Love is so unpredictable escrita por MPrior


Capítulo 9
Bitter words and a sweet sound


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! Não me matem por favor!!!
Vou me explicar.
1 - Não abandonei a Fic e nem vou fazer isso.
2- Fiquei esse tempo todo nem Not e impossibilitada de postar
3- As pessoas que estão morrendo de ansiedade, e eu estou entre elas, Killian aparece no cap 11
Dito isso, eu estou de volta!! Espero que ainda tenha alguém aqui u.u
Espero que gostem do cap, e muuuito em breve estarei de volta.
Perdoem qualquer erro ortográfico. Kiss
MPrior



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– Quando isso acaba? – Choramingou Emma enquanto lavava a boca.

Mal havia aperto os olhos aquela manhã quando sentiu um forte enjoo a fazendo levantar e ir correndo ao banheiro.

Arrumou suas coisas e esperou ate sentir-se melhor para desder.

– Bom dia – Desejou assim que entrou na cozinha.

– Bom dia! – Respondeu seus pais.

– Então, como foi o show? – Perguntou Mary Margaret enquanto dava de comer ao Oliver.

– Ah foi ótimo! A banda realmente era boa – Se limitou a disser enquanto se servia.

– Que bom - Sorriu para a filha.

– Bem, já vou – Disse David se levantando – Volto para o almoço.

– Okay – Respondeu-lhe a esposa.

– Se precisarem de algo...

– Te ligamos... – Interromperam mãe e filha justas rindo em seguida.

– Esta vendo né Oliver, o que ganhamos por nos preocupar – Disse David se fingindo de magoado fazendo as garotas rirem novamente.

– A conversa esta ótima, mas realmente tenho que ir.

Despediu-se dos filhos e da esposa com um beijo e seguiu para o trabalho.

Poucos minutos depois Emma e Mary Margaret ouviram um buzina.

– Eu também já vou – Disse Emma levantando-se.

– Okay, te espero para o almoço.

Após se despedirem e Emma escovar os dentes rapidamente seguiu ao encontro de August.

– Achei melhor vir de carro. Você sabe né, por causa... – Disse apontando sugestivamente para a barriga da garota.

– Claro... Tudo bem. – Sorriu. Ainda estranhava a ideia de estar grávida.

– Então, já sabe como vai contar? – Perguntou August poucos minutos depois de darem partida.

– Não. Sinto que vou morrer só de pensar... – Choramingou Emma.

– Não sei se vai ajudar, mas quer que eu fique por perto? – Ofereceu August. Era visível o desespero da amiga.

– Não vai se importar? – Perguntou Emma.

– Claro que não.

– Então quero sim - Sorriu.

– Como quiser senhorita.

Poucos minutos depois August estacionou o carro.

– Você esta bem? – Perguntou preocupado vendo-a empalidecer.

– Estou...

– Tem certeza? Não esta enjoada ou nada do tipo... – Perguntou franzindo as sobrancelhas.

– Eu sempre estou enjoada – Deu um pequeno sorriso – Mas, é serio, estou bem. Só estou um pouquinho nervosa.

– Vai dar tudo certo - Tranquilizou-a – E eu estarei aqui, não se esqueça.

– Okay... – Deu um logo suspiro – Vamos acabar logo com isso!

Desceram do carro e Emma encarou o grupo de amigos um pouco afastados com um olhar torturado.

– Você não precisa fazer isso agora – Propôs August preocupado. Se antes a amiga estava pálida agora quase não havia sangue em seu rosto.

– Eu sei. Mas melhor terminar com isso de uma vez, se não vou enlouquecer.

– Okay, não se esqueça que estarei aqui – Sorriu encorajadoramente.

– Não vou... – Disse ainda encarando o grupo

– Tudo bem Emma – Disse August com o mesmo tom encorajador afagando seu ombro. Era visível o olhar angustiado da garota.

