The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 40
Capítulo 40 - Sectionals


Notas iniciais do capítulo

Hello, everyone! Tudo bom? Espero que sim, confesso que ~eu~ estou particularmente triste pela falta de comentários nos últimos capítulos, é verdade. Sei que muita gente já deve ter abandonado a fic ou que muita gente nem sempre consegue comentar, mas sei que não foram apenas ~cinco~ pessoas que leram o último capítulo. Entããão, que tal os fantasminhas voltarem de volta à vida e comentar? Quem comenta tá protegido pelos anjos do senhor pro resto da vida, galere hahahaah (isso fez a bad bater e, então, não sei mais se vai rolar season 2 .-. )

Outra coisa ligeiramente legal e importante: euzinha fiz um trailer para TFM, okaaaay, agora vocês devem estar pensando que sou trouxa porque eu devia ter feito trailer quando comecei a fanfic, certo? Bom, é verdade :/ Fui trouxa e preguiçosa, mas antes tarde do que nunca.

Link do trailer: https://www.youtube.com/watch?v=5oKB15uhR08 (curtam e mostrem pra aquele amigo que tá procurando por uma fic faberry)

Outra coisa: eu não traduzi a palavra Sectionals porque eu não sei bem se Selecionais tá certo, inclusive, acredito que não.

~Sei que algumas pessoas, como eu, não se dão muito bem com ler escutando música, inclusive eu até recomendaria escutar a música antes de ler e tal, mas de qualquer forma, deixei o link pra vocês fazerem o que acharem melhor~

Estou de nome novo! Antes era J Young, mas (risos) parece que tem tipo um cantor (????) com esse nome, ANYWAY, só queria deixar claro que mudei e tal.



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Duas semanas depois

 

 

Independente de todo o drama que tumultuara os corredores do McKinley High e especialmente a sala do coral, o show deve continuar. Ou pelo menos, era isso que Rachel sempre mantivera em mente.

No fim das contas, era nisto que ela deveria focar. Sua carreira, sua voz, seu talento. Tudo que ela focava antes do furacão Quinn Fabray chegar para bagunçar e estremecer toda sua estrutura.

E, convenhamos, o ND precisava dela.

Will Shuester era um homem bom – ligeiramente inocente, mas bom – e Rachel sabia que permitir que seus problemas pessoais afetassem todo o trabalho duro que o professor tivera com aquele grupo de desajustados era, no mínimo, egoísmo.

E ela não era egoísta. As pessoas até poderiam vê-la como uma grande egoísta, mas ela negava tal atributo relutantemente. Ainda que Quinn Fabray a visse como egoísta e ainda que Finn também o fizesse Rachel não iria, de modo algum, acreditar em suas palavras.

Por duas semanas ela chorou contra o travesseiro e cogitou cavar um buraco fundo atrás do seu quintal e se enfiar lá dentro para o resto da eternidade; cogitou até mesmo viajar para nunca mais voltar. Por duas semanas ela sentiu os pedacinhos de seu coração machucar o resto de seus órgãos e afetar todo seu corpo, como se seu coração, de fato, fosse um mero pedaço de vidro ­– um pedaço de vidro quebrado em seis milhões de cacos que poderiam facilmente perfurar seu peito.

Por duas semanas seu organismo correspondeu ao estado caótico que seu coração e sua mente se encontravam. Mas não agora, por hoje ela daria uma pausa a toda aquela dor para focar no que deveria: vencer as Sectionals.

Ela precisava ganhar aquela competição, antes que toda sua animação se esvaísse de uma vez por todas. Ela precisava ganhar aquela competição para relembrar o tempo em que esta era sua mais importante meta.

Quebrada ou não, ela carregava um grupo nas costas. Com má reputação ou não, ela seria a voz que levaria a plateia e os jurados à loucura. Portanto, não havia nada que ela poderia fazer a não ser recolher os pedacinhos do seu coração e se recompor como uma verdadeira estrela faz.

Eu sou uma estrela. E essa era a única verdade que necessitava pôr em sua cabeça no momento.

 

 

[...]

 

 

 

O camarim em que estavam já era suficientemente minúsculo, e ainda assim foi ocupado pelos doze membros do clube do coral – o que tornou o cômodo ainda mais quente e desconfortável.

Santana Lopez sentiu a apreensão subir-lhe a garganta e o corpo estremecer. A lata de sardinha em que estavam lhe dava claustrofobia, mas ainda assim o cômodo abafado não era o único de suas várias apreensões.

