How To Win Your Heart escrita por Becky Cahill Hirts


Capítulo 1
I - Início


Notas iniciais do capítulo

{Oie pessoas,Bem vindos e bem vindas, ai que alegria! Eu tava tão tristinha por ter terminado Time e agora estou só alegrias!Para quem leu Time, pule o começo do capítulo, mas não todo, porque sim, eu continuei aqui. Espero rever meus leitores lindos e carinhosos aqui, então, vou parar de enrolá-los. Bom capítulo! }



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[Just A Kiss - Lady Antebellum]

Do dia em que eles foram para Roma até onde estamos hoje, milênios se passaram. Roma se ergueu ao oeste e dominou a Grécia, levando seus deuses e a chama do ocidente junto com ela. Athena virou Minerva, Poseidon era chamado de Netuno e Zeus de Júpiter. Uma nova era começou, os seres humanos pararam de venerar os deuses, embora estes sempre estivessem presentes na sua civilização.

Em Roma, Athena sofreu mais do nunca. Havia acabado de perder um amor e depois, perderá seu posto. Artémis tentou convencê-la de que tudo estava bem, mas Atena não confiava em Ártemis e em nenhum outro deus. Afinal, aquela não era sua doce irmã Ártemis, aquela era Diana.

Durante muitos séculos Athena ficou na escuridão, observando os deuses em suas características romanas de ser e pensando o que havia dado errado para ela... É claro que Belona existia, a deusa da guerra dos romanos. Athena quase entendeu o que Ares sentiu quando dividiram o cargo de deus da guerra entre eles.

Mas como o sofrimento de Athena, Roma teve um fim.

Naquele momento, a chama se mudou para Paris, onde poucas pessoas ainda cultuavam os antigos gregos, e tudo voltou à normalidade. 100 anos mais tarde, Reino Unido, e por fim, os EUA.

How to win your heart

600º andar do Empire States Building.

Olimpo.

Casa.

Que ano era para os mortais? Acho que 1929. Mas que se importa? O interessante dessa época era que a Primeira Guerra Mundial havia acabado e a Segunda estava um pouco longe de acontecer, ao menos dez anos de paz. Ah, e a Bolsa de NY quebrou graças aquelas ações falsas.

Athena não ligava muito para o que estava acontecendo. Milênios haviam se passado. Ela estava forte e dura como rocha. No momento, ajudava nas causas sociais das mulheres.

E na verdade, é numa dessas missões dela que recomeçaremos a contar a história.

How to win your heart

O dia em Nova York estava nublado, como era normal nesta época do ano. Novembro se aproximava apressado enquanto pessoas caminhavam pela rua pensando em como conseguir dinheiro novamente. Nova York poderia estar quebrada mas ainda era Nova York, o mercado do mundo, o centro monetário.

Athena trajava um vestido justo que ia até seu joelho, ele era cinza, como o dia. Um casaco de camurça protegia-lhe o tronco e descia até o final do vestido. Seus sapatos cinza-chumbo de salto alto e fino faziam barulho enquanto ela pisava duro na calçada de NY.

Os homens que passavam retiravam seus chapéus cocos para ela, e tinham pensamentos de como a beleza dela era divina... Mal sabiam eles.

Ela caminhava até um centro dentário, com o intuito de convencer o chefe do lugar a contratar mulheres novamente. Fazia ao menos cinco semanas que ela estava nessa rotina. Ir para centros comerciais ou algo do gênero, e convencer seus chefes a contratar mulheres.

Ela passou pela porta e a sineta tocou, anunciando sua entrada no recinto agradável. Athena sempre procurava lugares bacanas onde ela gostaria de trabalhar se fosse mortal.

A sala onde ela estava era muito agradável, com um balcão branco e um ou dois sofás de couro. Atrás do balcão havia uma porta, que obviamente levava para os consultórios.

— Senhorita — cumprimentou um rapaz na recepção. — Tem hora marcada?

Ele era alto, tinha cabelos claros e olhos azuis. Athena o achou encantador para um homem, mas, era uma deusa casta e não havia admirado a beleza e a inteligência de um humano há pelo menos um século.