– Tudo bem... – Repetiu para si mesma ainda encarando o grupo – Eu vou lá – Disse virando-se para August.

– Estarei aqui – Prometeu mais uma vez.

Emma caminhou a passos lentos, sentindo sua pulsação acelerar cada vez mais conforme se aproximava dos amigos. E não ajudou em nada ver Tamara entre eles. Mas afinal, onde mais ela estaria...

_ Bom dia Emma! – Desejou Belle assim que a amiga se aproximou.

– Bom dia gente – Deu o melhor sorriso que o nervosismo lhe permitiu.

– Neal, posso falar com você um minuto? – Perguntou se virando para o garoto que a expressão fechada.

– Bem... A gente vai à biblioteca – Disse Belle vendo que o clima estava tenso.

– Pode ir amor, eu vou ficar – Negou Will olhando de Emma para Neal.

– Eu não tenho nada para fazer lá – Concordou Regina estreitando os olhos para o casal.

– Não importa. Vocês vêm- Ordenou Robin arrastando a namorada e o amigo, sendo seguidos por Belle.

– Conversar a sós – Enfatizou Emma olhando sugestivamente para Tâmara.

– Até depois querido – Despediu-se Tâmara dando um beijo no namorado. E antes de afastar-se lançou a Emma um grande sorriso, fazendo-a estreitar os olhos.

– E então, o que quer: - Perguntou Neal fazendo-a olha-lo.

– Eu... Respirou fundo – Preciso te contar uma coisa – Começou nervosamente.

– Eu já sei – Disse Neal friamente.

Emma congelou no lugar – Vo você já sabe? - Gaguejou.

Não havia possibilidade de Neal saber. O único que tinha conhecimento era August, e tinha certeza que ele não contara nada a ninguém – Já sabe oque? – Franziu as sobrancelhas.

– Não se faça de idiota Emma! – Esbravejou rudemente fazendo a garota dar um passo para trás - Eu sei que você esta dormindo com August – Cuspiu as palavras contra ela;

– Eu... Espera! O que? – Exclamou Emma surpresa. De todas as coisas possíveis essa era a que ela menos esperava ouvir.

– Não precisa mentir Emma – Disse sarcástico – Tâmara a viu saindo da casa dele ontem tarde da noite agarrados e todo sorrisos!

– O que? Não! Não é isso... – Começou a falar aturdida.

– Vai negar Emma? Não estava na casa dele ontem?

– Estava! Mas isso não quer dizer que estou dormindo com ele! Não é nada disso!

– Pelo menos tenha a decência de assumir

– Eu não vou assumir nada porque não é verdade! – Exclamou exaltada – Como pode acreditar nessa vadia e não em mim? - Questionou magoada.

– Já chaga Emma! Eu nunca esperaria isso de você... Você diz que Tâmara é uma vadia, e você? É oque? – Essas palavras foram como um tapa para Emma, que só não doeu mais que o próximo que vinha com as palavras seguintes.

_ Agora eu sei por que aquela noite não significou nada para você, porque você saiu sem dizer nada... Achei que havia ficado envergonhada, magoada, sei lá... Dormiu com quantos mais depois daquele noite: Ou foi só com August?

Assim que Neal terminou de falar sentiu seu rosto virar tamanha foi a violência da bofetada que Emma lhe deferiu.

– Nunca mais, ouviu? Nunca mais ache que tem o direito de falar assim comigo! – Gritou sentindo a palma da mão arder.

– Não te reconheço mais – Comentou Neal amargamente.

– Digo o mesmo – Devolveu na mesma frieza – Você quer continuar fazendo acusações? Faça. Quer acreditar naquela vadia? Acredite. Não quer saber oque tenho a dizer? Ótimo! – Disse aproximando-se e parando em sua frente – Mas depois não diga que eu não tentei te avisar. Você ainda vai se arrepender – Jurou.