Além de preocupar-se em sair vitoriosa da competição de corais Sue Sylvester ainda era um nome que martelava em sua cabeça continuamente. Duas semanas haviam se passado desde que elas haviam selado seu segundo pacto, mas nada havia acontecido.

Como ela deveria manter suas expectativas no alto quando até mesmo a mente mais diabólica e ousada parecia estar sucumbindo à desistência?

Suspirou e fitou o relógio tiquetaqueando na parede ao seu lado, enquanto aplausos podiam ser facilmente escutados do camarim. Será que o coral que havia acabado de se apresentar tinha sido bom? Será que poderiam ser melhor que eles?

Na época em que o ND estava dando passinhos de bebê Rachel dissera algo que ela nunca esqueceria: que era o fato de serem tão diferentes e fora do padrão que lhes garantiria a vitória. Quando Santana ouviu aquilo sair da boca de Berry ela até pensou que era algo poético e bonito de se dizer. Mas agora, vendo o bando de desajustados ao seu redor, ela não sabia se aquilo ainda era uma ideia boa.

— Santie... O que houve? – Brittany se aproximou gradativamente da latina, enquanto a mesma estremecia com a aproximação repentina. Lopez mantinha sua mente ocupada com Faberry, mas no final do dia era a loirinha de olhos azuis que lhe tirava o sono.

— Nada, Britt. – Desconversou, tentando não deixar-se levar pelo olhar de Pierce. – É sério. – Reafirmou ao notar a expressão de relutância de Brittany. Ela podia não entender muitas coisas, mas parecia compreender cada pedacinho seu e identificar todas as suas expressões.

— Fique tranquila. Vamos ganhar! – Exclamou abrindo um sorriso exorbitante. – Nós somos ótimas dançarinas, assim como Mike, Puck, Tina e Quinn. Além do mais, Mercedes, Kurt, Artie e Rachel cantam muito bem. E Finn... Bem, ele... Ele... Ele tem presença, eu acho. – Brittany deu um risinho torto e conseguiu arrancar da melhor amiga uma gargalhada.

— Sei que vamos ganhar, Britt. – Santana permitiu que sua mão entrelaçasse na de Pierce, que em nenhum momento pareceu querer recuar. – Os jurados seriam muito idiotas se te olhassem e conseguissem ainda assim dar uma nota baixa.

E, pela primeira vez, Santana Lopez presenciou Brittany S. Pierce corar violentamente – quase como se tivesse ficado boba e envergonhada pelo elogio da latina em sua frente.

—... Porque você é encantadora. – Completou, tentando amenizar o clima e possivelmente piorando-o. – B-Bonita, no caso... E talentosa! Digo, você não é só bonita, também é talentosa e...

— Você também é linda, senhorita Lopez.

Chame-me de Srta. Pierce e eu me rendo agora, Britt-Britt” Santana pensou, mas repreendeu-se logo em seguida.

 

 

 

[...]

 

 

Quinn sentiu o suor querer começar a percorrer por seu rosto e com a ponta dos dedos ela impediu qualquer gota atrevida de cair e borrar sua maquiagem. Ainda assim, ela nada podia fazer quanto ao calor do cômodo e o inútil ar condicionado.

Olhar para Rachel Berry toda vez que seu pescoço decidia mudar de posição também não era lá algo que ajudava a espantar o ar quente dentro e ao redor dela. Se sua posição perante o ar condicionado era de impotência, então, sua posição perante as batidas velozes de seu próprio coração era ainda pior.

Não conseguiria ter controle sobre seus sentimentos, uma vez que nem sabia descrevê-los exatamente. Ainda sentia raiva? Ainda achava que ela fora uma egoísta capaz de lhe arrancar do armário? Acreditava nela agora? Ainda a amava? Havia a perdido para sempre?

Eram milhares de perguntas que nem sua mente, nem seu coração e nem ninguém no Universo pareciam ter a resposta. Sabia, contudo, que muito provavelmente ainda nutria sentimentos fortes por ela, o que ainda lhe era desconhecido era o que deveria fazer, era se ela acreditava em Rachel.

 Dizem que o tempo cura as feridas, mas ele responde as perguntas? Pelo jeito, não.

 -...Do William McKinley High School, New Directions! – O locutor extremamente animado avisou, fazendo com que borboletas preenchessem o estômago dos membros do coral.

