Momentos escrita por NathyWho221B


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Hey! Mais um capítulo! Boa leitura á todos vocês!



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Minha Boneca

Em seu mundo cinza, vivia a menina
Como uma boneca numa caixa vazia
Um mundo frio e sem vida
E era assim mesmo que ela queria

Uma doçura infinita, afogada pelas duvidas amargas
Desconfiava de tudo, e não olhava pra nada
Só para o próprio vazio do seu coração empedrado

De seu mundo cinza, via a chuva caindo
O sol brilhando e as nuvens passando
Nada era mais belo que as folhas verdes
Ou o céu azul, mas não no mundo cinza

Ela ouvia as musicas que sua alma pedia
Como portais para o mundo em que não vivia
Apesar de ser o que seu coração mais queria

Encontrei essa caixa isolada na sombra
Aonde eu mesmo me escondia
Mas agora era dia
E do sonho a boneca acordara.

Dalua - O Poeta Sombrio ( Amo os poemas dele *-*)

***

Acordei com dores nas costas. Olhei em volta sem me mexer ou levantar. Minhas mãos estavam em cima da minha barriga e minhas unhas pintadas de preto, que estranho, eu nunca uso cores fortes e não me lembrava de ter pintado desta cor. Eu estava em um lugar um pouco apertado. Algum tipo de estofados vermelho impediam -me de mover, e estava por todos os lados.
Levantei-me com dificuldade por conta do pouco espaço e olhei em volta. Eu estava em uma pequena sala de... Pedra? A única coisa que tinha na sala era eu e a pequena cama em que eu estava sentada.
Olhei para baixo. Que estranho, eu não me lembrava de estar com um vestido e botas. O vestido era muito bonito. Todo preto, longo, com mangas também longas e todo detalhado. As botas eram de cano alto, tinham a ponta arredondada e um grosso salto alto.
Quando levantei, dei um passo, tropecei em algo e cai no chão frio. Olhei para trás e... Era um caixão. Eu estava dormindo em um caixão. Coloquei as mãos na boca para evitar um grito.
Eu estava muito assustada. Estava com medo de quem tinha feito isso. Aquela sala fria estava um pouco escura, a única luz que havia lá, vinha dos espaços entre as pedras da parede.
Havia uma porta de madeira. A única saída daquela sala. Quando a abri, ela fez um rangido. Quem quer que esteja do outro lado, ouviu. Torci para estar sozinha.
Fui parar em outra sala, um pouco mais iluminada, e infelizmente ou felizmente eu estava sozinha. Nesta outra sala só havia um objeto também. Um espelho.
Cheguei perto e pude ver-me por inteira. O vestido era mais bonito do que eu pensava. Tinha um "ar" vitoriano, mas não era bufante. Também era um pouco decotado, mas não a ponto de me deixar vulgar. Virei de costas e vi que ele possuía um capuz. Voltei a me olhar de frente. Meus cabelos estavam soltos e um pouco bagunçados, e eu também usava uma maquiagem escura. Meus olhos estavam sombreados em volta com preto, e eu usava um rímel preto que fazia meus cílios dobrarem de tamanho e encherem. Eu não usava batom, mas o que mais me chocou foi a minha pele.
Eu estava muito pálida. Talvez até mais que Sherlock. Passei a mão direita por minha bochecha, forçando os dedos para ver se era algum tipo de maquiagem. Cheguei a me arranhar, mas não saiu nada.
Fiquei desesperada. Será que eu morri? Não pode ser, eu não lembro de ter... Quem fez isso comigo? A última coisa que me lembro, foi de receber uma mensagem de Tom e então... Não pode ter sido ele. Ele não me mataria, mataria?
Não. Eu não posso estar morta. Tom não tinha motivos para me matar. Ou tinha? Eu estava tão confusa... Eu não podia estar morta, Sherlock estava me protegendo. Sherlock. Quando ele descobrir... Não. Eu não morri. Eu não acho que aqui é o céu e acho que esta silencioso demais para ser o inferno. Será que eu sou tão ruim assim à ir para o inferno?
Outra porta de madeira. Abro e ela range como a outra. Este lugar é tão velho que me causa arrepios. De repente, luz. Muita luz. Meus olhos doeram com tanta luz. E então, neve por todos os lados. A neve fazia um cobertor fofo por toda a extensão do chão. Talvez eu esteja no céu. Andei silenciosamente pela neve, escutando meus passos, segurando a barra da frente do vestido para não tropeçar e cair.
Eu estava com o capuz. Não estava nevando, mas estava um pouco frio. Continuei andando ate que pude reconhecer o lugar. Todos aqueles túmulos e estátuas de anjos cobertas com a neve. Eu estava no cemitério de Highgate em Londres.
Não sabia se ficava aliviada por conhecer o lugar ou com medo, por estar em um cemitério, ainda existia a possibilidade de estar morta.
Andei até avistar a saída. De longe, vejo algo grande e preto, parado no portão do cemitério. Chego mais perto e percebo que é um carro, como aqueles de Mycroft. Será que é ele? Um homem sai do lado do motorista, de terno, mas não é ninguém que eu conheço. Desanimo. Será que ele pode me ver?
Aproximo-me do homem e tento tocar um dedo nele, torcendo para não atravessá-lo. Antes de encostá-lo, ele abre a boca.
–Entre no carro.
–Você pode me ver?
–É claro que sim. - ele entra no carro, se sentando no banco do motorista.
Bom, ou ele também está morto, ou eu não morri. Desconfiada, entro no carro. Eu não devia ir entrando no carro de estranhos, mas o superior dele deve me conhecer, então, talvez eu descubra quem fez isso comigo.