August que estava de longe observando como havia prometido assim que viu que as coisas esquentaram demais correu para perto do casal.

– Emma? – Chamou enquanto se aproximava fazendo-a se afastar alguns passo de Neal – Hey, tudo bem? – Perguntou lhe secando uma lagrima, fazendo perceber pela primeira vez que chorava.

– Era só oque me faltava... – Debochou Neal impulsionado pelo ciúme.

– Emma, esta tudo bem? – Ignorou Neal voltando a perguntar à garota que só balançou a cabeça. Ainda esta meio em choque com todas aquelas palavras que nunca sonharia ouvir de seu adorável Neal. Bem, não tão mais adorável assim...

– Oque você fez à ela? – Perguntou mais alto se direcionando a Neal.

– Isso não é da sua conta, não se intrometa! – Retrucou Neal enraivecido, vê-lo ali, tão preocupado com Emma só fez sua ira aumentar.

– Eu decido oque é ou não da minha conta – Disse ameaçadoramente dando um passo a frente.

– Não August. Não vale a pena – Pediu Emma agarrando o braço do amigo. Tudo oque menos queria era que ocorresse uma briga.

August encarou Neal por alguns segundos, e já ia saindo quando voltou e deu um soco na maxilar do outro. – Pra ela pode não valer, mas para mim vale.

Mas esperou a reação do outro e se virou para Emma abraçando-a de lado arrastando-a consigo em direção ao carro.

– Tudo bem, tudo bem... – Tentava acalma-la sem sucesso.

– Aonde vamos? – Perguntou Emma fungando minutos depois de darem partida.

– Para minha casa.

Despois disso mais nada foi dito e o silencio só era preenchido por respirações e o leve barulho do motor.

Emma estava perdida em pensamentos ainda tentando entender oque acontecera.

Nunca esperaria aquelas palavras de Neal, não do mesmo garotinho que lhe dava flores quando crianças.

Por mais que tentasse não entendia como chegaram a isso, onde a amizade deles se perdeu...

Teria sido pelo desgaste causado pelos pequenos erros? As decepções? A primeira briga? Quando Neal lhe apresentara Tâmara? Na noite de amor ilógica que tiveram? Ou a amizade já havia se perdido muito antes de tudo isso, quando o amor invadiu seu coração?

Emma não sabia quando ou porque, só que ela havia se perdido e não tinha certeza se algum dia poderia voltar a ser encontrada.

Só saiu de seus devaneios quando já estavam na casa de August.

– Aqui, beba. Vai ajudar – Ofereceu um copo de agua à garota.

– Obrigada – Agradeceu de olhos vermelhos.

– Esta melhor agora?

– Estou – Não, não estava. Deu um pequeno sorriso.

– Parece que ele não gostou muito da ideia de ser pai – Comentou calmamente se sentando no outro sofá em frente a ela.

– Eu nem tive oportunidade de contar... – Fungou encarando o copo em suas mãos.

August esperou pacientemente ate que ela voltasse a falar.

– Ele me chamou de vadia – Disse em um murmuro.

– Ele fez oque? – Perguntou August fechando a mão em punho.

– Disse que eu estava indo para cama com você – Continuou levantando a cabeça para encara-lo.

– Oque?! De onde ele tirou essa idiotice? – Perguntou exasperado franzindo as sobrancelhas.

– Tâmara – Disse de forma obvia – Ela comentou inocentemente que me viu saindo daqui ontem, e ressaltou bem que estávamos agarrados sorridentes... – Debochou amarga.

– Essa garota é louca... – Balançou a cabeça – Você não explicou?

– Eu tentei, mas nem tive tempo. As acusações vieram logo depois... – Suspirou.

– Eu devia ter dado mis socos na cara dele!

Emma deu um pequeno riso descrente – Sabe o pior? Ele teve coragem de dizer que agora sabia que aquela noite não significou nada pra mim... Serio August, como ele pode dizer isso pra mim? Logo pra mim! – Disse tocando a barriga por reflexo.

