A Proposta escrita por Larissa Carvalho


Capítulo 14
Unbreakble


Notas iniciais do capítulo

Feliz dia dos namoradooos!
E muito obrigada por mais uma recomendação maravilhosaaaa.
Esse capitulo é só para vocês que amam o dia dos namorados e quase me mataram pela interrupção da Janine e da Tatiana do capitulo passado.
Espero que gostem!
Boa leitura.

Unbreakble - Jamie Scott

Obs: Eu achei essa música muito perfeita para o capítulo todo, recomendo que leiam com ela, me inspirou muito.



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O pior do que ir para a Itália procurar o irmão desaparecido da sua melhor amiga, é ficar três horas e seis minutos com Dimitri ao meu lado em silencio junto com uma música chata, lançada antes da queda do muro de Berlim.

Estamos a caminho da Toscana e eu já queria pular daquele carro nos dez primeiros minutos. Depois eu dormir por uma hora, só então eu acordei e aquela música ainda estava lá... Tocando e me deixando louca.

– Sabe camarada, se quer me deixar maluca, desliga essa música velha e começa a tirar a roupa. – ele rosnou. Eu apenas lhe mostrei meu sorriso matador de homens.

– Para de implicar com a minha música e eu deixo você continuar ignorando a regra que eu impus no inicio dessa viagem de carro.

Eu levantei o cenho.

– Que regra? – perguntei. Ele fitou-me.

– A que te impede de por o pé no painel do carro. – eu gargalhei, tirando meus pés dali.

– Foi mal. – ele assentiu. – Já pode tirar a música agora. – falei. Eu não consegui enxergar direito, mas posso jurar que o vi rolando os olhos.

– E qual tipo de música você ouviria? – perguntou. Eu sorri.

– Alguma coisa da minha idade. – retruquei. Ele fitou-me.

– Da sua idade? Só sou dois anos mais velho, Rose. – ele parecia indignado.

Voltou sua atenção para a estrada e eu gargalhei, ainda pensando em como parar aquela droga de música.

– Eu sei Dimitri, mas se você continuar com essas músicas vai ter a idade de um príncipe com a alma de um vovô gaga. – eu abri um sorriso para ele. – O vovô mais sexy que eu já vi.

Ele arfou. Eu me dirigi até o som do carro e comecei a procurar algumas músicas descentes e escutei Dimitri rindo. Ele tinha colocado um CD com todas as músicas mais velhas do planeta, uma era pior que a outra, então eu me contentei em voltar com a do muro de Berlim e fechar meus olhos ainda com carranca.

Quando acordei a música já não estava mais ligada. A imagem de Toscana invadiu minha visão. A paisagem ondulada e com muitas colinas, me fez ficar atenta e de boca aberta. Vinhedos nas suas encostas nos pontos mais altos me chamavam bastante atenção. Era o que eu mais estava gostando no momento.

Dimitri também parecia bastante surpreso com o quão maravilhoso aquele lugar era. Estava sol e eu agradeci pelo short e pela blusa rosa, que era bem larguinha, que eu estava usando. Dimitri também parecia bastante confortável, com sua calça jeans e sua blusa branca de manga.

– Você lembra qual o endereço? – perguntei. Ele desviou a atenção da paisagem para mim.

– É próximo a um vinhedo. – falou. Eu assenti, mas ainda não tinha a informação que eu queria. Tinham muitos vinhedos ali.

Depois de alguns minutos, ainda no carro, avistamos algumas pessoas trabalhando em nos vinhedos e logo em seguida um homem em um cavalo branco. Não pude deixar de pensar que ele era um senhor com os cabelos grisalho muito bonito.

Dimitri parou o carro.

– Não sabemos o que vamos encontrar. – falou.

– Eu sei o que eu vou encontrar. – ele fitou-me. – Eu vou encontrar a nossa solução.

E então nós saltamos.

Algumas pessoas nos encararam enquanto nos dirigíamos até o homem em seu cavalo, que agora já tinha saltado do próprio e também vinha ao nosso encontro.

Dimitri passou a mão pela minha cintura e eu deixei. Ele sabia o quanto eu estava nervosa e quão insegura eu estava sobre uma viagem para Itália, sem saber se conseguiríamos alguma coisa ou algum nome a mais.

