How To Win Your Heart escrita por Becky Cahill Hirts


Capítulo 3
III - Olimpo


Notas iniciais do capítulo

{Oieee!
Eu to tentando tentando ser mais chata com vocês, demorar mais para postar e tudo mais. Mas simplesmente não consigo fazer isto! Sério, que ódio! Eu fico querendo postar o tempo inteiro e isso não é bom porque, por exemplo, agora eu não tenho mais capítulo de "salva vidas" caso eu tenha um bloqueio ou algo do gênero, mas só de ler os reviews de vocês a inspiração simplesmente aparece. Não sei da onde.
Espero que gostem}



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[I Never Told You - Colbie Caillat]

Athena acordou em uma cama feita de ferro negro. Seu corpo era coberto por uma manta da mesma cor e ela se sentia fraca enquanto tentava lembrar-se o que lhe trouxera ali.

Poseidon. Tártaro. Céos.

Athena colocou a mão contra a testa, tentando conter as fortes dores que emanaram de lá. O veneno de Piton* ainda deveria estar em seu sistema, caso contrário a deusa não sentiria tanta dor assim.

Mas onde estava? Ela não sentia mais a energia negativa do Tártaro, forçando-a a pensar em coisas ruins e sugando sua força. Entretanto não sentia o ar fresco do Olimpo, da Terra, a vida. Ela só sentia morte ao seu redor.

— Então minha sobrinha favorita finalmente acordou. — A voz grave de quem ela já havia descoberto ser o dono do local falou. Seus cabelos pretos e ralos curtos em um estilo militar, seus olhos como duas fendas escuras, seu terno feito de rostos apavorados lhe causava calafrios.

— Estou em seu palácio, titio? — Perguntou Athena, lembrando da boa relação que sempre tivera com Hades. Ele era justo e leal. Embora fosse frio muitas vezes, mas no final aquilo era a morte. Fria e cruel, porém sincera, justa e presente, a morte nunca lhe enganaria. Já o mar...

— Sim, Athena — Hades respondeu seco, sentando-se ao lado de sua sobrinha. Athena sabia que o fato de estar sendo seco não tinha nada com ela, ele apenas tratava todos daquela forma. — Eu cheguei a tempo de impedir que Céos levasse você e Poseidon para algum lugar mais fundo no Tártaro. Meus homens cuidaram dele enquanto eu trazia você e Poseidon para descansar. Zeus pediu que retornassem ao Olimpo o mais rápido possível.

— Poseidon já acordou? — Athena perguntou, não por estar preocupada mas sim por mera curiosidade.

— Ainda não. Prefere esperá-lo ou vai... — Hades não terminou a fala, sendo interrompido por uma Athena apresada.

— Não se preocupe comigo, tio. — Athena falou, levantando-se da cama de ferro estigiu*. — Ficarei bem assim que chegar ao Olimpo, avise Poseidon para me seguir e nos vemos lá.

Antes mesmo de esperar a resposta do tio, Athena se teletransportou para o Olimpo.

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— Athena? — Afrodite chamou, ajeitando uma pequena mecha do seu cabelo castanho e encaracolado ao ver a deusa aparecer no meio dos Jardins. — Você voltou sozinha? Onde está Poseidon?

Athena suspirou. Por que de todos os deuses a estarem no Jardim agora tinha que ser justo Afrodite?

— Depois, Afrodite — pediu a deusa. — Não estou conseguindo falar no momento, podemos conversar no Conselho?

A deusa do amor fez cara triste, mas permitiu que Athena passasse por ela, indo em direção ao seu quarto. Athena era o cansaço em pessoa. O Tártaro havia puxado todas as forças dela e mesmo depois de dormir um pouco ela sentia como se estivesse segurado o céu.

Quando subiu as escadas que levavam para seus aposentos, na parte mais alta do Olimpo, quase resolveu descer novamente.

Poseidon estava lá, parado ao lado da porta de seu quarto.

Com uma expressão não muito amigável no rosto.

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— Onde você esteve? — Poseidon perguntou, a voz grossa e seca, como se estivesse com muita raiva e tentando conter-se.

Athena deu um rápido sorriso duro, calculando se havia algum jeito de entrar em seu quarto sem ter que “pedir licença” para Poseidon.