– Ele não tinha o direito de te dize essa coisas Emma. Mesmo se você estivesse realmente comigo... – Trincou os dentes.

– Perguntou com quanto mais eu havia dormido, ou se foi só com você - Disse após uns segundos dando um sorriso amargo em meio a algumas lagrimas que teimavam continuar escorrendo.

– Oque tem de errado com esse garoto? – Indagou retoricamente desacreditado – Se ele tivesse sido homem desde o principio e não vindo com essa historia de canalha que foi só um erro e toda essa merda... Alias, se ele tivesse tido homem para não ter te levado pra cama – Balançou a cabeça contrariado.

– August, a culpa não fora só dele – Lembrou encolhendo os ombros.

– A questão não é essa Emma, ele era o comprometido da historia, ele devia ter honrado – Disse enfático.

– Ele não me forçou August, eu também quis – Confessou.

– Sim, e você fez por amor, e ele, fez pelo que? – Retrucou.

Emma deixou escapar um suspiro cansado. Também já havia se feito essa pergunta. – Não quero mais falar sobre isso... – Suplicou.

– Tudo bem – Concordou. Odiava ver a amiga assim. – Mas e agora Emma? – Perguntou levantando-se e indo sentar-se ao lado dela no sofá.

– Agora... Agora eu vou contar aos meus pais e ter o meu filho o mais longe possível daqui. – Decidiu seguramente limpando os últimos vestígios de lagrimas.

– Você quer, sei lá, que eu vá com você? Falar com seus pais – Ofereceu carinhosamente.

– Obrigada – Sorriu – Mas acho que isso é algo que eu tenha que fazer sozinha – Suspirou.

– Se aquele garoto não você um otário não precisaria passar por isso sozinha – Queixou-se.

– Eu sei, mas as coisas são assim, que aceitar...

– Emma... Você ainda vai contar a ele? Sobre o bebê?

– Pra que? Vai ver nem é dele – Debochou acida – Não vou correr o risco de ser chamava de vadia de novo, ou algo pior. E muito menos dele dizer que talvez o bebê nem dele seja... Vai ser meu, só meu. – Afirmou.

– O que você decidir eu te apoiarei. Qualquer coisa que precisar eu estarei aqui – Sorriu – Quando éramos crianças eu prometi que cuidaria de você. Não fui muito bom nisso antes, mas agora serei. – Prometeu solene.

Enquanto ali um coração se acalmava não muito longe outro batia furiosamente.

– Oque foi isso no seu rosto? – Questionou Regina assim que Neal sentou-se à mesa do refeitório.

– Não te interessa – Retrucou rudemente. Ainda não havia se acalmado.

– Não mesmo – Concordou com pouco caso – O que me interessa é saber onde esta Emma.

– Eu não sei! – Grunhiu.

– Como assim não sabe? Nós a deixamos com você – Disse Belle.

– Eu já disse que não sei okay! Você é surda ou oque? – perguntou Irritado lembrando-se de Emma indo embora com August.

– Olhe como você fala com ela – Disse Will ameaçadoramente.

– Oque você fez Neal? – Perguntou Robin desconfiado.

– Disse algumas verdades – Trincou os dentes.

– Seu... Onde esta a Emma?! – Perguntou novamente o fuzilando com os olhos.

– Eu não sei! Ela saiu com aquele desgraçado do August! – Respondeu com ódio.

– Foi ele que fez isso no seu rosto, não foi – Sondou estreitando os olhos – Pois me alegro muito! – Soltou uma risada debochada.

Neal a fuzilou com o olhar e se levantou deixando o refeitório.

– E se você a magoou eu vou mata-lo seu infeliz! – Gritou Regina enquanto ele se distanciava – Te dou dois segundou pra sumir daqui – Disse se virando para Tâmara que continuava sentada sem fazer oque fazer.

