Quando se vive na escuridão por uma vida toda, temos medo da luz, mas quando se conhece um pouco da luz ela faz querermos nos livrar da escuridão.

Eu quero me livrar da escuridão, quero agora mais do que quis a vida toda... Quero que Sophie tenha uma vida mais do que tive, quero que ela nunca precise se submeter a ninguém, que não precise viver em mentiras, que consiga amar.

Eu vou fazer nem que tenha que morrer pra isso.

Subo as escadas correndo, o elevador estava quebrado novamente pra variar. Minha cabeça estava a mil, eu não sabia o que ia fazer, mas sabia que tinha que parar com as mentiras e isso é o que me assustava eu nunca conheci a verdade e ter que lidar com ela agora me fazia ter medo.

Chego à porta de casa precisava tomar um banho, esfriar a cabeça ter um plano eficaz, para que tudo saia como planejado não posso colocar a vida da Sophie em risco.

Viro-me para observar a porta do outro lado do corredor, era engraçado de como nunca precisei de ninguém para me proteger, mas como a possibilidade de bater naquela porta me fazia pensar em como eu estaria protegida e como isso me fazia sentir bem.

Dois toques. E a porta abriu revelando o loiro de olhos lindos me fitando e um sorriso confortador aparece no momento seguinte. Envolvo meus braços em seu pescoço e o abraço forte.

– Hey! – Ele acalenta meus cabelos – Tá tudo bem – murmura

– Desculpa – sussurro

– Você não precisa se desculpar tá tudo bem – ele segura meu rosto e me encara

– Eu sei é só que depois de tudo, eu só quero que você saiba que eu sinto muito – Eu não sabia por que eu estava dizendo aquilo, mas eu sabia que precisava dizer.

– Vem – Capitão me puxa para dentro fechando a porta atrás de nós e me levando ate o sofá – Vai ficar tudo bem, eu falei com os vingadores

– Vingadores? – Questiono. Os vingadores já estavam envolvido isso poderia ser algo bom. Eu ia precisar de todos se fosse para me livrar da H.I.D.R.A.

– É, você já deve ter ouvido falar deles...

– É claro que já eles... Vocês – Sorriu – Salvaram o planeta não só uma vez.

– Pois é nos estamos tentando descobrir alguma coisa sobre o cara... Amanha a noite o Tony vai fazer uma reunião na torre com os vingadores, nos vamos resolver isso eu te prometo – Ele se aproxima segurando minhas mãos... Eu selo nossos lábios como forma de agradecimento, ele gostava realmente de mim, me protegia com ninguém mais tinha feito na minha vida e uma parte de mim estava quebrada nesse momento por não ser Natasha, por não ser a garota por quem ele estava se apaixonando, se eu não fosse exatamente quem sou talvez a gente desse certo. Dissipo o pensamento no momento que quebramos o beijo

– Você é a pessoa mais integra mais verdadeira... Steve não deixem que ninguém tire isso de você, nunca

– Nat... – Ele não entende o que estou falando, e pra falar a verdade nem eu. Mas eu sabia que depois de amanhã ele nunca mais confiaria em nenhuma palavra minha então, eu queria que ele guardasse isso da Natasha.

– Só me prometa

– É claro que eu prometo. Apenas... Eu não estou entende... – Eu não espero ele terminar o beijo novamente, intensificando cada vez mais.

Ele esta sentado, com as mãos na minha cintura me segurando para que eu não saia de perto dele, me separo dele por um momento ficando em pé a sua frente tirando minha jaqueta, nos olhos estão fixos e não conseguimos dizer nada, ele se levanta me beijando novamente envolvo meus braços em seu pescoço dissipando qualquer espaço entre nos, o loiro segura minha cintura me impulsionando pra cima eu envolvo minhas pernas em sua cintura, ele caminha me levando para o seu quarto.

Steve me deita em sua cama quebrando o beijo e me fitando por alguns segundos, brincando um pouco com meus fios vermelhos, sorriu com seu carinho, passeio minhas mãos pelo seu corpo ate a barra da sua blusa a puxando pra cima, logo em seguida ele faz o mesmo com a minha, nos trocamos de posição e então ele se senta comigo em seu colo enquanto eu desabotoo o meu sutiã jogando em algum lugar do quarto, ele me puxa novamente para me beijar passeando as mãos por minhas costas nuas, giro me deitando novamente na cama, ele ficando em cima de mim novamente beijando todo o meu pescoço e colo, era impressionante o quanto ele era cuidadoso e carinhoso, já tinha tido muitas experiências na vida, mas com certeza nada como aquilo, nada como alguém me amando de verdade e pela primeira vez na minha vida eu quis me entregar inteira a alguma coisa.

***

Eu acordo no meio da noite em um sobressalto, mas paro de mexer quando noto que Steve esta ao meu lado dormindo serenamente enquanto esta envolto ao meu corpo como se precisasse me segurar daquela forma para certificar que eu não sairia dali, sorriu com sua proteção exagerada a mim, se ele soubesse quem sou, o que faço...

Natasha Romanoff não existe, e amanha ele saberia disso e nunca mais confiaria em mim, e eu realmente não sabia o que estava sentindo, mas era como se eu tivesse perdendo algo, mesmo não sabendo o quê... Talvez eu goste mais dessa vida normal do que achei que ia gostar.

– Você esta me olhando? – Steve sussurra com a voz rouca

– Você fica tão lindo dormindo – murmuro enquanto meus dedos passeiam pelo seu rosto - Não que não fique acordado - explico e ele sorrir – Quero dizer você é lindo de qualquer forma, mas é mais ainda assim.

Ele me olha por um momento sem dizer nada, sem movimentar um músculo, arriscaria dizer que até sem respirar por alguns segundos, e aquilo de alguma forma estava me deixando nervosa.

– O quê? – Pergunto apreensiva

– Nada – Ele dá um leve sorriso

– E essa cara? – Questiono

– Que cara? – Ele brinca

– Essa cara – aperto seu nariz com o dedo indicador

– Apenas... – Ele faz uma pausa – Estou feliz, feliz por ter você na minha vida. – Foi como um soco no estomago aquelas palavras

– Steve... – Penso um segundo, em tudo que tenho que dizer a ele, e em como as coisas vão ser depois – Eu só quero que você seja feliz – Sussurro – Você merece tudo de bom que a vida tem pra te dar – Passo meu polegar nas suas bochechas fazendo carinho enquanto o fito.

– Parece que ela já tá me dando

– Não... Eu não sou

– Natasha – ele me repreende

– Volte a dormir... Eu não vou a lugar algum – Afirmo e ele sorrir, enlaçando os braços em minha cintura quando me viro, puxando para perto dele.

Eu não vou a lugar algum... Não hoje.