Eyes of a Demon escrita por QueenOfVampires


Capítulo 21
Abelhas


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas... Sorry a demora, estou doente e aí não estou raciocinando bem, foi uma luta para terminar o capítulo...
PRIMEIRAMENTE QUERO FALAR UMAS COISINHAS! Gente, eu recebi uns comentários pedindo para que eu não terminasse a Eyes e tudo mais, que eu tinha que fazer uma terceira temporada... Vocês focaram tanto nisso que nem disseram o que acharam do capítulo passado! Mas é o seguinte... Não foi a primeira vez que eu disse que essa seria a última temporada da fanfic, eu já disse isso umas duas vezes aqui! E tem mais, eu também disse que tinha ideais para uma fanfic nova de Supernatural, no caso agora eu tenho ideia para duas! Então a Eyes vai acabar, mas terão coisas novas! Fora que eu prefiro dar um final bem legal para essa fic do que forçar uma continuação e abandoná-la sem mais nem menos por falta do que escrever... Bom, espero que entendam meu lado, falarei mais nas notas finais. Boa leitura.



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Dois dias depois da “descoberta” e as coisas estavam até normais. Kevin tinha voltado para a faculdade e, até onde soubemos, ele estava perfeitamente seguro, a Sophie... Bom, ela voltou para sua mansão digna de princesa, falou umas verdades para o pai, jogou o alfarrábio na cara dele e voltou para o bunker decidida a mergulhar de vez naquela nossa vida e se tornar a primeira Mulher das Letras oficial... E, acreditem ou não, o fato de que ela e o Dean estavam “juntos” foi o que menos contribuiu para essa escolha. A loira gostava de liberdade e de sentir que podia fazer algo melhor para o mundo do jeitinho dela.

Jordan tentava se habituar ao nosso dia a dia, mas ele não estava acostumado a ficar à toa o dia todo, então Gabriel passava um bom tempo o ensinando coisas que ele poderia usar para se defender dos demônios ou anjos. Ah! E a Claire estava adorando o fato de ter um belo garoto da sua faixa etária no bunker...

Castiel continuava preocupado que eu fizesse alguma bobagem do tipo acertar um tiro na testa ou cortar os pulsos, mas eu não faria isso... Desde o incidente com Metatron eu passei a valorizar a vida. E como prova disso, eu estava mais decidida do que nunca a matar Abaddon.

– Todos prontos? – Perguntei novamente enquanto Sam e Dean terminavam de carregar suas armas.

– Sim. – Castiel respondeu ao constatar que estava tudo certo.

Eu, Castiel, Gabriel e os Winchester estávamos a caminho do Missouri para termos uma breve conversa com o senhor Caim Pai-do-Assassinato-criador-dos-Cavaleiros-do-Inferno-criatura-maligna-das-trevas.

A viagem duraria umas oito horas e Gabriel nos encontraria na cidade, eu e Castiel fomos no Porsche... Me arrependi de escolher ir em dois carros no mesmo segundo que o anjo começou a falar.

– Você está tensa. – Ele comentou enquanto me observava.

– Claro, estamos indo pedir um favor ao Pai do Assassinato!

– Esse não é o único motivo...

– Não comece! Eu já estou cansada de você me cercando com todo esse cuidado excessivo. – Falei pausadamente e tentando manter a calma.

– Eu só estou preocupado com você.

– Não, você está paranoico achando que eu vou cometer um suicídio!

– E não deveria? Você já fez isso antes, simplesmente saiu e se entregou à Metatron.

Eu não respondi de imediato, estava chocada com aquela acusação! Ele falava como se eu tivesse feito uma escolha egoísta.

– Eu queria salvar vocês! Ele quase matou meus irmãos! E teria sido muito fácil se você não tivesse surgido no galpão e acabado com minha concentração!

– Então você está transferindo a culpa para mim? – Castiel ergueu uma sobrancelha, só aquela linguagem certinha que ele usava me deixava ainda mais nervosa.

– Que culpa? Não existe culpa! Eu não me arrependo do que fiz! Eu impedi que aquele projeto de mendigo alado tomasse o céu.

Na verdade, existia culpa sim! Eu fui presunçosa e deixei que ele me possuísse, o resultado foi um monte de anjos mortos, Gabriel e Bobby quase no mesmo caminho, Sam, Dean e Castiel machucados... Pensando bem, foi muito egoísmo da minha parte... Mas eu tinha aquele negócio chamado Orgulho.