– Você sabe falar italiano? – perguntou. Eu assenti. Além de Turco, meu pai tinha me ensinado Italiano, o que naquela hora ia ser maravilhoso.

Nos aproximamos no homem. Ele tinha olhos verdes e algo que me lembrou de Luke. Definitivamente estamos na pista certa. Dimitri e eu não estávamos perdidos, afinal.

– Ciao, il mio nome è Rosemarie Mazur, è venuto dopo Christopher Lazar. – falei.

(Oi, eu me chamo Rosemarie Hathaway e estou trás de Christopher Lazar).

Dimitri sorriu ao ver como eu dominava aquele idioma. Diferente do dele, que eu achava muito estranho.

– Oh, a menina Mazur. – eu me espantei. Dimitri estremeceu ao meu lado.

– Você conhece meu pai? – perguntei. O homem sorriu.

– Vivi muito anos em Montana, a minha mulher falecida era de lá. E o seu pai tem negócios comigo. – falou. Eu levantei o cenho. – O que querem com o meu filho?

O homem tinha um sotaque forte, mas ainda sim manipulava bem a nossa língua o que foi um tremendo alivio para o meu camarada.

– Temos um assunto sobre a família biológica dele. – o homem estremeceu.

– Não. – disse carrancudo. – Nós não estamos interessados.

– Por favor. – falei. – É algo sobre vida e morte. Eu preciso fazer apenas algumas perguntas e vou embora. – mentira... Se ele fosse o Dragomir perdido, eu o arrastaria comigo, querendo ou não.

– Que perguntas? – perguntou. Seu sotaque me mostrava que estava cada vez mais zangado. Ele se sentia incomodado por Dimitri ali. O homem grisalho virou indo em direção ao seu cavalo.

– Eu descobri que tenho um irmão há alguns dias. – falei. Ele parou ainda de costas para mim. – Mas eu não posso abraçá-lo nem lamentar sua existência, porque ele só existe em meu coração. Há dois anos, em um acidente de carro que eu estava, ele morreu e eu não pude dizer ao menos adeus. E falar com o seu filho é a única chance de dar para a minha irmã de coração a oportunidade que eu não tive. E nunca vou ter.

O homem me encarou sem a fúria, enquanto Dimitri parecia boquiaberto com tudo o que eu disse. Ele sabia que seria difícil eu superar o fato de ter um irmão, mas não sabia o por que. Enquanto eu sempre soube. Era porque eu não ia poder mais vê-lo, nem tê-lo perto de mim.

– Tudo bem. – falou por fim. – Me acompanhem.

Ele começou a andar puxando seu cavalo e Dimitri pegou minha mão, abrindo um sorriso. Eu consegui. Eu estava indo em direção à nossa única esperança.

***

Caminhamos pelo vinhedo. Ele nos apresentou algumas pessoas, em uma língua que Dimitri entenderia. E então, lá no final avistamos uma casa enorme. Não era maior do que a de Dimitri, mas era quase. Tinha uma varanda, um jardim parecido com o meu, e muitas pessoas andando de um lado para o outro com uniformes.

Eu e Dimitri fomos apresentados à sala de estar e depois levados até um escritório enorme. Era maior que meu quarto, o que me fez ter saudades de casa.

Não foi tão difícil vir para a Itália. Na verdade, meu pai viajou a negócios desde a nossa conversa e minha mãe deixou a viagem acontecer, caso nós voltássemos em dois dias para a minha formatura e a reinauguração do Galpão. Então, deixando uma Lissa chateada, nós entramos em um avião e viemos para a Itália.

– Eu vou chamar meu filho. Podem sentar. – disse o homem. Quando ele saiu nós fizemos o que ele disse. Nós sentamos. A janela do escritório tinha vista para o distante vinhedo. Eu sorri com isso.

– Você está bem? – perguntei.

– Sim. – menti, desfazendo meu sorriso.

– Você mente mal. – retrucou. Eu abri a boca para contestar, mas alguém abriu a porta do escritório.

Eu levei meus olhos ao garoto. Cabelos negros e espetados, seu porte era magro, mas com alguns músculos. Camisa de manga com o símbolo de alguma coisa que não identifiquei, acho que do Batman, calça caqui e um tênis surrado.

Seus olhos verdes como os de Lissa. – pensei.