— Não senhor, vim para falar com seu chefe — a expressão em seu rosto angelical era tão poderosa que ela mal precisou manipular a névoa para fazer o garoto deixá-la entrar, ele simplesmente falou que iria chamar seu chefe e pediu para ela aguardar.

Athena observou com um sorriso travesso enquanto o rapaz se confundia todo ao passar pela porta atrás do balcão. Athena se sentou em um dos sofás, arrumando o pequeno chapéu na cabeça. Era um daqueles com flores, pequenos e que se usava com os cabelos presos de um lado e soltos do outro, exatamente como estava o cabelo da deusa da sabedoria no momento, caindo em cachos fofos até a altura dos seios, algo considerado cumprido para a época.

— Senhorita — chamou o mesmo rapaz. — Por favor me siga.

Athena sorriu docemente enquanto seguia pelo pequeno corredor. Na quarta porta, o garota parou, bateu e a abriu, fazendo um gesto para a deusa passar.

O interior da sala era branco, com duas janelas grandes que davam para a rua. Athena admirou o lugar rapidamente, observando a única escrivaninha com três cadeiras no centro da sala. O restante era tomado por livros, embora Athena percebia que alguns estavam ali só para bonito. Na cadeira atrás da escrivaninha, um homem de meia-idade estava sentado, observando uma mandíbula dentária como se fosse o objeto mais interessante do mundo, mas Athena notava que ele a olhava de canto de olho.

— Senhor Hasting — Athena cumprimentou, caminhando até ele e estendendo sua mão coberta pela luva de camurça cinza. — É um prazer conhecê-lo.

O homem sorriu, embora Athena não conseguisse ver bondade em seu sorriso.

— Senhorita...? — Ele deixou a pergunta no ar, enquanto segurava a mão dela.

— Aderobasi — Ela respondeu, prontamente. — Sophie Aderobasi*.

— É um prazer Srt. Aderobasi. — O homem se sentou, indicando que ela deveria fazer o mesmo. — Mas agora sinto que estou em desvantagem, como sabe quem eu sou.

— Quem não sabe quem o senhor é, Sr. Hasting — ela bajulou. — Qualquer um em toda a grande NY sabe quem é o senhor.

— Muito grato pelo elogio, senhorita, mas o que faz aqui? — ele foi direto ao ponto. Athena preferia assim, sem mais delongas ela poderia voltar para o Olimpo o quanto antes.

— Vim requisitar um emprego como secretária, Sr. Hasting — ela falou, e viu a face do homem mudar completamente. Ele parecia irado.

— Isso novamente, não! — O tom que ele usou não foi nem um pouco educado, e se Athena não fosse uma deusa, teria recuado um pouco, mas como tal, apenas o encarou ereta em sua cadeira. — Mulheres só me procuram para falar de trabalho! Maldita guerra que fez vocês pensarem que tem algum direito igual aos nossos. Querem trabalhar? Um bom marido é o que lhes falta...

— Senhor — Athena o cortou. — Creio que o senhor não me entendeu... — ela sorriu e começou a manipular a névoa em torno dele. — Eu acho que o senhor precisa de uma secretária, e tem uma garota no Queens que seria perfeita para o papel...

Athena estava quase conseguindo, o mortal iria contratar a garota como havia acontecido com as outras 64 e elas teriam um ótimo emprego, Athena iria garantir isso. Mas um segundo antes dela convencê-lo a porta abriu-se, fazendo-a perder sua concentração.

— Sophie — chamou o homem que por lá entrará. Fazendo o sangue de Athena ferver. — Eu estive a sua procura, minha irmã. Vamos logo, temos que voltar para casa.

O Sr. Hasting se recuperou rapidamente do ataque de névoa.

— Você conhece esta senhorita, senhor? — perguntou para Poseidon, fazendo Athena bufar.

— Minha irmã, perdoe-me se ela incomoda, está meio fixada em encontrar um emprego e... — ele balançou a cabeça, como se desaprovasse. — Peço desculpas por ela.

— Parem de falar como se eu não estivesse aqui — Athena acusou, Poseidon fazia isso com ela. A tirava de orbita, a fazia falar demais, pensar pouco.

