The Fox Spirit escrita por Krols


Capítulo 4
O incio de uma longa história.


Notas iniciais do capítulo

Olá :3
Bom, eu nao prometo que esse capítulo está engraçado, até porque comédia é uma coisa muuuuuuuuuuuuuuuito dificil de se escrever pra mim :c
Maaaaaaaaaaas mesmo assim espero que gostem!
Boa Leitura!



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– Dá pra vocês me explicarem o que está acontecendo aqui? - ralhou, deixando-me com uma gota na cabeça. Como eu explicaria tudo aquilo para minha avó furiosa e violenta? Olhei para o chão e vi Kurama disfarçadamente entrar em minha mochila, encarei Ino, queria que ela dissesse algo, mas só consegui reparar no batom borrado que com certeza estava em minha boca, também. Que droga! Levei a mão para a boca esfregando-a e vendo os olhos de minha avó semicerrar! É, pelo jeito, ela já tinha notado. – Eu estou esperando. – a voz severa me fez recuar, olhei suplicante para Ino, ela que me colocara nessa confusão tinha que fazer alguma coisa, mas pelo que parecia ela estava esperando que eu falasse algo, engoli a seco. – Pra minha sala!

– M-mas Tsu...

– AGORA! – ela interrompeu Ino e nos deu as costas andando firme com seus sapatos barulhentos. Peguei a mochila no chão e sai da pequena sala do zelador junto com a loira que me encarava, furiosa? Por que ela tava furiosa? Se ela que era a culpada? A fuzilei com os olhos. Entramos na sala da Obaa-chan e sentamos nas cadeiras em frente a mesa enquanto ela dava voltas com seu salto barulhento. – O que vocês dois estavam fazendo no armário do zelador? – pisquei os olhos, abri e fechei a boca algumas vezes pronto para responder, mas eu não conseguia pensar, aqueles sapatos eram tão barulhentos. – Responde Naruto!

– Juto que to tentando, mas seus sapatos fazem muito barulho! – respondi alto, meu tom foi de briga, mas depois me arrependi, por sua cara eu diria que ela me acertaria um soco. De olhos arregalados a vi bufar e caminhar até sua cadeira, sentando.

– Pronto! – disse brava. – Agora me digam, O QUE ESTAVAM FAZENDO LÁ? – vi Ino engolir a seco nervosa e a olhei respirando fundo. Eu podia não entender por que ela me puxara pra lá, por que me beijara e nem querer estar naquele armário, mas Ino era minha amiga e eu já estava acostumado com minha avó, sabia a coisa certa a ser feita.

– É culpa minha. – respondi. – Ino disse que queria ficar comigo e, como eu nunca tinha beijado ninguém, não queria esperar, ai tive a idéia de irmos pro armário do zelador. – menti descaradamente, vendo Ino me olhar sorrindo. Obaa-chan bufou.

– Deixem para beijar fora da escola. – respondeu severa. – Eu não quero saber de ver vocês dois metidos em confusão! E terei uma conversinha com seu pai Naruto! Agora vão já pra aula. – eu sabia que ela falaria de contar pro meu pai e, na certa, minha mãe faria todo um interrogatório, mas pelo menos não nos deu problema mais sérios na escola.

Levantei e sai acompanhado por Ino da diretoria, ela me olhava sorridente, a olhei de canto de olho, juro que estava tentando a entender.

– Obrigada por não contar que era minha culpa. – eu assenti. – Naruto-kun...

– O que foi? – perguntei avistando a sala Iruka-sensei ainda estava lá e não me deixaria entrar. Dei de ombros e virei para o pátio.

– Gostou do meu beijo? – ela me seguiu. Senti uma gota se formar em minha testa. O que dizer sobre o beijo dela? Bom? Interessante? Estranho?

– Olha beijar é bom, mas por que raios você me beijou Ino? – a perguntei diretamente.

– Ahh... – suas bochechas coraram. – Eu gosto de você sabe, ai achei que seria o melhor jeito de te contar. – arregalei os olhos. Ela gostava de mim? Sasuke tinha razão o tempo todo. – Eu vou pra aula, depois conversamos. – mulheres, bufei. Não seria mais fácil dizer que gostava de mim? Tudo bem que fora interessante beijar, mas eu queria que fosse a Hyuuga.

Caminhei para o refeitório e escolhi a mesa que desejava, não tinha ninguém ali mesmo.

– Me deixa sair daqui, Naruto-baka. – a voz fanha vinha de mochila que se sacudia em cima da mesa. Oxi, eu esqueci do Kurama na mochila, abri o zíper e ele pulou para fora. Os olhos semicerrados, o rosto furioso. – Por que você beijou aquela loira azeda?

– Eu que pergunto por que você a mordeu? – ralhei com ele, que riu gargalhando.

– Eu devia ter mordido muito mais, quem sabe arrancado um dedo dela. – arregalei os olhos.

– Você é conselheiro ou psicopata? – perguntei. – Vai dormir fora do meu quarto. – ta louco, vai que ele resolve me sufocar com um travesseiro.

