para o meu alivio um dos monitores apareceu logo levando os dois para a diretoria.

 

Eu não tinha que me preocupar com o Thiago, eu disse isso para mim mesma enquanto rolava sobre a minha cama, eu não sabia sobre o que necessariamente eles estavam brigando apesar de ter uma leve desconfiança, eu não havia visto o Thiago depois da briga, eu nem sabia como ele estava e se ele tinha... Droga eu não tinha que me importar com isso, então porque eu simplesmente não conseguia dormi, eu olhei no relógio meia noite e meia, a Dora e a Bell dormiam tranquilamente na cama ao lado como se nada tivesse acontecido.

Eu não consegui me conter mais eu pulei para fora da cama e caminhei para o salão comunal. Então eu senti um enorme alivio me invadir quando vi o Thiago sentado m um dos sofás, esparramado seria melhor colocação, seus olhos estavam focados na parede, ele não parecia notar minha presença, seus cabelos estavam bagunçados e sua camisa estava com os botões abertos. Eu definitivamente não tinha que estar ali, eu devia estar debaixo das minhas cobertas sonhando livremente, mas aquilo parecia improvável, eu abaixei meus olhos, eu estava me sentindo um fdp, mas eu não consegui me controlar. Eu me arrastei ate a direção dele, ansiosa demais para poder ouvir sua voz novamente.

— Veio ver o que sobrou?—Ele disse desviando os olhos da parede para mim, enorme olheiras rodearam aqueles lindos olhos verdes que estavam sem brilho agora. —Pra ver se destrói o resto?—Sua voz era fria e cansada ao mesmo tempo.

Eu não precisava dizer o quando aquilo me abalou. Pronto eu já estava me sentindo um mostro. O pior dos seres humanos.

—Porque vocês brigaram. —Eu não queria começar mais uma discussão interminável.

—Você realmente não sabe. —Ele disse com desdém, porque ele tinha que me tratar assim.

—Droga Thiago. —Eu gritei alto. —As coisa não precisava ser assim.

—Você decidiu que fosse assim. —Ele voltou seu rosto para a parede vazia.

—Não, não fui eu. —Ele não iria me fazer sentir pior do que eu estava. —Você começou isso. —Eu apontei o dedo na direção dele.

–Pode ser. —Ele concordou seu rosto contorceu de dor. —Eu sou humano, eu erro às vezes...

—Eu também sou humana. —Eu devolvi.

—Não. —Ele levantou seus olhos não havia ódio ali só uma tristeza sem fim. —Você foi extremamente cruel...

—Cruel. —Eu estremeci de raiva com aquela palavra. — Quer dizer que você pode errar e eu não.

—Não.—Ele me encarou—Existe uma grande diferença, você planejou tudo eu apenas confie.

—Confiou. —Eu ergui minhas sobrancelhas.

—Confiei.—Ele repetiu aquelas palavras solenemente.— Eu tinha dado a aposta como encerrado, eu nem a tinha levada a serio, e todos pareceram concordar em esquecê-la, mas obviamente alguém mentiu...

Eu senti como se tivesse levado um soco no estomago enquanto eu tentava assimilar cada palavra que ele me dizia, provavelmente esse alguém era o Artur,

—Então foi por isso que você brigou com Artur. —eu conclui igual uma retarda.

—Foi. —Ele disse dando um sorriso torto nos lábios machucados, eu me sentei no sofá ainda me sentido tonta com aquela informação.—Você esta bem.— Ele perguntou preocupado.

—Estou.—Eu disse olhando para ele seus olhos estavam colados em mim, ele passou levemente sua mão sobre o meu rosto e eu estremeci com aquele toque, ele suspirou resignado se afastando de mim.

—O que foi?—eu perguntei confusa com sua reação.

—Droga Sarah eu não consigo te esquecer. —ele disse olhando para o teto me evitando.

—Você pode ser meu amigo se quiser. — Tudo bem quem eu realmente estava tentando enganar. Eu não queria de forma alguma ser amiga do Thiago, mas eu o queria próximo de mim e essa pareceu uma ótima solução para conservar meu coração intacto.

—Sarah ser seu amigo e a ultima coisa que eu quero. —Seus olhos verdes estavam colados em mim brilhando tão intensamente que eu podia me perder nele facilmente.

—Você não quer ser meu amigo. —Aquilo havia me magoado mais do que deveria.

—Eu não suportaria poder ficar perto de você sem te tocá-la não depois de ter provado o sabor dos seus lábios. —Ele disse se aproximando lentamente de mim, metade de mim gritava para eu me jogar em seus braços e me perder ali mas a outra metade implorava para que eu salvasse meu coração.

Droga porque eu tinha sempre que ouvir a metade que pedia para eu me afastar, eu me levantei de um pulo.

—Acho que ta tarde.

—Covarde. —O Thiago me provocou tanto aquele sorriso maroto que fazia minhas pernas tremerem.

—Como?—Eu Olhei para ele confusa.

—Você e a maior covarde que eu conheci Sarah Cristina. —ele disse sorrindo abertamente para mim agora.

—Eu não sou covarde. —eu protestei.

