The Gray Garden (HIATUS) escrita por Dreamy Impossible


Capítulo 6
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oe, e não, eu não morri.
Primeiramente, peço Perdão ;---; Tive alguns problemas e isso atrasou o andamento de tudo, mas isso não vem ao caso. ME PERDOEM! PLEASE ;-; Enfim, meus amores, espero que esse capitulo seja de seu agrado ;-;
Boa leitura!



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— Oh, entendo. Então, acho que posso te ajudar.

— Sim.

Etihw e Satanick andavam lado a lado, pelo Mundo Intermediário. Eles estavam voltando. No caminho, a Deusa explicou o motivo de sua vinda, e o diabo concordou em ajudar, já que ele era familiarizado com os anjos e demônios do mundo Pitch Black, até porque, ele tinha uma boa relação com Fumus.

— Então veio aqui apenas para medir a força do ataque deles? - Satanick estava com as mãos no bolso. — Bem, mas pelo que eu vi, acho que o resultado foi decepcionante. Foi tolice deles enfrentarem de frente um deus.

— Sim, mas aquele laser era realmente forte. Se eu não fosse só um pouco mais rápida, teria problemas... Então, você assistiu tudo, desde o começo?

— Haha, claro. - Satanick sorri convencido. — Estava entediado, e quando vi que algo de anormal estava acontecendo, vim ver. - Ele abaixa o olhar disfarçadamente, olhando para a parte posterior da Deusa. E logo depois analisando seu corpo, com um meio sorriso no rosto.

—... Você é um belo de um incomodo. - Etihw suspira.

—Ah, o que foi? - Ele sorri maliciosamente e se inclina para o ouvido da Deusa. — Está com medo?

— Senhorita Etihw!

Ater aparece junto com Arbus, diante de ambos, com um sorriso no rosto. Ignorando Satanick.

— Oh, vocês. - Etihw sorri. — Vejo que Kcalb já está ciente, ótimo. Aconteceu algo?

— O senhor Kcalb nos mandou vir. Acho que estava preocupado. - Ater faz careta, o diabo suspira frustrado, por ter sido interrompido.

— Estava sim! - Arbus diz sorrindo, ainda ignorando Satanick.

O diabo coça a cabeça e faz uma cara entediada. Aquelas duas atrapalharam os planos dele. Apesar de que, elas eram bem interessantes.

— Vamos, deusa. - Arbus abre ainda mais o sorriso, segurando a mão da deusa. Ela olha para o diabo pela primeira vez. — Senhor pervertido, você já pode ir.

— 'Senhor pervertido'? - Ele pergunta, arqueando uma sobrancelha.

— Certo. - Etihw suspira. — Ater, Arbus. Esse é Satanick, o diabo do Pitch Black World.

— Oh, sim. - Ater sorri. — Devemos matá-lo?

—... Ele virá conosco.

— Ah. - Arbus parece desanimada e Satanick ri.

— Sejam boas comigo, garotas. -O diabo chega um pouco mais perto da Deusa, com a intenção de passar seu braço pelo ombro de Etihw.

Em um movimento rápido, Ater e Arbus ficam cada uma de um lado de Etihw, passando os braços da Deusa pelos ombros e a abraçando pela cintura, ronronando. Etihw ri. O diabo suspira.

— Tá, tá. Entendi. - O diabo se da por vencido.

Eles prosseguem o caminho. O diabo vai um pouco mais atrás, sorrindo.

— Mas daqui, até que tenho uma boa visão. - Ele sorri maliciosamente, olhando para as três garotas a sua frente.

(...)

— Você as mandou? - Wodahs pergunta ao irmão, que estava sentando, aparentemente, tranquilo.

— Sim. - Ele responde serio, se referindo as gatas-demônio.

— Entendo, sei que Etihw está bem. - Wodahs começa escrever algo.

—... - Kcalb olha para cima, parece pensar, depois fecha os olhos. — Wodahs, você não teria algum arquivo sobre os deuses?