– Sou um conselheiro e você devia seguir meus conselhos e se aproximar da Hyuuga e não sair beijando loiras por ai. – ele acertou minha mochila em minha cabeça, bufando.

– AÍ! – reclamei com a mão no galo que se formava. – VOCÊ VIU QUE EU NÃO TIVE CULPA!

– Para de gritar garoto baka. – reclamou. – E você bem que estava gostando. – é isso estava mesmo. Sorri, beijar era bom. Será se eu beijasse Hinata era iria gostar? Será que ela já tinha beijado alguém?

– Será que a Hinata já beijou alguém? – outra mochilada. – AÍ! PARA COM ISSO!

– Você que ela não vai beijar se souber da Ino. – gritou.

– Ela não vai saber, ninguém vai. – Kurama bufou. Eu não ia contar, e aposto que Ino também não, porque ia conversar com ela, o beijo podia até ser legal, mas eu queria ficar com a morena, suspirei. Kurama ajeitou a mochila e voltou para dentro dela apontando para trás. Sasuke, Sakura e Ino vinham em minha direção.

– Por que não foi pra aula? – perguntou Sasuke se sentando do meu lado com Sakura ao seu lado.

– Culpa minha. – respondeu Ino sentando na minha frente. Ela sorria de forma estranha.

– É o que eu to pensando? – Sakura gargalhou e Ino assentiu. Do que elas falavam? Sua mão venho em direção a minha apertando-a. Apenas ignorei, pois vi Hinata entrar no refeitório com seu livro acenei com a mão livre para que ela viesse a minha mesa, sorriu timidamente se aproximando.

Quando se aproximou de nós o sorriu sumiu e os olhos perolados se prenderam em minha mão coberta pela da loira. Puxei a mão rapidamente e sorri sem graça.

– Senta aqui, Hina. – percebi um sorriso constrangido quando ela negou com a cabeça. – Ahh, almoça com a gente.

– V-v-vou sentar com u-u-umas meninas...

– Fica. – interrompi, vendo-a negar novamente.

– Deixa-a ir Naruto-kun, ta vendo que ela não quer ficar. – com mais um sorriso constrangido ela se afastou.

– Ué, não entendi nada. – disse Sakura. Ela e a loira se encaravam e eu olhava pra Sasuke que tinha uma enorme gota na cabeça. O que tinha demais eu querer almoçar com a morena? Por mim passaria o dia a fazendo perguntas, mesmo que não soubesse o que perguntar. Ino me olhou zangada e dei de ombros abrindo a mochila para pegar o lanche.

Enfiei a mão na mochila com vontade, sabia que devia estar lá embaixo, afinal tinha sido toda revirada com as mochiladas que levei. Eu tateava e podia sentir meu caderno, cadê o pote? Toquei o pelo de Kurama e ouvi um som estranho vindo de dentro dela. Arregacei a mochila e lá estava meu conselheiro devorando meu sanduíche de atum.

– Meu almoço – falei.

– O que houve? – meus olhos se enchiam de lagrimas, eu ia ficar até as 15h sem comida.

– Meu almoço. – falei choroso. – Por que você comeu meu almoço? – gritei para a mochila. Kurama me olhou com um sorriso sádico enquanto comia o ultimo pedaço. Joguei a mochila no chão ouvindo uma reclamação e meus amigos me encaravam, pareciam preocupados.

– Com quem você está falando Dobe?

– Com ninguém. – respondi choroso, olhando para seu sanduíche do almoço, parecia suculento. – Não quer dividir comigo, não?

– Não!

– POXA! – disse frustrado. – Só uma mordida. – ele se levantou aproveitando que o sinal tinha tocado, mas puxando a mochila do chão corri atrás dele pelos corredores.

Entrei na sala comendo a metade do sanduíche que eu conseguira convencer Sasuke a me dar e sentei no meu lugar tacando propositalmente a mochila no chão, Kurama merecia sentir dor.

Kakashi-sensei entrou na sala atrasado como sempre e eu o olhava desanimado, sentia meu estomago roncar. Jogaria Kurama na maquina de lavar, tinha dois sanduíches lá e ele comeu os dois.

...

Finalmente a aula acabara, eu sentia meu estomago cada vez mais barulhento, eu precisava de lamen, eu queria lamen e como queria. Olhei para a mochila furioso, era por causa dele que eu estava com fome. Será que se eu arrastasse no chão e batesse em alguma pedra machucaria muito? Droga, podia estragar meu material.

Contra minha vontade coloquei a mochila nas costas e corri para o ônibus só acenando para meus amigos, quanto mais rápido no ônibus mais rápido em casa e mais rápido teria comida. Entrei no ônibus e sorri ao ver a morena sentada sozinha, olhando para a janela como habitualmente. Sorri e me joguei ao seu lado.

– Não quer fazer sua pergunta hoje? – perguntei, ela me encarou assustada. – Assim eu posso fazer outra pergunta pra você amanhã.