—Então prova. —ele me desafiou seus olhos verdes brilharam perigosamente me seduzindo.

—Como?—Eu ergui meu queixo desafiadoramente. O Thiago levantou do sofá de um pulo parando na minha frente.

—Me beija. —Ele murmurou maliciosamente.

Não. Definitivamente eu não podia fazer aquilo, eu recuei para trás.

—Covarde. —ele disse, e um lindo sorriso abriu naqueles lábios.

—Eu não... —Eu ia protestar, mas o Thiago se aproximou mais um pouco seu hálito quente tocou minha pele.

Foi quando tudo aconteceu, eu senti aqueles lábios quentes e carinhosos se apossarem de mim, a sala a minha volta rodar eu me abandonei nos braços do Thiago, era tão bom estar ali, era fácil se esquecer do resto do mundo quando seus lábios colavam no meu...

Ele se afastou lentamente o sorriso encantador ainda estava la, e eu senti cercada novamente pelo vazio. Então pela primeira vez eu não corri como faria sempre, eu apenas me virei e caminhei lentamente para o meu quarto tentando conservar por mais tempo possível a sensação dos lábios do Thiago nos meus lábios.

 

 

Eu não sabia o quando aquele beijo havia mudado a minha situação com o Thiago mais quando eu entrei na sala de aula e vi o Thiago sentando ao lado da idiota da Amanda, eu senti uma vontade incontrolável de esbofeteá-lo... quem ele pensava que era para fazer isso comigo, ele não tinha o direito de ficar ao lado dela depois de ter me beijado. 

Meu rosto provavelmente estava vermelho, eu pude perceber o enorme sorriso que brotou nos lábios da Amanda quando ela me viu, o Thiago me encarou atentamente observando cada reação minha. Idiota, idiota, idiota... como eu podia gostar tanto de um idiota como ele... eu devia ser muito muito muito burra mesmo.

Bem feito para você Sarah.Eu disse mentalmente para mim mesma, eu precisava aprender que não podia se confiar no Thiago.

Eu não agüentava mais ficar dentro da sala de aula, a hora parecia se arrastar lentamente enquanto eu lutava ferozmente para não me levantar e ir ate a mesa do Thiago para socá-lo como ele merecia.

Assim que o sinal bateu juntei rapidamente meu material, eu iria para o meu quarto chorar escondida eu precisava manter minha dignidade em pé eu não iria deixar o Thiago notar o quando me machucava nunca mais...

—Espera Sarah. —o Thiago disse agarrando meu braço. Eu vi o sorriso idiota da Amanda muchar quando ela passou por nos, aquilo me fez senti melhor, mas minha raiva ainda não havia desaparecido nem de longe.

—O que você quer?—Eu perguntei friamente, o Thiago não respondeu ele esperou pacientemente a sala se esvaziar. Aquilo só fez minha raiva aumentar.

—Eu sei que você ficou magoada por hoje mais eu...

—Quem disse que eu fiquei magoada. —Eu o interrompi desdenhosamente.

—Estava nos seus olhos. —ele disse com um enorme sorriso como se estivesse feliz com o meu sofrimento.

—Você se enganou. —Eu disse friamente tentando me soltar.

—Não minta Sarah. —Ele continuava sorrindo. —Você é uma péssima mentirosa.—Ele estava se glorificando ou era impressão minha.—você ficou com ciúmes de mim. —ele disse exultante.

Eu revirei meus olhos o que havia dado nele para agir daquela maneira. Eu senti meu rosto corar, será que eu era tão fácil de ler assim...

—desculpa não foi minha intenção te magoar. —ele disse se recompondo. —mas eu precisava saber se você se importava comigo.

Então ele só estava me testando. Ele era um completo idiota, eu senti meu rosto pegar fogo de raiva. Ele não podia brincar com os meus sentimentos.

—Você é um idiota Thiago. —eu disse irritada.

—Não adianta ficar brava Sarah. —ele disse dando aquele maldito sorriso maroto que fazia minhas pernas tremerem. —Não há como você negar você ficou com ciúmes.

Eu virei meu rosto resignado demais para olhá-lo nos olhos. Eu estava com muita raiva do Thiago, ele não tinha o direito de fazer aquilo. Mas antes que eu pudesse disser o quando eu o achava idiota por aquilo o Plácido entrou na sala nos interrompendo.

—Thiago o Sr. Valter que falar com você  e é urgente. —o Plácido disse sem emoção nenhuma.

—Se é sobre a briga... —O Thiago disse prontamente.

—Não tem nada haver com a briga. —o Plácido o interrompeu impaciente.

O Thiago olhou para mim confuso para mim.

—O que foi que você aprontou agora?—eu perguntei ainda irritada.

—Nada. —Ele disse dando de ombros. —Nada que eu saiba.

—Vamos logo não tenho o dia inteiro. —o Plácido disse parando na porta.

—A gente continua nossa conversa depois. —Ele piscou para mim e saiu seguindo o Plácido pelos corredores.


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Notas finais do capítulo

Tenho que admitir que não gostei muito desse cap parece que ficou muito bagunçado, mas enfim...
Espero que você gostem e me digam o que axou.
Ah estou aceitando sugestões...



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