— Como assim? — A deusa se fez de desentendida. O que não acalmou muito os ânimos do deus do mar, pois o mesmo se encontrava uma fera. Athena não sabia por quê, e sinceramente, não queria saber. — Hades no tirou daquele inferno e eu acordei faz uns dez minutos vindo para cá. Qual é a pergunta?

— Onde você esteve nesses dez minutos entre o Hades e aqui? — Poseidon exigiu as respostas de maneira tão autoritária que Athena começou a rir.

— Achas realmente que preciso respondê-lo? Foi uma gentileza minha lhe informar que estive no Hades, por que pensas que preciso contar-lhe a minha vida?

— Porque... — Poseidon pareceu refletir sobre suas palavras, mordendo o lábio ao parar. A mente de Athena classificou aquilo como lindo, embora ela mesma estivesse se xingando por aquilo. Onde já se viu? Poseidon, lindo? — Porque você quase morreu comigo lá, Athena. Não achas justo eu saber se você está bem?

A garganta da deusa da sabedoria trancou, como se tivessem colocado um ferro em brasas ali. Poseidon preocupado com ela? OK, cada o truque aqui? Onde está a câmera da TV Hefesto? Ou isso é uma pegadinha de Apolo?

— Oi? — Foi tudo que a deusa da sabedoria conseguiu falar.

— Você sabe Athena, você quase morreu lá e...

— Nós quase morremos, Poseidon. Não me lembro de você de pé quando eu cai... — A resposta da deusa foi como uma alfinetada em Poseidon, seu rosto se contorceu de uma dor que não lembrava ter. — E além disso, do que eu estou falando? Deuses. Não. Morrem!

— Você me entendeu, Athena! — Poseidon bradou, no mesmo tom irritado e grosso da deusa. — Eu só estava preo...

— Ah, então você se preocupou comigo, acéfalo marinho? — Athena riu, com sarcasmo. — Deveria mesmo sendo que foi você que quase acabou com a minha vida!

— Como exatamente, trassa de biblioteca?

— Ora, se você não tivesse caído naquele buraco nada disso estaria acontecendo! — Athena gritou, a raiva finalmente tomando por completo sua voz.

— Ah então a culpa é minha? — Poseidon colocou as mãos no peito como se estivesse sendo acusado de injúrias. — Você que correu demais! Eu apenas tentei segui-la!

Você deveria saber onde pisar! És um deus ou não? — Athena elevou a voz vários tons para dizer aquilo. — E o que foi a ideia de ficar lá? Você deveria ter saído antes dele perceber que estava lá!

— Eu não poderia deixá-la, Athena! — Poseidon gritou, percebendo tarde demais suas palavras. — Quer dizer, não depois de você ter ficado lá para lutar quando eu estava preso... E, aliás, que ideia foi aquela? — Perguntou imitando a voz da deusa.

— Seria vergonhoso abandoná-lo... — a dama dos olhos cinzentos respondeu, corando rapidamente. Mas nem isso impedia a raiva que ela sentia. — Mas você se meteu no caminha da minha lança!

— Lança, novamente, que você não levantou!

— Já ouviu falar de esperar até o último momento?!

— Você poderia morrer!

— Deuses. Não. Morrem. Poseidon!

— Ué? E o papo de “estarmos bem perto de descobrir um modo”?

— Argh, você deveria ter ido embora!

— Não, você deveria, Athena!

— Vá para o Tártaro, Poseidon!

— Acabei de voltar de lá.

— Argh — Athena socou a parede, dando a volta nele um segundo depois. — Suma da frente do meu quarto.

E com isso, ela entrou e bateu a porta com força.

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— Athena, você pode nos relatar a sua missão? — Pediu Hera, os olhos castanhos amadeirados bondosos como sempre.

Merde! Athena xingou em francês. Por que justo eu?!

— Seria um prazer, mãe — Athena respondeu, sorrindo amavelmente, de forma que ninguém conseguiria ler o que pensava. Por que não Poseidon? Ele estava lá também! — Bem, Poseidon e eu fomos para o Tártaro como nos foi pedido...

E Athena relatou os acontecimentos, do momento em que pisaram no Tártaro até acordar no palácio de Hades, mantendo de fora os erros ou as suplicas dos dois. Nenhum comentário de como ela não foi embora quando tinha a chance ou de como ele a salvou duas vezes. Quer dizer, uma e atrapalhou o plano dela na outra.

