Momentos escrita por NathyWho221B


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Hey! Novo capítulo, e adivinhem, o Momento mais aguardado rsrs, melhor não contar spoilers se não eu apanho depois kkk.
Música que a Molly toca: https://www.youtube.com/watch?v=_fNg3qHdEcY
Música do capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=-Xb08Km5zZw
Ah, se a imagem não abrir, aqui está o link: http://th02.deviantart.net/fs71/PRE/i/2012/315/6/6/ccb_fill___oops_in_love_by_lexieken-d5kqi5u.jpg



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PRIMAVERA...


“No balé das cores,
Desfilando orquídeas
Vejo minha vida
Como reprise...

Olhos brilhantes
De sonhos tantos...
Mágico instante
Doce release...

Fui primavera
De harmonia , beleza
Tantas certezas...

Bela estação é esta!
Mas, de certo, agora
Sei apenas que chega... E vai embora...”

(Rose Felliciano)

***

Acordei com a claridade sobre minhas pálpebras e com Toby lambendo meus dedos da mão. Espreguicei-me e lembrei que tinha adormecido no sofá. Levantei, tirando a coberta de cima de mim, fui até a janela e peguei Toby no colo para que ele também pudesse ver. O dia estava mais bonito que os outros, observo o jardim coberto com branco da neve, mas vejo, quase que escondida, a primeira flor da primavera. Uma flor azul e redonda, suas pétalas mais pareciam espinhos. Tão linda...

A primavera começou. Sai para o jardim, apreciar de perto a linda flor azul. A pesar da aparência espinhosa, era tão macia, como... Como Sherlock. Por fora ele é como um espinho, bruto e sua arrogância machucam as pessoas, mas quando o tocamos... É como se pudéssemos ver seu interior. Seu interior é macio e aconchegante, como um cobertor protetor...

Voltei para a realidade e para casa, Toby me esperava na cozinha em frente á sua tigela. Coloquei leite nela, depois tomei banho e café da manhã. Eu tinha acordado muito cedo. Este já era o terceiro dia desde que meus pais foram visitar a vovó.

Subi para o sótão. Meu piano parecia tão solitário... Eu o acariciei como se pudesse sentir meu toque, na verdade, ele pode. Sentei-me em frente á ele e deslizei meus dedos pelas teclas frias antes de começar a tocar.

A música parecia sair dos meus poros e eu me sentia leve a cada nota que fluía pelo ar emitindo seu som único. Eu não me lembrava do quão linda era essa música.

Quando terminei a música, olhei para as partituras jogadas em cima de um baú ao lado do piano. Peguei a partitura da música que eu tinha acabado de tocar. Primavera de Ludovico Einaudi. Acho que ele estava se sentindo da mesma forma que eu estou agora quando compôs aquela música.

Espero que quando for verão Sherlock ainda esteja aqui, morando comigo. Eu adoro o verão, mas sem ele... Sem ele não terá verão, ele é o meu verão, minha primavera, meu inverno e meu outono. Ele é tudo para mim, e eu só percebi isso agora. Não consigo imaginar ficar longe dele. Eu realmente estou perdidamente apaixonada por ele, e nós ainda nem nos beijamos. Ainda.

Fiquei parada, sentada olhando para o piano. Não tem tanta graça sem Sherlock me acompanhando com o violino. Desci para o segundo andar e fui até o quarto de Sherlock.

Ele estava dormindo. Olhei para o despertador que estava ao lado do abajur na cômoda. Já eram 6:00, então decidi abrir as cortinas tentando fazer com que a claridade o incomodasse e ele acordasse.

Consegui. Aos poucos ele ia se espreguiçando e coçando os olhos.

– Porque você me acordou tão cedo?

– Temos aula.

– Mas está muito cedo ainda.

– Olhe pela janela, é primavera!

–E dai? – não acredito, ele não gosta da primavera?

– E dai que é a estação mais elegante de todas.

Ele se sentou na cama. Ele conseguia ser bonito até com o cabelo bagunçado.

– Já faz um mês.

– O que? – eu não intendi, um mês de que?

