The last love escrita por Ingrid Lins


Capítulo 4
Capítulo 3: Se é para fazer, vamos fazer direito!


Notas iniciais do capítulo

Mai um capítulo na área hahaha



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Já que meu pai queria que eu virasse santo, e como eu amava muito meu maravilhoso Jaguar, eu faria esse sacrifício por ele. Meu primeiro passo foi ter a matéria, para estudar, eu tinha que saber o que o professor estava passando.

Passei a estudar igual um burro de carga mental. Com a Elena eu também estava me esforçando, mas devo acrescentar que entender aqueles bagulhos de mol, calor, e matriz, PA PG era mil vezes mais fácil de entender.

—Oi Elena.

—Oi. Tem dias que você não aparece lá em casa, hein. — ela comentou. É claro! Não tenho outra vida sem ser estudar né, pensei em dizer, mas fiquei quieto.

—Pois é! Meu pai me deu um intimato e se eu quiser ver a cor da meu Jaguar de novo, vou ter que virar um cara responsável. Como se eu já não fosse! — debochei.

Ela riu e estranhamente, isso me fez ganhar o dia.

—Claro! Muito responsável! — ela disse divertida. — Mas e aí? Qual é a boa do fim de semana?

—Estudar!

Ela parecia realmente surpresa. Será que era tão difícil acreditar que eu ia virar um cara responsável?

Elena Gilbert

Eu realmente não estava reconhecendo aquele Damon. Ele realmente tinha abandonado a farra, passava dias estudando...

Talvez eu devesse seguir o exemplo dele, e decidir o que fazer da minha vida. Quer dizer, eu sabia bem o que queria para o meu futuro, mas... Eu não sabia em que área focar; a advocacia abre um leque de opções.

Logo meu pensamento voou para Damon Salvatore. Ele era lindo — em todos os sentidos da palavra! —, eu me sentia vendo o mar quando olhava para aqueles olhos.

Eu não acreditava que estava num piquenique no Ecologic Park com Damon. Eu não devia ter aceitado aquele encontro, mas ele estava sendo tão insistente, tão esforçado, que achei que deveria dar uma chance. Não era um pecado mortal... era? Ai, Cristo onde estava com a cabeça? Ah, lembrei! Eu estava pensando que podia me aproveitar daquela boca deliciosamente vermelha!

Toma tendência Elena Gilbert!

—Eu te acho linda. De verdade. — ele pareceu sincero.

—Muito obrigada! — agradeci olhando o chão realmente envergonhada. Ele me deixava sem graça num nível que eu nem sequer podia imaginar.

—Poxa eu achei que era lindo também! Nem bonitinho? Fiquei magoado agora. — fez graça.

Ri daquele teatro, pensando o quanto eu o achava lindo e sexy.

—Você não precisa de mim pra saber que é bonito. Todas as mulheres de Mystic Falls já deixaram bem claro o quanto é atraente.

—Hum eu sou atraente? — estava lá a porcaria do sorriso torto que me tirava do mundo. Ele sabia. Tanto sabia, que deu uma piscada para mim — Olha que eu posso ficar metido hein.

Rimos e depois o silêncio se fez. Olho no olho, e eu não sabia até onde o negaria. O calor que emanava daquelas orbes azuis me deixava encantada, como um feitiço. O canto da sereia... ou do tritão no caso, ri em pensamento. Ele pegou minha mão e continuou me encarando. Aquilo me incomodou, porque todo meu corpo estava em chamas apartir da minha mão que estava em contato com a dele.

—Você pode achar que... eu só quero te seduzir, te usar e jogar fora, mas... eu... droga, Elena você me deixa mais enrolado que carretel!

—Pega um atalho — sussurrei.

—Eu não passo um segundo do meu dia sem pensar em você.

Eu não podia cair naquela história! Eu conhecia bem como ele era com mulheres, porque estava me deixando levar por aquele papo?

—Não me fale isso, Damon. Eu posso me deixar influenciar pelas suas palavras doces. — fui sincera.

—Então se deixe levar, Elena porque é a mais pura verdade. — ele levantou meu queixo — A cada mulher que eu ponho o olho, eu te vejo.

Meu coração batia tão forte que há quilômetros daria para ouvi-lo. Eu estava caindo naquele papo como todas as outras, mas eu não conseguia evitar. Aquele olhar me virava do avesso, fazendo com que eu fosse contra tudo que eu acreditava.

Ele me olhava ansioso, olhos brilhando de expectativa.

—Eu não posso me arriscar assim, Damon.

—Se arrisque por mim. Por favor, me dá um voto de confiança. Eu juro que nunca vou trocar seu nome, nem te magoar de jeito nenhum. — ele parou me fitando — Eu mudei de um jeito que eu achava que era impossível. E grande parte foi por você.

