Namizake Uzumaki Naruto (10 de Outubro de 2014)

Hoje é o meu aniversário! Mas especificamente meu aniversário de 16 anos, o dia que mais temi que chegasse em toda minha vida! Bem, quando eu digo isso, as pessoas se perguntam o porquê, é a melhor idade, me dizem, está passando para a adolescência. Mas isso não é lá muito bom quando se vem de uma familia tradicional japonesa que ganham seus animais de espíritos guardiões quando completam 16 anos. E é, esse dia é hoje.

Confesso, estou extremamente curioso para saber qual é meu animal interior, quem sabe um dragão, um leão, um urso. É, até que pode ser legal! O único garoto de 16 anos com um dragão, sorri, isso ia ser muito legal. Mas Okaa-san sempre me diz que teria que aceitar o animal que vier, e terei que ouvi os conselhos dele, afinal ele representação anos de espíritos protetores da família Uzumaki.

– Naruto-kun? – ouvi a voz alta vindo do andar de baixo. Abri a porta pendurando a cabeça para baixo do corrimão da escada que começava em frente a porta do meu quarto. – Vamos logo, seu Otou-san está esperando. – pera, pra que ele estava esperando?

– O que vamos fazer como Otou-san hoje Kaa-san? – perguntei.

– Não seja idiota menino! – gritou. – Eu te falei cinqüenta vezes que hoje íamos almoçar fora com seu pai! Sabe que ele não pode ficar muito tempo fora do trabalho, mas quer almoçar com você é seu aniversário. – vasculhei minhas lembranças atrás do dia que ela me dissera algo sobre isso, e não é que ela havia mesmo avisado, até Otou-san tinha me falado isso. Ah, não me culpem por esquecer! Eu tenho muita coisa na cabeça, como, por exemplo, aquela morena linda do primeiro ano que nunca nem sequer olhou pra mim. – Venha rápido, vamos nos atrasar!

– Já to descendo! – respondi. Paciência definitivamente não era uma virtude da Kaa-san, se não descesse ela viria me buscar pela orelha. Entrei no quarto de novo enfiando a camisa jogada sobre a cabeceira e desci escorregando pelo corrimão. – Pronto! Mas fala ai, em que lugar vamos mesmo?

– Naquele restaurante que tem perto da empresa. – ela disse, me olhava sorrindo abobalhada.

– Mãe, por que raios você ta me olhando assim? – perguntei, piscando os olhos.

– Meu menino está tão crescido! – suas mãos se aproximaram de mim, eu tentei escapar delas inclinando o rosto para trás, mas não consegui fugir muito tempo, logo suas mãos estavam em minhas bochechas apertando-as. – Tão crescido! Tão homenzinho! – dizia com a voz emotiva, retorcendo meu rosto, puxando minhas bochechas. – Nem acredito que já ganhará seu conselheiro, chegou tão rápido.

– Solta minhas bochechas, por favor. – ela soltou sorrindo.

– Desculpe Naruto-kun. – disse sorrindo, meiga. Pisquei surpreso, eu juro que há 16 anos eu tento, mas não consigo entender o humor da minha mãe. – Seu otou-san está esperando. – saiu de casa e eu a segui entrando no carro pelo lado do passageiro.

A empresa não era longe de casa, e sabia que meu Otou-san não ia poder demorar, ele trabalhava demais. Olhava pela janela o caminho.

– Kaa-san? – ela me olhou. – Se o tal do espírito pode aparecer aonde a qualquer hora, não é bom eu ficar em casa? – perguntei, ela riu.

– Relaxe meu filho! – disse. – Quando conhecê-lo e ele explicar melhor sobre tudo, vai entender que não tem problema está na rua. – eu assenti, não iria discutir sobre algo que eu não entendia.

Quando voltei o olhar pela janela o carro parava em frente ao restaurante, eu bem que avisei que era bem perto. Respirei fundo e abri a porta. Otou-san nos esperava na frente do lugar.

– Parabéns meu filho! – disse abrindo os braços para mim, o abracei um tanto envergonhado. Com meus pais me sinto completando 6 e não 16 anos.

– Obrigado Otou-san. – disse. – Vamos entrar? – ele assentiu e Okaa-san que já estacionara o carro nos acompanhou para dentro. Sentamos em uma mesa qualquer e reparei que os dois me olhavam sorrindo.

– Empolgado para descobrir qual será seu conselheiro? – perguntou Otou-san, bom, a família dele não era tradicional como a da mãe, que levava enraizada nas linhagens os espíritos da família, mas no momento em que ele aceitara casar com ela, podia saber de toda a história.

– Na verdade, eu só quero saber qual vai ser a cor do meu dragão. – respondi.

– Dragão? – Okaa-san riu.

– Sim. – disse. – Olha para mim, eu sou másculo, forte, bonito é claro que vai ser um dragão! – ele se entreolharam e riram incessantemente.

– Naruto-kun, não é ass...

– Vou no banheiro! – levantei antes que ela terminasse, seu tom era aquele de sermão. Eu já ouvira mil vezes o que ela ia falar. Otou-san assentiu e eu sai da mesa. Não lembrava a ultima vez que fora ali e não lembrava onde era o banheiro. Nenhum garçom, nenhum atendente, nenhum funcionário. É, eu teria que me virar. Depois de muita procura achei uma porta com um um chapéu, óculos e um bigode, sorri, era criativo. Empurrei a porta do banheiro coletivo e me assustei. Um bichinho pequeno, parecia um guaxinim, só que laranja e com mais de uma calda apesar de eu não conseguir ver quantas, em cima da pia do banheiro. – Que restaurante de merda, como eles não viram um bicho desde no banheiro? – perguntei ao vento. Me aproximei da pia, fazendo movimentos da mão para frente e para trás para enxotar o pequeno bicho. – Sai, sai.

– Ow, tire as mãos de mim. – disse o bicho, a voz diferente e um pouco fanha, me fazendo dar um pulo para trás.

– V-o-o-você f-fala? – perguntei assustado o encarando.

– Claro! – disse ele colocando-se em pé nas patas traseiras. – Prazer, eu sou Kurama, seu novo conselheiro espiritual.

– O QUÊ? - Um ‘guaxinim’ laranja? Não! Aquilo só podia ser uma brincadeira!

Continua...