— ... Hm, sim. - Anjo diz. — Se tiver algum deus especifico, posso trazer um relatório detalhado.

—... Por enquanto, quero o arquivo com o perfil de todos os deuses possíveis.

— Tudo bem.

O anjo arruma o tapa-olho e sai da sala, deixando o irmão sozinho. Ele caminha pelo castelo. Grora havia saído cedo para investigar, e particularmente, ela estava demorando.

(...)

— Vossa velhice, voltamos! - Ater e Arbus cumprimentam o seu senhor.

Kcalb estava sozinho, sentando no mesmo que lugar de todos os dias, com o relatório dos Deuses em mãos. Quando levanta o olhar, a primeira coisa que vê é Etihw. Ele verifica rapidamente se ela tinha algum hematoma, e respira aliviado, mas rapidamente seu olhar para no ser estranho.

—... - Kcalb geralmente fica bravo quando é chamado de velho, mas no momento, estava prestando atenção na figura a sua frente.

— Yo! - Satanick diz, levantando uma das mãos.

—...- Kclab fecha o semblante. Olha para Etihw, esperando uma explicação.

—...

—...

—...Achei que ele ajudaria no interrogatório. - Ela diz, dando de ombros.

—...- Kcalb respira fundo fechando os olhos. Ele sabia o que e quem Satanick era.—...Fiz bem em mandar Ater e Arbus.

O diabo, mesmo que aparentasse calma, estava um pouco irritado. Ater e Arbus estavam sorrindo, mas pareciam não prestar atenção no que era dito. Satanick olha de um jeito estranho para Kcalb.

—...

—...

Satanick olhava para o rosto do companheiro diabo, estava pensativo.

—...

—...?

—...Kcalb. - Satanick sorri maliciosamente. — ...Você fica desejável quando está irritado. - Ele pisca para Kcalb.

Kcalb fica com os olhos negros. O olha por um breve momento, e depois volta sua atenção ao relatório em mãos. Agindo com indiferença em relação à cantada recebida. Ele sentiu uma leve vontade de matá-lo.

O diabo pervertido morde o lábio inferior e suspira, ele tinha conseguido constranger Kcalb. Mas recebe uma cotovelada no estomago, dada por Etihw que sorria de um jeito estranho, ignorando a expressão de dor de Satanick e aproximou-se de Kcalb.

Não preciso de concorrência.- A deusa sussurra para si mesma, sorrindo.

Ele se recompõe e suspira, mas logo sorri. Pervertido masoquista.

— Onde está Wodahs? - Ela pergunta, olhando para os lados.

— ...Antiga prisão.

— Certo. – Ela respira fundo. — Ater, Arbus. Poderiam levar Satanick para dar uma volta na cidade, enquanto converso com Kcalb?

— O senhor pervertido? -Ater e Arbus se entreolham. — O que você acha, Arbus?

— Passear pela cidade é uma boa. - Arbus diz.

— Se tudo bem para você, tudo bem para mim. - Ater e Arbus concordam. — Vamos senhor pervertido.

— 'Senhor pervertido'- Satanick repete de uma forma infantil, seguindo as duas.— Querem se livrar de mim, para ficarem mais a vontade, é? - Insinua para a Deusa, com um sorriso sacana.

— Exatamente. - A resposta da deusa fez Kcalb corar e desviar o olhar.

— Ah, não é justo. Quando ela faz esses comentários, você age assim? - Satanick diz, como se estivesse ofendido.

— ...Suma. - Etihw diz sorrindo.

— Quanta intimidade. - Kcalb sussurra para si mesmo com um tom de indiferença, enquanto prestava atenção no relatório e ouvia a porta do salão se fechar.— ...Desde quando minhas subordinadas te obedecem?

— Ah, relaxa. - Etihw se espreguiça e se senta em sua cadeira.

—...Você já sabia da emboscada, não é?

— Sabia. - Ela esfrega os olhos.

— Por que não me contou?

— Oh, você ficou preocupado?

—...Você podia ter me poupado o tempo que perdi. - Seus olhos ficam negros.