Eu me derreti com aquelas palavras. Mas tinha um motivo: eu estava apaixonada. Mais que isso, eu... O amava. Sem pensar em mais nada, me aproximei dele, e lhe dei um beijo. Beijo apaixonado, beijo gostoso. Eu queria aquele homem do meu lado até o fim dos meus dias. Eu teria?

Três semanas depois...

Achar algo que realmente interessasse a Damon, era uma tarefa quase impossível! Administração, economia, advocacia — profissão de burguês, segundo ele — estavam fora de cogitação!

Estávamos na cozinha da minha casa, enquanto eu estava com meu computador pesquisando algo para tentar ajudá-lo a encontrar alguma faculdade que chamasse sua atenção, ele estava preparando waffles com calda de chocolate para mim.

—Desde quando você sabe cozinhar? — perguntei.

—Sei lá. Desde que me entendo por gente, eu acho. — ele riu abaixando a cabeça. — Lá em Londres, a Regina, uma moça que trabalhava lá em casa, me ensinou a cozinhar. Eu gostava do jeito que tudo ficava dentro da panela, aí um dia ela falou pra mim “Damon, pra cozinhar é preciso ter dom, e pra perceber toda beleza da mistura de tudo dentro da panela, necessita olhar com o coração; você consegue enxergar essa beleza, por que tem o dom.” — ele riu — É meloso, eu sei, mas acreditei nela. É uma boa lembrança.

—AI MEU DEUS! É isso, sem dúvida. — eu estava feliz, tinha encontrado a profissão perfeita para ele. — Gastronomia.

—Hã?

—Você gosta de cozinhar, se sente bem com isso, então... Você pode fazer gastronomia, e virar chefe de cozinha!

—Será? — ele parecia preocupado e confuso.

—Confie em você. Eu tenho certeza que você vai se dar muito bem!

De repente, seu celular tocou. Quando olhou o visor, ele ergueu uma sobrancelha confuso.

Damon Salvatore

—Alô?

—Damon! — ouvi meu irmão gritar.

—Stefan?! O que houve?

—A Rose tá atrás de mim! — ah, grande novidade!

—Por quê?

—Eu vi o Trevis quase matando ela! E agora, ela tá atrás de mim. — eu não entendi nada daquela história que o Stefan tinha contado.

—Onde você tá? — não seja meu quarto, não seja meu quarto...

—No seu quarto! — Stefan exclamou realmente assustado.

Não tenho filhos, mas...!

—Tá bom. Passa a chave na porta, e não abre pra ninguém. — disse rápido, procurando minha camisa. — E tira o sapato antes de colocar os pés na minha cama!

Quando eu já ia fechar a tampa do celular, o ouvi perguntar receoso:

—Você tá vindo pra cá?

—Claro!

Desliguei a ligação, vesti minha camisa, peguei minha carteira e a chave do carro — que tinha voltado para as minhas mãos, imagine o sorriso de bobão na minha cara.

Expliquei para Elena a situação, e saí andando em passos rápidos. Entrei no meu Jaguar, e dirigi o mais rápido que pude. Tenho certeza que ganhei uma multa naquele dia.

Quando cheguei em casa, as coisas do namorado da minha irmã estavam jogadas no sofá, mas ele não estava. Podia ouvir Rose esmurrando a porta do meu quarto, gritando para que Stefan saísse, e depois de cinco minutos, a porta de seu quarto sendo fechada com força. Ah, se meu pai estivesse em casa!

Fui subindo as escadas devagar para ter certeza que a psicopata não estava por ali. Bati na porta, e ouvi os passos leves do meu irmão atrás da porta.

—Abre a porta, Stefan. Sou eu.

Então ouvi a chave sendo virada, e a porta foi aberta. Assim que passei, ele fechou a porta, girando a chave mais uma vez.

—O que houve? — perguntei, sentando na cama.

Ele sentou de frente para mim, e cruzou as pernas como um índio.

—Mamãe e papai saíram e pediram pra Rose cuidar de mim. Depois que eles saíram, ela ligou pro Trevis e ele veio. Eu fiquei no meu quarto vendo Carros, aí eu escutei ela gritando. Quando eu desci as escadas, eu vi o Travis pelado em cima dela! — Meu Deus do Céu! Meus pais iam matar Rose Marie Salvatore. — Ela tava gritando, falando “Travis, você vai me matar!”

Eu não estava acreditando que Rose tinha feito sexo na sala, com a criança dentro de casa.

De repente, ouvi a louca esmurrar a porta de novo, e Tiago se encolher na minha cama. Levantei e abri a porta.

—Stefan, você... Damon?!

—O que você quer com o Stefan? — perguntei.

