The last love escrita por Ingrid Lins


Capítulo 11
Capítulo 10: Ponto final


Notas iniciais do capítulo

Assim que chegar no pov de Damon abram o link e escutem a música!



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Algumas semanas haviam passado e eu tomei uma decisão. Não dava para continuar com o Matt mesmo porque mais dia ou menos dia me via cada vez mais perto de Damon. A cada maldito dia eu pensava mais nele, e era injusto com um homem como Matt mantê-lo numa relação de mentira, que já não queria dizer nada para mim.

Naquela quarta-feira, à noite, o chamei para jantar. Ele ficou surpreso pois há semanas não nos víamos; eu sempre inventava uma desculpa, as vezes porque estava de fato ocupada, e outras vezes eu simplesmente não queria vê-lo.

Arrumei a mesa com as travessas todas coloridas com a comida. Vesti um vestido preto, sandálias preta, e optei por deixar o cabelo solto. Fiz uma maquiagem simples e então esperei por ele. No horário marcado ele chegou ao meu apartamento.

—É por causa dele né...? O pai do seu filho. — Matt me questionou depois que anunciei o rompimento.

—Não, Matt, eu só... sinto que acabou, sabe?

—Elena eu quero seu bem, ok. Não vou tentar te convencer do contrário, se é realmente isso que você quer, só quero que tenha certeza do que está fazendo. Aquele... Damon não me parece um cara responsável.

—Tá tudo bem, Matt e não é por ele. Não é por homem nenhum. Só não quero te manter numa relação falida.

Ele se levantou, me deu um beijo na testa e segurou minhas mãos.

—Conte comigo pra qualquer coisa. — ele me disse sorrindo, olhando nos meus olhos.

—Matt, eu só...

—Shii, não precisa me explicar nada, Elena. Boa sorte com tudo.

Com um último beijo, ele se despediu e foi embora.

Damon Salvatore

Bye bye

—Muito poético da sua parte me trazer no restaurante onde me pediu em namoro. — a voz de Bonnie soou aos meus ouvidos quando eu estava distraído.

—Bonnie não fala assim.

—Senhores vão pedir agora? — perguntou o garçom que apareceu de repente.

—Champanhe?

—Não, champanhe são pra datas felizes. Um uísque duplo por favor, sem gelo.

Me surpreendi com a resposta, ela sempre tomava champanhe. Em qualquer que fosse a ocasião, era sempre champanhe. Dizia que as bolinhas lhe causavam uma boa sensação, a deixavam feliz. Assim que nossas bebidas chegaram, Bonnie tomou seu drink de uma vez só.

—Sabe... eu sempre soube que era ela. Todas as vezes que você trocou meu nome, sempre que olhava pro nada sem um motivo... nosso restaurante. A maldita Elena que sempre nos rondou como um fantasma que atormenta os vivos.

—Bonnie, por favor, me deixe falar... — tentei mas ela parecia disposta a falar tudo que estava entalado.

—Você parecia um garotinho magoado quando nos conhecemos, e aí eu pensei — as mãos trêmulas de Bonnie limparam as lágrimas que insistiam e cair e depois taparam sua boca por alguns segundos. — Eu posso cuidar dele... posso fazê-lo feliz.

—Bon...

—Eu tinha esperanças de um dia fazer com que você me amasse. Eu fui sua companheira pra tudo por sete anos, uma hora não teria como ser diferente, você me amaria. E ficaria feliz comigo. — seus olhos brilharam como se visse um vislumbre de um futuro que nós nunca teríamos. —Eu sabia que não devíamos ter ficado tão perto... eu sabia!

Eu estava com raiva de mim por fazê-la sofrer tanto assim. As lágrimas dela desciam sem parar e ela soluçava audivelmente. Aquilo estava me matando porquê de fato, Bonnie sempre foi mais do que eu merecia. Sempre esteve do meu lado quando precisei, me ajudou a crescer, e só o que ela queria de volta era ser amada tanto quanto me amava. E nem isso eu fui capaz de dar a ela.

—Eu sinto muito Bonnie. Deus sabe o quanto eu queria te dar todo amor que você me deu, mas... eu não posso te enganar. Você é perfeita, só que não pra mim.

—Eu quis te dar uma família, mas ela saiu na minha frente. Não tenho como competir com isso.

—Você não tem que competir com nada, meu amor, vai encontrar alguém que vai matar e morrer só pra receber um minuto da sua atenção. — respondi sincero, desejando que essa pessoa aparecesse e a completasse.

—E porque essa pessoa não pode ser você, Damon?

Era tanta dor refletida naquele olhar que estava me deixando muito mal. Eu sabia que esse não seria um fim fácil de ser feito mas eu não tinha a menor noção das profundezas das marcas que deixara em Bonnie.

Suspirei

—É... complicado.

—Não, não é Damon! — estrilou, e então fechou os olhos para se controlar. Ela suspirou e então voltou a falar — É mais fácil dizer que não me ama ao invés de dar voltas no mesmo lugar.

—Mas eu te amo, Bonnie! Esse é o problema. Eu te amo só que não do jeito que você merece.

