— O bebê está me preocupando. – A morena disse enquanto seu esposo esfregava gentilmente suas costas com uma esponja de banho azul.

Seu esposo respirou fundo, por mais que não quisesse que a morena pensasse que havia algo de errado com o bebê, até ele não conseguia deixar de se preocupar.

Ele colocou a esponja dentro do balde cheio de água ao seu lado, espremeu tirando o excesso de água e passou a esfregar gentilmente as pernas de suas esposa, mas antes, ele colocou um pouco de sabonete líquido para não machucá-la.

— O bebê está bem, Lexi. Não se preocupe com isso, querida. – Ele deu o sorriso que ela tanto amava e a acalmava, porém nem isto parecia fazê-la esquecer dessa situação tão preocupante.

— Stefan, pensa. O bebê está enorme, ele não se mexe e não tem sede de sangue. E se eu não for capaz de trazer o nosso bebê ao mundo? – Lexi questionou encarando a sua barriga de três meses que aparentava ser de oito meses. Ela se acomodou agoniada na banheira e tentou relaxar. – Eu só não irei ferrar com a nossa vida, mas como a de minha irmã também.

Stefan jogou a esponja no balde e começou a jogar água nas pernas de sua amada.

— Você irá trazê-lo ao mundo e seremos uma família feliz. – Stefan se levantou do porta-costas da banheira, onde ele estava sentado e ajudou Lexi levantar-se. Lexi, mesmo tendo o auxílio de seu esposo, era difícil para ela se levantar, deitar, sentar e caminhar. Era como se ela fosse um bebê começando a se desenvolver.

Lexi apoiou seu braço esquerdo no ombro de Stefan que levou seu braço direito até a dobra das pernas de Lexi, enquanto seu braço esquerdo a segurava pelas costas. Em seu colo, Stefan tirou Lexi da banheira e a pôs cuidadosamente em pé. Depois de certificar que ela estava bem, Stefan foi até o porta-toalhas pegar algo para enxugá-la.

Lexi encarou seu reflexo no grande espelho que era portado na parede.

Ela tinha enormes e escuras manchas abaixo de seu globo ocular, culpa de tantas noites mal dormidas. Suas covinhas atraentes que haviam em suas bochechas haviam sumido por conta de sua magreza, seus cabelos estavam ressacados, mal hidratados e um pouco mais longos que o normal.

Ela encarou seu corpo, ela estava magra de mais, sua barriga estava enorme e tão linda. Ela deu um sorriso e tocou sua barriga esperando com uma pitada de esperança que o bebê desse um sinal de vida ao menos chutasse.

Mas nada aconteceu. 

Ela suspirou chateada.

Porque seu bebê não podia simplesmente deixá-la mais calma e feliz mostrando-a que ele estava vivo e saudável?

Enquanto ainda encarava sua barriga, Lexi sentiu algo macio e leve cair sobre seus ombros. Ela levantou o olhar de sua barriga e viu Stefan pondo um roupão nela. Ela sorriu de lado encarando o esposo. Stefan fez um nó frouxo na parte de traz do roupão e a pegou no colo, levando-a até o quarto.

Estava na hora de se arrumar para ir ao aeroporto e tomar suas vitaminas.

[...]

Stefan encarou sua esposa que dormia deitada na cama em paz ao seu lado. Eles estavam voltando para Mystic Falls uma semana antes do combinado. Alice teve uma visão onde Lexi dava a luz durante o vôo deles. Carlisle avisou Stefan e Vlad antecipou a ida deles até Mystic Falls.

Eles estavam em um jatinho particular luxuoso que pertencia à Vlad, Lexi disse que não era preciso, mas Vlad e Stefan jamais deixariam-na viajar em um avião normal, ainda mais grávida.

Stefan apertou um botão dourado que desligou todas as luzes do quarto do jatinho, ele se levantou da cama silenciosamente e ficou em pé em frente à sua amada.

