Capítulo nove – Clator?

Clary

Finalmente tinha acabado minhas ultimas aulas de geografia, meu Deus que professora chata! Falava como se não houvesse amanhã. Sai da sala e fui para a sala de Jace, porque ele iria me levar para casa hoje, não que minha casa seja longe, é por que estava chovendo mesmo.

Esperei ele sair, e nem notei a presença de uma puta no corredor ao lado da porta da sala de religião, até ele sair e beija-la, fiquei chocada.

Não respirava direito, meus olhos se encheram de lagrimas, sabia se eu piscasse, iria cair as lagrimas. Queria gritar e me matar naquela hora, ir para casa e chorar. Então ele a soltou. Quando soltou ele me olhou e eu fugi para casa.

Como ele pode fazer isso comigo? Eu sei que nós não temos nada mas, ele parecia ser especial. Mas não é. Ele é um galinha, como todos dizem, se distrai por um rabo de saia, ou no caso, um beijo de puta. Eu já estava no lado de fora do colégio e esbarro em alguém.

– M-me desculpe – Falei pegando o celular do garoto que eu havia esbarrado no chão. – Eu não estou bem, e, me desculpe. – e entreguei o telefone para o menino sem olhar para o rosto dele.

– Não foi nada. – Ele falou e depois olhou para o meu rosto. – Meu Deus Clary? Oque aconteceu?

Sequei minhas lagrimas e olhei para o rosto do garoto, era Vitor, o amigo de Jace, se falamos poucas vezes, e ele era muito legal. Agora vendo mais de perto as sombrancelhas dele não eram tão cheias e ele também tinhas sardas, e era muito mais bonito que eu pensei.

– Aham, longa história... e Vitor, o que você está fazendo aqui? – perguntei.

– Ia para casa, e você?

– Também... – Falei andando debaixo do guarda-chuva de Vitor.

– Você vai para casa nessa chuva? Vem eu te dou carona, e pode deixar, não sou psicopata. – Ele falou e eu ri.

– Pode ser. –Dei um sorriso tímido e Vitor e eu fomos para seu carro. Era um fusion branco, e dentro era super arrumado com bancos de couro num tom de bege. Ele ligou o carro e saímos do estacionamento.

– Então pode me falar oque aconteceu? – Ele perguntou focado no transito.

– Vi Jace se beijando com outra menina, não que ele seja meu, mas me incomodou um pouco. – Sequei a lagrima que tinha caído sem Vitor ver.

– Ah Jace. Eu sou amigo dele mas tenho que admitir. Ele é um tremendo galinha.

–Sim, e além do mais, foi com Aline. – Falei.

– Aline é uma puta, ficou com a maioria dos caras na escola, a bunda dela deve estar mais arrombada do que cofre de banco. – Ele falou e eu ri.

– E você, já ficou com ela? – Perguntei e ele me olhou nos olhos, ele tinhas vistas azuis, lindas e brilhantes, me lembrava o mar.

– Não. Não fico com muitas pessoas, só fiquei com umas duas, todas preferem o Jace.

– Mas você é lindo. – Ele corou um pouco quando falei. – E eu ouvi quando nos conhecemos, que você se apaixona por todas que ve pela frente. É verdade? – Quando falei ele ficou um pouco tenso, mas depois se soltou novamente.

– é que uma vez eu me apaixonei pela Izzy, e ele fica falando que eu me apaixono por qualquer menina, sendo que ele nunca se apaixonou de verdade.

– Você é fofo. – Falei e ele sorriu timidamente.

– Ah. Eu esqueci de perguntar, onde é sua casa? – Vitor disse e nos gargalhamos.

– Vira a direita, no final da rua. Do lado da casa de Jace.

– Você mora bem pertinho da minha casa. A minha é uma quadra depois, podíamos nos ver qualquer dia desses. – Ele falou envergonhado.

– Claro, quando?

– Amanhã pode ser?

– Pode. Vamos no cinema? Vai ter a estreia de noite maluca 2.

– Não acredito que você gosta de noite maluca, é tipo muito legal! – exclamou Vitor.

– Pois é! Não sei como as pessoas podem não gostar!

Já estávamos na frente da minha casa e ele falou:

– Bem... estamos aqui. Obrigado pela companhia.

– Obrigado pela carona, Tchau! – Falei.

– Tchau. – Fui dar um beijo na bochecha dele e ele virou bem na hora, e o beijo que era na bochecha foi na boca, e quando percebi estávamos em um beijo.

Um beijo quente, voraz e apaixonante, passei meus braços sobre o pescoço dele e as mão dele na minha cintura, ele pediu passagem de língua e eu concedi, afinal aquilo não era errado. Explorei todos os cantos da sua boca e ele da minha, até nossos pulmões implorarem por ar, e então paramos o beijo e juntamos nossas testas, com respiração ofegante, demos mais um selinho antes de...

– OQUE VOCÊS PENSAM QUE ESTÃO FAZENDO? – Era Jace, ele estava vermelho de raiva, parado na frente do carro, com os braços cruzados.

Jace

EU VOU MATAR O VITOR, QUEM ELE ACHA QUE É PARA BEIJAR MINHA CLARY? – Meus pensamentos foram interrompidos por Clary saindo do carro e logo atrás Vitor o traidor.

– Nos beijando? – Ela falou. – Não estava vendo? – EU QUERO MATAR VITOR.

– NÃO PERGUNTEI PARA VOCÊ CLARY, PERGUNTEI PARA O GAROTO QUE ROUBA A NAMORADA DOS OUTROS. – Gritei.

– Eu nem sou sua namorada, pelo que eu saiba você está namorando a Aline. – QUE RAIVA ELA ESTAVA CERTA!

Vitor o traidor foi abraçando Clary e eu fui para cima dele e ela tirou os braços do Vitor dela – Bem que vez! – e foi para cima de mim me dando socos, que na verdade, nem doíam.

– Se você fazer alguma coisa para Vitor eu juro que eu esfrego sua cara no asfalto. – Ela falou em tom ameaçador.

– HAHA– Falei e fui para cima de Vitor denovo, só que agora ela se jogou em mim e começou a me chutar, e eu a peguei no colo e dei um tapa em sua bunda e depois ela me mordeu, e eu a soltei. – VOCÊ É DOIDA?

– Eu te falei. – Disse Clary.

– Jace, você pare de brigar com Clary, porque todos nós aqui sabemos que se você continuar brigando com ela eu vou acabar com tua raça. – falou Vitor, e era verdade, ele ganharia de mim, ele era duas vezes mais forte, mas eu não estava nem ai.

– VOCÊ JACE, VAI PARA CASA E VITOR VOCÊ TAMBÉM, SE NÃO EU MORDO VOCÊS DOIS, E AGORA VOU TIRAR PEDAÇO! – Gritou Clary e nos obedecemos, afinal, Clary era capaz de fazer isso mesmo.

Vitor foi para seu carro e eu para dentro de casa. Clary entrou dentro do portão e se jogou na grama molhada. Ela estava toda encharcada por ficar na rua, e agora vai ir no molhado... Ela vai se gripar, eu tenho que ir la cuidar dela... OQUE EU ESTOU PENSANDO? EU ESTOU COM RAIVA DE CLARY!