—Isso não adianta de nada! Do que importa se você gosta de mim? Eu nunca passarei de uma amiga rejeitada. Alguém que serviu de step na sua vida por sete anos, até você reencontrar a vadia. Aquela maldita conseguiu te manter amarrado a ela pra sempre.

—Bon-Bon...

—Não, Damon por favor. Não me chama assim como se ainda se importasse.

Tudo que eu não queria estava finalizado. A mágoa e a tristeza nos olhos castanhos de Bonnie me deixava claro o quanto ela estava ferida. Homem nenhum tinha o direito de fazer isso, e logo eu completei essa inútil tarefa.

Sem que eu tenha registrado, mais dois drinks chegaram a nossa mesa. Ela virou os dois seguidamente, me deixando impressionado. Se mede o tamanho da decepção de uma mulher pela quantidade de bebida que ela consegue virar, e Bonnie estava só começando...

Por algumas horas ela ficou nesse ciclo de virar drinks e mais drinks e chorar porém não fui embora. Não podia ir. Aquilo era culpa minha e me vi na obrigação de ficar ali com ela. Vez ou outra eu virava uma bebida também, mas sem dúvida, Bonnie deve ter dado um bom lucro ao bar do restaurante.

—Eu... vou embora.

As palavras pareciam meio pesadas em sua boca, no entanto, mesmo bêbada ela estava perfeitamente bem em cima dos saltos finos.

—Eu te levo até em casa.

—Tá tudo bem, não tô tão ruim assim. — sorriu — Pego um taxi.

Para garantir, a levei até o ponto de taxi na frente do restaurante, e esperei até que ela entrasse em um dos carros. Depois cansado e frustrado, peguei meu carro e segui pro meu apartamento.

Damon, eu... me desculpe! —o choro audível e explícito se fez presente em sua voz. — Eu sei que disse que ia ficar bem, mas eu não vou conseguir. Eu te amo tanto que não posso sequer pensar numa vida sem você. Por favor, não fique com raiva de mim, só... tente me entender. Sete anos não são sete dias, e amor não é passageiro. Eu amo você e estar aqui no nosso lugar, nosso... só nosso de mais ninguém... me deixa tão triste. Tão desesperada! Não posso ficar sem você, simplesmente não posso... te amo muito!

Aquela mensagem gravada na minha secretaria eletrônica me deixou preocupado, nervoso e desesperado. O que Bonnie queria dizer com aquela maldita mensagem?

—Eu amo você e estar aqui no nosso lugar, nosso... só nosso de mais ninguém

O restaurante. Ela estava no La Luna sem dúvida nenhuma. Mal cheguei em casa e já estava correndo de novo. Catei a chave da porta e entrei no carro acelerando logo em seguida. Assim que cheguei na porta do restaurante, vi o carro dela estacionado. Entrei com cuidado chamando por ela, mas não havia uma única alma que me respondesse.

Andei por todos os salões do restaurante, e por fim, soube por uma intuição — é só o que posso atribuir naquele momento tão desesperado — que ela estaria no jardim. O nosso jardim que naquele momento, parecia mais o jardim da minha tormenta.

—Precisamos de algo que nos represente. — ela disse sentada no meu colo.

—No restaurante? Não precisamos não.

—Damon esse restaurante é a prova do nosso esforço e sucesso. Merecemos algo especial. Um jardim.

—Um gramadinho?!

—Um jardim! O nosso jardim...

Ela estava lá, estirada no chão. Uma faca Filetear* ao lado, a lâmina suja de sangue. Quando cheguei mais perto dela consegui ver o buraco vermelho em sua barriga.

—Ah, meu Deus, Bonnie! O que você fez?!

Eu corri em sua direção e a amparei nos meus braços, no entanto, por mais rápido que fossem meus movimentos, ainda parecia que eu me movia em câmera lenta. Ela ainda respirava, mas lentamente. Tentei pegar meu celular pra chamar a ambulância, mas sua mão fraca bateu na minha.

—Por favor... não... — sua voz debilitada sussurrou pra mim.

—Bonnie, por favor, me deixa te salvar. Pelo amor de Deus, eu...!

—Eu não quero, Damon... só... qu-quero que fique aqui até... hum... tu-tudo acabar.

—Não quero que termine!

As roupas dela estavam machadas de sangue, seu corpo ficando frio, a poça no chão ao seu lado... Abracei-a com força, chorando de nervoso e desespero. Ela tentava acariciar meu rosto, mas a cada minuto suas forças se esvaiam mais rápido. Seus olhos aos poucos perdendo o brilho e por vezes ela parecia que perderia a consciência; os olhos revirando sem parar.

—Eu... eu tô ficando com... muito frio. Só... saiba que eu... e-eu te amo, Damon. Amo mu-muito...!

Seus olhos reviraram mais uma vez, e segurando minha mão, Bonnie partiu.

Alguns dias depois foi o velório, e a única coisa que eu consegui fazer aquele dia foi chorar a morte de uma pessoa que tinha sido tão importante na minha vida.


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Notas finais do capítulo

Esse é um capítulo mto triste, primeiramente esse não era o destino de Bonnie, mas como a autora é sanguinária e má, quando vi, já tinha matado a coitada! Sobre o Matt... é o Matt né gente, não tem mto o q fazer. Enfim, comentem e até o próximo.



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