***

–John

Maya estava dormindo como um anjo no berço, enquanto eu estava na cadeira de balanço lendo um livro á luz de um abajur. Escuto a campainha tocar.
Levanto-me com cuidado para não acordá-la. Coloco o livro na cómoda, ao lado do abajur e saio fechando a porta devagar.
Escuto a campainha de novo. Parece que alguém esta com pressa. Olho pelo olho mágico e vejo Sherlock já tirando o cachecol. Abro a porta e ele entra junto com um vento frio e um pouco de neve. Fecho a porta e me viro para olhá-lo. Ele estava inquieto, alguma coisa de ruim deve ter acontecido.
–Ele a levou, John. De baixo do meu nariz.
Ele estava preocupado e com raiva ao mesmo tempo.
–Sherlock, do que é que você está falando ? - eu pergunto. Estava bem tarde e Mary já estava na cama, dormindo. Algo muito ruim deve ter acontecido para Sherlock ter vindo me visitar a essa hora.
–Moriarty levou Molly. Não sei como ele conseguiu. Ela estava no Barts. Eu estava no Barts. E então ela foi ao banheiro e demorou mais de quarenta minutos para eu perceber algo de errado. Perguntei à recepcionista onde ela estava. Disse que já tinha ido embora. Olhei às horas e já tinha se passado meia hora que o expediente dela tinha acabado. Estranhei que ela tivesse ido sem mim, mas quando cheguei ao apartamento dela, estava trancado. Ela era a única pessoa que tinha a chave e eu não quis arrombar. Olhei por debaixo da porta para ver se via a sombra de alguém, mas estava tudo escuro. Fui à Baker Street e perguntei à Sra. Hudson se Molly tinha passado por lá por qualquer motivo que eu desconheça. Ela não passou. Entrei na 221B e encontrei isso em cima da mesa da cozinha.
Sherlock falava muito rápido e em seguida tirou uma garrafa de vidro verde de dentro do sobretudo. Me entrega a garrafa e eu vejo que tem um papel enrolado em uma fita, dentro. Tiro a rolha e o papel.
–Você ainda não leu ? - pergunto pelo fato de ainda estar com a fita vermelha.
–Não. - ele diz com um olhar preocupado e ansioso para saber o que está no papel.
Tiro a fita e estico a folha. Nela está somente uma mensagem. Sherlock fica ao meu lado para ler também.

"Arrume uma tripulação, pirata. O jogo está começando." - J.M.


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Notas finais do capítulo

e ai?? O próximo capítulo iniciará a segunda temporada da fic, até lá, bjss!
Ps: quem ficou curioso para saber como é o vestido da Molly aqui tá o link:

http://g01.a.alicdn.com/kf/HTB12PMMHVXXXXcBXFXXq6xXFXXXX/Punk-Rave-font-b-Gothic-b-font-font-b-Long-b-font-Dress-font-b-Coat.jpg



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