Rhaella.

A voz ficou presa em sua garganta, o seu corpo pareceu pesado e desajeitado. Tentou fugir para a porta, mas as garras de seu marido cravaram-se em seus braços e atiraram-na violentamente para a cama. Fechou os olhos, choramingando, suplicando. Mas ninguém a ouviu, e ninguém queria ouvir. Não Aerys, e muito menos os guardas, parados do lado de fora de seus aposentos.

Seu irmão soltou uma gargalhada seca, semelhante a um rosnado e bateu-lhe no rosto, momentos antes de traçar os seus lábios com dedos ásperos e a beijar. Soltou um grito mudo, como se lhe tivessem arrancado a língua. Sua boca sabia a sangue e sua garganta ardia com o sabor a cinzas, mas Rhaella não se sentiu um dragão.

A sua única esperança era deixar de sentir.