De Volta ao Lar escrita por Frankie


Capítulo 3
Bônus


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, galerinha.



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Bônus

Precisei ficar quinze dias em Makah para ajudar na busca da filha de um ancião, que fora raptada por um membro de uma tribo rival, demoramos para encontrá-la e, quando, finalmente, a achamos descobrimos que o filho do alfa sofrera sua impressão por ela.

Javier disse que a raptou por saber que o pai de Leilanne não aceitaria o relacionamento e Juan chorou ao descobrir que a filha estava feliz e também ama Javier e assim a briga entre ambas as tribos teve fim.

Minha mente vagava, sonhando em como minha Companheira seria e se eu demoraria para conhece-la, mal percebi que já rodara vários quilômetros e que estava tão perto de La Push, por isso levei um susto ao ver a velha caminhonete verde do Paul e da Rachel parada na beira da estrada no meio daquela tempestade.

Presumi que Paul ainda não arrumou seja lá o que for que estava causando essas falhas na transmissão do combustível do tanque para o motor. Com um suspiro dei sete e parei minha motocicleta no acostamento e foi até a caminhonete, torcendo para que Rachel não tivesse comprado nada de geladeira no supermercado, pois não teria como levar as compras na moto.

Fiz uma anotação mental para dar uma bronca em Paul, pois a situação poderia ser pior do que uma chuva forte e minha irmã – e mulher dele – não é loba e poderia ter se ferido gravemente, caso tal falha do automóvel tivesse provocado um acidente.

A mulher deitada no banco do passageiro, que estava reclinado, estava de costas para mim, completamente apoiada na porta, por isso bati na janela do carro a fim de despertá-la.

Ela se virou na direção do vidro e coçou os olhos com as palmas das mãos antes de abri-los para me encarar. E foi então que meu mundo parou.

A beleza dela me atingiu como um soco no estomago, seus lábios, a cor mais escura da sua pele, que é do mesmo tom de chocolate ao leite que que seus lindos olhos tem.

Naquele instante eu soube, finalmente havia encontrado minha impressão, minha Companheira, a futura mãe dos meus filhotes, ou melhor, a futura mãe dos nossos filhotes.

Eu estava em extasse, depois de três anos transformados, eu a achei, talvez tenha sido ela a me encontrar, mas não importa, tudo o que importa é que eu a tenho agora. E isso é mais especial para mim, pois Leah Cleawalter é a protagonistas dos meus sonhos mais quentes desde que eu possa me recordar e, graças ao destino, ela é minha.

– Posso te dar uma carona até La Push. – Ofereci enquanto ela ainda me encarava atordoada pela magia da impressão.

– Como sabe que eu estou a caminho de lá? – Perguntou confusa.

– Porque eu também estou indo para lá e ninguém usa essa estrada, exceto quem se dirige para a Reserva. – Comentei.

– Claro, eu tinha me esquecido disso. – Ela comentou encabulada.

Depois de trancar a caminhonete a levei até minha motocicleta, subi e lhe entreguei o capacete, que não foi recusado.

O restante do caminho até em casa foi uma deliciosa tortura, pois seus seios roçando nas minhas costas ao mesmo tempo em que suas mãos estavam espalmadas em meu abdômen não me ajudavam em nada a manter minha concentração ou meu autocontrole, meu lobo me dizia instigava à possuí-la, porém eu fazia o meu melhor para ignora-lo enquanto guiava a moto no automático.

Após deixa-la na casa de seus pais, me dirigi para minha própria casa, onde encontrei meu irmão sentado na varanda, em um banco de madeira que eu entalhei e deixei ali há seis meses atrás.

Entramos juntos, depois de eu destrancar a porta, um habito que adquiri quando morava em uma república de estudantes enquanto cursava Engenharia Mecânica na Universidade do Hawaii.

Joguei minhas chaves e o documento da moto na mesinha de vidro no centro da sala e me atirei em uma poltrona de couro enquanto meu irmão se sentava em outra, depois de ir até a cozinha e pegar duas cervejas.

– Como foi em Makah? – Ele perguntou me dando uma das cervejas.

Fiz um breve relatório do que havia se passado em Makah, contando todos os delates e como uma rixa de gerações teve seu fim graças à uma impressão, quando terminei tomei um longo gole de cerveja gelada.

– Por falar em impressão a sua está em Makah? – Jacob questionou direto e eu quase cuspi a cerveja que bebia.

Creio que deve estar estampado na minha cara que eu sofri minha impressão, pensei.

– Não, encontrei Leah na estrada, a caminhonete de nosso cunhado quebrou, mais uma vez, e lhe dei uma carona. – Expliquei com um sorriso bobo nos lábios.

Jacob suspirou.

– Você deve tomar bastante cuidado com Leah. – Alertou e aquilo me preocupou.

– Eu sempre a amei e você sabe disso. – Comentei.

– Eu sei, irmão, mas Leah está muito ferida. – O sangue correu mais rápido por minhas veias só de pensar que alguém a feriu e eu não estava ao seu lado para garantir sua segurança. – Não é nada disso que você está pensando. – Jack comentou calmamente.

– Então que droga aconteceu com ela que a feriu?! – Inquiri exaltado.

– Ela é viúva de Samuel Uley, que era alfa dos lobos da Reserva Sunshine em Jacksonville, Florida. -. Meu coração doeu ao pensar que outro a teve antes de mim. – E quando você a conheceu, ela estava voltando de Forks, pois foi até lá levar seu filho Noah Uley para seu primeiro dia de aula na creche. – Ela tem um filho de outro lobo, mesmo aquilo tendo me machucado, eu farei tudo por ela e pelo filhote, que de agora em diante será meu.

– Pode deixar, irmão, vou fazer tudo da forma certa. – Garanti, pois apesar de tudo o que me foi revelado eu não vou desistir de Leah, já que além de ser minha por impressão é a garota a qual eu sempre amei e acreditava não ter chance alguma por ser três anos mais novo que ela.

Jacob me deu um abraço e saiu me deixando sozinho com meus pensamentos.

Decidi que conheceria o garoto sozinho, sem mais ninguém por perto, por isso fui busca-lo na escolinha, assim sendo peguei meu carro, me dirigi para Forks e já estava esperando Noah quando o sinal indicativo do fim das aulas bateu.

O olhar de várias mães, casadas ou solteiras, das babás e das professoras sobre mim foi incomodo, mas nada foi mais incomodo para mim do que Noah chorando todo o caminho de volta, e eu nem ao menos sabia o motivo do choro do menino.

No mesmo momento em que a mãe dele abriu a porta da casa o menino correu para dentro gritando e chorando, Leah fez menção de seguir o filhote, mas eu segurei seu braço direito e senti a maciez de sua pele negra.

– Não vou desistir de ti, Leah, você é minha e eu sou seu. – Sussurrei em afirmação.

A aproximei de mim de roçar nossos lábios.

– Embry... – Fui direto ao céu quando a ouvi murmurar meu nome e aprofundei o beijo, que ela retribuiu até que o ar nos faltou e ela deu um tapa no meu rosto antes de fechar a porta na minha cara.


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Notas finais do capítulo

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