– Ele fez alguma merda – Comentou Will enquanto Tâmara s e afastava a passos rápidos.

– Muita merda... – Concordou Regina se levantando.

– Aonde você vai? – Perguntou Robin confuso.

– Mata-lo – Respondeu com o olhar olhas fixo na porta por onde Neal saíra.

– Senta aí Regina – Revirou os olhos puxando-a pelo braço para que voltasse a se sentar – Não vai arrumar confusão.

– Não vou amor, só vou mata-lo – Respondeu fazendo o namorado balançar a cabeça.

– Ligue para ele Regina – Sugeriu Belle.

– Já tente, mas ninguém atende – Praguejou.

– Tente de novo... – Disse Will.

– Okay – Concordou enquanto discava os números. Esperou só para ser encaminhada para caixa de mensagem novamente – Nada!

– Talvez ela esteja em casa – Comentou Belle.

– É talvez, mas não posso ligar pra lá, porque se ela não estiver vamos arrumar problemas pra ela com a tia Mary.

– Grrr! Vou mata-lo! – Exclamou Regina encarando Robin.

Regina não era a única a querer matar alguém.

Assim que Neal saiu do refeitório resolveu ir para casa, a ultima coisa que queria agora era assistir aulas.

Caminhou a passos duros ate o carro, podia ouvir Tâmara chamando-o ao longe, mas não queria falar com ninguém, muito menos com ela.

Dirigiu sem realmente ver a estrada e tão logo estava deitado em sua cama flash e mais flash das ultimas horas invadiram sua mente.

Sabia que não devia ter falado com Emma daquele modo, mas só de pensar em outro homem a tocando o atormentava de um jeito quase enlouquecedor.

Na noite anterior quando Tâmara lhe ligou para contar que acabara de ver Emma deixando a casa de August agarrada a ele e sorridente e veio com suposições que talvez estivessem tendo alguma coisa, imaginou ser intriga da namorada. E apesar do ciúme já lhe causando certa ansiedade e raiva deixou o assunto morrer, se negava a acreditar naquilo.

Mas essa manha quando a vira chegar com ele, e o mesmo sendo todo carinhoso, com uma raiva descomunal teve certeza que Tâmara não mentira. Emma estava mesmo dormindo com aquele infeliz, pensou com ódio.

Essa revelação o fez ver tudo vermelho no mais profundo ódio, o fazendo mal pedir suas palavras. Queria que ela sofresse como ele estava sofrendo. Havia a magoado em demasiado, mas a revolta e o ciúmes falaram mais alto que o remorso.

Compreendia que não tinha nenhum direito sobre ela, mas sentia-se traído.

“Você ainda vai se arrepender...” A segurança que vira nos olhos dela quando disse tais palavras o atormentava, mesmo nem entender o significa por trás delas.

Mas sabia ele que elas o atormentariam por anos e, quando compreendesse seu significado o atormentariam em dobro...

– Qualquer coisa me ligue - Disse August estacionando o cara em frente a casa de Emma.

– Se eles não me matarem antes... – Tremeu – Bem, melhor eu ir. Obrigada... Por tudo – Sorriu.

– Não precisa agradecer Emma – Sorriu carinhoso.

Despediram-se e Emma caminhou lentamente ate a porta. Deixou sua bolsa no sofá e seguiu para cozinha encontrando seus pais sentados à mesa.

Respirou fundo.

– Oi – Cumprimento-os.

– Boa tarde – Sorriu David.

– Venha comer Emma, antes que esfrie – Chamou Mary Margaret.

– Só vou guardar minhas coisas e lavar as mãos... Cadê o Oliver?- Perguntou não vendo o pequeno irmão.

– Dormindo.

–Okay. Já volto.

Assim que Mary Margaret colocou o prato em frente à filha um forte enjoo a atingiu Emma fazendo-a vomitar na pia da cozinha mesmo sem ter tempo de ir ao banheiro

– Emma?! – Chamou Mary Margaret preocupada.

