A Nova Seleção escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 8
♛Filhas de Greshtor - Províncias de Lancaster, Alabama, Carolina do Sul e Santa Mônica♛


Notas iniciais do capítulo

Hey!! Gostaria de agradecer pelos lindos



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Você á ama? - Autora

♛Ella♛

Repasso novamente as palavras do meu mais novo texto, que desta vez abordava o seguinte tema: A Seleção. Contando como estava sentindo-me com essa situação, o porquê de ter-me inscrito, o porquê de não querer mais ficar em casa.

Meus pais vivem em constantes brigas, são raras as vezes em que jantamos juntos - isso quando sentamos na mesma mesa, ou quando começam a discutir novamente, sem nenhum motivo.

Sou a filha do meio de 3 filhos, Mattew e Alice. Tenho problemas de convívio social, portanto não tenho muitos amigos; a única a quem posso recorrer é minha irmãzinha.

A Seleção havia sido minha grande oportunidade para sair de casa e evitar meus pais brigando.

Olho novamente para as folhas preenchidas, meu sonho era ser uma grande escritora, e havia á muito, que tentava, de todos os modos, ser conhecida. Escrevia para várias editoras de revistas, esperando uma resposta plausível que me aceitasse como escritora. E consegui, era pouco conhecida, mas já era o bastante para mim.

Levanto-me da cadeira e vou para a sala-de-estar, o Jornal Real já deveria ter começado e eu precisava assistir.

Meu pai já estava esperando-me na sala, sentado no sofá, provavelmente minha mãe e meus irmãos, haviam resolvido ficar longe, hoje.

– O Jornal já começou – é a única coisa que ele diz.

Mordo os meus lábios por pura curiosidade e mania.

– Ella Rose Mitchell, 17 anos, casta 3, escritora, Província de Lancaster.

Solto um suspiro de alívio, antes de ouvir o início de uma discussão.

(...)

♛Thaunna♛

Chuto a bola na direção do aro, sim, no aro da cesta de basquete. Não há nenhuma lógica nisso, mas admito que é um dos meus passatempos preferidos. Meu principal objetivo é chutar a bola e fazê-la entrar na cesta.

– Eaí?! Está livre na sexta?! – Um garoto que nem ao menos conhecia, indagou, com um sorriso sínico.

– Vá se ferrar! – Grito.

– Além disso, ela já tem namorada! – Ouço uma voz atrás de mim. Uma voz muito conhecida por sinal.

– Shaw! – Grito e chuto a bola na direção dele, que a recepta e chuta para o alto – Por que demorou tanto? – Digo ignorando seu comentário, eu sei que ele é afim de mim, e também sabe que eu não quero ter algo com ele. Somos amigos há muito tempo, então sempre estamos juntos.

– Uma Dois estava acabando com minha paciência, ela queria ira para todos os lugares! – Shaw trabalha como motorista na casa de uma família da Dois. Ele simplesmente odeia aquele lugar.

– Sei como é, semana passada uma Dois veio para cima de mim, dizendo que eu era de Sete e deveria respeitá-la por isso! – Shaw joga a bola para mim, fico brincando com ela, fazendo movimentos nada precisos.

– E o que você fez? – Ele diz, debochado, já sabendo a resposta.

– Parti para cima dela, oras. Não tenho culpa de odiar os Dois; TODOS da Dois são insuportáveis, eles não entendem nada! – Berro. – Odeio todos! Que se danem os Três, Quatros! Todos! – Berro novamente.

– Calma, aí. Se alguém ouve, era uma vez um emprego.

– Não estou nem ligando para eles, aliás, quem deles passaria por aqui?! Que todos da Dois que morram! – Berro novamente. Chuto a bola o mais forte que consigo, fazendo-a sair voando, para um lugar qualquer, onde nunca á encontrarei.

– O que aconteceu? – Shaw pergunta. Eu bufo.

– Me inscrevi para a droga da Seleção. – Digo um pouco mais calma. Shaw parece avaliar a situação, até que por fim diz:

– Como pôde? – Sou pega de surpresa com sua pergunta. Ele é meu amigo, não deveria ao menos me consolar, ou algo do tipo? Não que eu seja sentimental, pois não sou! Mas como meu melhor amigo, ele deveria fazer isso. Bufo e respondo:

– Minha família precisa de dinheiro – prossigo – você sabe que eu nunca participaria se pudesse escolher.

– Sim, eu sei – ficamos por alguns minutos em silêncio -, estamos atrasados para o Jornal, quer vir?

– Pode ser.

Acompanho-o até o estabelecimento mais próximo, que por sinal estava cheio. Ficamos em pé mesmo, prestando atenção no Jornal, quando inesperadamente minha foto aparece diante da tela:

– Thaunna Ralph, 19 anos, casta 7, criada, Província de Alabama.

Todos ao redor olham para mim.

(...)

♛Taissa♛

Bato novamente as palhetas num dos pratos da bateria, o som alto entrava em meus ouvidos e deixava-os vir e ir entre as pequenas pausas.

Sendo da Três, não sou considerada pobre. Meu pai é engenheiro - e eu estudante da mesma função - e odeia qualquer tipo exaustivo – exaustivo são aquelas músicas clássicas da época da minha avó - de barulho. E é isto que estou fazendo agora: barulho. E eu sei claramente o quanto isso o perturba.