— Claro, claro. - Etihw olha para o companheiro, com a cabeça apoiada no braço.— ...Vou contar o que aconteceu no Mundo Intermediário.

(...)

— Isso é muito estranho. - Alela Grora sussurra para si mesma.

Ela estava diante do penhasco, sentia uma presença estranha. Mas não sabia de onde vinha exatamente, era como se a presença estivesse totalmente espalhada.

— ...Eu devia voltar.- Ela suspira.

Alela ouve o som do ar sendo cortado, e se volta para trás rapidamente. Ela consegue se desviar do golpe de espada que quase a pega de surpresa.

— Então, era você. - Alela diz, se preparando para lutar.

— ...Não me leve a mal. - A pessoa encapuzada diz sorrindo e some. — ...Mas não tenho tempo para lutas.

Alela não sabia, mas aquela pessoa era a mesma que havia enfrentado Etihw no mundo Intermediário.

A pessoa reaparece atrás de Alela, tentando acertar seu pescoço. Mas Alela é mais rápida e se afasta, sofrendo um pequeno corte.

— Que pena. - Grora invoca uma espada. — Desculpe, vou tomar um pouco do seu tempo.

Grora saca a espada e investe contra seu oponente, que não se preocupa ao menos em posicionar sua arma, ela se limita em desviar os ataques. A lamina de Alela passava a milímetros do ser encapuzado, que recuava e desviava sorrindo. Então, a lamina de ambas as armas se encontram, e Alela percebe o quão forte era seu adversário, que logo em seguida, some novamente.

— Então será do jeito mais difícil.

Uma corrente surge do chão e prende o pé de Alela. Ela tenta se soltar, enquanto seu adversário reaparece sobre ela, buscando acerta-la. A anjo levanta sua espada para o alto, defendendo-se, e assim, começa uma sequencia de ataques. O fato de Grora estar presa dificulta sua defesa, resultando em alguns cortes, mas nada serio. Desviando de um ataque de seu oponente, ela consegue fazer a pessoa acertar a corrente e solta-la, e enquanto a lamina de seu oponente estava perto do solo, abrindo um furo em sua defensa, Alela tenta acerta-la no pescoço. Mas tudo o que consegue fazer é um pequeno corte. Ambos se afastam.

— Nada mal. – O encapuzado pronuncia.

Mais algumas correntes surgem do solo e investem contra a anjo, em um ataque sincronizado. Essas correntes agora possuíam uma ponta afiada. Mas Alela Grora consegue avançar desviando, porém, sua perna é atingida, sofrendo um ferimento significante, mas ela continua avançando. Indo de encontro com seu adversário, suas laminas se encontram novamente. Porém, por um breve momento, a perna ferida da anjo falha, e por pouco não é acertada. A pessoa salta para o alto, Alela estava resistindo muito.

Uma nova corrente surge, agarrando Alela e a levando para o alto.

— Merda! - Alela exclama tentando se soltar.

A pessoa faz movimentos com a mão, manipulando a corrente, a fazendo a anjo bater nas pedras do local e logo depois, a corrente vai para cima com velocidade e depois, desce com grande força, jogando Alela contra o chão.

— Eu iria te deixar viva. - A pessoa se aproxima e aponta a espada para Alela. — ...Iria.

Um grupo de correntes emerge do chão, fazendo um circulo em volta dos dois, apenas esperando o comando de seu manipulador. Alela tenta se levantar. Ela não iria dar o braço a torcer.

—...É preciso mais que isso...- Alela levanta o rosto e encara a pessoa. — Muito mais.

Ela aperta com força a espada, resistindo a dor que sentia. Ela tosse um pouco de sangue, mas continua firme.

— Incrível, eu admito. - A pessoa diz, e em movimento suspeito e repentino, larga a espada no chão, e sorri. — Mas agora, isso deve acabar.

Um som de algo quebrando é ouvido. Uma corrente havia quebrado a lamina de Alela. E antes que a anjo pudesse reagir, o encapuzado surge em sua frente, dando-lhe um soco no rosto, lançando-a a uma certa distancia. Já estava próximo a ponta do precipício.

