A Constante da Bad escrita por Vinicius André Junqueira


Capítulo 3
Capítulo 3 - SURPRISE MOTHERFUCKER.


Notas iniciais do capítulo

Apenaxxx, prepare seu coração.



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Me chupa... Me chupa cara? MAS QUE PORRA, TIO. E agora? O que eu faço da minha vida? Eu to caidinho pelo Vinícius, mas, eu estou com a oportunidade em minhas mãos (literalmente). Chupo ou não chupo? E se alguém entrar e ver? Eu vou me fuder, me fuder de verde e amarelo como o Brasil no jogo da Alemanha.

Eis que o sinal do intervalo toca... DEUS, SE VOCÊ EXISTE, VOCÊ É MEU PARÇA.

– Desculpa Math, outro dia a gente termina. – Disse eu pensando ter me livrado.

– Porque você não vai à minha casa depois da aula? Nós podemos terminar lá o que começamos aqui hoje... – Ele olhou nos meus olhos, olhou pra minha mão no pau dele – Não dá nem pra você dar uma rapidinha?

Meu, quer saber, eu nem sei se o meu crush é gay ou hetero, começa por aí, não sei se ele se sente atraído por mim, ou até se terei uma oportunidade dessas com ele. Então, simplesmente me ajoelhei, e coloquei o pau dele na minha boca. E coloquei algumas vezes e repetidas, até que eu percebi que já faziam quase dez minutos que dera o sinal. Levantei-me, limpei os joelhos, dei um selinho no Math, e sai correndo, eu estudava no térreo, e estávamos no quarto andar. Porra.

Corri mais que o Usain Bolt pelos quatro andares de escada até chegar à minha sala, e por glória, o professor ainda não tinha entrado na sala, mas a Tainá já. E ela estava com aquela cara de cachorro que foi largado na praça com um limão pra comer, comeu e não gostou.

– Onde o senhor estava com o Matheus?

– Tai, depois eu te conto...

– NÃO, CONTA AGORA – Ela gritou e todas as pessoas ficaram em silêncio. – Conta agora.

Eu me sentei, respirei fundo, contei até dez, pensei em contar e não contar, contar e não contar, contar e não contar, até que, contei:

– Eu e o Math fizemos um beijo australiano.

– NOOOSSAAAAAA, um beijo australiano! Que foda! Mas, o que é um beijo australiano. – Fiz aquela minha carinha de cu e fiquei olhando pra ela – É sério, o que é beijo australiano?

– É quando você tá beijando o cara e faz boquete pra ele.

– O QUÊÊÊ? Onde você fez isso?

– No banheiro de deficientes no quarto andar.

– Nossa cara, se você soubesse do que eu te livrei, e por acaso... A diretora tava indo lá pro quarto andar, procurar a professora Fátima, que por mais que o quarto andar no intervalo fique vazio, imprevistos acontecem né gato? Já pensou se a professora escuta vocês transando lá? Meu deus Gan... Não acredito que você fez sexo na escola...

– E você nunca fez?

– Eu não, osh.

– Ah, vai mentir pra outro, Tainá. Eu sei do que você fez com a Bianca no banheiro.

– Mas aquilo foi nada, você sabe que ela tava usando aquelas bolinhas tailandesas no banheiro e eu só fui ajudar ela a remover porque ela não conseguia, não foi nada de mais.

– Nada de mais, a Bianca só usou bolinhas tailandesas no banheiro, e você remove... Com a boca? E depois chupa ela? Isso é normal?

– Tá, ninguém precisava saber dessa parte.

