Do you remember? Together! escrita por Marie Ezpinosa


Capítulo 7
Insanidade Momentânea.


Notas iniciais do capítulo

E então pessoas maravilhosas, trouxe para vocês um capítulo quentinho e bem dramático. Nesse capitulo já vai ter passado um tempo a partir do Pov de Hermione. Espero que gostem mores.



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Ao chegar a noite, Draco se deitara para finalmente poder descansar, facilmente pegando no sono. No sonho Draco encarava a si mesmo na frente da escola no meio da madrugada sem conseguir compreender o que acontecia.

Demorou alguns instantes para reconhecer o sorriso confiante e cruel do Lorde das Trevas e perceber que não estava ali só. Seu corpo estava sendo usado invadido novamente pelo Lorde, o que fez Draco sentir a raiva queimar dentro de si e correu na direção dele agarrando uma espada que estava caída no chão e apontando na direção do monstro. Usou toda a sua força para tentar atravessar o corpo do Lorde mas, no momento em que a lâmina rompeu o corpo do espírito, a cena repentinamente mudou e Blás o encarou horrorizado quando Draco forçou a lâmina afiada dentro do amigo.

– Porque você fez isso? - Blásio perguntou com a voz torturada desabando no chão e se desmanchando em lágrimas

– O que? Não! Não! Não era você, eu não queria te machucar - Draco falou desesperado vendo o amigo sangrar.

Tarde demais - Blás falou ao mesmo tempo em que o corpo inerte de Maureen caiu nos braços do amigo - Você a matou Draco, a culpa é toda sua!

O garoto assustado não teve tempo de reagir. Theo surgiu ao lado andando em sua direção, seu corpo inteiro estava sujo de sangue e seu rosto estava deformado por feridas.

– Por que você fez isso Draco? Por que você me matou?- Theo gritou com fúria.

Repentinamente Hermione se materializou ao lado de Draco que em meio ao desespero tentou abraçá-la para se reconfortá-la da dor e tentar diminuir seu choro entretanto, a garota se desviou o encarando com repulsa.

Eu te odeio Draco! Eu te odeio! Nunca vou te perdoar, tenho nojo só de olhar para você! Assassino! - A garota falou com os olhos castanhos transbordando de ódio e logo em seguida cuspiu no rosto do menino.

Draco não conseguiu suportar a dor de seu coração se espatifando em pedaços. Cambaleou para trás totalmente indefeso e caiu no chão chorando desesperadamente, balançando a cabeça e agarrando algumas pedras que cobriam o chão com força o suficiente para romper sua pele, fazendo com que seu sangue escorresse.

Todas as pessoas se uniram a sua volta enquanto o cercavam para gritar e jogar pedras em sua direção, logo as poucas pessoas se tornaram uma multidão. Muitas outras se juntaram ao grupo acusador: seu pai, sua mãe, Luna, o Potter, Weasley's, Pansy e outros. Mortos e vivos se unindo para gritar insultos e para culpá-lo por todo o sofrimento que havia causado.

O garoto não tinha sanidade para suportar tudo aquilo, a culpa e a dor o sufocavam por dentro e as lágrimas que escorriam desesperadamente pareciam ácido em sua pele.

Um grito atordoante rompeu de seus lábios e só assim conseguiu voltar a consciência.

#Abertura#

Pov. Hermione

Suspirei em frente ao espelho. Livro na mão, gloss, saias um pouco mais curtas e meus tenis normais. Essa era a Hermione que Maureen tentara produzir. Eu me olhava no espelho impressionada com a mudança, meus cachos antes rebeldes, agora estavam bem comportados, parecia outra pessoa. Só tinha uma única coisa que me incomodava na nova ruiva a aproximação com meus amigos, ela se enturmou tão rapidamente. Ah, sem falar naquela intimidade toda com o Malfoy... ah o Malfoy. Involuntariamente ele se aproximou de mim também, mas as escondidas para Harry e Ron não implicar, ele me ajudava mais do que esperado só com sua presença, pois acabava se enrolando nas palavras e agindo como um bobo desajeitado o que me fazia sorrir em meio as tristezas, essas coisas sobre Harry estão me deixando psicologicamente lotadas então, acabávamos nos divertindo com ele sempre me entretendo mesmo quando ele próprio não conseguia esconder a dor em seus olhos de cor cinza esverdeados. Com essa aproximação eu me tornei dependente de sua companhia para me sentir mais leve e me assustei ao conhecê-lo mais e amar o que conheci, percebendo que ele é muito mais do que uma doninha. Ele era um ótimo... amigo.