— Não adianta. – O encapuzado diz, vendo a anjo resistindo e se levantando. — Não continue uma luta que não pode vencer.

—...- Alela levanta o rosto sorrindo. —Bah, nunca gostei de espadas mesmo.

Alela respira fundo, ainda conseguia lutar. Já de pé ela se prepara para atacar, mas ela sente uma brisa passando ao lado de seu rosto. Agora, seu oponente estava atrás delas, e empunha-la pelas costas, com uma pequena faca. Uma faca envenenada. Alela sente o local ficar dormente, enquanto seu oponente sai de trás dela. Suas pernas bambeiam, sua visão estava ficando turva, ela foi andando para trás, até ficar na ponta do penhasco. A ultima coisa que viu foi o sorriso de seu oponente, antes de cair.

— É uma pena, estrategista. - A pessoa sorri. — Uma pena.

Quando a pessoa já estava se aproximando da ponta do precipício, algo passa muito rápido, em direção ao céu.

— Droga. - Diz entre os dentes a pessoa. Era Alela.

Grora respirava fundo, tentando manter a altitude. O veneno espalhava-se pelo seu corpo, logo suas asas falhariam. Ela invoca um arco.

— Não pensei que teria que apelar. - Alela diz, apontando uma flecha para seu adversário. Sua visão estava falhando.

— Acha que uma flecha pode me matar? - A pessoa diz, preparando algumas correntes.

Alela não responde. E logo, seu arco é envolvido por uma aura branca. E enquanto ela preparava para atirar, suas asas começavam a falhar. Seria um ataque final.

— Uma não. - Alela sorri. — Já muitas...

A pessoa não entende muito bem. Mas logo, no céu atrás de Alela começam aparecer algumas coisas estranhas. Flechas. Dezenas delas, todas apontadas para o encapuzado. Era o ataque mais forte de Alela, que possuía a flecha-lider em mãos. E logo, mirando-a, ela lança a flecha, que é seguida por todas as outras.

— Agh! - A pessoa exclama, enquanto manda suas correntes defende-la.

As flechas caem com grande velocidade, e mesmo que as correntes conseguissem acerta-las, o manipulador teve que desviar de algumas. Alela já não conseguia manter-se no ar, e foi perdendo altitude. Alela perde os sentidos e cai. A pessoa que ainda se desviava das flechas, se volta para Alela a e vê caindo e sorri. O veneno havia feito efeito. Logo, as flechas param de cair.

— Você me deu trabalho. - A pessoa diz se aproximando de Alela. — Mas no fim... Hoho ♪♫

(...)

— Rawberry, pare de comer coisas estranhas! - Macarona grita.

— Nah, calma Macarona! ♪

— Ei, olhem! - Yosafire diz apontando.

— É feio apontar, Yosaf. - Froze se pronuncia.

— Ta, mas olhem. -Ela continua apontando. — Ater e Arbus...e um cara estranho! Vamos lá?

— ...Ele tem uma presença forte. - Macarona diz e engole a seco.

— Vamos, vamos, vamos! - Yosafire não parava de falar, e Froze concorda.

Elas caminham até o trio. Macarona fica cada vez mais nervosa e Rawberry não parava de comer, algo que parecia uma lagarta.

— ...Aquelas garotas. - Satanick diz, vendo as garotas chegando mais perto — ...São bonitinhas.

— Se comporte Senhor Pervertido! - Arbus diz, enquanto as meninas chegavam. — São crianças!

— Ater, Arbus, cara estranho! - Yosafire os cumprimenta.

Satanick a olha de cima a abaixo, sorrindo. Ela não entende. Ele pega em sua mão, se curva e a beija.

— Muito prazer. - Ele se levanta. — Sou Satanick.

Froze e as outras meninas chegam e estranham, principalmente Froze. Yosafire não entende muito bem, apenas diz seu nome.

— Sou Yosafire, essa a Froze, Macarona e Rawberry! - Ela diz empolgada sem se importar com o que havia acontecido.