E o corno do professor de Inglês entra na sala. Parece que ele fez inglês naquelas escolinhas de vila e vem dar aula pra gente, porque olha, eu sei inglês muito melhor que ele. Dá vontade de falar “cara, senta ai, deixa que eu ensino”. É... A vida do estudante de escola pública pode parecer fácil, mas não é não, é bem chata. Ainda mais se sua escola parece o McDonalds. É sério, minha escola parece o McDonalds. Ela é toda vermelha sangue com metade da parede aquele amarelo mostarda. Isso na escola toda. Ela tem quatro andares, tem da 5ª a 8ª no mesmo período. Imagina o intervalo dessa bagaça. É gente usando maconha no banheiro, é gente correndo de um lado pro outro, é as meninas da quinta série vindo querer peitar as da oitava por causa de macho, é normal, até eu peito por macho. Com o tempo você acostuma com esse inferninho.

E então vem um menino da minha sala, acho que é Pedro o nome dele. Ele é alto, olhos escuros, cabelos claros, tem até um corpinho bonito... Mas eu nunca falei com ele, só uma vez quando a professora de Língua Portuguesa nos colocou no mesmo grupo. Sabe aquelas putarias que as vezes dá no professor de vim dizer “Eu não vou deixar vocês escolherem os grupos de vocês, vou colocar vocês no grupo que eu quiser!” e te coloca com aquela pessoa que você nem sabia que existia? Pois é. Foi assim que eu conheci o Pedro.

– Ou Gan, é verdade o que a Amanda me disse?

– Depende, o que a Amanda te disse?

– Que viu você e o Matheus subindo sozinhos pro quarto andar na hora do intervalo? Porque todo mundo sabe que o Matheus é viado, mas você Ganesha? Eu não sabia que você era chupa rola.

– Eu não sou gay – Gaguejei – S-Sou hetero como você e como todo mundo.

– Aham, acredito, mas porque então você foi até lá com o Matheus?

Corei.

– Ué, fomos só buscar uma autorização...

E então o professor gritou lá dá frente:

– Pessoal, vamos todos sentar? – O Professor é aquele tipo de galã da meia idade, ele deve ter tanquinho, ele tem o olho azul, um cabelo castanho escuro, mas que está 50% grisalho, usa umas roupas sociais bem elegantes, e tem uma voz bem aveludada. Ele é burro, mas é lindo. Procura-se um professor que seja inteligente e bonito ao mesmo tempo. – Eu preciso começar a aula, já perdemos vinte minutos nessa brincadeira.

E adivinha, a aula foi tediosa... Assim como as duas próximas. Aproveitei para refletir no que eu deveria fazer primeiro, ir pra casa e mandar um sms pro crush ou ir pra casa do Math, terminar aquilo e depois ir pra casa... Fiquei em dúvida porque ambas pareciam boas. Então, mandei um sms pro crush na sala de aula e quando eu fosse embora, passava na casa do Math. Mato dois coelhos com uma cajadada. É assim o ditado?

Mandei:

17:30 – Oi.

17:32 – Como vai? Minha amiga falou com vc aquele dia na escola lembra? Aquela de cabelo curtinho.

E advinha, ele não respondeu. Minhas expectativas foram no chão. Resolvi que não iria me preocupar mais, e que no mundo tem mais piroca que tudo, então, não tinha que ficar pensando no crush o tempo todo.

Deu o sinal, era hora de ir embora, avisei a Tai que não iria com ela, que iria pra casa do Math. Tive até a expectativa de ir com ele, mas acabei não o achando na saída. Estava nublado quando eu saí, o dia estava bem feio, e dei glória porque o Math morava razoavelmente perto de mim até.

Cheguei lá e bati na porta umas duas vezes quando ouvi o Math gritando:

– O mano, abre ai, deve ser o Gan!

E então, ouvi o barulho da chave virar na tranca, a maçaneta se girar e a porta abriu. Estava me preparando para o susto porque esperava ver o pai dele, ou até mesmo a mãe.

Mas, quem abriu foi pior.

O Vinícius, meu crush, abriu a porta.


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Notas finais do capítulo

Peço o favor que entre em contato comigo para que eu saiba se devo continuar a história ou não .Facebook: Vinícius André Junqueira Email: viihzin@hotmail.com E mais um detalhe, se você morreu do coração, me desculpa, não foi minha intenção, juro e_e



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