Ele sorriu para nós e foi até o outro lado da mesa, sentando-se na cadeira e encarando mais Dimitri do que a mim. Ele parecia feliz com a nossa presença, mesmo com a minha impressão de que ele não sabia nada sobre a nossa conversa rápida com seu pai.

– Por que me estão atrás de mim? – perguntou. – Vou ter que citar que estou feliz que estejam aqui. Esse lugar pode ser chato às vezes. – Eu sorri.

– Precisamos falar sobre a sua família. – ele franziu o cenho. – A biológica.

Seu sorriso desapareceu. E eu entendi. A conversa com ele seria pior do que a que tivemos com seu pai. Eu mordi a boca ansiosa pela interpretação de sua expressão.

– Não quero falar sobre isso. – disse, ele ainda era gentil.

– Nós sabemos que não deve ser fácil saber sobre sua família biológica, mas é uma questão de vida ou morte. – disse Dimitri. – Precisamos fazer algumas perguntas.

– Que perguntas? Eu já sei sobre a minha família biológica.

– Você conhece sua família verdadeira? – perguntei espantada.

– Sim. – respondeu o garoto. – Minha mãe era enfermeira. Eu nasci em Montana. Em um hospital que eu não sei o nome...

– SANT’ANA. – interrompi-o.

– É, acho que sim. – ele me deu um leve sorriso e suspirou. – Ela morreu quando eu tinha dez anos. Ela tinha câncer.

Eu abri a boca e entendi o porquê dele não querer falar do assunto. Dimitri pegou a minha mão em cima da mesa e me passou força por aquele gesto. Ele sabia que eu não lidava tão bem com a morte quanto eu imaginava.

– Eu sinto muito. – falei. Ele assentiu.

– Está tudo bem. – ele encarou-me. – O que quer saber mais?

– Queremos saber sobre seu pai, Christopher. – disse Dimitri.

Ele olhou para Dimitri com um sorriso triste, seu olhar ficou vago e eu acabei me sentindo mal por ele. Se Erick fosse mesmo seu pai, com toda certeza ele não o tinha conhecido.

– Eu fui criado pelo meu padrasto e ele morreu antes da minha mãe. Eu fiquei revoltado na época e queria conhecer meu pai de verdade. – falou. Meu coração disparou. E se ele conheceu Erick Dragomir? E se ele conhecesse a Lissa?

– Conheceu? – perguntou Dimitri.

– Sim, mas foi ela quem me apresentou. Eu só tinha dez anos, não tinha como sair procurando por ai. – eu assenti. – Ele era um jornalista e estava muito mal no hospital. Morreu alguns dias depois que eu o conheci.

– Ele sabia da sua existência? – perguntei.

– Não. Descobriu no dia que minha mãe me levou para vê-lo.

– E ele era mesmo seu pai? – perguntei. Ele fitou-me confuso.

– Acho que sim.

– Porque acha? – perguntou Dimitri.

– Porque ele precisava de sangue e só eu e o outro filho dele, poderíamos doar, só que eu era menor de idade e não podia ajudar.

– Então... – começou Dimitri.

– Ele não é um Dragomir. – interrompi-o.

O garoto me olhou confuso. Ele me deu um sorrisinho de canto de boca e me avaliou muito bem. Como se quisesse ler a minha alma.

– Do que vocês estão falando? – perguntou.

– É complicado. – falei. Ele assentiu percebendo que eu não falaria nada além daquilo.

– Então, eu espero que tenha ajudado, mesmo não sabendo para que. – Dimitri se levantou, e o garoto fez o mesmo. Ele tinha olhos tão verdes que por alguns segundos eu pensei não poder mais desviar o meu olhar. Mas assim que levantei quebrei esse contato visual.

– Ajudou. – falei. Eu apertei sua mão e depois Dimitri. Ele sorriu para gente.

– Belo anel. – eu olhei para minha mão e depois sorri. Os olhos de Dimitri em mim.

– Obrigada. Eu estou noiva. – Dimitri respirou fundo. E algo em seu sorriso dizia que ele sabia que eu tinha dito aquilo com orgulho. Christopher olhou para Dimitri e sorriu.

– Bom, vejo que é um cara de sorte. Cuide bem dela. – Dimitri assentiu e começamos a marchar até a porta.