— Estou realmente...

— Garotas, estamos levando senhor Pervertido para passear. - Ater o corta, sorrindo.

Pervertido?– Froze se pergunta.

Macarona continua apreensiva e pensativa, mas logo, chega a uma conclusão.

—...Ele é um diabo. - Ela sussurra para si mesma, meio tremula, chamando a atenção do ser estrangeiro.

— Sim, sou um diabo. - Ele faz reverencia, constrangendo a menina. — Que garota inteligente.

Macarona cora.

— Uau! - Yosafire diz sorrindo, admirada. — Eu só conhecia dois, mas que legal! - Ela para e fica pensativa. — Bem, tem o velho e aquele cara estranho que veio aqui antes, acho que o nome era Ivils...

— ...Conhece Ivils? - Satanick têm brilho estranho nos olhos.

— Hm, acho que sim. - Ela faz uma cara confusa. — Ele era muito rude. Você o conhece?

—...Haha. - Ele tem um olhar estranho no rosto. — Sim, conheço. E como conheço. - Ele ri ainda mais, com um olhar sombrio no rosto.

— E tinha aquele subordinado dele. - Froze diz, se lembrando de Emalf.— Ele deu em cima da Yosafire, e ainda tentou nos matar.

— Mas eu e Rawberry detonamos ele! – Yosafire diz convencida.

— Sim, sim. - Ela bate da mão de Yosafire. — Ele foi humilhado, massacrado! ♪

—... - Satanick olhou para as garotas com os olhos brilhando, como Kcalb diante de um doce. —... Ownt, jovens prodígios!♪

— Yey! - Elas dizem juntas e o diabo da um sorriso incrivelmente gentil.

— Já se enturmaram? - Sussurra Macarona à Froze.

— Ele não me parece um diabo. - Froze sussurra de volta. — ...É um bobo alegre.

Froze diz observando o diabo, que mudou completamente sua personalidade de uma hora para outra. Logo, ele já estava conversando com as demônios de uma forma espontânea, como se tivessem as mesmas idades.

— Yep, você é legal! - Yosafire fala e Rawberry concorda.

Pareciam crianças no jardim de infância.

—...Esse diabo. - Froze sussurra para si mesma. —... É muito estranho.

(...)

A porta de cela é aberta.

—... Ainda estão insistindo. - Joe diz sarcástico. — Vejo que a deusa esta bem. – Ele complementa, pois sentia a presença divina de Etihw.

— Hoje temos uma visita para vocês.- Wodahs pronuncia. — Talvez ela os deixem mais, confortáveis, para conversar.

— Haha. - O anjo debocha. — Tortura não vai funcionar.

— Ah Joe, Simon. Há quanto tempo, não? - A voz faz ambos paralisarem, enquanto a figura entrava na cela.— Estão bem?

—... - O demônio a quem Satanick chamava de Simon, abaixa a cabeça. Ele não queria encará-lo.

—... Serão mal-educados o suficiente para não me responderem? - Ele diz, fingindo estar magoado.

— ...Lorde Satanick.

— Bem melhor. - Satanick observa o anjo com ataduras. — Vocês tem uns métodos interessantes de interrogatório. - Ele diz, sem olhar para Wodahs.

— Não fizemos isso. - Wodahs diz, olhando para sua prancheta. — Foi Raspbel. Ela é irmã de uma demônio que fora atacada por ele.

— Que garota interessante. - O diabo coloca a mão no queixo. — Preciso conhecê-la.

Simon continuava com a cabeça abaixada.

— Ótimo, Simon. Vejo que ainda me odeia. - Ele ri.— Mas tudo bem. Vamos ao que interessa. Que tal vocês contarem tudo para o tio Satan? - Ele sorri de um jeito macabro.

Do lado de fora, Etihw e Kcalb estavam na sala de reunião. Kcalb percebeu uma certa inquietação de Wodahs. Etihw não havia visto Alela desde que de voltou. Eles deixaram Satanick interroga-los e conseguir as informações necessárias. Enquanto isso, discutiam ideias, com base nas informações que já tinham. Wodahs era o único que assistia o interrogatório.