– Isso já passou dos limites! Vá pegar suas coisas suas coisas, vou te levar ao medico – Exclamou David levantando-se observando a filha lavar a boca.

– Não precisa – Negou Emma enxugando a boca.

– Você pretende vomitar ate quando? Estamos preocupados Emma. Por favor, vá pegar suas coisas.

– Não precisa. Eu... Eu sei oque eu tenho eu tenho – Disse aos pais que se entreolharam.

– Sabe? E porque não disse? – Perguntou Mary Margaret com o cenho franzido.

– Eu não sabia como. E ainda não sei... – Lamentou.

– Diga de uma vez Emma! É... É grave? – Perguntou David preocupado.

– Eu... – Perdeu uma batida do coração – Eu estou grávida – Disse com uma coragem que nem saia que lhe restava.

Por alguns segundos o silencio foi completo. Emma observava os pais, os rostos sem expressões. Devia ser agora a parte que eles a chamavam de vagabunda e a matavam? Perguntou-se.

– Você oque? – Gritou Mary Margaret assustando os três e fazendo Emma dar um passo para trás em puro reflexo – Eu... Desculpe Emma. Você me pegou de surpresa – Se repreendeu mentalmente vendo a filha de olhos arregalados.

– Quem é o pai? – Indagou David segundos depois.

Emma não sabia oque dizer, de acordo com as circunstâncias ele não tinha pai.

– Não me faça repetir de novo Emma. Quem é o pai? – A voz era seria, mas controlada.

– Alguém que não o merece, e não o terá. É meu filho, somente meu – Essa era a única certeza que tinha.

– É aquele garoto? O de ontem? – David não ia desistir, era da sua filha que se tratava.

– Quem? August? Não! Claro que não! Ele é eu amigo, quase um irmão – Graças a Deus August não estava ali, seu constrangimento seria maior.

– Então me diga quem é. Ele vai assumir o filho e se casar com você!

– Casar? – Franziu as sobrancelhas – Eu não vou casar com ninguém! Muito mesmo com alguém que não me ama, ainda menos o obrigando! – Isso com certeza estava fora de cogitação.

– Se ele não a ama porque foi para cama com ele ? – Perguntou David mais para si mesmo que para ele, não permitiria que ninguém usasse sua menina.

Emma sentiu os olhos arderem – Porque eu o amo pai – Confessou tristemente - Eu amo pai. – Respirou – Eu estou envergonhada, principalmente por ter decepcionado e magoado vocês – Declarou olhando para os dois com lagrimas nos olhos – Sinto muito, de verdade. Eu juro que não queria que as coisas tivessem chegado a isso, eu não sei oque aconteceu. Me desculpem. Eu... – Se interrompeu, as desculpas pareciam patéticas e não serviriam de nada, já estava feito, não havia como mudar.

– Eu vou entender se vocês não aceitarem, principalmente que o filho será só meu. Vocês tem toda razão de estarem magoados. Talvez eu vá morar com o tio Josh ou...

– Espera! Oque? Do que você esta falando Emma? –Interrompeu Mary Margaret que ate então só observava, sabia que aquilo estava sendo difícil para David, Emma era sua menininha.

– Vocês... Vocês não vão me expulsar de casa? – Perguntou confusa encarando os pais. Já estava preparada para aquilo.

– Oque? Claro que não! – Exclamou Mary Margaret surpresa com a suposição da filha.

– Mas eu pensei que vocês estavam...

– Que estamos tristes e decepcionados? Sim, estamos. Mas você é nossa filha Emma, nos momentos bons e os... Complicados – Deu um pequeno sorriso afetuoso – Nós te amamos e nunca a abandonaríamos – Disse com aquele tom de... Pai, que sempre passava a Emma segurança.

– Então... – Começou insegura.