– Que bom que você tem muita certeza de suas ações. – Ele falou por fim e eu optei por não respondê-lo.

Quando chegamos à uma pequena cidade no estado do Missouri, achamos Gabriel no meio de uma estrada e ele não estava com a cara nada boa. Nós saímos dos carros e fomos até ele.

– O que houve, Trickster? – Dean perguntou.

– Nada... É só que a presença de Caim é extremamente...

– Maligna. – Castiel o completou, só então notei que seus olhos estavam exibindo a luz azul.

– Ótimo! Parece divertido! – O Winchester mais velho soltou uma risada irônica – Vamos lá tomar um chá com Caim.

Nós seguimos a estrada até uma propriedade cercada por algumas estacas com arame farpado, com um pequeno moinho na entrada e uma casa branca bem bonitinha, havia uma caminhonete vermelha e antiga estacionada mais a frente e no lado oposto um campo com várias colmeias artificiais. Os garotos saíram do Impala e olharam ao redor, Gabriel estava visivelmente incomodado, assim como Castiel que estava tão tenso quanto antes. Eu e o anjo nos juntamos aos outros, mas não havia nem sinal de Caim.

– Quando você disse que ele tinha virado apicultor, achei que era uma metáfora... Ou uma brincadeira. – Sam disse para Gabriel.

– Parece que não. – Gabriel deu de ombros.

Então, de longe nós vimos um homem com toda a roupa de proteção fumegando as criaturinhas e arrumando as caixas.

– É aquele? – Eu perguntei.

– Sim... Me deu uma vontade de sair correndo, mas eu teria que mudar de planeta e não daria tempo. – O arcanjo brincou.

– Posso ajudá-los? – E aí o homem brotou atrás de Sam e Dean, tirou seu chapéu com a rede de proteção e nos encarou com uma expressão nada satisfeita.

Duas coisas. Primeira: Caim era um velhaco bem bonito, tinha cabelos grisalhos bem arrumados, uma barba imponente, olhos azuis expressivos... Se Castiel pudesse envelhecer, adoraria que ele ficasse daquele jeito! E segunda: Caramba, que medo!

– Er... Nós somos... – Dean começou a falar, mas foi interrompido pelo senhor.

– Os Winchester, o anjo Castiel, o Arcanjo Gabriel e o receptáculo de Deus... Meghan Harper. – Ele olhou de um a um – Estou aposentado, não morto.

– Nós só queremos conversar. – Eu me pronunciei.

– Tenho certeza que sim. Vamos entrar. – Ele saiu andando em direção à casa e nós o seguimos, todos nós estávamos em estado de alerta.

Caim nos largou em sua sala de estar, muito fofa por sinal, e foi para a cozinha preparar um pouco de chá. Dean andava de um lado para o outro, olhando os detalhes e alguns porta retratos em cima da lareira, Sam observava a caixa de vidro que servia como habitat de abelhas, Castiel e Gabriel estavam sentados cada um de um lado meu no sofá, vez ou outra o anjo olhava para mim como se quisesse me levar para bem longe dali.

– Algum de vocês cria abelhas? – Caim surgiu na sala trazendo uma bandeja com um bule delicado e algumas xícaras – É muito relaxante... Elas são criaturas muito nobres! – Ele colocou a bandeja na mesinha de centro à nossa frente – E o mel? Bom, eu o deixo no favo! Elas estão morrendo, vocês sabiam? Sem abelhas, a humanidade não sobreviverá.

Nenhum de nós respondeu nada, apenas pegamos as xícaras quando ele as ofereceu. O homem nos encarou por alguns segundos e resolveu prosseguir antes de tomar um gole despreocupado do chá.

– Então, o que a turma mais famosa do momento está fazendo na minha casa?

– Você sabe bem quem nós somos? – Sam perguntou.

– Sim, o que eu não sei é porque estão procurando por mim e como me encontraram.

– História engraçada, na verdade! – Gabriel falou – Foi um mal entendido e nós...

– Shh! – Caim o interrompeu, erguendo um dedo e então o arcanjo se calou, não por vontade própria, mas sim porque não conseguia falar.

– Você tem que me ensinar a fazer isso! – Dean exclamou.

– O que estão fazendo aqui? – Ele tornou a perguntar.

– Nós estamos tendo um probleminha com um Cavaleiro do Inferno, Abaddon, e soubemos que você foi quem realmente acabou com eles no passado. – Me inclinei para frente – Com quase todos.

