A Nova Seleção escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 19
Desastre pela manhã


Notas iniciais do capítulo

Boa Tarde! Resolvi adiantar o capítulo (amanhã começa minhas aulas, melhor adiantar, certo?)
Boa Leitura



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Stay Strong (Fique forte) - Selecionada Lucy Montevideu

Alyna

As garotas conversavam no salão das mulheres; Tentava me concentrar no jogo de cartas e ver se Beverly estava mesmo jogando limpo. Eu não ficava desconfiando das pessoas - pelo menos da maioria -, e Beverly esfregava á quem visse, o quanto ela era boa no jogo.

– Rá! - Ela gritou, levantando-se abruptamente, ganhando uma advertência de Maeve do fundo da sala. Beverly deu de ombros e se sentou novamente no pufe colorido. - Eu falei que iria ganhar. - Ela se gabou.

– Você está roubando, isso sim - Audrey dobrou os braços, rindo.

– Em pensar, que você é somente uma Seis - Queen disse, virando-se no sofá vermelho.

Todas as garotas ao redor, e ás que jogavam, olharam diretamente para Beverly. Ela deu de ombros - o que ela mais fazia - e voltou ao jogo, como se nada tivesse realmente acontecido.

– Ela não é mais uma Seis - Thaissa, que estava perto de nós, falou.

– Dá no mesmo - Queen rebateu.

– Vamos fazer outra coisa - Samantha falou, curvando levemente a cabeça -, não aguento mais perder. - Ela riu.

Dei um leve suspiro.

– Então, qual o seu nome? - A garota ao meu lado, com cabelo e olhos castanhos, cutucou meu braço.

– Alyna, Alyna Parker. - Respondi, alinhando as cartas do jogo em minhas mãos. - E você?

– Clarissa Wild. - Ela disse, pegando suas cartas e juntando com ás de outras meninas. - Vi que você também era fazendeira.

– È, eu sou - falei, com um meio sorriso.

O grupo continha dez garotas. Samantha, Audrey, Beverly, Clarissa - á que e nem tinha ideia do nome á poucos segundos -, Lucianna, Ella, Lucy, Sarah, Amanda e eu.

Lucianna e Lucy eram as mais fechadas no grupo. Tínhamos demorado vinte minutos para convencer a primeira de que jogar juntas era uma forma de interação divertida, antes de Maeve começar á jogar "seu jogo" - um conjunto chato de etiqueta com aulas de dança e relatórios. Afastei os ruins pensamentos e voltei a prestar atenção na conversa que se iniciara.

– Acho que não vou aguentar muito tempo - Samantha confessou, olhando diretamente para o grupo de: Queen, Kristen, Heidi e Catherine - esta, parecia não estar muito confortável enquanto comentava sobre alguém numa revista, mas pelo visto ninguém tinha lhe alertado para que mudasse de opnião.

– Não temos com o que se preocupar - Sarah falou -, é proibido qualquer contato físico entre as selecionadas. Se uma delas resolver bater em uma de nós, elas serão expulsas.

Algumas meninas riram e outras preferiram ficar em silêncio - como eu.

Não que elas estivessem realmente certas, mas eu não ficaria falando o quanto seria divertido se Queen e suas colegas por um acaso fossem embora;

Elas não tinham feito nada de ruim, porém metade da sala parecia ter um ódio mútuo por elas; eu ainda esta no 50%.

– Não foi isso que eu quis dizer - Samantha disse.

– Acho que podemos dar uma volta, sei lá. - Amanda aconselhou. - Maeve não pode nos manter trancadas aqui.

– E quem disse que não podemos sair? - Ella indagou.

– Se pudéssemos, ela já teria falado - Lucy alfinetou, pegando delicadamente as cartas das mãos de cada menina. Entreguei as minhas assim que ela me estendeu a mão.

– Quem aqui vai pedir? - Lucianna disse, entediada.

Olhamo-nos por segundos que pareceram séculos. Eu não iria falar com a instrutora cor-de-rosa, nem que me pagassem.

– Eu vou - Samantha sorriu, ajeitou o vestido longo de alças e seguiu até o fundo do salão das mulheres, voltando alguns segundos depois com uma expressão derrotada.