Talvez fosse esse um dos motivos para que eu me incomodasse tanto com Maureen e não suportava ver sua aproximação com Draco, pelas vezes em que quis vê-lo e ele estava ocupado com a garota ajudando-a juntamente com Blás a se enturmar, ou sozinho com ela para conversarem e passear pelo castelo para conhecer. Eu simplesmente não gostava da ideia de ter que dividir a sua amizade e nem que ela, que chegou a tão pouco tempo, tivesse tanta atenção.

Assim que desci as escadas uma sensação de calafrio me atingiu, ignorei o pressentimento ruim e andei apressada pelos corredores ainda vazios da escola. Apenas poucos calouros andavam pelos cantos me encarando com admiração e eu apenas ignorava, mantendo a expressão firme e a mente vazia, aquilo estava ficando constrangedor demais. Parei por um instante para procurar qual era a minha primeira aula nas papeladas de horários, mas lembrei que seria com o Snape e senti o calafrio subir novamente pela minha nuca, uma sensação ruim me atingiu e minha garganta se fechou, um refluxo invadiu a minha boca e ficou preso nos meus lábios. Tentei ignorar a sensação ruim, mas não estava tão fácil assim. Confirmei com um olhar que o corredor estava completamente vazio e respirei fundo.

– Calma Hermione, é apenas uma aula. - Murmurei para mim mesma.

Uma rajada de vento repentina fez com que todos os papéis voassem de minha mão. Resmunguei baixinho e me abaixei para pegar a papelada mas um estranho vulto chamou minha atenção e congelei no lugar ao sentir um frio percorrer minha espinha e uma voz indecifrável sussurrar palavras incoerentes no meu ouvido. Olhei para cima com receio e havia uma garota parada no meio do corredor, seu rosto estava voltado para o chão e coberto por um capuz. Estremeci ao perceber com quem aquela silhueta parecia e afastei o pensamento.

Olá? - Chamei receosa e a garota continuou imóvel - Quem é você?

Me levantei deixando os papéis espalhados no chão e andei vagarosamente até ela. Me aproximei o suficiente para tocar em seu ombro e ela finalmente levantou seu rosto deixando o capuz cair, revelando a cabeleira ruiva se estender até sua cintura e descer em belas ondas. Me aproximei mais alguns passos e a pessoa se virou, mostrando realmente ser Maureen. Mas algo estava diferente nela, seu olhar estava sombrio e longe demais, parecia não estar ali naquele momento.

– A morte se aproxima - A ruiva falou a centímetros de distancia e suas mãos que agarravam meus ombros me forçaram para baixo, me empurrando em direção a poça de sangue que se formava.

O grito fino que me sufocava escapou de meus lábios enquanto meu corpo tombava no sangue. Em meio ao vermelho que enxergava pude distinguir rostos sem vida que navegam comigo no oceano da morte, meus pais, Harry, Ron, Gina, Luna, Neville, Draco, colegas de turma, professores. Centenas de rostos conhecidos, todos mortos, afundando ao meu lado.

Senti mãos segurando forte em meus braços dormentes e me puxando para cima, o oceano a minha volta se desfez e enxerguei somente a escuridão de minhas pálpebras fechadas. Abri os olhos atordoada enquanto era erguida do chão e me assustei com o som do meu próprio grito. Obriguei meus lábios a se fecharem e desabei nos braços familiares que se envolveram em meu corpo, deixei minhas pálpebras se fecharem novamente e respirei fundo em meio às lagrimas, inalando o cheiro suave amadeirado. Draco.