– Rose, certo? – gritou o garoto. Eu me virei e assenti. – Non farlo solo l'amore.

– Obrigada. – falei lhe estendendo um sorriso. – E não diga a nossa conversa a ninguém. – ele assentiu.

Caminhei à frente de Dimitri. Nós andamos lentamente. Cumprimentamos todos e voltamos para o carro. A paisagem ia lentamente perdendo seu vigor enquanto íamos nos distanciando. O silencio no carro foi ruim. Estávamos naquela estrada à uma hora e Dimitri de repente desligou o som. Eu encarei-o ainda colada à janela. Ele alternava o olhar entre mim e a estrada.

– O que ele falou com você? – perguntou. O silencio se tornou apavorante. Eu não ia dizer a verdade do que era aquela frase. Não enquanto não pensasse mais a respeito dela.

– Nada demais. – menti.

Ele voltou a ficar em silencio e eu voltei-me para a janela. Eu precisava encontrar o irmão perdido. Eu precisava dar à Lissa alguém que a faça perceber que ainda tem uma família de sangue.

Eu me desgrudei da janela e me aconcheguei ao banco do carro, finalmente fechando meus olhos. Mais nada vinha. Nem lágrimas, nem o sono.

– Eu roubei o André da Lissa. – murmurei. Era para somente eu ouvir, mas assim que abrir meus olhos Dimitri me encarava, ainda alternando seu olhar para a estrada.

– Claro que não, Roza. Você não tem culpa nenhuma de nada. – eu gargalhei sem humor.

– Roza. – repeti. Na minha voz não tinha tanta intensidade.

– Desculpa. – falou. – Sei que não gosta.

– Na verdade, eu gosto. – ele voltou-se para mim com um sorriso que eu fingi não perceber.

– Serio? – perguntou.

– Sério. – eu fitei-o. – Assim como eu gosto de você. – falei. Seu sorriso se alargou ainda mais.

– Rose, eu sei que feri você da pior maneira, mas eu adoraria que acreditasse em mim.

Eu o encarei por mais alguns minutos e então eu voltei-me para a janela. Eu queria tanto acreditar nele. Eu o queria de qualquer forma. Meu corpo já não aguentava mais ficar perto dele, sem poder tocá-lo.

– Perdemos a viagem. – falei. O sol ainda nos alcançava pela janela.

– Não totalmente. – eu encarei-o e levantei o cenho. – Eu te trouxe para a Itália, Roza. Você não vai embora daqui sem pelo menos uma foto.

– Está falando sério? – perguntei. Ele sorriu.

– Por que não falaria? – perguntou sorrindo. Eu mordi os lábios.

– Então vamos lá.

***

Ir para a Itália com Dimitri Belikov é uma ameaça à sanidade de qualquer garota e por mais que eu seja Rosemarie Hathaway, aquela que já possui uma sanidade afetada, a garota imprudente e irresponsável, eu ainda era humana.

Eu ainda o amava.

Não faça com que ele ame sozinho. – disse o garoto.

Ele falou em uma língua para que só eu entendesse e funcionou.

Eu entendi.

Agora estava eu e Dimitri. Depois de muita discussão de para onde curtir o resto da viagem, ele deixou que eu escolhesse Volterra, era romântico e Dimitri ficou feliz com isso. E agora aqui estávamos nós, conhecendo todos os lugares. Tiramos fotos em cafés e qualquer outro lugar que mostrasse que não estávamos em Montana.

Toda a cidade tinha um caráter tipicamente medieval. Repleto de praças, torres e palácios. Fomos pelas ruas e pelas vielas e encontramos palácios medievais e renascentistas, igrejas e museus, ruínas etruscas, túneis subterrâneos e passagens secretas. Em seguida, caminhamos ao longo Vicolo Mazzoni.

Eu e ele corremos atrás um do outro como duas crianças, tomamos sorvete e eu lambuzei seu nariz. Ele fez o mesmo comigo. Ele me contou algumas coisas sobre Nova York e me deixou ainda mais animado sobre o nosso casamento e a nossa lua de mel. Ele queria me levar pro Rio de Janeiro e eu queria muito ir. Teríamos uma semana só para a gente e até lá, já teríamos a resposta de Tatiana. Poderíamos comemorar ou nos manter fortes.