Poseidon apenas a pegou pelo braço delicadamente e saiu, manipulando a névoa em volta do mortal para fazê-lo esquecer que um dia lhes viu. Eles saíram pelo corredor pequeno e Poseidon estalou os dedos na frente do mortal adormecido, saindo pela porta a tempo de vê-lo voltar para seu trabalho, como se a deusa loura nunca estivesse passado por ali.

Na rua, Athena soltou-se de Poseidon, a raiva subindo-lhe a cabeça.

— O que foi aquilo?? — Ela gritou, fazendo algumas pessoas lançarem olhares estranhos para eles. Poseidon pareceu perceber.

— Zeus mandou-me chamá-la. — Falou rapidamente, como se aquilo explicasse tudo. — Se quiser continuar com o seu show, que seja no Olimpo.

E assim falando, sumiu em uma fumaça verde.

Athena bufou, chutando uma lata de lixo e evaporando também.

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— Poseidon! — Athena berrou no Jardim do Olimpo, assustando alguns sátiros que por ali andavam. — Onde você se meteu, seu acéfalo do mar?!

— Não precisa assustar os pássaros por mim, Thena — riu-se o deus dos mares, levando um tapa no instante seguinte.

— Quem é você para atrapalhar os meus negócios?! — A deusa não parecia com cara de quem ia brincar, seus olhos cinzas compenetrados e raivosos. — Agora eu vou ter que fazer todo o processo de novo! Achas que eu não me canso, alga marinha?

— Deuses, o drama é de família... — Poseidon suspirou, olhando para o outro lado do Jardim. — Zeus mandou-me chamá-la, Athena, por mim, você continuava lá.

— Vai para o tártaro, Poseidon — Athena falou, jogando sua bolsa contra o moreno e marchando como se nada tivesse acontecido.

— Vamos juntos... — Poseidon murmurou baixo porém a deusa ouviu, ignorando-o como sempre.

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— Então, como eu estava dizendo, temos problemas a frente, sinto que aquele que não se deve nomear está se mexendo no Tártaro e em breve teremos problemas — Hades falou, relatando os acontecimentos para todos. Poseidon suspirou. Ok, Cronos estava se mexendo, mas o que isso importava? Ele não ia conseguir sair de lá, ia? Sua concentração estava totalmente voltada para a elegantíssima garota de cinza. Como aquela cor caia tão bem nela?

Talvez fosse o jeito que seus olhos ficavam mais azuis quando ela vestia cinza, como se a cor saísse um pouco de seus olhos e os deixassem mais leves...

— ... Acredito que deveríamos mandar alguém investigar — Athena falou, com um pequeno apelo em sua voz. Ela realmente parecia preocupada, ponderou Poseidon, talvez eu deva brincar com ela sobre isso... — Eu mesma me candidato para ir checar.

Poseidon encerou seus olhos pensamentos, os olhos fixaram-se na garota que falava com tanta certeza sobre... Ir para o Tártaro.

— Nem pensar — Poseidon falou, alto e em bom som, antes que conseguisse pensar no quanto aquilo ia soar estranho. Os outros doze deuses e Athena lhe fitaram.

— Como disse? — Athena perguntou, levantando uma sobrancelha.

— Ahn... Eu vou — Poseidon falou, embora não fosse algo que realmente queria fazer. — Não é lugar para mulheres.

— O que? — Athena quase pulou do seu trono. —Você está dizendo que só por que sou mulher não consigo fazer algo que você, como homem, consegue? Machista!

— Ora vamos Athena, entenda que eu tenho mais chances de sair de lá vivo e não prisioneiro dos Titãs do que você e...

— E nada! — Athena bufou. — Eu vou, e ponto.

— Não, eu vou e ponto. — Poseidon não entendia aquela mulher, ele não estava tentando protegê-la?

— Poseidon, eu falei primeiro que ia! Você nem estava ouvindo a reunião! — Poseidon corou ao ouvir isso.

— Claro que estava!

— Então qual foi a ideia de Apolo? — Droga.De.Deusa.Da.Sabedoria.

— Ahn, só porque eu não decoro cada palavra como você não significa que eu não estava ouvindo — ele desviou.

— Nós falamos sobre isso durante meia hora, Poseidon! — A deusa revirou os olhos. — Você poderia prestar um pouco de atenção no que falamos aqui?

— A culpa não é minha se fico entediado com os seus discursos, Athena!