– O que aconteceu?- Ele perguntou baixo ainda me reconfortando em seu abraço.

– A-acho que e-estou e-enlouquecendo-o – Respondi gaguejando- Odeio tudo isso, alguém está entrando na minha mente, Draco.- minha voz soou um pouco mais firme, mas as lágrimas se negavam a parar de jorrar, ensopando a blusa de Draco- Estou apavorada. - Ele paralisou e por um momento jurei o ouvir suspirar.

– Ei, me escuta- Ele falou suavemente se afastando um pouco para que pudesse me manter presa em seu olhar - Eu não vou deixar que enlouqueça, e se você esquecer o quanto é forte para lidar com tudo isso, eu vou estar sempre aqui para lembrá-la do quanto é maravilhosa.

O garoto falou com tanta confiança, que não pude resistir. O envolvi com meus braços com força e deixei que meu rosto caísse em seu ombro, chorando em soluços, tentando encontrar forças para frear as lágrimas e Draco permaneceu em silencio, afagando carinhosamente meu cabelo e me mantendo bem apertada contra seu corpo quente. Meu choro diminui as poucos quando finalmente consegui me distrair com o carinho que estava recebendo, esquecendo momentaneamente da alucinação

– Atenção alunos, atenção alunos. 10 MINUTOS PARA COMEÇAR AS AULAS, 10 MINUTOS. - A voz do Filch ecoou pelo corredor sob o auto-falante o que me fez virar o rosto e olhar para trás, nesse meio tempo avistei a mesma cabeleira ruiva descer as escadas juntamente com Harry e Ronald, eu arqueei as sobrancelhas confusa e me virei para olhar para frente, mas que diabos... Ela veio em minha direção dando seu sorriso e eu correspondi, ou pelo menos tentei.

– O que houve? - Ela notou minha feição confusa, suas mãos pequenas seguraram meu braço e eu tremi por dentro. Abaixei os olhos para meu pés e suspirei. Olhou para Draco e o ameaçou com os olhos, pude perceber que ela tivesse imaginado que ele tenha feito algo comigo. Ele ergueu as mãos, me mandou um olhar encorajador e saiu para sua aula.

– Nada, eu jurava... - Apontei para ela, mas vi Harry arquear as sobrancelhas e fazer uma careta minha direção, pegando em minha mão e me puxando para um abraço.

– Você está exausta.. Passou a madrugada toda na sessão reservada procurando sobre o príncipe mestiço, não deveria ter saído da cama hoje. - Ele falou apenas para que eu ouvisse, eu simplesmente respirei fundo e afundei minha cabeça sobre seu peito, ele sorriu instantaneamente. - Você é teimosa, Granger. Muito teimosa! - Ele disse risonho e eu o acompanhei, logo depois saímos para a aula de Snape. - Possa saber o que o Malfoy fazia ali contigo? - Ele aumentou um pouco o tom de sua voz, o que me fez assustar. Enquanto eu tentava arrumar uma desculpa, Maureen logo se adiantou e disse.

– Você não viu que ela estava passando mal? Acho que Draco a viu e tentou ajuda-la. - Maureen disse me olhando com súplica, eu murmurei um "é verdade".

– O Malfoy dando um de bom samaritano? Isso eu queria ter visto. - Disse Ron em meio as gargalhadas, fazendo todos a sua volta rir junto. Ele se aproximou de mim, pegou em minha mão e entrelaçou nossos dedos, beijou minha bochecha bem próximo da minha boca. Eu corei inevitavelmente.

Não, eu e Ron não tínhamos nada, porém nos aproximamos mais ainda esse ano. Eu venho dando força a ele sobre o Quadribol e ele vem me ajudado a segurar os livros enquanto eu estou na biblioteca, e claro, me fazendo rir sempre. Ronald era o tipo de garoto que toda menina queria ter como namorado, fofo, prestativo e acima de tudo amigo, porém, eu nunca teria essa sorte. Não mais...


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Notas finais do capítulo

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