—Ele vai me pagar! Me deixa falar com ele! — A loira nojenta exigiu.

—Você não tem direito de exigir nada. Vamos deixar algo claro: se você não tivesse — fechei a porta, e mantive a voz baixa — transando na sala, enquanto os nossos pais tavam fora, e o moleque em casa, ele não teria visto nada.

—E desde quando você se importa? Isso não é da sua conta!

—É DA MINHA CONTA PORQUE O STEFAN É UMA CRIANÇA, E VOCÊ É UMA MALUCA! — gritei.

—VOCÊ NUNCA SE IMPORTOU! NÃO VAI CONQUISTAR AQUELA GAROTA FINGINDO QUE SE IMPORTA!

—NÃO COLOCA “AQUELA GAROTA” NO MEIO! EU ME IMPORTO SIM, NÃO SOU COMO VOCÊ! UMA LOIRINHA METIDA, FÚTIL, PREPOTENTE, QUE SÓ QUER SABER DO PRÓPRIO UMBIGO! — tentei manter minha voz alta o tempo todo. Já que eu tinha começado, também ia falar tudo que eu preferi deixar quieto esses anos. — EU TENHO NOJO DE VOCÊ! TENHO DESPREZO POR PESSOAS COMO VOCÊ!

—POSSO SABER QUE GRITARIA É ESSA AQUI? — meu pai gritou mais alto que nós.

—O Stefan tava...

—Vendo filme no meu quarto, e essa maluca que vocês insistem em dizer que não é adotada, ligou o rádio nas alturas. O moleque disse pra ela abaixar o som, mas ela começou a querer bater nele. Ele se trancou no meu quarto, e me ligou — intercedi pelo caçula. — Eu tive que vir da casa da Elena, pra não deixar essa loira burra partir minha porta ao meio, e matar o garoto.

Meu pai olhou para ela como se quisesse mandá-la para um internato do outro lado do globo, e minha mãe estava com o olhar decepcionado. Minha mãe a encarou, soltando um suspiro pesado.

Rose abaixou a cabeça, sabendo que aquela batalha eu tinha ganhado.

—Pro seu quarto. — a Senhora Salvatore se limitou em dizer.

—Mas mãe...

—Agora! — minha mãe exclamou gritando.

Voltei para o quarto, e fiquei vendo desenho com Stefan — nem eu acredito nisso ainda. Naquela tarde, podemos ouvir os gritos soluçados da minha mãe com Rose. Ela sempre dizia coisas do tipo “O que você tem na cabeça?” e “Me convença que você não é uma pessoa egoísta, Rose Marie”.

Passado o momento, fomos jantar. Tudo ainda era um silêncio à mesa. Rose estava com os olhos extremamente vermelhos, e meus pais comiam em silêncio. Eu e Stefan estávamos completamente alheios aquele clima.

Depois do jantar, meus pais foram para a sala de Tv, e Stefan tinha ido para a sala de jogos. Eu já estava saindo quando ouvi meus pais na sala ao lado.

—Eu não sei mais o que fazer, Deus do céu! — minha mãe chorava se lamentando.

—Eliza, não devemos nos culpar pelas atitudes da Rose. Ela já tem vinte anos, não é nenhuma criança!

Era incrível como meu pai sempre tirava o corpo fora, mas desta vez, eu tinha que concordar com ele. Minha mãe continuava chorando.

—Ela é nossa filha, Giuseppe, não podemos tirar nossa culpa assim!

—Culpa?! Rose Marie teve tudo que os meninos tem, e nem por isso eles são egoístas como ela. Até mesmo Damon se importa mais que ela. — suspirou — Eu me recuso a acreditar que isso é culpa minha, Rose sempre teve tudo que quis. Teve uma boa educação, exemplos...

—Nós não podemos agir como se tudo fosse culpa só dela.

—Eliza egoísmo não é culpa de criação. Isso vem da pessoa.

—Mas...

—Na próxima que ela aprontar assim, eu vou tirá-la do meu testamento. E eu falo sério.

Minha mãe ficou calada, certamente sabendo que não adiantava discutir, meu pai nunca voltava atrás.

Eu estava seguindo pelo corredor da mansão quando a loira psicopata brotou saindo de algum cômodo, então aproveitar para deixar algumas coisas claras. Segurei-a pelo braço e arrastei para a cozinha.

—Se você voltar a ameaçar o Stefan, eu vou contar pra os coroas sobre seu showzinho no sofá da sala, aí vai ser pior pra você. Eles vão te deserdar, e te expulsar de casa.

Ela me fuzilou com os olhos.

—Eu. Te. Odeio. Damon. Salvatore! — ela disse pausadamente, dando destaque a cada palavra.


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