Mais cedo, ele pegou uma de suas bolsas de sangue, e tentou dar um pouco para Lexi, como Carlisle havia indicado, porém ela colocou tudo para fora com desgosto.

Stefan respirou fundo e depositou um beijo carinhoso na bochecha magra de Lexi sem acordá-la, ele se sentou na poltrona que havia bem do lado da cama e fechou os olhos tentando dormir um pouco.

Semanas depois.

— Por que tem quatro flores brancas, uma rosa vermelha e uma negra? – Lexi questionou curiosa, por mais que não fosse algo importante, para ela era.

— Porque rosas vermelhas e negras são únicas. Como rainhas. – Merida respondeu encarando o vaso de vidro onde as flores se encontravam.

— Você é esquisita. – Aurora fez uma careta e deu uma risada.

— Então somos duas esquisitas. – Jamia retrucou lançando olhares para Mérida que apenas piscou.

— Vamos parar de conversar suas duas esquisitinhas. –Luna disse terminando de pentear os longos e um pouco mais hidratados cabelos de Lexi. – Não podemos chegar atrasadas.

Todas as meninas assentiram e começaram a vestir suas devidas roupas enquanto Lexi e Aurora conversavam entre si.

Quando todas as meninas terminaram de se arrumar, Lexi e Rory as encararam e fizeram uma careta.

— Isso tem algo haver com as flores? – Rory perguntou encarando as roupas das meninas. Merida, Luna, Diamond e Jamia trajavam roupas diferentes, porém com a mesma cor; vermelhas e pretas.

— Pergunte à Merida, foi ela quem escolheu a "cor oficial" de Flawless Devils.

— Nesse século, red e black estão no comando. – Merida respondeu antes que Rory perguntasse algo.

— Alguém colocou verbena na comida dela, só pode. – Lexi riu e se levantou da cadeira na qual estava sentada, com ajuda de Aurora.

— Prontas? – Bonnie abriu a porta do quarto e as meninas apenas assentiram.

Quarenta minutos depois, todos chegaram no estádio de Fall's Church, onde aconteceria o campeonato. Stefan, Lexi e os outros foram para arquibancada DC que foi reservada apenas para amigos e familiares das líderes de torcida, dos jogadores e do grupo Flawless Devils.

Fazendo a abertura do campeonato intitulado como FCC, Falls Church Championship, o grupo Flawless Devils chegaram de surpresa saltando das enormes luzes que iluminavam o estádio. Com bandeiras grandes com o nome do grupo e do time de futebol printados nas bandeiras vermelhas e pretas. Eles as balançavam-as no ar ao mesmo tempo que dançavam em sincronia com a excitante música que soava pelos autos falantes.

Eles juntaram as bandeiras formando um triângulo perfeito e foram aos poucos abrindo-o mostrando as líderes do grupo; Jamia, Rory, Luna, Merida e Diamond que até então não haviam aparecido. Elas andavam lentamente encarando todo os torcedores atônitos com seus olhares penetrantes e indecifráveis. Uma fumaça cinza as perseguiam deixando tudo com um ar mais "badass" exatamente o que os Flawless Devils desejam passar.

Com esta aparição que todos ansiavam por, os torcedores dos Wolves gritaram sem ligar se iriam ficar sem voz no dia seguinte. Lexi tentava ao máximo controlar a vontade imensa que tinha de gritar e pular parta apoiar as irmãs e amigas, porém ela não aguentou, assim como todos, ela se levantou de seu assento surpreendendo o esposo e passou a "dançar" ao ritmo da música apenas chacoalhando seus braços estendidos e falando um pouco alto "Uhu's" para substituir os gritos que ela pretendia soltar.

Flawless Devils começaram a dançar sem parar. A dança deles era rápida, energizante, fantástica e totalmente perfeccionista. Fazia todos dançarem sendo preenchidos com uma alegria e liberdade inexplicável, até mesmo os torcedores do time adversário dançavam. Todos ali liberavam dopamina.