— Ah, então a culpa é dos meus discursos? E não dá sua cabeça que fica pensando em “como-ter-mais-um-filho-de-maneira-rápida-e-hm-olha-aquilo-é-um-doce?” — Athena zombou. — Disperso!

Poseidon levantou do seu trono fazendo seu tridente aparecer com a força da sua raiva.

— Quem tal ter mais respeito? — perguntou, apontando a ponta do tridente para ela. Um gesto que o mesmo achava estranho, pois jamais iria tentar feri-la.

— Olha quem falando! O deus que disse que “não é minha culpa se fico entendiado com seus discursos” — Athena imitou a voz dele muito mal para o gosto do deus dos mares. — Só tem meu respeito quem o merece! — Ela também estava em pé aquela altura, sua lança e seu escudo nos seus braços. E não, não era uma visão engraçada ver uma mulher de vestido e salto com uma lança grega e um escudo antigo. Não se essa mulher fosse Athena.

— Ah e sabemos bem quem é essa pessoa... — Poseidon falou, fazendo referencia ao último homem com quem a deusa teve um filho. — Como ele se chamava mesmo? Matthew? Jorge?

— Poseidon! — Athena gritou, perdendo a paciência.

— Ok, chega! — Hera interviu, no momento quem Athena se preparou para lançar a ponta da sua lança na garganta de Poseidon. — Vocês dois são deuses, vamos agir como tal! — A rainha dos céus lançou um olhar para seu marido que só então pareceu entender que era para ele falar, até meio segundo atrás Zeus estava com um ar divertido ao ver os dois deuses quase se matarem.

— É, hm, Hera tem razão — Zeus falou, limpando a garganta. — Vão os dois para o Tártaro.

— O que? — Athena deixou o escudo cair no chão, enquanto Poseidon encarava o irmão como se pensasse em como matá-lo.

— Isso, os dois vão descer para o Tártaro e trabalhar juntos para resolver o problema... — Afrodite levantou-se do seu trono enquanto Zeus falava e pediu permissão para se aproximar dele. Depois de longos segundos sussurrando algo no ouvido de Zeus e de algumas perguntas do mesmo, ela voltou a se sentar-se em seu trono, lançando um doce sorriso em direção à Athena. — Ahn... Afrodite deu a ideia de que assim que vocês voltarem nós iremos ver como se saíram agindo juntos e se isso der errado... Ahn, vão ser punidos.

— O que? — Athena gritou novamente. — Que tipo de punição?

— Vamos escolher isso ainda, Athena. Por hora, basta dizer que vocês precisam se esforçar para trabalharem juntos. Boa sorte — e com um gesto, o conselho estava desfeito.


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Notas finais do capítulo

{*Aderobasi é anagrama para "sabedoria" (mudando as letras de lugar vira sabedoria) e Sophie é o nome grego que significa sabedoria.-Posei chamando Athena de Thena... Ai ai... *suspira*Ok, vocês devem ter reparado que eu coloquei um "h" no nome da "Atena", pelo simples fato que passei a achar mais bonito, não em matem!O próximo capítulo tá tão apaixonante ♥Ah, e não, eles não vão ficar muito tempo em 1929, foi só um jeito "Time" de escrever, em breve (ok, lá pelo quarto capítulo) eles vão chegar no dias de hoje!Gostaram? *olhos brilhando* Por favor, digam-me que sim! Não, digam a verdade, se não gostaram avisem para eu ver o que posso fazer *ri* Ah, não esqueçam do review aqui embaixo, ele vai fazer essa autora muito feliz e sim, ela vai postar mais rápido dai *chantagem básica* Duas coisas que eu já ia esquecendo: Vocês notaram que eu to colocando músicas, certo? Então, eu sempre amei songfic, mas eu nunca soube se as pessoas gostavam, então agora eu coloco a música lá em cima, quem quiser ouvir enquanto lê, que ouça, quem não quiser, ignore *ri* E segunda coisa, essa é mais para quem não leu Time: Se vocês ficarem perdidos, sobre qualquer assunto que eu falar, por favor, não hesitem em me xingar por não ter deixado as coisas claras, vale mandar review ou M.P. eu vou tentar explicar para vocês e "clarear" o capítulo.Beijos e até o próximo!}



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