Mercedes abraçou Rachel e a desejou sorte, uma vez que ela seria a primeira a cantar, abrindo o resto da apresentação do grupo com seu solo. Kurt deu um tapinha nas costas da baixinha enquanto Tina levantava dois dedos cruzados e sorria confiante para Berry.

Em grupo todos rumaram às coxias do palco e esperaram que Rachel tomasse conta da plateia imensa e lotada.

Ao contrário do que as pessoas geralmente esperam, a morena não iria cantar nenhuma música clássica da Broadway ou algum “hino” como Don’t Rain On My Parade. Seria algo ligeiramente mais leve, mas que pelo menos, prepararia a plateia para as músicas mais animadas que o grupo apresentaria em conjunto logo em seguida.

Rachel, que no começo sentira-se ofendida por não poder cantar alguma música particularmente desafiadora, agora estava contente por não estar diante de uma canção que fosse precisar de “técnicas” complexas demais.

Não estava em condições muito boas para conseguir lidar com isso.

Head under water / And they tell me to breathe easy for a while / The breathing gets harder, even I know that – começou enquanto tentava não se desconcentrar com os milhares de olhares em sua direção.

Não deveria ficar nervosa, certo? Ela era uma estrela, nada poderia dar errado. As pessoas estavam olhando... Rachel, supostamente, deveria estar amando ser o centro das atenções. Ou pelo menos, era nisto que ela deveria acreditar.

You made room for me, but it's too soon to see / If I'm happy in your hands / I'm unusually hard to hold on to — continuou – Blank stares at blank pages / No easy way to say this / You mean well, but you make this hard on me…

Fechou os olhos, querendo reunir toda a confiança que ela tinha dentro de si mesma.

E, do nada, pegando-a despreparada, um branco embrulhou sua mente. Não sabia se era o público que lhe desconcentrara, ou se estava pensando em algo ou alguém que poderia lhe causar tal efeito. Mas aconteceu.

— Ela esqueceu a letra... – Sr. Shuester constatou em voz baixa, mas audível o suficiente para Quinn Fabray, que estava ao seu lado, ouvir. Ela sabia aquela música de cor, e não era para menos; aquela fora uma das músicas que mais tocara na rádio no ano anterior.

— É o refrão! – A loira praguejou baixinho, enquanto esperava que a ex-namorada continuasse com sua usual maestria.

— Você precisa entrar, Quinn. – O homem mais velho ao seu lado disse, mas não exatamente como uma sugestão. Seu tom sucumbia a uma ordem, que ela certamente deveria cumprir para salvar o clube do coral.

Engoliu em seco, enquanto cada mísera célula de seu corpo reagia com desespero às palavras de Will. A banda continuava tocando e repetindo disfarçadamente a entrada do refrão, na esperança de que Berry conseguisse recordar-se da letra.

Felizmente, fora necessário apenas uns três segundos para o mico em potencial ser consertado com a entrada de Fabray no palco, com uma expressão de "está tudo bem, isso faz parte da performance, pessoal".

I'm not gonna write you a love song / 'Cause you asked for it / 'Cause you need one, you see— Quinn sentiu o olhar de Rachel sobre ela, um olhar que mesclava surpresa e certo alívio – I'm not gonna write you a love song / 'Cause you tell me it's / Make or breaking in this / If you're on your way — Fabray quis sorrir fraco, mas além dos olhos arregalados de Rachel Berry os olhos de cada pessoa também se encontrava sobre ela – I'm not gonna write you to stay / If all you have is leaving I'm gonna need a better reason to write you a love song today…

A letra da música em questão tornou-se novamente fresca na mente da baixinha, que logo tratou de tentar se recompor. Ela encarava aquela figura loira em sua frente e lembrava-se de todos os sorrisos que Quinn dedicara a ela... Lá estavam agora, com seus corações quebrados e uma competição para ganhar.

Não tinha certeza se a plateia conseguira notar o repentino esquecimento de Rachel ou se Quinn fora algo imprevisto na performance, mas para ambas tal momento certamente ficaria preso em suas memórias.

I learned the hard way / That they all say things you want to hear / And my heavy heart sinks deep down under you – Berry continuou – And your twisted words, your help just hurts / You are not what I thought you were / Hello to high and dry…

Pela primeira vez desde que pisara naquele palco Quinn conseguiu permitir que um sorriso discreto saísse de seus lábios. Quebrara o coração daquela garota e falara coisas horríveis... No fim das contas, talvez Rachel tenha dito aquelas coisas ruins apenas para machucá-la também. Era um motivo melhor do qualquer um que a Cheerio conseguiria achar para defender a si mesma, pelo menos.