– Faz um mês que Mycroft e eu viemos morar com você e seus pais.

– E dai?

– E dai que o tempo passou rápido, eu nem percebi.

– Você quer continuar aqui... Comigo?

Ele se levantou e se aproximou de mim. É, ele era bonito até quando acabava de acordar.

Ele segurou meu rosto com uma das mãos, encostou nossas testas e fechou os olhos.

– Quero.

Eu acariciei sua mão que segurava meu rosto. Senti minhas pernas ficarem bambas, estávamos nos declarando indiretamente.

– Molly...

– Hum? – eu estava muito concentrada tentando não desmoronar em cima das minhas pernas que nem percebi quando ele me chamou.

– Acorde Sherlock, hoje é o seu dia de fazer o caf- Mycroft aparece do nada me assustando, e me deixando envergonhada pela cena que viu. Mycroft não chegou a terminar sua frase, e parou no meio dela nos encarando perplexo.

Sherlock se afasta lentamente de mim tirando sua mão do meu rosto, mas não se vira para olhar Mycroft.

– Porque não bateu? – Sherlock estava sério, mais do que o normal. Na verdade, se olhar bem, ele parecia meio... Bravo.

– Mas a porta estava aberta.

Sherlock não disse mais nada e saiu andando normalmente do quarto esbarrando de propósito em Mycroft, deixando-nos sozinhos. Mycroft me olhou de um jeito que me assustou.

– O que tinha dito sobre não se envolver com ele?

– Eu disse que não o faria sofrer.

– Olha, tudo bem. Eu não vou mais me importar com ele, porque eu já disse a ele para não se envolver, mas parece que ninguém me escuta. Mas que fique bem claro que eu avisei.

Mycroft some pelo corredor me deixando sozinha no quarto de Sherlock. Senti-me melhor agora que ele tinha desistido desse plano idiota dele.

Olhei em volta e vi que o quarto dele era uma bagunça. Roupas, livros e folhas soltas espalhadas pelo quarto todo. Em sua escrivaninha também estava o Microscópio dele. Vi que ao lado do microscópio havia uma lâmina em cima de uma anotação que Sherlock tinha feito. Estava escrito “pelo de gato”. Sherlock andava pegando os pelos que Toby deixava por ai? Eu ri imaginado ele procurando os pelos do gato com a lupa, como um detetive. Engraçado, a ideia de Sherlock virar um detetive não pareceu tão ruim, ele era ótimo em deduções.

Ainda estava cedo para ir á escola, então resolvi dar uma arrumadinha rápida no quarto dele.

Quando eu terminei, fui ao meu quarto para arrumar meu cabelo. Não demorou muito para eu terminar de fazer uma trança embutida nele e escutar alguém me chamando.

– Molly!!!

Era Sherlock gritando. Fui correndo para o quarto dele e quando o vi... Bom, ele parecia furioso.

– Porque bagunçou meu quarto?!

– Eu o arrumei, estava uma zona.

Sherlock respirou fundo.

– Nunca mais faça isso. – ele disse de olhos fechados. – Agora me dê licença.

E fechou a porta na minha cara. Será que eu agi tão mal assim?

Provavelmente sim porque ele ficou de cara emburrada comigo o dia todo na escola. Nem na aula de biologia, quando sentamos juntos, ele falou comigo. Eu já estava começando a ficar triste quando cheguei em casa e subi para meu quarto. Tranquei a porta e coloquei uma música no meu celular o mais alto possível, para que ninguém me escutasse chorar. Desde quando eu estava tão sensível? Senti-me muito idiota por ficar desse jeito por motivos tão... Bobos.

Quando a lista de músicas acabou eu já tinha parado de chorar, eu ainda estava com o rosto molhado, mas não me importei. Caminhei em direção á minha penteadeira e me olhei no espelho. Meu rímel fazia uma trilha preta dos meus olhos até meu queixo. Passei a manga longa da minha camisa para limpar o rímel borrado. Consegui limpar a maioria, mas em volta dos meus olhos ainda estavam meio pretos, fiquei parecendo uma gótica, ainda mais com a minha pele branca.