– S-s-s-sua namorada não vai gostar que eu fique lhe f-f-fazendo perguntas. – respondeu olhando para a janela.

– Que namorada? - perguntei alto, surpreso.

– A d-d-do refeitório. – arregalei os olhos. – N-n-não é legal garotos comprometidos ficarem de c-c-conversa com outras meninas. – pisquei os olhos confuso.

– Mas...

– R-r-respeite seu relacionamento, N-N-Naruto. – ela colocou o fone no ouvido anteriormente sem nada e se inclinou para a janela fingindo que eu não estava ao seu lado. Olhei para trás e Ino acenava, voltei os olhos para a morena. Bufei, não tinha jeito. Hoje ela não iria falar comigo, levantei e sentei no banco ao lado de Ino.

– Gosta dela, não é? – ela parecia desanimada. Assenti. – Sabe que eu gosto de você, não sabe?

– Depois do beijo de hoje... – deixei a frase morrer. Era meio obvio.

– Mesmo assim não quer nada comigo? – eu afirmei com a cabeça, não queria mesmo nada com ela. – Tudo bem. – disse triste. – O que ela tem que eu não tenho? – dei de ombros, eu não sabia responder. Ino era uma garota bonita e o beijo era bom, mas eu só conseguia pensar na Hyuuga.

Por que eu só conseguia pensar na Hyuuga? Sasuke antes de Sakura ficou com metade das meninas do colégio, mas desde o meu primeiro ano eu só conseguia admirar aqueles cabelos azulados e olhos perolados pela janela da sala, já que na época nossos intervalos eram separados. Por quê?

Eu sou estranho? Ou ela teria mesmo algo especial? Vi meu ponto se aproximar e sorri correndo a saída do ônibus. Eu queria e precisava comer. Desci correndo pulando a cerca de casa para entrar pela porta da cozinha era mais perto das panelas.

Joguei a mochila no chão e vi Kurama sair lá de dentro, ele andou pela casa correndo para as escadas, enquanto eu abria todas as panelas do fogão. Vazias! Todas estavam vazias!

– OKAA-SAN! – chamei.

– PARA DE GRITAR MOLEQUE! – seu grito estava próxima. Pensei um pouco, ela estava na lavanderia. Abri a porta. – O que quer?

– Por que não tem comida? – perguntei, vendo-a gargalhar.

– Vai morrer de fome, porque agora só vai ter comida na janta.

– O que? – arregalei os olhos. – Diz que tem comida na geladeira?

– Sobe que quando acabar aqui te faço um sanduíche. – disse estendendo a peça de roupa que antes sacudia.

– Mas eu queria Lamen. – sua cabeça virou em minha direção, os olhos faiscando. Ela podia me matar quando estava assim. – Sanduíche é ótimo. – sorri sem graça fechando a porta.

Catei a mochila do chão da cozinha e subi as escadas lentamente, pensando bem, sanduíche era mesmo bom, pelo menos, não ficaria com tanta fome até o jantar. E colocaria meu almoço num pote com senha praquela raposa ladra não botar as patas.

Abri a porta do quarto e ri ao ver Kurama passando as mãos nas orelhas, como um movimento de nervosismo e andava de um lado para o outro falando sozinho.

– Sim, sim. – ele dizia. – Eu sei, mas vou concertar isso.

– Ta falando com quem? – me joguei na cama vendo-o saltar assustado. Piscou os olhos e me olhou.

– Não me assuste assim Naruto. – tinha me acostumado com a voz fanha, ele pulou na cama. – O que fará para Hinata voltar a falar com você?

– Eu não sei. – respondi. – Ela parecia chateada por eu estar puxando assunto e ter “namorada”.

– Eu ouvi e é por isso que você tem que fazer algo? – ele falou, parecia nervoso. – Podia pedir a Ino pra esclarecer as coisas com ela, quem sabe assim ela fala com você né?

Olhei para a raposa que me olhava esperando uma resposta, o rosto pensativo e sério, semicerrei os olhos. Por que ele tava tratando esse assunto como importante? Por que eu não podia simplesmente deixá-la pra lá? O que ela tinha que Ino não? Arregalei os olhos e levantei.

– Ela tem mesmo algo especial, não tem? – perguntei.

– Não sei do que está falando. – Kurama pulou da cama desconversando, mas eu não deixaria, corri e parei em frente a porta impedindo sua passagem.

– Por que é tão importante que eu fale com ela? Por quê? – insisti vendo-o me encarar. – Vamos, fale!

– Bem, é melhor se sentar. – disse dando-se por vencido. – É uma longa história...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Bom, e ai? O que acharam? Mereço coments? Espero que sim! Eles fazem toda a diferença!
O proximo capítulo será o incio das revelações sobre o que o Kurama sabe sobre o Naruto e no que ele ta ali pra ajudar :3
Vai ficar um pouco mais serio e depois focar ainda mais na conquista NaruHina! É isso
Kissus