Bom, talvez Quinn realmente não fosse digna de uma canção de amor. Talvez ela estivesse destinada a ser a líder de torcida fria e quebradora de corações. Ela não tinha certeza se gostava daquele título – o de vadia sem coração –, mas talvez seja dessa forma que as coisas devem ser.

Convinced me to please you / Made me think that I need this too / I'm trying to let you hear me as I am – Enquanto Fabray cantava tal parte fora a vez de Rachel corresponder ao gesto da garota, sorrindo fraco e de modo quase imperceptível. Não era um sorriso de alegria e orgulho, era mais como um agradecimento.

O destino cada vez soava mais claro para Quinn Fabray: gratidão por ter a ajudado nas Sectionals era, provavelmente, o mínimo que ela teria dali pra frente.

Elas se cruzaram no palco e seus olhares se encontraram, fazendo com que milhões de sentimentos mistos embrulhassem seus estômagos. Fitar uma a outra costumava ser um bálsamo, então trocar um olhar naquelas circunstâncias fazia com que todo um ar de nostalgia e alívio se instalasse em seus peitos... Contudo, ainda doía.

Cantaram o refrão juntas, esforçando-se para não se despedaçarem ali, no meio do palco, em meio a tantas pessoas. Tentavam arduamente não pensar na quão esquisita aquela situação se tornara, se o fizessem podiam se desmontar como um castelo de cartas facilmente derrubado pelo vento.

Promise me that you'll leave the light on / To help me see with daylight, my guide, gone / 'Cause I believe there's a way you can love me because / I say...

Assim que começaram a cantar o refrão novamente Quinn conseguiu tomar coragem e encarar a morena de novo, se aproximando gradativamente de seu corpo inquieto no palco – que tentava não parecer tão nervoso quanto realmente estava.

Quando ficaram lado a lado, Fabray ousou dirigir sua mão trêmula até a de Berry, segurando-a. Precisava sentir seu toque suave por uma última vez.

A música acabou; a banda ficou em silêncio, as luzes se apagaram; as pessoas aplaudiram e todo o local escureceu. A próxima performance estava na mão dos garotos do ND, que logo entravam afobados no palco e preparavam-se para quando as luzes novamente se acendessem.

Quinn correu para as coxias com Rachel em seu encalço. Quando virara para checar a baixinha – talvez por “instinto” – pôde notar ela arfando pesadamente, como se faltasse ar em seus pulmões.

A mão minúscula que há um segundo ela segurava com certa hesitação agora estava trêmula como uma gelatina. O olhar de Rachel que caía sobre a garota era a melhor e a pior coisa que Fabray poderia desejar.

O que ela estaria pensando? O que estaria passando em sua cabeça? Será que não gostara de ela ter invadido o palco? Será que se declararia e elas fariam as pazes? Será que ela iria apenas desaparecer de sua frente no segundo seguinte e fingir que nada aconteceu?

Mas o segundo seguinte se passou, e Rachel continuava ali, em sua frente, com o rosto relativamente mais baixo que o dela por causa de seus sete centímetros de diferença. Continuava ali, lhe encarando enquanto a música que os garotos iriam apresentar já havia começado.

Não fora necessário, entretanto, nem mais uma fração de segundo para a próxima reação de Berry, que pegara a líder de torcida completamente desprevenida. Lhe abraçou. Da forma mais singela e urgente possível. Simplesmente envolvera seus braços no pescoço da mais alta, com desespero e alívio.

  – Eu costumava querer escrever canções de amor para você... – Sussurrou –... E eu geralmente só escrevo sobre mim e meus sonhos. Mas você fazia isso valer a pena... Quinn, eu realmente não queria precisar falar isso no passado. – Sua voz falhou na última sentença e uma lágrima audaciosa e solitária rolou por seu rosto.

Quinn engoliu em seco, passando um dos braços ao redor do corpo da baixinha. Sentira-se tão absurdamente culpada que era quase como se alguém houvesse lhe dado um soco fortíssimo na barriga.

— Rachel, e-eu...

— Mas obrigada, mesmo assim. – Desvencilhou-se da Cheerio. – V-Você nos salvou.

 

Trailer (atrasadíssimo) de TFM


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Notas finais do capítulo

Então, galere, será que eles irão ganhar as Sectionals? Será que esse abraço pode significar algo bom para Faberry? O que acharam do Trailer? Quem quer ver Brittana? o/

Comentem, por favor!