Poseidon fazia pequenos comentários, do gênero de como ele matou certo mostro ou que fora ideia dele construir uma ponte para passar pelos cinco rios do Tártaros. Mas nada comprometedor, graças aos deuses.

— ... E então eu voltei para cá. — Terminou a deusa, arrumando os cachos definidos mais uma vez, demostrando certo nervosismo. Poseidon não falaria nada, não é? Aquela história de punição era brincadeira, certo? Eles eram deuses, pelo Olimpo! — Alguma dúvida? — Perguntou com ar de professora.

Os olimpianos conversaram entre si, como se debatessem o desempenho de Poseidon e ela. Isso a deixava levemente irritada, eles não deveriam se preocupar com o motivo que levou eles para lá e não pelo que fizeram?

Sem querer, Athena acabou sendo pescada pelo olhar de Poseidon. Os lindos olhos verdes, que ela jamais admitiria a encantavam, fitava-a com um certo humor, como se conseguisse lê-la como uma revista.

O deus dos mares deu um rápido sorriso seguido de uma piscadela para a deusa loira, como se tivessem dividido uma piada interna.

Athena revirou os olhos, suspirando e olhando para longe do mar que ameaçava afogá-la.

— Pai, não vê que isso não importa? — Perguntou a deusa, tentando limpar sua mente com algum problema normal. — Vosso pai está por levantar-se! Precisamos fazer algo ou...

— Nada irá acontecer, Athena — Zeus falou, meio ríspido. — Você mesmo disse que não havia sinal de Cronos...

— Exatamente, pai! — Athena o cortou. — Não havia sinal algum! Era quase como se ele não estivesse lá!

— Não Athena, nós não podemos tolerar essa opção...

— Não podem tolerá-la por não ser verdadeira ou por temê-la, Zeus? — Poseidon perguntou, levando todos na sala a soltar uma exclamação de surpresa. Claro, Athena não havia feito isto alto ou visível, mas ainda assim estava impressionada com o moreno. — Não devemos temer o que está por vir e sim nos preparar, certo?

O moreno olhou para a deusa dos olhos tempestosos, como se esperasse por sua confirmação. Athena estava sem fala. Ele estava citando-a?

— Isso não irá acontecer! — Bradou Zeus, irritado. — Nada irá acontecer, vocês só não sentiram a presença de Cronos pois ele está muito fraco para fazer-se ouvido.

— Mas... — Poseidon tentou argumentar, porém Athena o cortou com uma frase que o moreno considerou trairagem* .

— Estas certo, meu pai — Poseidon encarou Athena como houvesse acabado de levar um soco na cara. — Mas se, por algum motivo ou algum dia, Cronos erguer-se podes ter certeza que eu direi que avisei. Afinal, quem não aceita o conselho da sabedoria sempre irá dar-se mal no final.

E como uma filha de Zeus, e mestre em saídas dramáticas como seu pai, Athena se retirou da sala.


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Notas finais do capítulo

{*Só para relembrar o que eu disse no último cap, Piton é a cobra do mito de Ártemis e Apolo, aquela que Apolo matou e tudo mais.
*Ferro estigiu, eu acho que é assim que o Percy e a Annie chamam a espada do Nico, de ferro estigiu. Então, seria um ferro que veio do rio Estinge.
*supostamente a palavra "trairagem" não existe segundo o word, mas como eu sempre usei ela e como eu sempre escrevi com ela. Espero que vocês entendam.

"I miss everthing about you, without you..." *canta chorando*
Gente, eu amo a música do capítulo, espero que vocês tenham ouvido *ri* Mas então, gostaram? Eu realmente espero que sim.
Eu amo os recaditos de vocês, eles me dão tanta inspiração! Então continuem com eles, ok? *ri* Sério, eu fico lendo eles do nada, é como se eu tivesse lendo mensagens velhas do meu celular, aquelas mensagem maravilhosas *suspira* Ler os recaditos de vocês é melhor do que ler as mensagens, posso assegurar.
E nesse momento de "I miss everthing about you, whitout you" eu eu estou agora, pois eu não sei porque algumas memórias minhas estão querendo machucar a minha cabeça *chora* eu vou me despedir de vocês implorando para que me ajudem a esquecer.
Bora todo mundo ver um filme de um livro da Jane Austen (LINDA) e comer pipoca e brigadeiro enquanto choramos por um Sr. Darcy não aparecer na nossa vida? Pode ser aqui em casa!
Beijos}



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