– Fomos uma família Emma, e sempre seremos – Prometeu Mary Margaret olhando para o marido que assentiu sorrindo.

Emma estava deitada em sua cama após a conversa que tivera com os pais. Sentia-se mais calma, como se um peso tivesse sido tirado de suas costas. Agradecia a Deus pelos pais que tinha e prometeu a si mesmo fazer de tudo para nunca mais os decepciona-los. Saber que tinha o apoio deles lhe dava força e coragem pra seguir em frente.

– Emma? – Chamou Mary Margaret batendo na porta.

– Esta aberta – Disse sentando-se.

– Você esqueceu seu celular lá embaixo, esta tocando. É a Regina – Lhe entregou o aparelho e deixou um quarto depois de dar-lhe um sorriso.

– Oi? – Atendeu.

– Emma? Oque aconteceu sua louca?! Estou te ligando há horas! – Regina disparou a falar.

– Hey espera. Eu... Tive um pequeno problema e tive que ir embora – Suspirou voltando a se deitar.

– Pequeno? Pelo tamanho da marca no rosto do Neal o problema foi grande – Debochou.

Gemeu – Me desculpe por aqui, eu sei que ele é teu irmão é...

– Tá brincando?! – Interrompeu Regina – Me lembre de agradecer August depois.

– Regina... – Repreendeu Emma.

– Regina nada! Você não sai me contar o porquê daquilo não é? – Supor.

Emma pensou por um minuto, se contasse teria que contar tudo, e no momento só queria esquecer.

– Me desculpe

– Tudo bem. Eu só liguei pra saber como estava

– Regina, não fica chateada comigo – Implorou.

– Eu não estou. Tenho que desligar Beijos.

– Beijos...

Regina havia ficado chateada, tinha certeza. Suspirou tristemente.

Encarou o celular por alguns segundos e digitou os números.

– August?

– Hey Emma. Vejo que esta viva – Brincou – Tudo bem?

– Sim – Sorriu – Foi melhor do que eu poderia imaginar - Comentou feliz.

– Fico feliz Emma – Disse sincero.

– Você contou a eles sobre Neal – Emma podia ouvir de desagrado quando disse o nome de Neal.

– Não – Gemeu – Contei apenas que estava gravida. E quando que meu pai exigiu saber de quem era, mas no fim parece que aceitaram meu licencio.

– Sabia que ia dar tudo certo. Emma eu tenho que ir. Vai ao colégio amanha?

– Vou sim – Não ia ficar se escondendo, e faltar agora tão perto do fim do ano seria burrice.

– Quer carona? – Ofereceu.

– Não, tudo bem.

– Okay, te vejo amanha – Se despediu.

– Ate...

Emma passou o resto do dia no quarto e logo o sol nascia outra vez.

– Bom dia- Desejou entrando na cozinha.

– Bom dia mocinha – Desejou David.

– Hey Emma, chegou uma coisa pra você – Comentou Mary Margaret

– Pra mim? Oque? – Perguntou confusa.

– Aqui... – Entregou-lhe um envelope.

– Universidade de Columbia – Leu o remetente.

– Oh meu Deus! Eu fui aceita! – Comemorou surpresa após ler.

– Claro que foi. Ainda duvidava? Será uma grande medica! – Disse David orgulhoso.

– Você ainda vai? Agora com a gravidez... –Perguntou Mary Margaret pegando a carta para ler.

– Eu... Eu ainda não sei, não pensei nisso- Percebeu franzindo as sobrancelhas.

– Você tem algum tempo para pensar ainda. Não se preocupe – David sorriu carinhosamente.

– Bem, eu já vou, se não me atraso – Disse Emma após terminar o café.

– Se cuide – Despediu-se David.

– Ah Emma, eu marquei consulta para você esta tarde – Informou Mary Margaret.

– Consulta? – Perguntou confusa.

– Sim, para saber como tá o bebê, você... Pré- natal essas coisas – Explicou pacientemente.