– Eu já disse, estou aposentado... Além do mais, eu não tenho mais a Primeira Lâmina comigo. – Caim levantou-se – Foi um prazer ter a companhia de vocês, mas uma vez por século já é o suficiente, vocês podem se retirar.

– Espera aí! – Eu o acompanhei – Você não está entendendo, ela quer me matar a mando do Rei do Inferno. Só quero um favor, um acordo, qualquer coisa que me livre disso!

– Você já matou Cavaleiros antes, não deve ser difícil para você. – Sam insistiu.

– Eu criei a ordem demoníaca inteira e os treinei! Convivi com eles, incluindo Abaddon! O que me surpreende é que até então, além dela, ninguém sabia que quem acabou com eles fui eu e não os Arcanjos... Onde descobriram isso?

Gabriel, que ainda não podia falar, levantou a mão timidamente. Caim estalou os dedos e o arcanjo voltou a tagarelar.

– Ufa! Achei que ia ficar mudo para sempre!

– Responda!

– Eu consegui a informação com a Kali. – O arcanjo respondeu rapidamente.

– Aquela maldita linguaruda. – Caim estreitou os olhos – Sinto muito, mas não poderei ajudá-los, se me derem licença, tenho coisas para resolver na cidade... Espero que não voltem nunca.

E dizendo isso, ele sumiu enquanto ia à cozinha. Fiz menção de segui-lo, mas o Dean me impediu.

– Vamos embora, Meghan. – Castiel me chamou – Vamos encontrar outra maneira de acabar com Abaddon.

– Não! Não existe outra maneira!

– Meghan, temos que sair daqui... Caim já foi muito simpático. – Sam me pediu.

Ele estava certo, Caim poderia ter nos matado ali mesmo só por perturbá-lo e não o fez, eu tinha que parar de testar minha sorte. Nós saímos da casa, mas eu não havia desistido dele, planejava voltar sozinha depois.

O caminho da volta foi absurdamente silencioso, eu estava muito chateada por não ter conseguido nada e acho que o anjo notou isso e achou melhor não piorar a situação com seu otimismo exagerado. No entanto, a voz dele sempre me acalmava e eu adoraria que sua falta de senso falasse mais alto e ele começasse a tagarelar algo inútil... O que não aconteceu.

–---

Ao voltarmos para o bunker, Sam foi ligar para Audrey e combinar onde iria buscá-la. Sophie estava lendo algum livro largada na poltrona da segunda sala, deu um leve sorriso para o Dean quando o viu mas não falou mais nada ao perceber que ninguém tinha uma expressão de boas novas.

– Bom, vou retornar ao Céu. – Gabriel anunciou – Qualquer novidade... Me chamem.

– Eu vou com você. – Castiel se virou para ele – Eu tenho uma coisa para resolver lá.

– Você não vai ficar para saber o que a Audrey sabe? – Dean perguntou.

– Vocês podem me contar depois. – Ele assentiu – Até mais.

Castiel me lançou um meio sorriso e sumiu com Gabriel. Ou ele estava tão triste quanto eu ou estava irritado com nossa conversa mais cedo... E conhecendo bem aquele bebê de sobretudo, diria que era a segunda opção.

Eu fui para o meu quarto e me joguei na cama para pensar um pouco, a verdade é que eu estava frustrada demais com aquela situação toda. Antes as coisas eram simples, tão fáceis de resolver... Mas aqueles pequenos acontecimentos viraram uma bola de neve e eu não estava mais suportando o peso nos meus ombros e na minha mente. Foi então que me permiti chorar de novo... E chorei por quase uma hora inteira, chorei a ponto de ficar com o rosto completamente dormente e meus olhos inchados. Escutei uma batida leve na porta e me recompus na medida do possível.

– Pode entrar. – Falei tentando normalizar o tom de voz.

– Megh? – Claire entrou – O que houve?

– Nada demais...

– Ah sim, você está se afogando em lágrimas por nada! Normal! Acontece todo dia! – Ela revirou os olhos – O Dean me contou o que rolou na conversa com Caim, eu sinto muito.

– Foi isso, você já sabe, pronto.

– Você não estaria nesse estado só por isso... O bobão fez algo? – Claire perguntou se referindo ao Cass.

– Não... Eu só estou cansada e de mau humor, estou perturbada... Toda essas coisas ao mesmo tempo estão acabando com meu psicológico.

– Tudo bem... Se quiser conversar, estou aqui! – Ela se aproximou e tocou meu ombro – E me pediram pra te chamar, a moça dos Deuses chegou.