De repente escuto baterem na porta.

– Molly, abra a porta.

– ...

– Molly.

Eu abro a porta e o encaro. Ele deve ter deduzido que eu estava chorando agora a pouco e me olhou como se pedisse perdão pelos olhos.

– Desculpa por ter gritado com você.

– Tudo bem. – não, não estava tudo bem e ele sabia.

– Posso entrar?

Eu dei espaço para ele passar e fechei a porta depois que ele entrou. Ele olhou a minha penteadeira e viu a pulseira que ele me deu de aniversário. Lógico que ele iria reparar, eu quase nunca tirava aquela pulseira, aquilo nos ligava de alguma forma.

Ele se sentou na beira da minha cama e deu batidinhas nela para que eu me sentasse ao seu lado. Fiz o que ele pediu meio relutante.

Assim que me sentei ele ficou de frente para mim. Meu coração parou por um segundo quando ele pegou minha mão. Quando ele olhou no fundo dos meus olhos eu percebi uma mudança no clima, desviei meus olhos dos dele e olhei para a janela á suas costas. O pôr do Sol não ajudava muito.

Com sua mão livre ele segurou meu rosto e eu fui obrigada a olhá-lo novamente.

– Molly... Eu realmente não sei o que você fez comigo. Eu... Nunca senti isso antes, eu me sinto bem quando estou ao seu lado, e quando sinto o toque da sua pele eu me arrepio todo. – ele sorriu torto me fazendo ficar sem ar. – E... Os pequenos instantes que passo ao seu lado são grandes momentos em minha vida.

Borboletas no estômago. Foi o que senti quando ele disse a ultima frase. Sherlock sentia o mesmo que eu. Lágrimas escaparam dos meus olhos e ele as limpou com sua mão que segurava o meu rosto.

– Então não cabe mais sermos somente amigos. – eu disse dando um sorriso sem graça.

Ele se aproximou seu rosto do meu lentamente, quando estávamos a centímetros de distância eu fechei os olhos, como no meu sonho, esperando, esperando esse momento mágico acontecer.

Senti seus lábios tocarem os meus com ternura, fazendo movimentos lentos. Senti quando sua língua invadiu minha boca. Eu nunca tinha beijado antes, mas acho que estava indo bem. Beijar é tão bom... Como os casais conseguem ficar tanto tempo sem se beijarem?

O beijo começou a ficar urgente e eu passava minhas mãos pela nuca dele subindo para seus cabelos. Uau, como eu queria tocar em seus cachos. Suas mãos desceram para a minha cintura e eu subi na cama o puxando para mim sem quebrar o beijo. Eu comecei a desabotoar a camisa dele e percebi que o clima estava ficando tenso.

Percebi quando ele iria se afastar e quando ele quebrou o beijo eu passei a língua pelo contorno de sua boca.

– Molly, eu não vou dizer que não gostei, porque então eu estaria mentindo. Mas... não podemos passar daqui. Pelo menos por enquanto.

– Desculpa, não consigo me controlar quando estou perto de você. – ele acariciou meu rosto com uma das mãos.

– É melhor eu voltar para meu quarto. – seus olhos estavam tristes, ele não queria ir.

Ele se levantou da cama e foi em direção á porta.

– Sherlock. – eu chamei, fazendo-o parar no meio do caminho.

– Sim?

– Por favor, fique. Pelo menos, até eu pegar no sono.

Ele assentiu e veio em minha direção se deitando comigo na cama.

Ficamos conversando sobre muitas coisas até que meus olhos começaram a arder de sono. Eu queria poder ficar acordada à noite toda e apreciar cada minuto, cada segundo dessa noite. Mas eu não fui forte o bastante. Adormeci ao suave toque de seus dedos entrelaçados aos meus.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Deixem nos comentários ;) Gnt aquela flor azul... eu não sei o nome, se vcs descobrirem o nome me avisam, pls ela é muito linda, o link com a imagem da flor está aqui:
http://wallpaper.ultradownloads.com.br/124133_Papel-de-Parede-Flor-Azul--124133_1680x1050.jpg



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