– Então? - Audrey falou por todas do grupo.

– Podemos dar algumas voltinhas pelo palácio. - Ela disse, abrindo um largo sorriso. - Nada de andar pelos corredores reais.

Sarah e Amanda soltaram suspiros aliviados. Fiquei contente por finalmente poder sair daquele lugar; eu precisava cavalgar, ir para a natureza, fazer algo que realmente me deixasse bem.

E estava á um passo daquilo.

(...)

Kauê

O General Black havia sido gentil o bastante para mudar meu turno naquele dia; agora ficava mais tempo em pé, esperando que alguma coisa interessante mudasse meu dia e tentando não pregar os olhos.

Não era mais que nove da manhã quando um grito ecoou de não muito de longe, sendo acompanhado por mais berros ensurdecedores. Algumas criadas saíram dos quartos de suas senhoritas, preocupadas, e principalmente curiosas.

Fiquei pronto para o que pudesse acontecer, quando uma garota com o cabelo cor-de-chocolate saiu chorando alto do quarto. Seu cabelo estava cortado em camadas desiguais; Algumas selecionadas, já prontas saíram também de seus quartos; Elas olhavam horrorizadas para a menina - agora sendo consolada por uma criada -, tampando suas bocas com a mão.

– Luna! - Outra selecionada, saiu desesperadamente de seu quarto, abraçando a colega. - O que aconteceu? - Ela lamentou, passando a mão delicadamente pelo cabelo da amiga (um tufo de cabelo escuro caiu no chão segundos depois).

Prestava atentamente atenção. Era muito provável que as criadas estavam encrencadas. Torcia para que Katie não fosse uma delas.

Assim que a chefe dos criados fosse chamada, e chegasse com sua pose imponente e grandes pés-de-galinha (eu era um guarda bastante observador, mas qualquer um, podia ver o quanto Catrina era rabugenta), a pequena "multidão" foi se dispersando aos poucos e logo não havia ninguém mais no corredor.

Senti pena da garota. O cabelo dela estava destruído e era muito provável que suas prováveis longas madeixas tivessem que ser cortadas. Eu não podia nem sequer imaginar o quanto ela deveria estar sofrendo naquele exato momento - mesmo que ainda conseguisse ouvir seu choro atrás da porta.

Rapidamente visualizei as horas no relógio. Sorri ao ver que tinha dado meu horário. A troca dos guardas estava sendo feita. Um dos guardas que havia chegado á poucos dias, tomou meu posto;

Desci as escadas e me dirigi para as escadas; trombei com alguns guardas, que como eu tinham ficado a noite inteira acordado e rapidamente desci para o primeiro andar.

Não tinha ideia do que Karl estivava fazendo naquele momento, porém John estava, muito provavelmente, vigiando uma parte dos muros.

Assim que entrei no quarto e fechei a porta, tomei um rápido banho.

Troquei meu uniforme por camiseta e calças normais e me joguei na cama. Assim que fechei meus olhos e suspirei, a porta foi "escancarada" e Karl entrou, sorridente, mas com profundas olheiras, com a irmã em seu encalço.

Típico dele acabar com minhas poucas horas de sono.

– Fala irmão! - Ele se jogou na cama ao lado.

– Bom dia, Kauê. - Katie falou timidamente, enquanto colocava uma bandeja recheada de comida sobre a mesinha do canto. - Trouxe isso para vocês.

– Obrigada - falei, me sentando na cama.

– Não precisa agradecer.

Ela tirou a toca fina da cabeça e deixou com que os longos fios cor mel caíssem como uma cortina sobre os ombros. Tirou o avental, deixando á mostra o vestido creme tradicional das criadas.

Apesar de sermos só amigos, tinha que admitir, Katie era muito bonita.

– Se não parar de olhar para minha irmã, ela será a última coisa que verá na vida - Karl jogou um travesseiro no meu rosto.

Katie corou e joguei o travesseiro no chão.

– Cale a boca, Karl. - Katie e eu começamos a comer.

Comentamos brevemente sobre a garota que tinha perdido o cabelo. Algum produto estranho e removedor de pelos havia sido passado em seu cabelo; Ela ficaria com o cabelo bem curto.