– Ah sim, eu já estou indo.

A garota saiu, peguei meu roupão, uma toalha e fui para o banho. Parece que chorar tinha me feito bem, pois eu já estava me sentindo normal novamente... Ou estava bipolar mesmo. Depois que me vesti, fui até a sala onde todos estavam conversando e rindo. Até o Jordan estava presente e com uma bela taça de sorvete na mão.

– Eu quero... – Olhei para ele e fiz beicinho.

– Olha só quem resolveu aparecer! – Audrey falou – Olá Meghan!

– Oi! – Acenei para ela enquanto pegava a taça de sorvete de menta que o Nephilim projetou em sua própria mão.

– Então, muito legal vocês me trazerem para essa fortaleza sinistra, eu conheci um Nephilim... Vocês são estranhos viu? – Ela se virou para mim – Nunca vi um “clã” de caçadores antes... No máximo uma família ou uma dupla.

– Éramos assim antes... Mas fomos agregando umas pessoas e deu nisso. – Dean apontou cada um – E ainda mais um velho bêbado, um anjo, um arcanjo, um nerd, um lobisomem, uma xerife, uma hacker...

– Já entendi, é muita gente, vocês são bem sociáveis... Mas me digam o motivo de precisarem da minha ilustre pessoa.

Nós explicamos toda a história com Metatron, tudo que o livro nos informava e até contamos sobre aquele maldito ano que passei como demônio, afinal poderia interferir em algo e ela confirmou que as informações no livro eram verdadeiras, mas tinha uma forma de me livrar daquele fardo.

– Não é muito simples, mas também não é impossível... Eu já soube de casos de receptáculos de Deuses Egípcios que realizaram o feitiço de Invalidez de Receptáculo Usado.

– Parece nome de doenças que atingem a terceira idade. – Jordan comentou.

– Quais os ingredientes? – Sam perguntou.

– Sangue de cordeiro, seiva de flamboyant, sangue de demônio, sangue de anjo, canela em pau para dar aquele sabor especial e por último, nem por isso mais fácil, a graça do anjo que te possuiu. – Ela deu de ombros.

– Eu vou ter que beber isso? – Perguntei fazendo cara de nojo.

– Sim, por isso a canela... Falei sério sobre dar um sabor especial. – Audrey assentiu.

– Credo... – Claire resmungou – Mas não parece difícil...

– Não mesmo! Podemos fazer o feitiço até amanhã! – Sophie comemorou – Eu vou ver um feitiço ao vivo!

– Gente, eu ainda não terminei de falar... – Audrey pediu – O feitiço só pode ser realizado ao amanhecer depois da última noite com uma lua nova.

– Mas ela já está no céu há alguns dias... – Eu torci a boca – Temos que esperar mais uns quatro.

– É isso aí, mas vai dar certo. – Ela sorriu para mim.

– Muito obrigada, Audrey. - Sam disse.

– Ah que nada, fico feliz em ajudar...

– Se tiver algo que possamos fazer por você, é só falar. – Dean ofereceu e recebeu um olhar gélido de Sophie.

– Na verdade eu quero sim... Eu adoraria que o Sam me levasse para jantar qualquer dia desses. – Ela piscou para o Winchester mais novo que ficou um tanto desconcertado, mas acabou respondendo.

– Claro, eu adoraria... – Ele sorriu para ela.

– Então a gente combina aí, você tem o meu número... Preciso ir... Boa sorte com a parada dos demônios, ruiva.

– Obrigada.

Assim que ela atravessou a porta, os comentários indiscretos começaram para cima do pobre Alce. Dean tirava brincadeiras dizendo que ele era tão “maricas” que a garota foi quem teve que chamá-lo para sair... Dessa vez eu não participei da brincadeira, estava imersa em meus próprios pensamentos e planejando pegar os ingredientes o mais breve possível.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso aí... Eu me inspirei bastante no ep 11 da nona temporada, quando o Dean e o Crow vão atrás de Caim e tals e saiu isso daí! Espero que tenham gostado, ele ainda vai aparecer mais vezes nos próximos capítulos.
Cass intrigado? Ou tramando algo?
E a aparição da menina Audrey? Curtiram? Super direta hein? kkkkk
Espero que tenham gostado, no próximo capítulo tem o começo de um caso!
É isso povo, aguardo comentários e parem de surtar com o fim da fic! Ainda tem muita coisa pra rolar, muito barraco! Beijos!



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