– Ah claro... Hum, okay. Venho direto embora.

Despediram-se e Emma seguiu calmamente e logo se via dentro do carro no estacionamento decidindo se saia ou não.

– Vim aqui ver se estava viva – Brincou August batendo no vido.

– August! Que susto! Quer me matar? – Queixou-se.

– Claro que não – Negou segurando o riso enquanto entrava no carro.

– Isso, ria seu infeliz.

Deu uma leve risada – Então oque esta fazendo aqui? Além de mofando é claro.

– Criando coragem – Choramingou.

– Bobagem... Anda, vamos. E qualquer coisa minha mão ainda esta coçando pra acertar a cara dele de novo – Piscou.

A manha passou lentamente. Assim que Neal viu Emma caminhando junto de August ate eles afastou com Tâmara, na aula que tinha em que sentavam juntos não apareceu - oque Emma agradeceu mentalmente, no intervalo apesar de estarem na mesma mesa não se dirigiram a palavra ou o olha uma única vez, era como se Emma fosse invisível.

Por um lado isso a magoou, e por outro foi um alivio.

Os amigos notavam que algo estava errado, mas percebendo que o clima estava estranho não comentaram nada e logo era hora da saída.

Despediu-se de todos e seguiu rapidamente para casa, não sabia que horas sua mãe marcara a consulta e não queria se atrasar.

Sentada na sala de espera observava as outras mulheres que ali estavam, e seus barriga, seus tamanhos para ser mais exata.

Algumas já davam para notar, outras eram enormes, deviam estar para ganhar. E algumas eram como a sua mal aparecia. Imaginava como seria quando a sua começasse a ficar evidente, conseguiria esconder? E porque diabos faria isso?

– Emma, tudo bem? – Perguntou Mary Margaret diante do olhas distante da filha.

– Oque as pessoas vão pensar quando começar a aparecer mãe?

– Que você esta gravida – Disse calmamente à filha que revirou os olhos.

– Não foi isso que eu quis dizer. Eu tenho 18 anos e estou gravida! Vão começar a falar e especular quem é o pai e...

– Emma pare! – Interrompeu-a – Desde quando você toma suas decisões baseadas na opinião dos outros? Heim garotinha voluntariosa? - Perguntou divertida.

– Papai me chamava assim – Deu uma leve risada se lembrando – Desde nunca – Respondeu a pergunta revirando os olhos.

– Então não vamos mudar isso agora – Piscou – É sua vida, você quem terá que lidar com as consequências das suas escolhas, então não se deixe influenciar pelo que as pessoas vão dizer... Porque elas vão – sorriu maternamente

– Obrigada... – Sorriu. Esperava que se tornasse metade da mãe de sua mãe era.

– Emma Swan? – Ouviram seu nome ser chamado e se encaminharam ate consultório.

– Boa tarde...

Após conversarem com o doutor e tirar todas as duvidas Emma descobriu que estava no seu segundo mês de gestação, quase entrando no terceiro.

Entraram na sala de ultrassom e Emma pôde ver seu pequeno bebê pela tela, e apesar do doutor explicar oque era oque para ela não passava de manchar. Foi quando um som estranho, rápido e forte preencheu a sala.

– É o coração dele – Explicou o medico.

Enquanto ouvia o forte coração Emma percebeu que agora a filha estava caindo, ela sabia que estava gravida obvio, mas era diferente ver isso por dois tracinhos e pelo som de um forte coração batendo, o coração do seu filho. De repente tudo se tornava claramente real.

E ouvindo aquele estranho e doce som ela percebeu que sua mãe tinha razão. Pouco importava o som das palavras acusatórias dos outros diante daquele som. Aquele som que em poucos segundos havia se tornado seu som preferido no mundo.

Era estranho, e ela não compreendia muito bem, mas já amava aquelas pequenas machinhas na tela.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, ate breve!
KISS



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