Depois, Katie começou á fazer piadas sobre Catrina - normalmente o assunto de mais zoação do palácio - e como suas rugas marcavam sua personalidade; Karl em algum momento rebateu e disse que a chefe das criadas, apesar de seus oitocentos anos, era muito atraente.

Era óbvio que ele estava brincando. Ele sempre brincava. Era o modo dele de esconder o cansaço e os problemas - que não eram poucos.

Os dois irmãos tinham perdido a mãe e o pai quase que no mesmo período de tempo, em seguida tiveram que deixar o irmão mais novo, Jake com o tio numa fazenda.

Entendia perfeitamente o quanto era difícil abandonar a família e ainda mais perdê-la.

– Aconteceu alguma coisa? - Katie me olhou, preocupada.

– Não, por que? - Perguntei, pegando um pão da vasilha.

– Porque você estava com cara de idiota - Karl disse, tirando o miolo do pãozinho e colocando-o na boca em seguida -, a não, você sempre está com cara de idiota, certo? - Ele disse rindo.

Podia me sentir ofendido, mas apenas ri.

– Acho que a senhorita Angela está precisando de mim. Se vocês não comerem tudo, eu mesma trato de enfiar todos esses pães de uma só vez em suas bocas. - Katie disse, colocando apressadamente a touca e o avental.

Beijou a bochecha do irmão e em seguida fez o mesmo comigo - senti que Karl estava soltando laser pelos olhos.

– Tenham um bom dia, rapazes. - Katie sorriu e fechou a porta ao sair.

Peguei um copo de suco e o beberiquei antes de me passar a mão sobre o cabelo ainda molhado.

– Cara, você está destruído. - Karl caiu na risada, apontando para o meu estado.

– Fiquei a noite inteira de vigia, e antes de ontem também. - Sim, eu tinha ficado quase dois dias sem dormir.

– Você tem sorte. Alguns soldados novos, estão desde a chegada das selecionadas em teste. O general não está pegando leve com ninguém.

– Imagino.

Ficamos minutos em silêncio. Eu só queria dormir, mas seria meio que impossível. Karl falava demais - não que isso fosse realmente um problema, já que um dos meus pontos fortes era ouvir. Porém, seria pedir muito, um pouco de silêncio?

– Karl, eu preciso ir dormir, daqui cinco horas tenho que voltar para meu posto. Se importa? - Karl deu de ombros e se levantou.

– Já está me expulsando? - Ele fingiu estar ofendido. - Vou dar uma volta por aí. Mas não se acostuma - ele brincou, desligando o interruptor antes de fechar a porta e sair.

Me joguei na cama novamente.

Fiquei imaginando como seria se os irmãos Prior não fossem meus amigos; provavelmente muitas risadas seriam poupadas e momentos inimagináveis e divertidos também. Talvez eu precisasse me gabar e dizer que tinha bastante sorte de tê-los como amigos. Eles sabiam boa parte sobre mim e eu o mesmo. Confiávamos um nos outros.

Katie brincava e dizia que erámos: "O trio fantástico".

Com meu tempo no palácio, tinha aprendido que cultivar minha amizade com os dois, era essencial e que levaria tempo e dedicação.

Ser amigo deles era algo bom;

Preguei totalmente os olhos com esses pensamentos. Tinha um longo dia pela frente.


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Notas finais do capítulo

Espero que siceramente tenham gostado do capítulo. Tadinha da Luna... pra quem não lembra, foi ela quem narrou o primeiro capítulo da apresentação das selecionadas (tenho 90% de certeza)
A ordem da narração dos próximos capítulos:
(O guarda Kauê sempre estará narrando)
— Alyna X
— Helena/Audrey/Katie
— Angela/Thaissa
— Barbara Frost/Katie
— Sarah/Katie
— Melony/Blair
— Àghata
— Monyra/Katie
— Beverly
— Kamille/Katie
— Samantha
(Não darei certeza, mas é possível que a narração fique nessa ordem)
Agora restam somente 30 garotas!!
Nossa querida Reina mandou para nós: http://weheartit.com/Hotome/collections/98764541-fanfic
Vou colocá-los nos capítulos, no decorrer da história;
Espero que tenham gostado :)
Beijos