Uma hora se passou o grupo terminou sua apresentação, se despediram do público e passaram o gramado para os jogadores e as líderes de torcida. Todos os torcedores gritavam "Flawless Devils!!!" sem parar enquanto eles iam ao pouco deixando o gramado.

Quando chegaram na arquibancada DC, eles correram para abraçar seus familiares e amigos.

Stefan desceu rapidamente da arquibancada após ter dado um beijo de esquimó em Lexi e correu para o gramado.

As cheerleaders foram para seus devidos lugares se preparando para torcer pelos Wolves, enquanto os Wolves e o time adversário, Fairfax, iam para seus devidos lugares.

O juíz se posicionou em seu lugar e deu iniciação a partida após apitar seu apito. Nos primeiros minutos, Wolves marcaram diversos pontos enquanto Fairfax marcaram dois. No final da primeira partida, Fairfax estava em primeiro lugar com 20 pontos enquanto Wolves perdiam com 10 pontos.

Ainda frustados, Wolves voltaram para a segunda partida e continuaram perdendo, tanto pontos como jogadores. Wolves tinham seres sobrenaturais jogando, porém eles estavam sendo honestos, não usando seus poderes. Fairfax só tinham humanos mas eles não eram honestos.

Em vez de jogar honestamente, eles marcavam pontos acidentando propositalmente os jogadores mais fracos dos Wolves. O Juiz pretendia não ver, ele estava claramente ajudando para que Fairfax ganhasse o troféu.

Com dez minutos para a última partida acabar, e Fairfax provavelmente ganhar, Stefan respirou fundo tentando controlar a raiva e frustração que aumentavam cada vez mais, focando totalmente no jogador adversário a sua frente com todos os seus sentidos sobrenaturais "ligados", Stefan foi capaz de ouvir um sussurro.

"Jogue corretamente, mas tenha certeza de chutar os traseiros deles!" Era sua amada.

Ele deu um sorriso olhando rapidamente para ela que sorria em sua direção acariciando a barriga. Stefan voltou sua atenção para o inimigo à sua frente, deu um sorriso mau e agilmente tomou a bola do inimigo marcando cinco ponto ao chegar na área adversária.

E assim foi, Stefan, Jacob, Damon, Seth, Tyler e os outros, marcaram pontos agora mostrando suas habilidades incriveis no futebol americano.

Com dez segundos para a partida terminar, eles ainda perdiam. Agora com trinta pontos, enquanto Fairfax ganhava com cinco pontos a mais.

Respirando pesadamente, Stefan focava na bola a sua frente e ao mesmo tempo ao o adversário que vinha correndo para pegá-la.

Todos seus amigos, team mates, família e torcedores gritavam seu nome desesperadamente para que ele agarrasse a bendita bola e fizesse dez pontos. Parecia ser tudo em câmera lenta.

Com Lexi e seu filho em sua mente, ele agarrou a bola e correu para o campo do adversário passando por cima de todos a sua frente. Um adversário se jogou na frente dele porém Stefan passou por cima dele, girando no ar e jogou a bola com toda sua força no último segundo.

Tudo parou, o estádio inteiro ficou silencioso.

"E os Wolves de Mystic Falls ganham com cinquenta pontos!" Ele tirou seu capacete e jogou-o no gramado em choque. Seus colegas de time pularam em cima dele e todos de Mystic Falls começaram a comemorar.

Os fotógrafos tiravam diversas fotos para marcar o momento, mas tinha uma em especial que todos os "Sobrenaturais de Mystic Falls" queriam tirar pra marcar não só o momento como para marcar a memória. A paz que eles sabiam que não teriam novamente.

O pessoal de Beacon Hills, os "sobrenaturais" de Mystic Falls, os Tepes, Rory, Luna, Jamia e o pessoal de Fox se juntaram e tiraram uma foto. Diamond compeliu o fotográfo para que revelasse a foto e fizesse cópias para todo mundo que estava na foto para depois mandá-las nas casas deles, em awe, o fotográfo assentiu e foi para casa assim como todos.