Mas não me importo, ele me inscreveu na Seleção. Maldita hora em que a porcaria daquela carta chegou e destruiu o resquício de vida que eu ainda tinha.

Agora meu pai que, dane-se. Ele foi entrar na cova do leão e cutuca-lo enquanto dormia. Ninguém pediu para provocar a fera – que no caso sou eu.

Sou muito mais conhecida como “pimenta” e “esquentadinha” do que por meu próprio nome, por meu temperamento forte. Já me acostumei com os apelidos bestas, mas que expressam muito bem minha personalidade;

Bato novamente as palhetas num dos pratos dourados antes de ouvir delicados e quase inaudíveis toques na porta. Salto do banquinho e corro até a porta.

Minha mãe segurava um livro ao entrar, fechei a porta e imediatamente voltei ao banquinho. Minha mãe observava atentamente meu quarto.

– Você cumpre mesmo em seus desafios e promessas, seu pai está profundamente irritado. – Não digo nada, continuo ouvindo, algo que herdei de minha mãe, o incrível dom de saber ouvir – Ele está furioso.

– Bom saber – não reprimo um sorriso maléfico. Minha mãe evita um sorriso – Foi ele quem procurou confusão, não eu.

– Tente entendê-lo, querida. Ele só quer o seu bem.

– Mãe, se não fosse pela droga da Seleção, eu estaria casando com um desconhecido neste exato momento, ele queria o meu bem? – Bufo – Ele só está interessando no que pode ganhar ás minhas custas, se ele realmente quisesse meu bem, não me forçaria á fazer algo que não quero.

– Ele te ama, do mesmo modo que eu – minha mãe tenta contornar a situação -, você mais do que ninguém deveria saber isso. – Ela me dá um beijo no topo da cabeça – Você ainda está de castigo, então, se por acaso for escolhida, virei aqui lhe avisar – Ela sai do quarto.

Não entendo como ela pode defendê-lo tanto! Queria poder sair de casa, levar minha mãe comigo e nunca mais voltar a ver a cara do meu pai.

Olho para o espelho. Sou rebelde, mas ao mesmo tempo, uma pessoa culta e inteligente. Gosto de quebrar as regras!

Após alguns minutos, pego os livros de engenharia e começo á lê-los; por causa de meu esforço, me tornei uma das melhores alunas na universidade em que estudo. Um verdadeiro orgulho não só para mim mesma, mas para toda a família.

Ouço novamente o toque delicado – mas agora apressado - de minha mãe, ela abre a porta antes que eu diga ou vá recebê-la.

– Querida, você.... Foi sorteada! Querida! Ai meu... Venha ver! – Minha mãe falava mas não mexia os pés, então corri para a sala de estar, onde meu pai estava com um sorriso satisfeito. Minha foto estava na tela, acompanhado com minhas pequenas informações:

– Taissa Duerre, 20 anos, casta 3, compositora, Província de Carolina do Sul.

(...)

♛Clarissa / Clary♛

Sou direta quando o assunto é muito importante para mim.

Nasci em uma família muito rica, meus pais são atores muito famosos e por isso nunca deram a atenção de que realmente precisava, cresci sendo criada por babás e por empregadas – chato, mas eram uma boa companhia. Quando tinha 15 anos fui contratada como modelo e desde então minha carreira decolou, faço vários anúncios em revistas e na televisão, mesmo depois da fama meus pais diminuírem, não me deram devida atenção e apenas falavam comigo raramente e geralmente para discutir sobre casamento;

Eu queria poder escolher o noivo, mas meus pais queriam fazer-me casar com um ator de minha idade que estava fazendo muito sucesso. Namorei o tal ator por um tempo, mas ele era muito fútil, então resolvi encerrar nosso relacionamento. Decidi então, me inscrever na Seleção em busca do amor. Decidi me afastar dos meus pais e cortar relações com eles e continuar com minha carreira como modelo.

Sim, sou muito direta.

Pego um livro na estante do meu quarto e começo a lê-lo calmamente. Amo ler, mas mais que isso, amo desenhar!

As vezes pego-me rabiscando em meu próprio braço;

Me inscrevi na Seleção para encontrar um amor de conto de fadas, pode parecer ridículo, mas é o que eu espero. Quero ter uma família que me ame; e que eu possa amar.

Bem, meu pai se chama George e minha mãe, Hannah. Os dois são a mesma coisa, e isso me deixa frustrada.

Minha melhor amiga é Beatrice Hopkins, a considero uma irmã, nos conhecemos no 5º ano e desde então não nos desgrudamos mais; ela sempre esteve por perto para me ajudar e a confortar quando sentia-me mal por causa de minha relação com meus pais, foi ela quem me incentivou a participar da seleção; Outro melhor amigo é o Will, sempre me ajudando! A casa dele – ele diz – é a minha segunda casa!

Ligo a TV do meu quarto. O Jornal Real já tinha começado, há muito tempo.

A última Selecionada apresentada, era uma tal de Taissa; parecia ser legal.

– Clarissa Lovegood, 18 anos, casta 2, modelo, Província de Santa Mônica.

A expressão do príncipe foi a única coisa que realmente me importou, em sua face, vi ele dar um leve sorriso de canto.


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Notas finais do capítulo

Algumas Selecionadas não tem explicação "completa" da sua vida, fiz de propósito!
Espero que tenham gostado!


MISSÃO: DEIXEM NOS COMENTÁRIOS UMA FRASE QUE DEFINA SUA SELECIONADA.