— Há mais alguma coisa? - Satanick pergunta.

Wodahs observava tudo. Satanick não havia tocado um dedo neles, e o anjo, que antes parecia tão corajoso, respondia tudo. Simon estava calado, com o olhar fundo.

— ...- O anjo olha para o lado. Ele tinha o olho enfaixado, mas a sua perna havia sido costurada de volta.

— ...Joe. O que mais?- Insiste o diabo.

—...

— Joe. - Satanick tinha uma voz firme.

— ...A estrategista. - Ele hesitou muito, mas continuou. — Vamos eliminar os pontos principais.

— Enfraquecer o mundo de dentro para fora, eliminando os especialistas. É isso? - O anjo concordou, com a cabeça abaixada. — ...Bem, por enquanto, eu acho que é o bastante. Tudo bem por hoje?

Satanick se volta para Wodahs, que tinha uma expressão estranha no rosto. Ele havia parado de escrever, e parecia pensar. Tinha uma expressão vazia.

— Terminou? - Etihw perguntou, chegando até eles, junto com Kcalb. —...Wodahs?

O anjo guarda a caneta no bolso e arruma o tapa-olho. Ele olha brevemente para o corredor e faz um sinal com a cabeça, para que a deusa não se preocupe. Satanick se espreguiça. E logo, eles trancam a porta da cela e seguem o corredor.

— Senhores. - Um subordinado aparece, diante deles, que ainda estavam no corredor. Era um dos subordinados de Alela.

(...)

Era de tarde, o sol já estava se pondo. O subordinado os havia guiado até o penhasco. Quando chegaram, encontraram vários outros integrantes da equipe que Alela, vasculhando o local. Wodahs observa toda a área, e se aproxima da ponta do penhasco. Sangue. Tinha inúmeras marcas de um combate.

— Quando chegamos, não encontramos ninguém - O subordinado que os acompanhava diz.

Wodahs olha mais para frente, mais sangue, um rastro dele. Algumas penas brancas, flechas, algumas manchadas de vermelho e pedras destruídas. Vestígios de luta. Ele caminha lentamente para a ponta do penhasco. O rastro havia terminado em penas, sangue e um tapa-olho.

— ...Não encontramos Alela Grora.

Etihw e Kcalb observavam o anjo na ponta do penhasco. Ele estava estranhamente calmo. Wodahs agacha e pega o tapa-olho. Ele se levanta e olha para baixo, ele estava na ponta do penhasco, onde o rastro de sangue acabava.

—...Já procuraram aqui? - Ele se refere ao abismo.

— Ainda não, senhor Wodahs. Já está escurecendo, mas iniciaremos as buscas.

— Entendo. - Wodahs diz com uma voz um tanto indiferente.

O anjo encarava o abismo, estava de costas para os outros. Ele segurava o tapa-olho de Grora com força.

— ...- Wodahs respira fundo fechando os olhos —...Vou dar uma olhada lá em baixo.

Etihw ia falar algo, mas é interrompida com um forte vento. Wodahs havia aberto suas majestosas asas.

— Já volto. - Dizendo isso, ele mergulha no abismo.

Ele desce ao fundo do abismo, desviando nas pontas afiadas das rochas que o atrapalhavam. Logo chega ao final. Não havia mais nada, nenhum rastro. Estava um pouco escuro, mas dava ver algo perfeitamente. Alela não estava lá. O anjo olha para os lados, procurando vestígios, Nada. Wodahs respira fundo, frustrado e irritado. E com isso, ele volta para a superfície. Quando sai do abismo, ganha um pouco mais de altitude, e olha para o local de cima, a procurando. Mas logo volta ao chão. Da mais uma olhava no tapa-olho, e o guarda no bolso. Alela não estava mais lá, na verdade, não estava mais em lugar algum.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigado por esperarem, e me desculpem novamente.
Muito, muito obrigada por ler! Te aguardo no próximo!
Bye.