Depois que anoiteceu estávamos exaustos e resolvemos pegar algum quarto de hotel. Entramos no primeiro que vimos. Era enorme, com paredes brancas e espelhos por ele todo. Pegamos um quarto só para os dois e fomos calados até ele.

Dimitri abriu a porta para mim e me deixou entrar primeiro, sendo cavalheiro. Eu sorri e abri a boca ao ver que o nosso quarto de hotel era enorme. Tinha um banheiro e a cama de casal com edredons brancos. A parede em um tom dourado, dando um toque de luxo a todos os detalhes.

Ele entrou e fechou a porta. Eu fui direto para a cama, deixando meu corpo cair no colchão fofinho. Ele sorriu e levou as malas que tinha em suas mãos até o sofá que tinha ali. Eu sorri.

Sentei-me e esperei que ele viesse até mim, sentando ao meu lado. Seu cheiro era tão bom, que me fez fechar os olhos e por alguns segundos deseja-lo.

– O que ele falou para você? – perguntou. Eu me ajeitei melhor, sentando-me de frente para ele. Nossos joelhos se tocando.

– Quer mesmo saber? – perguntei. Ele fitou-me. Seus olhos me aquecendo.

– Sim. – eu assenti ainda relutante.

“Não faça com que ele ame sozinho.” – repeti o que tinha ouvido há algumas horas. Dimitri me encarou com ardor e depois abaixou seu olhar.

Eu não pensei. Era isso que eu tinha que fazer. Eu não tinha que pensar. Peguei seu rosto e encarei-o com meu melhor sorriso. Dimitri sorriu, levando sua mão ao meu braço. Aquecendo-me e me passando aquela velha eletricidade.

– E... Eu já estou cuidando disso. – murmurei. Tirei minha mão de seu rosto, para só então ele me puxar para um beijo.

Não foi algo faminto ou com urgencia. Foi algo doce e delicado. Foi tudo o que nós precisávamos. O que eu precisava. Eu apenas o queria. E quanto às palavras? Vou tentar dize-las quando eu estiver pronta. E quanto a estar pronta para tê-lo de volta? Eu já estava pronta há muito tempo.

– Rose, eu acho melhor pararmos. – eu sorri e ele me olhou surpreso com a minha reação de não xingá-lo. Ainda com as nossas testas colada.

– Eu não quero parar. – ele me encarou. – Eu sei que ainda não consigo dizer o que devo, ou perdoar, ou qualquer outra coisa que me faça esquecer o que houve depois da Cabana, mas eu não ligo, não enquanto eu tiver a sua palavras de que não vai me fazer sofrer. – ele assentiu.

– Você tem a minha palavra. Se eu te fizer sofrer, eu nunca vou me perdoar. Eu nunca vou cogitar a ideia de te fazer sofrer.

– E quanto à ideia de me reconquistar? – nossas vozes eram apenas sussurros.

– Vou fazer isso todos os dias das nossas vidas.

Ele tirou a blusa devagar e eu subi mais para cima da cama. Depois fui para cima dele e retirei a minha blusa, sentada em seu coloco, com uma perna de cada lado de sua cintura. Ele estava sorrindo. Aquele sorriso que faz meu coração parar. Eu também estava sorrindo.

Ele distribuiu beijos pelo meu pescoço e me colocou na cama devagar, ficando por cima de mim e finalmente voltando a me beijar. Começamos a tirar, bem devagar, todas as roupas que atrapalhavam que sentíssemos um ao outro.

Arranhei suas costas enquanto ele beijava meu corpo e quando não sobrou mais nada de roupas, eu permiti que ele me lembrasse como eu me senti na cabana. Com beijos, com seus braços fortes, com tudo que ele tinha e que sabia usar para me deixar doida.

Não foi uma noite de sexo qualquer. Foi uma noite de amor. Eu me entreguei para ele pela segunda vez, e dessa vez, eu sabia que ele não me decepcionaria. Chega de insegurança. Entregar-me ao desejo que eu sentia por ele, era a única maneira de tentar dizer as palavras e superar os erros do passado.

Eu sabia pelo jeito que ele me tocou aquela noite que eu era única e eu queria ser sempre. Eu precisava desse toque.

Eu permiti que ele me levasse de volta ao começo.


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Notas finais do capítulo

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